Davis e seu fiel escudeiro Veemon |
Há exatamente um ano atrás escrevi aqui no blog sobre a estreia da primeira temporada de Digimon Adventure no ano 2000 (considerando que a data foi uma pré-estreia na extinta Fox Kids e o lançamento oficial por aqui se deu no dia seguinte, no mesmo canal e também na Globo). E na data de hoje, Digimon Adventure 02 completa 15 anos de estreia no Brasil.
Apesar das negociações entre TV aberta e paga serem diferentes, a fórmula se repetiu como no ano anterior. Por esse motivo nós víamos a abertura com músicas diferentes. Na Globo, o tema era uma versão brasileira da música "Target ~Akai Shōgeki~", do nosso saudoso Koji Wada. Já na Fox Kids a coisa era diferente e nada inovadora: aquela musiquinha trash da Angélica estava de volta (e também no encerramento, pra variar). Por isso a abertura ficava em câmera lenta. Pelo menos, os eyecatches eram exibidos no saudoso canal infantil.
Inicialmente, na Globo, começava por volta das 10h45 da manhã, sendo a última atração do Bambuluá. Nas três primeiras semanas do mês, a Globo levava ao ar a última fase da Sessão Aventura. Fazia parte de um tapa-buraco que antecedia a estreia da saga de Majin Boo de Dragon Ball Z.
Na Fox Kids passava nos mesmos horários: às 17h30 e reprise às 21h30. Com a estreia de Digimon Tamers em fevereiro de 2002, Adventure 02 ficou apenas na faixa das nove da noite (após o bloco Invasão Anime) e fazendo dobradinha com a reprise de sua sucessora.
Digimon 02 não conseguiu atingir o mesmo boom da primeira temporada e seu sucesso foi mediano. Agradou a alguns e nem tanto a outros. Foi dublada pela extinta Herbert Richers. O elenco original da versão brasileira estava de volta, com exceção do dublador de Gabumon. Digimon 02 rendeu especiais para o cinema japonês e um deles só veio para o ocidente através do intitulado Digimon: o Filme (copilação de três filmes), lançado no Brasil em home-vídeo e TV aberta/paga.
Foi bom ver como os digiescolhidos estavam após três anos. A introdução de Davis Motomiya (Daisuke Motomiya no original), Yolei Inoue (Miyako Inoue) e Cody Hida (Iori Hida) foram bem casuais. Sempre curti o jeitão engraçado de Davis e torcia pra que ele conseguisse conquistar a Kari. Infelizmente o romance nunca aconteceu e ficou mesmo na intenção. Também tinha o Imperador Digimon, Ken Ichijoji, que rendeu momentos cruciais para a trama. No mais, jogar os digiescolhidos para se confinarem no Digimundo forçaria o roteiro (uma vez que no último episódio foi dito que o tempo deste mundo e da Terra passariam a ser os mesmos).
A reta final de Digimon 02 foi ousada e exagerou um pouco mostrar vários digiescolhidos ao redor do mundo. O que deixou a coisa bem surreal e sem explicação. Por outro lado, mostrou o que aconteceu com os heróis depois de 25 anos da batalha final. Atualmente esse hiato ganhou um acréscimo com o lançamento do Digimon Adventure tri, disponível oficialmente no Brasil via Crunchyroll.
Bom, Digimon 02 rendeu outros momentos bacanas como a aparição de Black Wargreymon. Houve também a digievolução em DNA que fazia a fusão de dois Digimons cada. O resultado fugia da essência das formas reais dos monstrinhos. Tudo pra vender brinquedo e não tenha dúvidas que tinha uma mãozinha boba da Bandai no meio dessa parada.
Foi uma série legal e não tinha como igualar a mesma pegada da clássica primeira temporada de Digimon Adventure. Não foi a melhor, mas foi uma temporada divertida.
PS: No Sana 16, o grupo Henshin Gattai fará uma palestra especial sobre Digimon, em tributo ao cantor Koji Wada. A palestra acontece no dia 17 de julho, no espaço Sana Nostalgia.
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