terça-feira, 31 de janeiro de 2017

É o fim do canal Wow! Play?

Jaspion ficará fora do ar a partir de março

Ontem o canal de streaming Wow! Play anunciou em sua página no Facebook que o serviço entrará em manutenção e atualização. Segundo o comunicado oficial, os assinantes terão acesso ao catálogo até o dia 28 de fevereiro. Após a data, os clientes não serão cobrados durante a suspensão. Tal período não tem previsão para acabar.

A plataforma lançada pela Sato Company em julho do ano passado surgiu como uma alternativa para suprir a tentativa de agregar as séries tokusatsu National Kid, Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya e Jiban. Pra quem não acompanhou, o sr. Nelson Sato havia anunciado em maio de 2015 que tinha adquirido estas séries, que anteriormente os direitos estavam com a Focus Filmes. Originalmente, os planos eram levar esse pacote para a Netflix e infelizmente não deu certo.

A Wow! Play poderia ter dado certo, mas alguns fatores levaram a queda:

1) Curta divulgação

O espaço de tempo entre o anuncio oficial e o lançamento (que aconteceu no Anime Friends 2016) foi de poucos dias. Não deu tempo para acostumar e tentar conquistar o público alvo.


2) Conteúdo limitado

A Sato Company detém direitos de vários programas ocidentais e principalmente orientais. Algumas delas já passaram pela Netflix e outras atualmente se encontram por lá como Devil May Cry, Diabolik Lovers, etc. Porém é curto se comparado aos catálogos de outros canais de streaming como Netflix e Crunchyroll, que sempre atualizam seus acervos com novidades e até títulos que eram inéditos até pouco tempo.


3) Clássicos batidos

Jaspion e cia tem importância na história do tokusatsu no Brasil. Mas a verdade é que esses clássicos estão bastante saturados, todo mundo assistiu, sabe de cor a ordem dos episódios e fica mais difícil trazer novas séries apostando em séries antigas.


4) Precisa de divulgação mais ousada

Falta expressividade no mercado e uma aproximação maior do público. Infelizmente a Wow! Play tem poucos assinantes e, por incrível que pareça, muita gente não ouviu falar do canal e ainda está esperando ver Jaspion e cia na Netflix (que não deve acontecer tão cedo). A divulgação poderia ser mais ousada como os demais canais de streaming, que trabalham com nichos específicos de público.


5) Ainda não é o fim

Nada confirmado ainda, mas isso pode ser um indício. Talvez o jeito é continuar apostando na Netflix e na Crunchyroll. Ambas vem crescendo e ainda são alternativas para os títulos da Sato Company sobreviverem no mercado. De qualquer forma, fica a torcida pra que a situação se reverta.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Episódio nostálgico de Dragon Ball mostra o quão Kuririn era fraco

Kuririn no episódio em que é morto por Freeza em Dragon Ball Z (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Geralmente esses episódios de epílogo não acrescentam muita coisa, mas este de Dragon Ball Super, deste domingo (29), foi muito legal. Tá certo que Akira Toriyama tem investido em alguns elementos das duas primeiras séries clássicas (teoricamente Dragon Ball GT se passa depois da série atual) e só agora os principais vilões voltaram, mesmo que sendo uma ilusão. O engraçado é que o antigo Vegeta também estava no meio.

Este arco serviu para mostrar que o quanto Kuririn era fraco. Tá certo que ele é carismático e todos nós gostamos dele. Mas o ex-monge nunca foi um guerreiro à altura de Goku e os demais, apesar de sempre ter sido esforçado. As tais ilusões serviram como provação para Kuririn desafiar seus próprios demônios e superá-los de uma vez por todas.

Este foi um dos melhores episódios de Dragon Ball Super, ainda que simples e como tapa-buraco que antecede a próxima saga. Legal ver Kuririn com a cabeça raspa de novo como nos velhos tempos e agora mais confiante.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Há 30 anos estreava Hikaruon


No começo dos anos 80, a Toei Company estava passando por sua segunda crise de criação de séries tokusatsu. Surgia então em 1982 o clássico Uchuu Keiji Gavan, que foi sucesso quase imediato e é considerado como a salvação financeira do estúdio. O fruto desse sucesso foi a formação da trilogia dos Policiais do Espaço - junto com Sharivan e Shaider, respectivamente em 83 e 84 - até a formação da franquia Metal Hero, no ar pela japonesa TV Asahi até 1999. A mais bem sucedida fase foi a dos Policiais do Espaço e seu legado é vivo na história do tokusatsu, bem como a Família Ultra, por exemplo.

