quinta-feira, 30 de abril de 2015

Porque você deve aliar Ultraman X ao rol do eixo Rider-Sentai

O mais novo caçula da Família Ultra

Tudo bem, você pode até torcer o nariz e não dar a mínima para a franquia das Ultra Series e preferir Kamen Rider e Super Sentai (o que não é mal nenhum) mais do que qualquer outra franquia de tokusatsu. Mas todo fã do gênero que se preze deveria ter no mínimo alguma curiosidade em procurar acompanhar a franquia. Independente de escala, tempo, quantidade, cronologia ou mais alguma outra termologia adequada à uma sessão/bloco/maratona.

Ultraman X (lê-se: "éks"), a mais nova série da Tsuburaya, estreia em julho que vem. Praticamente é uma prévia das comemorações dos 50 anos da estreia do gigante prateado original da Nebulosa M-78 na TV japonesa, que serão comemorados em 2016.

E porque devemos colocar este novo programa na mesma balança da Toei? Vamos começar por um simples fato: Ultraman é praticamente uma paixão nacional (no Japão, claro) das séries de todos os tempos. Algo próximo acontece entre os fãs americanos. Sinceramente não consigo entender qual o problema no Brasil. A empolgação para uma nova série ou filme da franquia é pífia. Isso pra não dizer que é quase nula. Aliás, Ultraman tem muitos fãs no Brasil, mas a divulgação é tímida diante dos Riders/Sentais. A coisa não deveria ser reduzida assim.

Ultraman X é uma boa oportunidade para todos os amantes de tokusatsu acompanharem semanalmente. No Japão é normal a maioria das pessoas não conseguirem assistir a todas as séries da franquia. Aliás, poucos são os que conseguem assistir a todas as séries de uma grande "família" de tokusatsu, né? Isso é com o tempo e com paciência. Nada que isso venha a impedir de alguém assistir à uma destas de forma isolada ou por curiosidade.

As Ultra Series podem não ser as minhas grandes favoritas (como particularmente são os Metal Heroes), mas tenho uma profunda admiração e tenho minhas prediletas na ponta do lápis. Ultraman é um gênero que jamais deveria ser apagado da memória e do interesse dos fãs brasileiros de tokusatsu. E digo mais: é uma porção de "muito mais além" do que qualquer modinha feita para Rider, Sentai ou até mesmo pros heróis da Geração Manchete, como acontece por aí em algumas áreas da tokunet brasileira. Entenda, não estou dizendo que é errado ver estas séries. Eu mesmo assisto as mesma, mas procuro me atualizar e mudo o meu foco em outras séries do passado e do presente. E é assim que se ultrapassa barreiras de algo que admiramos.

Voltando sobre o Ultraman X: pelo o deu pra tirar da sinopse, tem tudo pra ser mais séria. Ainda é cedo, mas é uma boa expectativa e que pode vir a nos surpreender. É preciso prestar bem atenção nos detalhes e referências que podem surgir no decorrer da trama. No mais, é um bom momento pra analisar e criar nossas próprias impressões no mesmo ritmo cantado tradicionalmente em fevereiro (Sentai) e outubro (Rider) de cada ano.

Como disse numa outra oportunidade aqui neste espaço: Ultraman é um gênero que tem o seu valor quanto às grandes franquias da "toda-poderosa". E sua divisão de conceitos e também de multi-versos são grandes diferenciais a serem debatidos na net afora.

Ah, uma sugestão: Ultraman poderia muito bem virar um tema específico para o dia do tokusatsu no ano que vem. Quem sabe isso desperte um justo interesse pelos Ultras, hein? Seria bacana.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Impressões sobre Vingadores: Era de Ultron


O filme Vingadores: Era de Ultron está em cartaz no Brasil desde a última quinta, 23 de abril (nos EUA estreia em 1 de maio), e já é um sucesso garantido de bilheteria e popularidade, devido ao sucesso do primeiro filme e das expectativas geradas nestes três últimos anos.

Desde já aviso que esta não é uma resenha completa, e, por ora, deixo aqui umas breves impressões. Pra quem ainda não viu e está fugindo de spoilers, fique tranquilo.

Vamos lá. Era de Ultron tem grandes efeitos especiais, o que já supera muito no quesito de qualidade das produções cinematográficas da Marvel. Ainda não é melhor que o primeiro filme (de 2012), mas consegue prender a atenção em vários momentos importantes. Os primeiros 30 minutos dão uma boa introdução, com direto a um momento de descontração dos heróis. A santa presença de Stan Lee é imprescindível e por mais que ele esteja só de passagem (como manda a tradição), não deixa de ser algo curioso. Aqui ele fez uma cena bem engraçada e que pode virar um clássico algum dia no futuro.

Todo o elenco principal é impecável (e não dá pra duvidar disso), mas desta senti falta daquele velho sarcasmo de Robert Downer Jr. (Tony Stark/Homem de Ferro). Não foi o mesmo de antes. Não que ele não estivesse bem, pelo contrário. É um ator admirável. Tivemos um romance interessante entre dois integrantes da equipe e que deve ser bem observada pelos conflitos e diferenças entre eles.

O filme tem um ótimo desenrolar, mas nada que deixe tão marcante quanto o primeiro filme. Mas o final da aventura é determinante para a terceira aventura que será dividida em duas partes. 2018 e 2019, respectivamente.

Vingadores: Era de Ultron é um filme bem detalhado e é algo que deve ser bem apreciado, tanto os inveterados em HQ quanto simpatizantes. Quem não acompanhou os últimos filmes, pode encarar como uma aventura isolada, o que fica bem difícil para compreender.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Yuuta Mochizuki como Issamu Minami?

Todo fã de tokusatsu que se preze deve conhecer o ator Yuuta Mochizuki pelos papeis de Geki/TyrannoRanger (da série de 1992 Kyoryu Sentai Zyuranger) e Koji Segawa/Kamen Rider J (do filme de 1994 que leva o nome do herói). O que poucos fãs brasileiros devem saber é que o ator fez uma participação especial no episódio 13 de B-Fighter Kabuto (em 1996). Poderia ser uma participação como de qualquer outro ator veterano se não fosse por um detalhe importante: é que seu personagem, que é um motoqueiro, aparece com uma jaqueta que provavelmente teria sido a mesma usada em 1988 por Tetsuo Kurata para interpretar Issamu Minami (Kotarô Minami no original) na reta final de Kamen Rider Black. Veja as imagens:








Compare agora com o look de Issamu:



Créditos de captura: Carlos "RX" Henrique (Grupo Henshin Gattai)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Você tem certeza que odeia a Rede Globo?

