sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ultraseven X é a mais nova opção para os amantes de ficção científica

Ultraseven X está disponível no Brasil via Netflix

A década de 2000 rendeu algumas séries de tokusatsu bem interessantes nas madrugadas da TV japonesa como Garo, por exemplo. Uma delas é Ultraseven X, a mais nova série da Família Ultra a pintar no Brasil via streaming. Produzida pela Tsuburaya, esta série é um revival de Ultra Seven, que na época estava comemorando os 40 anos. Foi destinado ao público jovem/adulto e foi um dos primeiros tokusatsus exibidos em widescreen. Ia ao ar todas as madrugadas de sexta para sábado da temporada de outono de 2007, entre 5 de outubro e 21 de dezembro pela TBS (emissora que exibiu várias Ultra Series), totalizando 12 episódios. Além de uma novel publicada pela Hobby Japan.

Num determinado universo alternativo, a organização especial de investigação DEUS (leia: deus) combate secretamente alienígenas que estão infiltrados entre a humanidade, afim de dominar nossa espécie. Os agentes de DEUS vivem como pessoas comuns, prontos para entrar em ação a qualquer hora. Eles são chamados pelos seus codinomes e suas reais identidades são desconhecidas entre os parceiros.

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O protagonista é o agente Jin, um jovem de 25 anos que por algum motivo perdeu sua memória. Um dia ele orientado por Elea, uma misteriosa garota que lhe entrega um Ultra Eye, e afirma que o mesmo é o salvador do mundo. Com este dispositivo Jin se torna em Ultraseven (com visual moderninho, com leves toques sombrios e mais uns músculos). Ainda no primeiro episódio, o jovem encontra o agente K (leia: kei), que o conhecia antes de perder a memória. Os dois passam a lutar juntos contra os seres alienígenas que aparecem com planos contra a humanidade. Desde abdução alienígena até microcefalia, por exemplo. No decorrer da série aparecem outros agentes de DEUS que agiam secretamente. O destaque fica por conta da bela agente secreta S.

Por possuir uma temática mais madura, consequentemente Ultraseven X quebrou padrões e fugiu ao máximos dos clichês das séries anteriores. A organização DEUS não chega a ser um Esquadrão Ultra (Ultra Garrison no original), por exemplo, que encara monstros gigantes com raios lasers e coisas do tipo. DEUS seria equivalente a uma MI-6 ou um FBI que combate aliens periculosos. Os seres espaciais da trama são equivalentes aos terroristas. A interação entre os atores Eriku Yoza (Jin) e Tomohito Wakizaki (K) ajudam a equilibrar o tom da trama. Uma coisa que visualmente pode chamar atenção do público mais jovem é o visual de K ser próximo ao de Kouga Saezima da série Garo. As batalhas do gigante vermelho (como assim é chamado durante a série) contra os invasores são meio curtas para quem está acostumado a ver lutas com mais intensidade. Em compensação, o seu Color Timer mal dispara e as histórias ganham dinamicidade. A série carrega influências dos filmes americanos Matrix e Blade Runner.

Aparentemente Ultraseven X não tem nenhuma relação com a série clássica de 1967. Mas vale citar que o episódio final conta com as participações especiais dos atores Kohji Moritsugu (Dan Moroboshi/Ultraseven) e Yuriko Hishimi (Anne Yuri). Seus papeis na série são bastante curiosas e vale como surpresa para quem ainda não acompanhou. Aliás, serve como gostinho pra assistir ao Seven original. Para os saudosistas da era Manchete, Takumi "Jiraiya" Tsutsui aparece em um dos episódios.

Ultraseven X estreia nesta sexta - 1 de abril - no Brasil através serviço on demand Netflix. Reforço que esta é a sexta série da Família Ultra a ser exibido oficialmente via streaming no Brasil - considerando que este tipo de mídia é uma alternativa em meio ao velho descaso das emissoras de TV brasileira para com os tokusatsus). Sendo as outras cinco séries exibidas através do serviço Crunchyroll, sob licenciamento da Tsuburaya. Somando com as exibições na TV, Ultraseven X é o décimo título de série de TV da Família Ultra em terras brasileiras e mais duas estão previstas para este semestre (Ultraman Gaia e Ultraman Nexus). Eis uma boa oportunidade fazer aquela maratona. É hora do Ultraseven alcançar outros públicos além do nicho de fãs de tokusatsu. Especialmente para os amantes da ficção científica.

E uma grata surpresa: Ultraseven X chega como o primeiro tokusatsu dublado em português brasileiro após RyukendoCom distribuição da Televix (a mesma do Guerreiro Madan exibido na RedeTV! em 2009), a versão brasileira foi realizada pelo estúdio Lexx (o mesmo do anime Robô Gigante). Aliás, este é o segundo trabalho da Lexx com Ultraman, uma vez que cuidou do filme Ultraman Saga. Até o fechamento deste post pude conferir os dois primeiros episódios e o resultado está bacana. Todos vão curtir bastante. Curiosamente a voz do saudoso Hamilton Ricardo está presente como o Comandante de DEUS, sendo este um dos seus últimos trabalhos antes de sua morte em agosto de 2015. Hamilton emprestou sua voz ao Horii em Ultraman Tiga e Hideki Gô/Ultraman Jack nos filmes Mega Batalha na Galáxia Ultra e Ultraman Saga. Um presentão e tanto que tem que ser dissecado pelo menos umas sete vezes.

3 comentários:

  1. Já adicionei à minha lista no Netflix. Muito Top!

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  2. eu queria que todos ultraman fosem legendados ou dublados.

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  3. Particularmente achei essa série bem monótona. A maioria dos episódios são bem aleatórios, e na maioria dá a impressão que o herói cometeu algum grande erro, como foi o caso de salvar a raça daqueles alienígenas azuis com um terceiro olho na testa, eles voltaram para o seu planeta natal e explodiram dois planetas vizinhos, habitados. Alguns "vilões" parecem que não tem culpa nenhuma, são fracos, e mesmo assim são eliminados sem dó, a maioria das batalhas com o Jin transformado em Ultraseven X, leva menos de 10 segundos pra ser finalizada, com efeitos especiais de dar vergonha aos tokusatsus da década de 80, há cenas onde vários agentes (provavelmente bem treinados) começam a atirar no protagonista (a curta/média distância), ele fica praticamente parado, e nenhum tiro o acerta. Os agentes (DEUS) poderiam interrogar ou prender os alienígenas fracos, assim logicamente seria mais fácil de desvendar os mistérios. Com um final muito previsível, todos os episódios deixam perguntas no ar; o que dá a impressão que está faltando alguma parte ou episódio pra explicar melhor a história.

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