Deste sucesso dos Policiais do Espaço surgia um tributo pelo estúdio AIC (Anime International Company), o mesmo de Tenshi Muyo, El-Hazard, Persona, etc. Em 28 de janeiro de 1987 surgia o OVA Gakuen Tokusou Hikaruon (Investigador Escolar Hikaruon). Com apenas um episódio produzido, a série de OVA mostrava um super-herói trajava armadura sofisticada e empunhava uma espada laser. Elementos vistos especialmente na trilogia dos Policiais do Espaço e também em Jaspion e Spielvan. Porém havia a clara alusão ao Sharivan.

Como o próprio título sugere, não se trata de um herói que veio do espaço. E sim de um humano que investigava casos especiais nas escolas. O protagonista era Hikaru Shihodô, um jovem que investigava numa escola sobre a influência de Uraer contra estudantes que eram induzidos ao suicídio. Sob disfarce, Shinodô era um novo aluno, enquanto sua parceira Azumi Hazuki atuava como professora. Ao se transformar, Hikaru gritava "Rekkuu" e automaticamente se transformava em Hikaruon (sem replay para explicar). Seu veículo era a moto Sparon e suas armas eram a pistola Laser Gun e a espada Justice Blade. Esta última tinha o "Just Bang Break" como golpe fatal .

Clichê é o que não faltava em Hikaruon. O OVA voltado para o público jovem e adulto tinha bad boys, bullying, violência, breves cenas apelativas, além, é claro, de elementos de Gavan, Sharivan e Shaider. Com direito à referências como pose de batalha, dimensão paralela, entre tantas outras.

Hikaruon teve trilha sonora composta pelo grande maestro Chuumei Watanabe, que trabalhou na trilogia dos Policiais do Espaço, além de Jaspion, Spielvan, Jiban, e outras séries clássicas da Toei Company. Mais referência que isso? Akira Kushida é quem canta o tema de abertura do OVA,"Rekkuu! Gakuen Tokusou Hikaruon", ao lado da cantora Kumi Kaneko. O seiyu Shozo Iikuza, conhecido como dublador de vilões das séries Metal Hero como Don Horror (em Gavan), Mao Saiki (Sharivan), Kubilai (Shaider), Satan Goss (Jaspion), Deslok (Spielvan), entre outros, é quem emprestou a voz ao Yomaju. O elenco principal ainda conta com as participações de Toshihiko Seki (o Momotaros de Kamen Rider Den-O e Milo de Escorpião em Os Cavaleiros do Zodíaco) como Hikaru/Hikaruon e Mika Doi (a voz oficial de Julia Roberts, além de participar de várias séries de anime).

Hikaruon ficou popular no Brasil entre o nicho de fãs de tokusatsu por meios alternativos, devido a verosimilhança aos Metal Heroes, que comemoram 35 anos neste ano. Pena que não passou de um episódio e não teve seu próprio universo expandido. Embora tenha sido suficiente para marcar o público.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Danilo Modolo está certíssimo: a culpa é de quem baixa ilegalmente séries tokusatsu no Brasil

Danilo disse que temos que comprar e consumir materiais legalizados (Foto: Reprodução/TokuDoc)

O canal TokuDoc, do meu camarada Danilo Modolo, voltou nesta sexta (20) após de um período de férias de fim de ano. Uma coisa que dividiu o público na edição de notícias foi quando ele fez um comentário sobre o lançamento de Carranger nos EUA. Lá ele chamou atenção de quem vive reclamando na nossa tokunet por "não ter mais tokusatsu no Brasil" e que baixa ilegalmente o mesmo conteúdo que é encontrado em meios oficiais como home-vídeo e streaming. Logo se instalou uma polêmica por parte de quem faz isso mesmo e que não dá o braço a torcer na hora de apoiar materiais legalizados de tokusatsu.