Tem certeza mesmo? (Foto: Reprodução/Globo)

Então, a Rede Globo completou seus 50 anos neste domingo (26) e é motivo pra comemorar. Ora, por que não? Todos assistem a emissora, mesmo que seja pra dar uma zapeada. Fala a verdade. Tudo bem que a Globo foi autora de várias controvérsias históricas. Mas é praticamente impossível a imprensa ou o público geral não se voltar a atenção para ela. Os próprios ajudaram ao longo deste meio século a formá-la como a emissora número 1 do Brasil (como dizia um slogan da mesma nos anos 80) e isso é fato. Mesmo que em certos casos ela não tenha merecido.

Por tudo o que a Globo é e foi no passado, ela carrega uma relação de amor e ódio ou de carne e unha com o público brasileiro. Querendo ou não. Eu já vi muita gente dizer que odeia a emissora carioca e que não assiste de jeito nenhum. Mas de alguma forma ou de outra tá sempre atento ao que acontece por lá e assiste mesmo de alguma forma. E não dá pra tirar a sua importância quanto à historicidade em diversos fatos nacionais e internacionais ao longo do tempo. Ou mesmo de grandes eventos.

Outros dizem pela net afora que órgãos de imprensa criadas por emissoras "concorrentes" não podem jamais falar ou criticar um programa da Globo. Isso é um absurdo, pois a própria liberdade de expressão garante isso e é mais do que válido. Eu mesmo posso apontar falhas e acertos num determinado programa da emissora, como ela também poderia fazer o mesmo com qualquer outra emissora se quisesse. Normal. E pra provar que tal liberdade é recíproca, até o próprio SBT felicitou a Globo numa publicação impressa na semana passada. E é assim como a Globo anda fazendo paródias com programas da emissora de Silvio Santos e até da Record (de Edir Macedo). É só pesquisar e analisar antes que qualquer sentença pra ver que isso é real e o tal tabu está sendo quebrado pela própria Globo com o passar do tempo. No mais: todas as principais emissoras abertas brasileiras amam a Globo e ninguém pode negar. Se elas dão audiência pra Globo, ela também faz o mesmo, até pela nonsense briga pela audiência.

No fim das contas, a Globo sempre foi e sempre continuará fazendo parte da memoria afetiva do público em geral e da nossa cultura pop nacional. Mesmo que você jamais admita isso, também já parou pra ver o que tá passando na programação. Do contrário, quem nunca assistiu, que atire a primeira pedra. Enfim, não dá pra fugir do fato de que a Globo é o xodó do brasileiro, nem que seja só pra zoar mesmo. O Militante Pernambucano (personagem de Marcelo Adnet) que o diga.

Falando de um modo bem particular, posso não acompanhar uma novela global da atualidade (embora eu tenha uma certa apreciação por novelas oitentistas). Mas acompanho o seu jornalismo, que (apesar dos pesares) ainda é o melhor da TV aberta em termos de qualidade e estética. De qualquer forma, vários programas e séries que passaram por lá ainda estão na memória de alguém. Mesmo que este alguém seja um "hater" de uma esquina qualquer.

E uma salva de cinquenta plim-plins.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dohko promove uma batalha forçada para Aldebaran em Alma de Ouro

Dohko apresentando o seu companheiro para o oponente (Foto: Reprodução/Daisuki)

O segundo episódio de Os Cavaleiros do Zodíaco - Alma de Ouro já está no ar (se você ainda não sabe como assistir por vias oficiais, saiba aqui e dê essa força pra Toei) e tivemos duas lutas paralelas. De um lado, Mu de Áries que enfrentou o terrível Guerreiro Deus Fafner de Nidhogg. Do outro, tivemos um outro Guerreiro Deus chamado Hércules de Tanngrisnir.

De início poderíamos pensar que Dohko de Libra assumisse a batalha contra este. Mas sendo bem descontraído num momento sério, Dohko acabou jogando uma "batata quente" nas mãos de Aldebaran de Touro. Ou seja, pra limpar sua barra após ter perdido feio de Shido de Mizar no início da fase clássica de Asgard. Foi meio forçado, mas algo bem engraçado pra quebrar o gelo. E que deve acontecer em CdZ de vez por outra e na medida certa.

O legal desse episódio foi a interação paralela das dúvidas de Mu e principalmente de Aldebaran por não saberem o porquê deles estarem em Asgard e o motivo pelo qual estão realmente lutando. Foram poucos minutos (se comparados à quantidade de episódios as lutas levavam antigamente), mas suficientes para mostrar o caráter valoroso do Cavaleiro de Ouro brasileiro (paraense como revelado há algumas semanas pela Bandai).

Olha, se tivermos duas batalhas paralelas como no episódio de hoje, será até mais fácil de deixar a segunda metade da trama de 13 episódios. O que deve superar a atual fase de batalhas dos Cavaleiros de Ouro contra os novos Guerreiros Deuses. Assim esperamos.

E tem uma frase que Mu disse para Lyfia no começo do episódio: "O Leão adormecido. Ou melhor, o Leão que já dormiu demais espera por você."

Épico.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Top 5 de temas de Roque Santeiro


Neste fim de semana a Rede Globo completa seus 50 anos. Devo ter comentado alguma vez por aqui, mas tenho uma certa apreciação (queda) por produções mais antigas da TV brasileira. E dentre as novelas da Globo, tem uma que é a minha favorita e está prestes a completar 30 anos de suas estreia. Roque Santeiro (1985~86) é uma obra prima da teledramaturgia brasileira e que deve ser assistido por todos. Até mesmo por quem não assiste novelas com frequência. E não é só mais uma novela não. Tem várias peculiaridades a serem analisadas e uma delas é a trilha sonora. E aqui estou para elencar o meu top 5 das músicas de Roque Santeiro. Algumas canções cantadas por Wando, Elba Ramalho e Roupa Nova - que são artistas do meu favoritismo - ficaram de fora por ter outras canções que acabam sendo as mais belas, na minha opinião. Em breve falarei mais sobre a novela. Sem mais delongas, confira a o meu setlist:

5) "Entra e Sai de Amor - Altay Veloso (tema de Tânia e Padre Albano)





4) "Mil e Uma Noites de Amor - Pepeu Gomes (tema de Linda e Gerson)




3) "Sem Pecado e Sem Juízo" - Baby Consuelo (tema de Linda e Gerson)




2) "Mal Nenhum" - Joanna (tema de Ninon e Delegado Feijó)



1) "Coração Aprendiz" - Fafá de Belém (tema de Tânia)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Chappie, uma relação de amor e ódio entre o público

O sofrido robô-título do filme

Sem muita divulgação e praticamente despercebido pelo publico geral, Chappie estreou nos cinemas brasileiros na última semana. O filme é dirigido pelo sul-africano Neill Blomkamp (o mesmo de Elysium e Distrito 9) e mostra um cenário de uma violenta Joanesburgo - a maior cidade da África do Sul - dominada pelo crime e combatida por robôs policiais criados pela empresa Tetravaal.

