A Lenda, um das séries sul-coreanas na TV brasileira |
Outro dia eu andava num shopping center e vi um espaço temático totalmente dedicado à cultura pop sul-coreana. Coisas como amostras de K-dramas e o já tradicional K-pop. Incrível como essa cultura ganhou notoriedade em poucos anos. Goste ou não, é um fenômeno e só tem a crescer e conquistar novos adebtos. Seja de séries do gênero, seja do estilo musical.
Na esfera musical, o K-pop conquistou espaço em eventos de cultura pop/geek. Por um lado ganhou evidência, por outro divide espaço com a cultura pop japonesa (animês, cosplays, mangás, etc). Já as séries de drama tem popularidade há longa data no Brasil. Nos últimos anos os fãs só tiveram o que comemorar com a chegada de várias séries licenciadas no Brasil. Além de títulos na Netflix, há um canal oficial de streaming específico para este nicho, o DramaFever (equivalente a uma Chunchyroll para dramas da Coréia do Sul). Isso sem contar com uma faixa dedicada na Rede Brasil. Atualmente a emissora paulista - que exibe os animês Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z em horário nobre e em alta-definição - apresenta a reprise da série Happy Ending, que está em sua reta final. Em fevereiro será substituída por outro drama, A Lenda.
Tudo isso é resultado da união dos próprios fãs que fazem o fenômeno acontecer. Não sei você, mas isso me faz pensar no fandom brasileiro do gênero tokusatsu. Uma parte tem seus público fiel, que realmente valoriza materiais quando vem pra cá, reclamam pouco e são unidos. É o tal do "nicho do nicho". Fora dele não dá pra ver a coisa crescer como deveria. Infelizmente ainda se vê materiais licenciados sendo pirateados, desunião de fãs, falta de informação nas redes sociais, intolerância e até disputas (que só existem na mente de quem se acha que está sendo disputado). Claro que isso não implica ao fandom inteiro, veja bem. Tem muita coisa bacana sendo feita, principalmente na internet e com parcerias sérias.
A coisa vem mudando a passos lentos. Porém está longe de alcançar o mesmo fenômeno construído pelo fandom dos dramas e da música sul-coreana. Falta muita coisa ainda pra engrenagem andar mais rápido, a começar maturidade de algumas cabeças (que já passaram dos 30, diga-se). Talvez uma real ascensão do tokusatsu seja improvável ou anos-luz de acontecer. Porém não impossível. Basta cada um fazer sua parte e entender determinados conceitos.
Que o exemplo dos fãs de K-drama e de K-pop sirva de lição para quem, lamentavelmente, ainda não aprendeu com os nossos queridos heróis japoneses.
Pra falar a verdade,não me parece certo comparar o fenômeno Kpop c/ tokusatsu,pois se vc reparar essa cultura se assemelha demais á cultura de entretenimento dos países latinos ( novelas,grupos musicais "feitos sob medida " p/ o público feminino etc),tanto q vi em um documentário q os sul coreanos muitas vezes são chamados de "latinos da Ásia",então era de se esperar esse tipo de apoio e a construção de uma base de fâs,agora o tokusatsu ( e a programação infantil como um todo) enfrenta bem mais dificuldade ,principalmente pelo preconceito devido á uma suposta violência exagerada e pela limitação de propaganda para o público infantil.Diante disso,não dá p/ esperar q nós ,fâs de tokusatsu ,tenhamos o mesmo espaço q os fâs de Kpop. A verdade é q muita gente não nos ouvirá não importa o qto gritemos,pois p/ eles ,sempre seremos insignificantes.
ResponderExcluirOi, André. A comparação não foi diretamente com os dois nichos e sim quanto a unidade de ambos. É claro que existem fatores como globalização da mídia sul-coreana, mas é inegável que a união dos fãs fazem a força que essa cultura tem fora do país. Apesar da limitação de espaço de programas infantis na TV, o nicho de tokusatsu poderia ser expandido, independente de idade. É só ver por exemplo que os animês continuam bem populares no Brasil mesmo com pouquíssimos produtos na TV brasileira. O tokusatsu dá certo nos EUA e na França, por exemplo, em nichos mais consolidados. O problema daqui mesmo são as divisões que citei no texto. Se todos os fãs de tokussatsu comprassem novas ideias, se projetassem como acontece em outros nichos, tudo seria diferente e a cultura não seria limitada como é aqui no Brasil.
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