Ué, mas Danilo falou apenas verdades. Na dúvida, é só fazer um balanço entre a cultura tokusatsu por aqui e nos EUA pra ver como há um abismo gigantesco. Tirando a prova dos nove vamos ver que lá nos States os fãs apoiam mesmo, não tem essas frescuras de botar defeito e dizer que serviços com preços irrisórios são "caros". Eu mesmo disse várias vezes e repito novamente: as fansubs dos EUA são exemplo pro mundo. Pois sempre que uma determinada série ou filme chega por lá eles deletam os links e apoiam o novo material no mercado. Aqui no Brasil a coisa está engatinhando e muita gente custa pra entender que isso é extremamente importante pro estilo que tanto defendemos e que o elemento-chave que está em jogo é o nosso RETORNO pra que mais séries venham mais e mais. Sem retorno, nenhuma distribuidora vai querer investir no produto.

E os detratores de plantão seguem fazendo aquele mimimi dizendo que Danilo difamou as fansubs e coisas do tipo. Pura bobagem. Não só ele como outras pessoas e meios ligados à divulgação do tokusatsu vivem conscientizando sobre esse problema. Eu sou um dos tais e de dois anos pra cá ainda tem gente que acredita que sou contra fansubs por isso (sendo que jamais escrevi tal absurdo neste espaço).

Por partes: o assunto não tem nada a ver com séries que estão fora do mercado no Brasil como Kamen Rider (ou seja, não tem direitos no país), por exemplo. E sim sobre séries que estão por aqui sim e são copiadas descaradamente por algumas fansubs. É preciso deixar bem claro que não são todas e já vi algumas do mesmo ramo que apoiam materiais legalizados no Brasil assim como os norte-americanos.

Quanto ao Carranger, a série Super Sentai chega aos EUA e antes disso os fãs gringos só conheciam através das fansubs. Não é porque tem fã que vai adquirir o novo material que ele seja ingrato com quem ajudou a divulgar quando não se tinha mercado. No Brasil só vai chegar quando alguma distribuidora reconhecer o quão rentável isso pode ser ou não. Depende só da gente e de mais ninguém. Consciência. Bom, que tal parar com essa birra e começar a repensar seus conceitos?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Reprise de Kamen Rider nas sextas à noite?

Ex-Aid fazendo o convite para sua suposta reprise (Foto: Reprodução)

Essa dúvida sempre me perseguiu desde a época do Kamen Rider Drive, revirei por várias fontes oficiais pela internet afora e jamais encontrei a resposta pra minha seguinte indagação. Por onde acontece a reprise das séries Kamen Rider nas noites de sexta-feira na TV japonesa?

Então, sempre que assisto aos episódios de Ex-Aid, por exemplo, rola uma mensagem onde ele convida para assistir ao próximo episódio. Todos devem saber que as séries Heisei Kamen Rider ocupam as manhãs de domingo da TV Asahi há 17 anos sempre na faixa das 8h. Mas de uns dois anos pra cá rolam algumas legendas dão a entender como se realmente tivesse uma reprise nas noites de sexta (金 ou 金曜日). Desde então sempre procurei na grade de programação da própria emissora e nada de Kamen Rider (仮面ライダー) no horário. Mas é fácil encontrar os veteranos Doraemon (ドラえもん) e Shin Chan (クレヨンしんちゃん) no mesmo período.

Tá mais que na vista que é mais uma adaptação da TV-Nihon. Não é questão de ser ou não ser contra fansubs nem detoná-las, entenda. O fato é que a fansub gringa é conhecida por fazer alterações em alguns diálogos e isso não é de hoje. Apesar dos pesares, ela é referência de várias traduções de inglês para português de séries tokusatsu em divulgação por meios alternativos.

E fica a pergunta que não quer calar: onde passa a reprise do Kamen Rider nas noites de sexta-feira no Japão? Quem puder responder essa dúvida cruel ganha um doce.

PS: Coloquei os caracteres em parêntese para facilitar a pesquisa, caso haja alguma sombra de dúvidas.