A trama começa quando o cientista/projetista Deon Wilson (Dev Patel, do filme Quem Quer Ser um Milionário?) é sequestrado por um trio de criminosos. Ironicamente (ou não), dois deles são interpretados por rappers de um grupo local chamado Die Antwoord: Ninja e Yolandi Visser (que tiveram seus nomes artísticos usados para seus respectivos personagens). Eles armam o sequestro para que Wilson crie um robô que possa ser-lhes útil para um determinado assalto planejado por eles.

Mal sabem os bandidos que com Wilson estava um robô que estava para ser ativado (sem permissão) e logo foi batizado como Chappie. O robô, apesar de ter atitudes infantis (por motivos óbvios), é dividido entre seguir os ensinamentos de seu criador ou passar pelo mal caminho do crime.

Chappie é um filme que tenta ser fofo e agradar em alguns momentos. Em troca, abusa absurdamente da violência. É difícil saber se você sente pena do robô ou raiva do mesmo. Passa perto de ser um Jonny 5 em alguns momentos pela sua inocência e carisma. Mas tudo isso vai por água abaixo quando sofre as consequências de sua (má) educação e falta de compreensão do mundo real.

O filme em si é estranho e sua conclusão é bizarra. Sigouney Weaver não teve uma grande participação que ajudasse o enredo. Ela não passou de uma chefona mandona. Hugh Jackman também esteve presente no elenco e estava totalmente irreconhecível. Talvez pelo seu penteado horroroso (pra não dizer lambido) que estragou o seu visual. Curiosamente, o ator Sharlito Copley é escolhido pela terceira vez consecutiva por Blomkamp para participar em seus filmes. Aqui ele interpreta a voz de Chappie e aparece rapidamente em uma das cenas finais. Copley aparecerá em Alien 5 como um Xenomorfo. Outro filme que será dirigido por Neill Blomkamp.

Chappie estreou nos EUA em março deste ano e foi repudiado pela crítica. Além de ter sido um fracasso na bilheteria mundial. Seguramente um fiasco e isso está estampado na testa do robô.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Nostalgia: Tru Calling está há 10 anos sem um desfecho

O elenco principal de Tru Calling

Pode não ser uma série tão conhecida ou lembrada, mas foi uma que terminou injustiçadamente e deixou com gosto de quero mais. Tru Calling era um drama sobrenatural que iniciou nos EUA em 30 de outubro de 2003, pela Fox local. No Brasil a série estreou no primeiro semestre do ano seguinte, na versão brasileira do "canal da raposa". Foi estrelada por Eliza Dushku, conhecida como a filha de Shwarzenegger no filme True Lies (1994), pela assassina Faith nas séries Buffy, a Caça Vampiros (1997-2003) e Angel (1999-2004), além de viver a protagonista Echo em Dollhouse (2009-10).

A história é sobre Tru Davies, uma estudante de medicina que começa a trabalhar num necrotério. Eis que quando esta estava sozinha na sua primeira noite de trabalho, ela vê um corpo de uma mulher abrir os olhos e dizer "Help me" (Me ajude). Tru acaba voltando no mesmo dia, exatamente no momento em que acordou. Descobrindo que tem um raro e estranho dom de voltar ao tempo quando tem este rápido momento de comunicação com os mortos, ela percebe que tem a missão de salvar a pessoa que clamou por sua ajuda.


A premissa é interessante e já teve um episódio onde Tru teve que salvar mais de uma pessoa em perigo no mesmo dia. Como suporte de roteiro, ela conta com seu irmão e de seus amigos. Embora parte deles não saibam do seu segredo. A trama começa a tomar outro rumo quando aparece o personagem Jack Harper, vivido por Jason Priestley (mais conhecido como Brendan Walsh da série Barrados no Baile). Isso tudo pra complicar a vida de Tru, pois o rapaz tem o mesmo dom que ela. Porém o usa para preservar o que ele define como "mão do destino" da vida das pessoas. O desenrolar desta luta acaba por ligar uma ponte para uma possível relação com a morte da mãe de Tru no passado.


Jason Priestley na pele do
 vilão Jack Harper

Infelizmente, provavelmente por incompetência da emissora americana, Tru Calling teve sua segunda temporada atrasada. Mais precisamente do final de 2004 para o final de março de 2005. Isso porque a Fox acabou mexendo na programação da então nova temporada e isso causou o seu cancelamento prematuro. Houve também os indícios de baixa audiência no final da primeira temporada. Causando assim um cliffhanger na série. Havia planos da Fox para filmar um series finale, mas isso nunca aconteceu.

Tru Calling foi criado por Jon Harmon Feldman. O mesmo de outros trabalhos conhecidos como Anos Incríveis, Dawson's Creek, Roswell, Reunion, etc. Teve sua primeira temporada completa de 20 episódios, indo ao ar regularmente até o final de abril de 2004. Já a segunda temporada, após os contratempos citados, teve estreia no dia 31 de março de 2005, com duplo episódio. Dos seis episódios gravados para esta temporada "final", apenas o último produzido não foi ao ar. Sendo lançado apenas durante uma maratona realizada pelo canal Sci-Fi Channel, em 21 de janeiro de 2008. Por sorte, os brasileiros puderam conferir este final muito antes dos americanos.

Tru Calling foi ao ar pela última vez pela Fox americana no dia 21 de abril de 2005. Deixou saudades para o pequeno público que curtia esta boa série. 

Merecia um justo e digno final.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Isla, a ginoide de Plastic Memories, é complicada; ao mesmo tempo em que consegue conquistar

Plastic Memories é um título bem peculiar pra quem curte um bom romance. Mas a trama é um tanto atípica para os padrões. O que acontece é um amor platônico por uma ginoide que 


tem dias contados para viver. Bem, o terceiro episódio, exibido neste sábado, transpareceu melhor isso e de forma mais cômica.

