segunda-feira, 9 de junho de 2014

Pitaco - Edir Macedo e o seu incoerente "Jejum da Copa"


Edir Macedo, "bispo"-fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e dono da Rede Recópia Record, nos surpreende com mais um momento de incoerência. Há alguns dias atrás ele propôs um "jejum de informações". Trocando em miúdos, o "Jejum da Copa".

Macedo costuma estimular seus fiéis a fazerem o Jejum de Daniel de tempos em tempos. Diferente do herói bíblico, ao invés de abstinência de comida, há uma abstinência de informações. Tipo: TV, rádio, revista, jogos, internet, etc.

Ele foi bem além ao pedir esse tipo de coisa num período em que é necessário se atualizar constantemente. Não apenas pelos resultados dos jogos, mas sim pelas possíveis ondas de manifestações e falta de segurança que rondam pelo país desde as vésperas do evento.

Outro dia eu parei pra ouvir uma pregação dele na Rede Aleluia onde o mesmo explicava sobre o tal propósito. Macedo disse que gosta da Copa e de futebol. Só que como é uma Copa do Mundo, seus fiéis deveriam deixar de se informarem das coisas do mundo e do que acontece no mundo para se ligarem nas coisas espirituais.

Agora falando como cristão, Jesus passou 40 dias em jejum e andou pelo deserto -- onde foi tentado pelo demônio. Se desligando assim da civilização. Isso porque havia um propósito de Deus para Seu Filho, já que Ele veio à Terra para fazer o grande sacrifício pela humanidade na cruz do Calvário.

É salutar um jejum de alguma coisa ou ocupação para alcançar algum propósito. Isso depende muito da fé de cada um e de como a pessoa se relaciona em comunhão com o Senhor. Para nós, que precisamos estar atentos a qualquer informação importante, não precisamos entrar nesse tipo de redoma para "mostrar santidade". Esse não foi o caso de Jesus, pois foi algo bastante específico e profundo como citei acima.

Enfim, o propósito de Macedo não me convenceu. Parece mais uma disputa acirrada contra a Globo pra ver quem ganha em audiência. Já que a "toda-poderosa" emissora transmite Copas há tempos. Daí eu pergunto, meu amigo e minha amiga: pode-se assistir a Record durante esse jejum?

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Um "inocente" tirado do ar

Há algumas semanas atrás, a justiça tirou do ar a propaganda do Bom Negócio com a participação do Compadre Washington, ex-É o Tchan!, por reclamações de algumas mulheres que se sentiram ofendidas pela expressão "ordinária".

E como perguntar não ofende, por que só agora que reclamaram disso e não lá nos idos dos anos 90, quando o grupo estava no auge dos rebolados e ecoava a tal expressão na boca do povão? Tá certo que a propaganda era engraçada pela frase "Sabe de nada, inocente!". Mas tipo, essa reclamação soa como mais um protesto atrasado em véspera de Copa.

Será que só agora que o cidadão brasileiro tá acordando pra vida? Duvido muito. Tem muita porcaria tocando nas paradas de sucesso e ninguém se une pra apedrejar um "Lepo-Lepo" da vida. Fato!

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Por favor, salvem os parques dos funks medíocres!

Falando em música, já repararam que ultimamente, onde se passa nas ruas, a maioria das músicas que tocam por aí é sempre um funk chato, daqueles de duplo sentido? Outro dia eu passava perto de um parque de diversões e lá só tocava funk -- e da pior estirpe. Daí me bateu uma falta das boas músicas que tocavam nos tempos de infância. Tipo, um Balão Mágico, um Trem da Alegria, por exemplo. Isso é o que combina com o ambiente, independente de época.

Antes que alguém diga que é "nostalgia" de minha parte e que "os tempos são outros", eu digo que é questão de qualidade e bom senso. Não dá mais pra aturar essa ritmo musical tão medíocre.

E acreditem, o funk carioca já foi melhor nos distantes anos 80 com baladas românticas, por exemplo. Isso mesmo! Havia também o funk favela que tem lá umas batidas, mas tinham histórias boas e tal. Essa não tem o melhor ritmo, mas foi daí que surgiram umas imoralidades nos anos 2000. Infelizmente quase ninguém lembra disso ou tenta fazer uma comparação de qualidade. E há quem defenda uma Anitta ou um Valeska da vida, dizendo que esse o atual funk é "cultura".

Bem, se for pra sair de casa pra ouvir um "pancadão" desmoralizado desses em qualquer esquina, prefiro me entocar numa caverna pra todo o sempre ou pegar um DeLorean e ir me embora pro passado.

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Jornalismo matinal no ato da notícia

Mais uma vez tenho que tirar o chapéu para Nonato Albuquerque e sua equipe de jornalistas que se empenham no jornal Primeira Edição da Tribuna BandNews FM (101,7 Mhz de Fortaleza). Na semana passada houve um dia de paralisações de varias categorias na cidade, principalmente dos motoristas de ônibus. Em meio as confusões que aconteceram (também por parte de vândalos que se infiltraram em uma destas), vários jornalistas se espalharam por vários pontos da cidade. Os apresentadores tiveram o auxílio direto dos ouvintes via WhatsApp. Parabéns por nos proporcionarem um genuíno informativo, não só nas manhãs, como também durante todo o dia. O bom jornalismo é aquele que presta serviços com veracidade e sem apelar para osescracho da violência urbana.



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