Kamen Rider Ex-Aid tenta ser bacana, mas exageros atrapalham

Ex-Aid na forma Double Action Gamer Level XX

Tá certo que o visual de Kamen Rider Ex-Aid é pra lá de horrível e assustou muita gente (pelo menos no Brasil) antes da estreia. O que não era motivo naquela época em fazer um tempestade em copo d'água com todo tipo de comoção. Andei tirando o atraso e agora que se passaram 14 episódios dá pra comentar.

Pelo visual de Ex-Aid, dos outros Riders e da Poppi Pipopapo, era de se esperar algo no mínimo infantiloide. E é isso mesmo que a série carrega. Ex-Aid tenta ser uma série agradável, divertida e engraçadinha. Mas o excesso de cores dos próprios heróis, efeitos psicodélicos dos golpes e aquela forma a la Kabutack e Robotack (os dois últimos Metal Heroes) estragam tudo. Tudo bem que a intenção da Toei é homenagear games de sucesso como Super Mario Bros., por exemplo. Só que forçar a barra é demais.

No início da série comentei sobre a personagem Asuna Karino (Ruka Matsuda), a Poppi Pipopapo, e disse que ela é um personagem dispensável. Ela é bonita e graciosa? Sim, mas espalhafatosa demais. Fora que é muito gasguita e afasta todo tipo de interesse. Como Asuna ela se comporta como uma enfermeira madura e de vez em quando se solta como Poppi. E o que é aquele "Jingle Bell" no episódio de Natal? Uma lástima.

Voltando sobre a série em si, Ex-Aid tenta ter personagens carismáticos. O único que me convenceu até o momento foi o Kiriya Kujo/Kamen Rider Lazer (Hayato Onozuka) que se sacrificou no mesmo episódio de Natal. Uma pena, pois ele tinha tudo pra crescer durante a trama. Já Emu Hojo/Ex-Aid (Hiroko Iijima), Hiiro Kagami/Brave (Toshiki Seto) e Taiga Hanaya/Snipe (Ukyo Matsumoto) são aquela coisa. Carinhas bonitinhas sem o menor talento e nada mais que isso. Seus personagens ainda não estão no ponto e talvez demore mais pra conquistar o público. Quem merece algum destaque é Kuroto Dan/Genm (Tetsuya Iwanaga), que alias ficou muito bem no nível 10 do vilão.

Atualmente em Kamen Rider Ex-Aid há uma reviravolta com a epidemia do vírus Bugster em humanos. A trama está ganhando um peso a mais de seriedade. Isso é bom para o roteiro e uma boa chance pra quem está saturado das séries da Toei. Independente disso, os exageros vão continuar nos torturando até o final. Pode anotar.

E que saudade de Kuuga, Faiz, Blade, Double, Gaim, etc. Ainda bem que temos os Amazons de volta em abril.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Satan Goss reaparece em trailer de Gavan vs. Dekaranger

Esta quinta-feira está um dia especial com trailers de Power Rangers e Logan. Agora é a vez do Space Squad: Gavan vs. Dekaranger. Neste vídeo vemos alguns elementos conhecidos por publicações como a volta de MacGaren. O eterno arqui-inimigo de Jaspion chega detonando com um hissatsu waza jamais visto de sua espada. Outra novidade é a aparição de Satan Goss. Assista o trailer:


Space Squad: Uchuu Keiji Gavan vs. Tokusou Sentai Dekaranger tem lançamento no Japão em 19 de julho. Antes tem o prólogo Girls in Trouble: Space Squad Episode Zero em 17 de junho. Ambos direto-para-vídeo.

Power Rangers tem vídeo frenético entre os heróis

Os Power Rangers do cinema (Foto: Divulgação)

Depois de meses de muito suspense, saiu o segundo trailer do novo filme de Power Rangers. Diferente do vídeo anterior, esse novo vídeo mostra o quinteto de Alameda dos Anjos tentando lidar com seus superpoderes. Finalmente vemos Bryan Cranston (de Breaking Bad) e Elizabeth Banks (de Jogos Vorazes) respectivamente como Zordon e Rita Repulsa. Além de Alpha 5, Goldar, Bonecos de Massa e Megazord em cena. Dê uma olhada: 