Tsukasa Mizugaki, o marksman de Isla, teve que levá-la para morar com ela. Não que isso tivesse ou tenha que chegar para o lado das segundas intenções (embora pareça pegar mal para alguns de seus colegas). Mas chega a ser meio constrangedor para o jovem. Muito mais ainda pelo fato de Tsukasa ser apaixonado pela robozinha.

O episódio em si foi engraçado pelas várias tentativas de Tsukasa em querer chegar junto de Isla. Isso no sentido de se comunicar com ela, uma vez que é sua parceira. Ele podia muito bem tentar conversar sem fazer estripulias, mas foram vexames bem engraçados e que serviram para quebrar o gelo do clima da série, que é bem mais sério. Por outro lado, a ginoide também não ajuda.

Isla pode não fazer o mínimo esforço pra sorrir, conversar ou não ter motivo algum pra se socializar. Ela vive cercada de seus afazeres e sabendo que não viverá muito tempo. Ainda sim consegue ser fofa (kawaii) e tem algo diferente na personagem que faz com que o público passe a simpatizar com a mesma. Esse algo chega a ser difícil de explicar, inclusive. Espero que ela venha a sorrir no decorrer da série - de apenas 13 episódios - e que isso não fique só no encerramento.

Falando nisso, os temas de abertura e encerramento ("Ring of Fortune" de Eri Sasaki e "Asayake no Starmine" de Asami Imai, respectivamente) são lindas e bem instigantes. Não podem faltar no playlist da otakada de plantão.

Participação dos ninjas vermelhos em Ninninger é mais um épico digno do Super Sentais

Os Ninninger e seus predecessores

Ainda não tinha comentado, mas não posso deixar passar em branco. Há alguns dias tivemos o tal encontro de Ninninger com Sasuke/Ninja Red Sasuke e Yousuke Shiina/Hurricane Red. Ambos respectivamente líderes do Ninja Sentai Kakuranger e Ninpuu Sentai Hurricaneger.

Foi um encontro bacana com duas gerações ninjas anteriores dos Super Sentai. Aqui eles apareceram como os seus sênseis e ensinaram ao novo esquadrão técnicas para aperfeiçoamento nas suas batalhas.

Confesso que quase tive uma decepção com Takaharu por ter tirado uma nota baixa e ter supostamente morrido (ora, em algum jeito ele daria pra sobreviver). Mas o Akaninger mostrou que é esforçado e que driblou o ataque do Youkai Nekomata, quando se perdeu no portal do tempo que o levou para o ano de 2005. Takaharu ainda está longe de chegar aos pés dos red ninjas antecessores, obviamente. Mas é notória a sua dedicação. Ainda é cedo pra dizer se ele será um grande e memorável líder. Particularmente, acredito que sim e a tendencia ainda é positiva.

Pra quem não sabe, o episódio estava programado para ir ao ar no dia 5 de abril. Data esta em que a série Himitsu Sentai Gorenger completou 40 anos de sua estreia no Japão. Porém só foi ao ar no dia 12 por conta do delay ocorrido pela cobertura do assassinato de um jornalista japonês nas mãos do Estado Islâmico, no início de fevereiro. Tivemos então uma breve passagem de Akaranger, da equipe pioneira dos Super Sentais. Apesar de rápida foi significativa e de grande valor, lembrando do seu cuidado/apoio com as 39 equipes.

Como disse há alguns dias atrás, ainda não é aquela comemoração grande e oficial de 40 anos da franquia como haverá no ano que vem, com a sucessora de Ninninger. Mas vale como uma prévia, já que o aniversário (de fato) é de Gorenger. A homenagem foi bonita.

sábado, 18 de abril de 2015

Kamen Rider Drive tem o episódio mais idiota e revelação pode matar de vez a série

Shinnosuke ao se transformar em Kamen Rider a público

Incrível como a Toei se permite jogar suas próprias séries ao ralo, e agora mais do que nunca. Depois da mancada decisiva em separar os mundo dos Riders do mundo dos Sentais (o que havia sido afirmado muito antes dos crossovers recentes, se observarmos bem a partir desta análise), agora o estúdio - na pessoa do roteirista Riku Sanjô - coloca a série Kamen Rider Drive a se perder de vez.

Vejamos o seguinte: Kamen Rider Drive teve uma premissa interessante e que poderia chegar aos pés de Kamen Rider W (Double). Metade desse caminho estava garantido, uma vez que Sanjô fez um excelente trabalho na primeira série da atual fase dos Neo-Heisei Riders. E tais pistas foram colocadas em meio a episódios isolados.

Nem chegou a tanto. Kamen Rider Drive é legal até, mas há muitas falhas e incongruências. Um bom exemplo disso é quanto a identidade do Kamen Rider Proto-Drive que nem foi tão misterioso assim. Já podíamos suspeitar desde o princípio que ele era o Chase, que se tornou um Roidmude após o evento. Não houve uma trama que fosse bem trabalhada a ponto de deixar enigmas. Está tudo muito óbvio.

Ainda sobre o drama de Chase, há a relação entre Kiriko e o vilão, que outrora foi o herói que a salvou no evento da Global Freeze há um ano atrás. O rumo está na base da enrolação e Chase ainda não se decide sobre qual caminho seguir. Se do bem ou do mal.

E o que dizer do episódio desta semana? Eu poderia afirmar que a série já pode acabar a partir do momento em que Shinnosuke se transformou em Drive na frente de todos. O jovem poderia se sair dessa numa boa sem se expor assim, né? Mas tudo já estava sendo descoberto pelos seus parceiros da polícia apenas num único episódio (que poderia ser facilmente isolado se não fosse por este detalhe mortal). Sem contar que o desfecho do episódio 25 foi algo infantil demais e de mal gosto. Talvez pra subestimar a compreensão do público que mais consome os produtos da série no Japão. Agora a equipe da polícia se aglomerou na base secreta do herói e o rumo pode mudar absurdamente.

Olha, a graça de Kamen Rider Drive se perdeu de vez neste ponto, uma vez que o herói se revelou publicamente sua identidade de uma forma irresponsável. Coisa que nenhum outro Rider do passado jamais faria igual. Pense aí quais seriam as consequências disso para o próprio. Primeiro de tudo: ele seria pressionado pela imprensa e pela própria polícia. Ou pior: colocaria seus próprios companheiros em risco.

A única salvação agora está em torno de Chase ao se tornar Kamen Rider Chase no próximo episódio. Mas isso é algo que não dá pra prever e imagniar se isso irá vingar, já que a série anda por esta via imprevisível e autodestrutiva.

A segunda metade da trama pode estar perdida e as consequências deverão ser catastróficas para o próprio roteiro. Isso pra não dizer que a decisão é "kamikaze".

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Nostalgia: Timeline das estreias de tokusatsu da Geração Manchete; + bônus


Já que o ano é de Jaspion/Changeman (especialmente para os fãs brasileiros de tokusatsu, é claro), que tal fazermos uma viagem no tempo para (re)lembrarmos as estreias das séries japonesas da chamada Geração Manchete? A partir de agora voltaremos para o passado para compreendermos melhor a passagem dos lançamentos das séries que pousaram na saudosíssima emissora dos Bloch e por outras emissoras, desde 1988 até 1999. Então vamos juntos embarcar neste Delorean DenLiner de emoções e nostalgia:

AT: Correção de algumas datas de reprises no Brasil


1988


Jaspion e Changeman numa publicação
 japonesa de 1985 

22 de fevereiro - Licenciados pela Everest Video (distribuidora do sr. Toshihiko "Toshi" Egashira) em 1986 e lançados primeiramente em VHS, as séries O Fantástico Jaspion (Kyojuu Tokusou Juspion) e Esquadrão Relâmpago Changeman (Dengeki Sentai Changeman) - ambas de 1985 - estreavam na TV brasileira, via Rede Manchete. A dobradinha fazia parte do programa infantil Clube da Criança, apresentado por Angélica (na época com 14 anos). Jaspion e Changeman também tiveram exibições oficiais no bloco Tarde Criança, da Record, entre 1994 e 1995. Além de passar pelas manhas da CNT/Gazeta, em 1996-97, na faixa das oito horas.


1989


Comando Estrelar Flashman foi atração nas emissoras
Manchete e Record nos anos 90

6 de março - Para dar seguimento ao sucesso das séries anteriores, a Everest aposta no Super Sentai de 1986, Comando Estrelar Flashman (Choushinsei Flashman). A série foi a substituta de Changeman no Japão. Em alguns episódios (no Brasil), a abertura era apresentada com créditos em português. Flashman estreava neste dia no vespertino Clube da Criança, e só na semana seguinte - em 13 de março - estreou no horário matutino, ao lado de Jaspion/Changeman. A série passou pelos blocos Tarde Maior e Tarde Criança, da Record, entre 1 de agosto de 1994 e 12 de agosto de 1995. Também esteve no horário das oito da manha da CNT/Gazeta entre 23 de dezembro de 1996 e 28 de fevereiro de 1997.


O Incrível Ninja Jiraiya teve duas passagens
 pela extinta Rede Manchete

2 de outubro - O licenciamento exclusivo com a Toei Company era caro. Como Toshi não tinha o capital suficiente para bancar este tipo de parceria, a Top Tape subitamente lançaria mais dois tokusatsus para a TV e VHS. Eram as séries Lion Man e Jiraiya. Existia uma campanha de publicidade para tentar equiparar as duas séries. Mas o público infantil não foi nada bobo. Enfim, a primeira série do Lion Man - da extinta P-Productions - exibida foi a do laranja (Fuun Lion Maru, 1973), pois era curta: apenas 25 episódios. Já o Lion Man branco (Kaiketsu Lion Maru, 1972-73), o primeiro da trilogia - se contarmos com Lion Maru G (2006) - teve apenas dez de seus 54 episódios exibidos com uma considerável alternância. Jiraiya, o Incrível Ninja (Sekai Ninja Sen Jiraiya, 1988) foi uma das séries de maior sucesso da Manchete e dispensa comentários. Voltaria à mesma emissora no dia 7 de dezembro de 1998, às 19h15 (horário brasileiro de verão). Fez companhia com o tokusatsu Maskman (que voltaria em janeiro de 1999) e os animes Shurato e YuYu Hakusho e juntos passaram pela TV! (lê-se: RedeTV!) até o dia 10 de novembro de 1999. Aliás, Toshi tinha interesse de relançar a trilha sonora nacional do "ninja olimpíada" em CD, uma vez que o mesmo passou a ter direito de exibição da série.


1990


JIban foi a única série que estreou
durante uma exibição original no Japão

22 de janeiro - Pela primeira e única vez uma série de tokusatsu estreava na TV brasileira ainda em exibição no Japão. Jiban, o Policial de Aço (Kidou Keiji Jiban, 1989-90) era lançada pela Top Tape, com exibição diária pela Rede Manchete, exatamente seis dias antes do episódio final, pela emissora japonesa TV Asahi. Jiban ficou no ar até o final do ano seguinte e jamais teve seus últimos dois episódios exibidos e nunca mais voltou (oficialmente falando) à TV brasileira. A Focus Filmes lançou a série completa em DVD no ano de 2011 e os tais finais ganharam uma dublagem atual até então, reunindo grande parte do elenco original. O saudoso e inigualável dublador Carlos Laranjeira foi substituído por Figueira Jr., conhecido como o Androide 17 de Dragon Ball Z e GT e Fry de Futurama. No dia 14 de julho de 2015, Jiban perde o posto de série japonesa de tokusatsu que veio mais rápido no Brasil. Quem superou foi a série Ultraman X, que é exibido simultaneamente via Crunchyroll.

Goggle V foi a primeiro tokusatsu da geração
 a disputar diretamente com as novelas das oito

12 de março - Mais uma concorrente surgia para a Everest, a fim de difundir (ou saturar) os tokusatsus no Brasil. A distribuidora italiana Oro Filmes lançara as séries Machine Man (Seiun Kamen Machine Man, 1984), Gigantes Guerreiros Goggle V (Dai Sentai Goggle V, 1982-83) e Sharivan, o Guardião do Espaço (Uchuu Keiji Sharivan, 1983-84). Esta última foi guardada como "carta na manga" para estrear posteriormente na programação da Rede Bandeirantes (atualmente atendida como Band). Inicialmente, além da exibição vespertina no infantil TV Criança, foi formada uma dobradinha com o quinteto e o "Super-Homem de olhos puxados", respectivamente, entre 20h30 e 21h30. Curiosamente, as séries chegaram disputando audiência com as últimas semanas da novela global Tieta (protagonizada por Betty Faria), que entrava neste mesmo horário. Goggle V e Machine Man também estreavam juntas nas manhãs da Record, a partir de 5 de abril de 1993. Tiveram exibição oficial pela TV Guaíba - de Porto Alegre - em 1994. Só em agosto de 1995 é que ambas e mais Sharivan voltariam à Record.