O filme estreia no Brasil em 23 de março. A direção é de Dean Israelite.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Shin Godzilla apresenta evolução do tokusatsu e história tediosa

A nova versão do monstro gigante

O ano 2016 foi difícil em vários aspectos, porém especial para o estilo tokusatsu. Quem brilhou de verdade foi Ultraman com cinquentenário celebrado com louvor. Já Kamen Rider e Super Sentai tiveram seus altos e baixos, demonstraram constantes sinais de cansaço e comemorações tímidas dos respectivos 45 e 40 anos de franquias. Godzilla completou seis décadas em 2014. Neste mesmo ano vimos uma espetacular versão hollywoodiana. Durante o período, a Toho já cuidava da produção de um novo filme.

Shin Godzilla (ou Godzilla Resurgence) é dirigido, escrito e editado por Hideaki Anno, em parceria de Shinji Higuchi (ambos trabalharam no anime Evangelion). A dupla mostrou como transformar velhos recursos de efeitos especiais criados pelo lendário Eiji Tsuburaya - o que faz o tokusatsu ser o que é - em algo muito mais majestoso que consegue chegar aos pés de filmes catástrofe dos últimos tempos como Independence Day ou mesmo o aclamado Círculo de Fogo. O reboot de Godzilla elevou o nível do tokusatsu e isso provavelmente irá se refletir em futuras produções cinematográficas.

A trama não tem relação com os filmes anteriores e mostram o novo Godzilla num processo gradativo de evolução. Á primeira vista o espectador pensa que pode se tratar de um kaiju rival, mas logo nos damos conta com sua transformação. Infelizmente nenhum monstro foi repaginado, fazendo com que este Godzilla seja a única criatura a devastar Tóquio. Enquanto os efeitos especiais são elevados, o desenvolvimento deixa o filme chato.

O estrelato divide a atenção dos personagens dos atores Hiroki Hasegawa e Yutaka Takenouchi - respectivamente como o Secretário Adjunto do Gabinete Rando Yaguchi e o Assistente do Primeiro Ministro Hideki Akasaka. Ambos passam todo o filme discutindo meios de deter a criatura gigante. O clima é tenso até mais do que deveria. Ao desenrolar surge Satomi Ishihara como Kayoko Ann Patterson, uma enviada especial da Casa Branca com pose, digamos, salto-alto. Em alguns momentos ele dialoga em inglês carregado e com direito a mencionar o nome americano de batismo do kaiju. Apesar de Ishihara dizer que seu inglês é "frustrante", a atriz conseguiu transmitir fluência e fugiu das pronúncias em katakana. Apesar de sua graciosidade, esse não foi um ponto forte do filme.

Em tempo, Shin Godzilla ficou em primeiro lugar na semana de estreia no Japão, arrecadando ¥625 milhões. Mais que o triplo do primeiro fim de semana de Godzilla: Final Wars, de 2004. Estreou em outubro do ano passado nos EUA com distribuição da FUNimation e arrecadou $1.9 milhões em apenas um mês de exibição nos cinemas. Por enquanto, nenhuma previsão no Brasil. Caso aconteça, um mero lançamento direto-para-vídeo seria suficiente. Shin Godzilla tem efeitos primorosos da dupla Anno/Higuchi. Mas em roteiro, não é melhor que o recente longa americano que está prestes a fechar trilogia até 2020.

EUA estão ultrapassando o Brasil com mais Ultraman

Filme de Ultraman X teve estreia em convenção americana

Enquanto Carranger está para ser lançado nos EUA (veja aqui), os filmes de Ultraman Ginga e Ultraman X também preparam terreno por la. Essa última notícia passou despercebida por muita gente na tokunet brasileira nesse fim de ano e merecia destaque. Dê uma olhada no portal gringo The Tokusatsu Network, onde tem maiores detalhes. Estes novos lançamentos de Ultra na terra do Tio Sam ganham dublagens assim como aqui tiveram os lançamentos da mesma franquia pela Focus Filmes. É preciso que se diga que esta não é a primeira vez que filmes das séries Ultra são lançados nos EUA.