Metalder estreou no mesmo dia/hora da estreia da novela
global Rainha da Sucata, com Regina Duarte

2 de abril - Ainda nesta dobradinha, a série Metalder, o Homem-Máquina (Choujinki Metalder, 1987-88) - licenciada pela Everest - estreava num horário digno/justo para a trama. Porém, sem divulgação alguma. Metalder foi lançado às 21h00, logo após um programa partidário gratuito de 30 minutos (excepcionalmente sem a exibição de Goggle V às 20h30). Vale citar que ele estreou no mesmo dia/horário e concorria diretamente com a novela das oito Rainha da Sucata (protagonizada por Regina Duarte e Tony Ramos). Metalder foi exibido inicialmente às segundas e quartas, em rodízio com Machine Man (às terças, quintas e sextas). A dobradinha ficou nesta faixa nobre até meados de junho. Logo, Metalder passaria para às manhãs de domingo, às 8h. O herói pôde ser visto nos anos 90 numa versão americana chamada VR Troopers.



Sharivan, outrora chamado de "Jaspion vermelho",
agitava as tardes da Bandeirantes e da Record

8 de outubro - Para começar a semana do dia das crianças daquele ano, o programa TV Criança estreava a série Sharivan, a partir das 16h30. Fez um considerável sucesso e era chamado de "Jaspion vermelho". Passou pela Rede Record em 31 de maio de 1993 e no mesmo ano - em 13 de setembro - teve exibição oficial pela TV Guaíba de Porto Alegre. Por ironia do destino, Sharivan fez dobradinha com Jaspion, a partir de agosto de 1995. Aquele que se pensava ter sido imitado pelo herói-título vivido pela lenda viva Hiroshi Watari.


Lançado no dia das crianças de 1990, Cybercop serviu de
transição de duas eras da Geração Manchete

12 de outubro - Ainda na mesma semana, numa sexta-feira, estreava a série Cybercop, os Policiais do Futuro (Dennou Keisatsu Cybercop, 1988-89). Em seguida, a série licenciada pela Sato Company (do sr. Nelson Sato) foi exibida inicialmente nas segundas, terças e quintas no Clube da Criança, a partir das 13h00. Cybercop (e não "Cybercops" como erroneamente é dito pela net afora) teve seus primeiros episódios exibidos, passou alguns meses fora do ar e voltou somente em abril de 1991 com uma nova remessa, ao lado das séries Spielvan, Maskman e Kamen Rider Black. Serviu de transição da era de ouro para a era de prata desta geração, fazendo trio com as séries Winspector e Patrine, de 1994 a 1995. Leia mais aqui.

Shaider teve sua primeira exibição nos fins
de tarde da Gazeta, competindo com os
tokusatsus da saudosa Manchete

19 de novembro - Nos fins de tarde da Gazeta, estreava a série Shaider (Uchuu Keiji Shaider, 1984-85). A última série da trilogia dos Policiais do Espaço e a segunda a vir para o Brasil. Era exibida de segunda a sábado às 18h00 e (embora tenha sido pela famosa TV de São Paulo) concorria com a Sessão Super-Heróis, o bloco noturno de tokusatsu da Manchete. A partir de 6 de abril de 1991 foi para as telas da Globo às 7h30 da manhã de sábado, ficando neste horário até 22 de junho seguinte (episódio 12). Retornaria à Globo nas madrugadas e ficou por lá entre 14 de junho de 1992 e 10 de janeiro de 1993. Vale lembrar que nos guias de programação de vários jornais a série era citada exatamente como "Space Captain Sheider", por influencia internacional da dona Toei, apenas. Leia mais sobre Shaider e sua exibição no Brasil aqui.


1991



Bicrossers teve um sucesso considerável
na Sessão Aventura, da Rede Globo

2 de janeiro - Em clima de ano novo, a Globo lançava pela primeira vez uma série de tokusatsu na extinta Sessão Aventura. Era Bicrossers (Kyodai Ken Byclosser, 1985). A dupla de heróis-irmãos, que antecedia a versão diária da Escolinha do Professor Raimundo, marcou tanto pela dublagem carioca da extinta Herbert Richers como pela arma fatal formada por uma moto. Meses depois, ainda no mesmo ano, a série foi exibida pela Gazeta em horário nobre.



Gavan era apresentado na Globo como "Space Cop",
título este que jamais foi criado pela emissora carioca

4 de março - Antes tarde do que nunca, estrava o primeiro da trilogia dos Policiais do Espaço. Gavan (Uchuu Keiji Gavan, 1982-83) era apresentado na emissora dos Marinho (que também licenciou Shaider e Bicrossers pra cá) como Space Cop. Um título estranho, mas que veio originalmente de uma sugestão da própria Toei Company como "Space Cop Gabin" (lê-se: Gaban) para distribuição internacional. O grande pioneiro dos Metal Heroes teve uma sofrida dublagem pela carioca VTI e passava sempre às 16h45, antecedendo a série dos irmãos Ken/Jin, mas ambas ficaram pouco tempo no ar. Meses depois, ainda no mesmo ano, a série foi exibida pela Gazeta em horário nobre.



Capa do álbum de figurinhas de Spielvan, que trazia
cromos deste e de mais outras novas
 inéditas/recentes da época

22 de abril - Esta data foi marcante para um novo trio de tokusatsu. A Sessão Super-Heróis lançava a partir das 17h30 as séries Guerreiro Dimensional Spielvan (Jikku Senshi Spielban, 1986~87), Defensores da Luz Maskman (Hikari Sentai Maskman, 1987~88) e Black Kamen Rider (Kamen Rider Black, 1987~88). Todas trazidas pela Everest. Vale ressaltar que um pouco depois que a primeira chamada de estreia foi ao ar, Spielvan passou a ser chamado estranhamente como "Jaspion 2" e Kamen Rider Black como "Black Man". Uma louca jogada de marketing do Toshi que não convenceu em nada as crianças da época durante o auge. Bem, a aposta maior da licenciadora era em Spielvan, mas o Kamen Rider foi o favorito e dentre as três (então) novas séries e foi a que ficou mais tempo no ar dentre estas. Até o 15 de julho de 1994 pra ser mais exato. Spielvan, Black e Maskman nunca tiveram seus encerramentos exibidos, com a exceção deste último citado na sua reprise em 1999 na Manchete/TV!. Cybercop voltaria com novos episódios para acompanhá-los ainda nos primeiros dias de exibições inéditas do trio de heróis. Segundo uma reportagem do caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo, do dia 14 de março de 1990, Maskman e Black já estavam sendo negociadas para estrear naquele ano. Porém, isso se deu só no ano seguinte. Originalmente a data de estreia da "nova temporada" da Sessão Super-Heróis seria no dia 15 de abril de 1991, como dizia o vídeo abaixo:




1994


Patrine, originalmente, poderia ter estreado no
Brasil ainda no começo dos anos 90

4 de julhoA Everest muda o seu nome para Tikara Filmes e volta a investir em séries inéditas depois de três anos de hiato dos lançamentos. Após uma certa promessa para estrear em abril daquele ano no Clube da Criança (apresentado ainda por Mylla Christie), Estrela Fascinante Patrine (Bishojo Kamen Poitrine, 1990) começa a ser exibido no Dudalegria e às tardes, formando um trio com Cybercop e Winspector. A heroína é uma criação de Shotarô Ishinomori e quase chegava mais cedo aqui no Brasil, no ano de 1991. A ideia inicial de Toshi era trazer a série, ao invés de Kamen Rider Black. Mas seu amigo/sócio o convenceu do contrário e Patrine veio apenas depois. Toshi ainda teve uma certa "cara-de-pau" de chamar Patrine de "nova Rainha dos Baixinhos". (?!) Mais uma bola fora do empresário.


Winspector foi a primeira série da era de prata dos
tokusatsus da Geração Manchete



18 de julho -  Inicialmente, o Esquadrão Especial Winspector (Tokkei Winspector, 1990) estreava às 9h30 da manhã (no Dudalegria) e tinha também tinha horário (local) às 19h00. Passou por vários horários na grade da Manchete e ficou no ar até 26 de dezembro de 1997. Era o Metal Hero mais popular e querido da geração de prata dos tokusatsus na Manchete. Leia mais sobre a passagem da dobradinha Winspector/Patrine no Brasil aqui.


1995

Solbrain, a sequencia direta de Winspector, estreava
com a abertura de uma nova fase da Sessão Super-Heróis

12 de junho - A Sessão Super-Heróis retornara oficialmente após um tempo fora do ar. Com uma abertura improvisada, estreava a série Super Equipe de Resgate Solbrain (Tokkyu Shirei Solbrain, 1991~92) às 9h30 (no Dudalegria) e 17h35. A série é a segunda da trilogia dos Rescue Heroes, sendo uma sequencia direta de Winspector (que teve uma reprise curta ao anteceder a estreia de sua sucessora no mesmo horário noturno). Solbrain também teve uma breve reprise nas sextas-feiras no bloco JapAction, fazendo dobradinha com National Kid. Infelizmente este foi o último Metal Hero que passou por aqui e não pudemos assistir a sua sucessora, Exceedraft, por falta de interesse/investimento da Tikara e de outras empresas do ramo.


Kamen Rider Black RX foi a última série de
tokusatsu inédito na Manchete

24 de julho - Estreava o último tokusatsu no Brasil na década de 90. Kamen Rider Black RX (1988-89) era uma sequencia direta de Kamen Rider Black e foi exibida inicialmente todas às segundas, quartas e sextas, em revezamento com Solbrain, às 9h30 (no Dudalegria) e 17h35 (na Sessão Super-Heróis). RX ficou no ar até o final de 1997, quando estreou em dezembro o extinto canal pago infanto-juvenil Fox Kids e sua adaptação americana intitulada originalmente como Saban's Masked Rider. Ainda durante os últimos meses de exibição de RX no Brasil, pudemos ver a primeira aparição de sua contraparte num arco formado nos primeiros três episódios da terceira temporada de Mighty Morphin Power Rangers, exibido numa manhã de domingo na Globo. Um baque e tanto pra todos que assistiam a última saga televisiva de Issamu Minami. O último horário de RX na Manchete acontecia às oito da noite, competindo com a novela trash Chiquititas, do SBT.



Bônus: Séries de tokusatsu no Brasil pós-Manchete (2000-presente)


Ultraman Tiga foi o primeiro tokusatsu inédito
no Brasil pós-Manchete

28 de fevereiro de 2000 - Trazida pela Mundial Filmes (em parceria do jornalista Marcelo del Greco), estreava Ultraman Tiga (1996~97). A primeira série da Família Ultra da atual era Heisei. No Brasil, seria o pioneiro de uma nova invasão de lançamentos e clássicos da franquia, como estava encabeçado. Mas tudo foi por água abaixo por causa da apresentadora Eliana que mandou tirar do ar a série do seu programa infantil. Desrespeitando assim o público que estava a quatro episódios da conclusão. Tiga teve mais duas exibições (no esquema tapa-buraco) na Record, mas sem nunca chegar ao final. A coisa só aconteceu mesmo em 2005, na única e mítica exibição da Rede 21. Leia mais sobre a triste passagem do nosso guerreiro da luz em nosso país aqui.


Ryukendo foi o último tokusatsu inédito
 exibido na TV brasileira

13 de abril de 2009 - Depois de 9 anos (3 anos e 9 meses após a ultima exibição de Tiga) sem passar nenhum título de tokusatsu original japonês na TV brasileira, chega a série Ryukendo (Madan Senki Ryukendo, 2006). É a primeira série da Takara (que produziu depois as séries Tomica Hero) e estreou no bloco TV Kids, da RedeTV!, no horário das sete da noite. A primeira semana de exibição (cinco primeiros episódios) sofreram cortes, pois o extinto jornal Notícias das 7 começava pontualmente às 19h20. (hein?!) Depois de muitas reclamações (justas) dos fãs, a RedeTV! ajustou o horário da série para às 18h55. Portanto, 25 minutos de episódio na íntegra (cortando apenas os eyecatches) e sem intervalos comerciais. Em meados de maio do mesmo ano, Ryukendo desceu para o horário das 19h30, substituindo o telejornal, que sofria pela baixa audiência. Teve mais três exibições na RedeTV!. Ainda nos primeiros meses de exibição, Ryukendo teve a primeira de suas quatro boxes lançadas pela Focus Filmes. Mas foi a única lançada por poucas vendagens. Na RedeTV!, a série marcava 5 pontos. O que é muita coisa para a quinta maior emissora do Brasil. Poderia ser mais, se outra parte dos fãs de tokusatsu (saldosistas/mancheteiros) não tivessem tanta ingratidão. Tá certo que não era bem um Jaspion da vida, mas ali era um humilde começo de uma safra de tokusatsu que poderia muito bem ser reiniciada na TV. Lamentável.