A diferença é que os filmes de Ginga e X pré-estrearam na convenção Comic Book Sci-Fi de Los Angeles no primeiro fim de semana do ano. Algo do tipo jamais aconteceu por aqui com a franquia. Isso porque tokustatsu é bem mais trabalhado, mais rentável e mais cultuado nos EUA do que no Brasil. Não que por aqui não seja, entenda. É que aqui falta um marketing mais agressivo e audacioso para divulgar novos títulos, ditar modas pra nichos, além de promover maior unidade e consciência de uma boa fatia de fãs do estilo.

Em nosso país, o que está salvando o mercado são os canais de streaming. Nos EUA também. Só que, por sinal, o mercado de home-video de séries japonesas continua ultrapassando limites com títulos inéditos e ganhando retorno do público. Aliás, não pense que os americanos ficam presos ao eixo Rider/Sentai. Tem muito mais coisa que foram lançadas por lá como Godzilla, Kyodai Hero, Kamen Rider, etc.

Aqui no Brasil ainda tem alguns lançamentos. Mas de vez por outra sempre tem aquela barreira que não deixa o mercado home-video de tokusatsu crescer. Aqui acolá vemos por aí pessimismo, achismo, desinformação, mimimi, pirataria, saudosismo excessivo e por aí vai. Tá mais que na hora do brasileiro parar de reclamar tanto de barriga cheia e começar a se espelhar nos gringos. Certamente a história poderia mudar.

Vale lembrar que ao todo, as séries Ultra conseguiu ultrapassar as séries Metal Hero com 14 contra 10 (desde Ultra Q até Ultraman Orb). Isso considerando as séries exibidas na TV no século passado até os recentes lançamentos via streaming. Os Ultras se destacam no Brasil também por filmes e gaidens lançados.

Fica minha torcida pra alguma distribuidora começar a pensar grande e investir em mais Super Sentai e Ultraman inéditos. Merecemos, né?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Barry Kahn é o vilão mais bizarro que já apareceu em Dragon Ball

Barry Kahn de volta em Dragon Ball Super (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Dragon Ball Super está numa fase onde está revisitando alguns elementos das séries clássicas da franquia de Akira Toriyama. Nestas duas últimas semanas o foco foi no Grande Saiyaman. Gohan agora é casado com Videl e juntos cuidam da pequena Pan. A ideia era a gravação de um filme onde o Grande Saiyaman contra o Mr. Satan. Logo, alguém deveria interpretá-lo. Ninguém sabe que Gohan é o verdadeiro Grande Saiyaman, a não ser as próprias pessoas ao seu redor (Goku e cia).

E quem viveria o herói no cinema é Barry Kahn. Esta não é a primeira vez que ele aparece, pois já o vimos na saga de Majin Boo em Dragon Ball Z. Barry reaparece mais mimado e tramando contra tudo e todos. Quase um Justin Bieber dos animes. Tinha alguns momentos em que ele lembrava aquelas típicas vilãs de novela mexicana que sempre tramavam uma armadilha pra puxar tapete.

Por outro lado, foi um arco bem divertido. Ver o Gohan vestindo mais uma vez o traje do super-herói improvisado de sua adolescência e despertando o affair de uma idol que também era estrela do filme. Sorte do Gohan por ser fiel e por Videl ter plena confiança nele. Tudo isso além do ataque do parasita Watagash que pode voltar num arco mais consistente.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Com Carranger, EUA ultrapassam o Brasil em séries Super Sentai

Os Carranger

A americana Shout! Factory segue em frente investindo em mais séries da franquia Super Sentai em home-video. Desde 2014 a empresa vem lançando séries como Zyuranger, Dairanger, Kakuranger e Ohranger. Todas adaptadas nos EUA como Power Rangers.

A partir de 25 de abril o público gringo vai poder conferir oficialmente a série Gekisou Sentai Carranger, mais popular no ocidente como Power Rangers Turbo.

Esta é a quinta série Super Sentai lançada oficialmente nos EUA. Este ultrapassa o Brasil que ainda soma quatro séries da franquia lançadas oficialmente. O último lançamento foi Maskman, distribuído pela extinta Everest Vídeo e exibido pela também extinta Rede Manchete entre 1991 e 1999.

Apenas Changeman e Flashman estão atualmente em exibição no Brasil, pelo canal de streaming Wow! Play.

Veja a capa do DVD-box de Carranger:



terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Tokushare acerta em deixar de piratear séries legalizadas; mas faltam imediatismo e incentivo

Ultraman Orb é a mais nova série tokusatsu no Brasil

Faz muito tempo que deixei de falar sobre esse tipo assunto e hoje volto com uma boa razão. O site Tokushare (esta é a primeira vez que cito um nome de uma fansub) anunciou na noite desta segunda (2) que vai deixar de vai deixar de disponibilizar séries legalizadas no Brasil. Uma decisão bastante acertada e que deveria ter acontecido há muito tempo.

O Tokushare é bem conhecido pelos nicho brasileiro que acompanha tokusatsu por divulgar séries do gênero, além de séries de anime e drama. É preciso que se diga que a grande maioria destes títulos são inéditos no Brasil e alguns deles tiveram direitos expirados há zilhões de anos. Claro, todos com a finalidade de divulgação. Até aí, nenhum problema.

O controverso é que o Tokushare disponibilizava (ou ainda disponibiliza) ilegalmente para download algumas séries e filmes com direitos no Brasil. Muitos destes títulos lançados em DVD e principalmente em streaming. Todos aqui sabem (ou deveriam saber) que as franquias que estão em alta nas novas mídias são Ultraman e Power Rangers.

Porém ainda faltam duas coisas essenciais para a tomada de decisão se concretizar:

1) Falta imediatismo

Segundo o próprio Tokushare, os links das séries pirateadas vão ficar disponíveis até o final de fevereiro. Ou seja, mais dois meses no erro. Em relação às fansubs gringas acontece exatamente o contrário. Quando uma nova série aparece com direitos, as mesmas apagam para justamente não competir nem atrapalhar o mercado. É justo e lógico. Volto a citar aqui que quando Ultraman Leo chegou mundialmente via Crunchyroll, uma sub dos EUA apagou os links antes mesmo do projeto de legendagem desta mesma série ter sido concluída.


2) Falta incentivo

Há algumas pessoas que estão dizendo que não vão poder ter "sua série" pra download. O fato de você assistir uma série tokusatsu não te faz ser dono dela. Se algumas delas serão apagadas dos links pra download, é porque as mesmas tem direitos em nosso país. E se tem direitos, o que custa valorizá-las? No caso dos streamings - apesar dos 2% de imposto sancionados pelo presidente Temer - os custos são irrisórios. Pra assistir "sua série" favorita é fácil: é só dar o play e curtir sem problemas. Todos só tem a ganhar e você sente menos peso no tempo, sono e espaço no HD. Isso também é mais qualidade para as próprias fansubs, pois elas podem focar na legendagem de títulos que estão parados e/ou que nunca foram trabalhados/divulgados. Infelizmente são poucas subs brasileiras que pensam dessa forma.


Apoiar séries japonesas legalizadas no Brasil não é ser contra as fansubs e muito menos divulgar os serviços pra ganhar assinatura vitalícia em troca. Eu mesmo critiquei essa pirataria há uns dois anos atrás. Muita gente ainda acha que tenho "ódio mortal contra as fansubs" e esta mesma gente é nota zero em interpretação de texto. Isso é bobagem e argumento de 5ª série. Não sou o único que incentiva. Outros meios como Jbox, TokuDoc, Mega Hero, Herói, entre outros também fazem o mesmo. Todos nós que divulgamos materiais legalizados apoiamos porque curtimos, sabemos da importância de valorizar estes conteúdos (e do resultado que o nosso feedback pode dar) e não ficamos inventando desculpazinhas e botando dificuldade na vida. Temos que fazer a nossa parte e agora o Tokushare está fazendo a dele e da maneira dele. Aliás, não faz sentido nenhum piratear algo trazido oficialmente e acessível. A quem vamos apoiar se continuar assim, não é?

Parabéns, Tokushare. Continuem divulgando o tokusatsu e jamais voltem atrás nesta decisão de não bater de frente contra as séries e filmes legalizados no Brasil. Vocês mesmos também só tem a ganhar e vão entender no futuro quando colherem os frutos desta importante decisão.