Como presente da própria Tsuburaya
 para o ocidente, Ultraman Max estreava
 no Brasil através de novas
 mídias oficiais

20 de novembro de 2014 - Provavelmente uma meia dúzia de gatos-pingados poderia dizer o seguinte: "Isso não conta por nunca ter passado na TV brasileira". Mas mesmo assim não deixa de ser oficial, já que a onda do momento são os streamings, querendo ou não. E por uma grata surpresa da Tsuburaya, Ultraman Max (2005~06) estreou no Brasil via Crunchyroll. Para os mais desavisados, o serviço é conhecido carinhosamente como "a Netflix das séries japonesas". Todos os 39 episódios estão disponíveis lá para serem assistidos tanto para assinantes quanto gratuitamente, a qualquer hora. Pode ser afirmado (sem medo de ser feliz) como a primeira série de tokusatsu japonêsa exibida no Brasil após Ryukendo. Foi lançada na Crunchyroll americana (sede do serviço) em 14 de outubro de 2014.


Ultraman Mebius disponível no Brasil
via on demand

25 de dezembro de 2014 - A Tsuburaya surpreendeu mais uma vez e não perdeu tempo. Lançou a série Ultraman Mebius (2006~07) para a Crunchyroll. A série serviu de comemoração aos 40 anos da série do Ultraman original e trouxe de volta os clássicos heróis da era Showa da franquia. Foi lançada na Crunchyroll americana em 21 de outubro de 2014, exatamente uma semana após o lançamento de Max nos EUA e Reino Unido.


Ultraman Leo, o drama mais antigo
do catálogo da Crunchyroll, pode ser
assistido gratuitamente no serviço

25 de janeiro de 2015 - Lançada na Crunchyroll gringa em 12 de novembro de 2014, Ultraman Leo (1974~75), a série que serviu como sequencia de Ultra Seven, estreou no catálogo do serviço, passando a ser o "terebi dorama" mais antigo de lá atualmente. Vale ressaltar que antes mesmo de sair versões subadas ainda no finalzinho do ano passado (por que será, hein?), o blog havia noticiado aqui que o Brasil já estava sim na lista de licenciamento da Tsuburaya. Em outras palavras, nem precisava fazer o trabalho duas vezes, né? Em tempo, todos os 51 episódios já estão - somente - lá completinhos e com legendas em PT-BR. De forma oficial/segura/gratuita e pra ninguém botar defeito. É mais vantajoso e prático pra nós que vivemos numa era digital avançada.


Ultraman 80 também tem série 
completa disponível no Brasil

14 de maio de 2015 - No dia 9 de dezembro de 2014 a Crunchyroll americana lançou Ultraman 80 (1980~81; lê-se: Eighty = "oitenta" em inglês). Por sinal, a série é a mais ousada da era Showa da franquia por quebrar vários paradigmas adotados por seus antecessores. Além de que há alguns rostos bem conhecidos dos tokusatsus exibidos na Manchete. Todos os 50 episódios podem ser vistos gratuitamente.


Ultraman X chega simultaneamente
ao Brasil e toma título conquistado por
 Jiban desde sua estreia em 1990

14 de julho de 2015 - Provando que os streamings estão em ascensão (e que é o futuro das séries japonesas no ocidente), a Crunchyroll, em parceria com a Tsuburaya nos surpreende mais uma vez. Ultraman X é a primeira série exibida regularmente por simulcast, tendo episódio inédito da semana lançado uma hora após o final da exibição na TV japonesa, com legendas em português. O mais novo caçula da Família Ultra chega ao Brasil com aventuras inéditas todas às terças às 7h30 da manhã no serviço oficial de animes e dramas. Desde então, Jiban perdeu o posto de série que veio com menor tempo e durante a exibição no Japão. Título este que o Policial de Aço vinha defendendo por cerca de 25 anos. Leia mais sobre a estreia da série aqui.


Garo finalmente chegará ao Brasil. Em breve na Netflix

Em breve - No dia 25 de maio - Dia do Orgulho Nerd - o site JBox divulga com exclusividade a aquisição das séries Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban, Kamen Rider Black e National Kid pela licenciadora Sato Company (a mesma que trouxe Cybercop para o Brasil em 1990). O sr. Nelson Sato também está em parceria com o serviço Netflix e tem levado para a famosa plataforma títulos como Ultraman: The Next, Robô Gigante, Doraemon, etc. Entre as novas aquisições, está também a série inédita Garo (de 2005). É o primeiro material da franquia que chega oficialmente ao Brasil e que deve conquistar não apenas os fãs hardcore de tokusatsu, mas também dos amantes do gênero terror e suspense.


Kamen Rider Kuuga estava no páreo
para estrear no Brasil na década passada

Séries que quase passaram no Brasil pós-Manchete - Na década de 2000 havia a pretensão da Mundial em lançar a série Ultraman Dyna (1997~98). Todo o elenco de dublagem estava montada. Mas as fitas masters da série só desembarcaram no Brasil, ironicamente, no mesmo dia em que Ultraman Tiga saiu do ar pela primeira vez. O que desmotivou a licenciadora em investir no negócio (o que não deveria, né?). Havia também planos da mesma em lançar as Ultra Series da era Showa (com excessão de Ultraman Tarô). Outra série que passou muito tempo na promessa foi Kamen Rider Kuuga (2000~01), pela Angelotti - Licensing & Entertainment Business. Mas todas as emissoras recusaram. O empresário Luiz Angelotti havia dito em reportagem para o extinto site Awika! (comandado por Ricardo Cruz e cia), em outubro de 2003, que ele mesmo estava se empenhando para que a série fosse mesmo ao ar, assim como aconteceu com a volta do anime Os Cavaleiros do Zodíaco (também pelo mesmo selo) naquele ano. Mas, por um dos lados, as próprias emissoras de TV é que barram a chegada de novos materiais do tipo. A realidade seria outra e até o nosso modo de refletir sobre a real importância/necessidade do mercado nacional de tokusatsu também se emissoras como a Manchete ainda estivessem no ar e investindo nas fórmulas que deram certo no passado. Mas os tempos são outros e novas mídias oficiais estão aí pra ajudar, quando as empresas japonesas também resolvem ajudar. Fato.

Colaboração e agradecimentos: Matheus Mossmann (site Herói)

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