quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nelson Sato diz que a pirataria é um grande problema para a expansão do mercado de séries japonesas

Sr. Sato esteve em bate-papo ao vivo na Fest Comix (Foto: Reprodução/TokuDoc)

Há cerca de dois finais de semana atrás o sr. Nelson Sato, presidente da Sato Company, lançou a primeira mostra de séries e filmes Anima Sato, no evento paulista Fest Comix. Lá ele também participou de um bate-papo interativo com o público e respondeu firmemente sobre questões sobre dublagem, a volta das series clássicas de tokusatsu, a estreia de Garo e de animes inéditos, e até sobre pirataria. Na noite desta terça (28) o site ANMTV divulgou uma entrevista com o proprietário da empresa.

Sobre dublagem, o Sr. Sato ressalta a dificuldade de atender o público que sempre pede por dublagem. Disse ele: "Infelizmente não consigo atender a todos os pedidos, devido ao alto custo. Hoje dublar custa R$ 150,00 o minuto. Se for pensar num filme de 90 minutos gasta-se 13/14 mil reais. O dinheiro é muito alto e as vezes eu não consigo ter o retorno desse investimento, mas na medida do possível, realmente a gente vai dublar." Ou seja, não é uma coisa tão simples num estalar de dedos como a garotada pode pensar. Isso é coisa que eu e outros sites especializados já falaram e o povo já deveria estar careca de saber.

Ainda sobre dublagem, um mito que ainda perdurava por um ano foi quebrado de vez. As séries de tokusatsu Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban e National Kid "Vão estar com a dublagem clássica". Sato frisa que os direitos de dublagem foram readquiridos (pense aí numa fortuna que a distribuidora teria que gastar com redublagem, meu povo?). Também ressaltou que tem interesse em Kamen Rider, porém os americanos também estão na briga. “Quando os americanos adquirem os direitos, as séries não podem ser mais distribuídas diretamente do Japão", disse Sato. Ou seja, seria como adquirir o Ultraman Tiga das mãos da 4Kids ao invés da própria Tsuburaya, por exemplo. Kamen Rider continua difícil e por isso a Toei interrompeu as negociações com a Sato Company. Pelo menos uma boa notícia pra todo mundo ficar numa boa: "Garo terá dublagem e legendas disponíveis." Garante o executivo.

Dentre outros assuntos, Sato frisou que sofre problemas com a pirataria: "(a animação japonesa) tem futuro, mas é um mercado realmente difícil. Não só pelo lado de consumo, mas também pelo lado de aquisição. As empresas japonesas são mais lentas em decisões e aqui no Brasil o grande problema é a pirataria. Estamos apostando na fidelidade do público. Se a pirataria continuar forte e a gente não conseguir pagar nossos custos…. vai acabando, matando esta possibilidade de trazer com qualidade, legalizado um material." Então, mais uma vez, é coisa que já foi debatido aqui no blog e por outros sites especializados do nosso nicho e nada melhor do que o próprio Sato confirmar o que a gente sabe (e o que todos deveriam saber). Esse é um dos problemas que emperra o lançamento de anime e tokusatsu por aqui. A Sato não é a única empresa que sofre com isso. Outras empresas de cinema e TV também são vítimas da ferrenha pirataria castiga - consciente ou inconscientemente - o mercado de séries japonesas no Brasil e no mundo. Só depende da compreensão, boa vontate, paciência, amizade e respeito do público em fazer a sua parte. Não é nada fácil abrir a mente pra essa realidade.

O sr. Sato continua apostando no desafio de lançar animes inéditos no Brasil e agradar variados públicos e idades. Ele garante também que a série High School of the Dead virá (por enquanto apenas na versão legendada) e que não vai ficar apenas no OVA que foi lançado este mês na Netflix. O anime Diabolik Lovers está sendo dublado e outros títulos estão na lista para os trabalhos. Doraemon ainda é uma aposta e novos episódios virão, além do recente filme Stand By Me, também do gato azul.

O sr. Nelson Sato está praticamente representando o mercado de séries japonesas no Brasil e é uma referência e tanto para os nossos dias. A sua persistência e sinceridade são admiráveis. Bom, na humilde opinião deste blogueiro que vos escreve, Sato está fazendo o que o sr. Toshihiko "Toshi" Egashira (Everest/Tikara) não fez em 13 anos atividade no mercado e tem um diálogo mais aberto e sem rodeios do que o sr. Afonso Fucci (Focus Filmes). É assim que tem ser. Pulso firme pra tocar o barco e transparecer os fatos com proximidade do público.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Gundam Unicorn promove lançamento de Independence Day: O Ressurgimento

A série de anime Mobile Suit Gundam Unicorn RE:0096, que é exibida no Brasil semanalmente nas noites de sábado via simulcast da Crunchyroll, serviu de um elemento importante para divulgar a estreia do filme Independence Day: O Ressurgimento que estreia por lá no dia 9 de julho. Aqui no Brasil está em cartaz desde o dia 23 de junho. Assista:



A promo contou com a presença do protagonista Banagher Links (dublado por Kōki Uchiyama) e o antagonista Full Frontal (dublado por Shuichi Ikeda) reagindo ao novo inimigo.

Não é a primeira vez que esse tipo de crossover acontece entre Gundam e Independence Day. O autor Harutoshi Fukui fez uma comparação entre o filme americano e a série japonesa ainda em meados de junho. A intenção é explicar que, tanto o espírito humano é provado pelo desespero em ambas as histórias. Veja a comparação:


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Akira Toriyama está brincando com as leis do tempo em Dragon Ball Super

O Trunks do futuro

Um dúvida que tínhamos quanto ao Trunks do Futuro (ou Mirai Trunks) foi respondida. Ele é o mesmo que conhecemos em Dragon Ball Z, na saga do androide Cell. Daí surge furos de roteiro que deixam a sua aparição um tanto "duvidosa".

Pela lógica, o futuro deveria ser alterado também. Akira Toriyama acabou deixando dois universos paralelos separados numa mesma linha do tempo. Ou seja, uma que ocorre no tempo presente da série e outra do futuro que em nada mudou. Goku continua morto depois da batalha contra Cell. O mais correto para Toriyama seria deixar a aparição do Goku Black sendo um pivô para o momento apocalíptico do qual veio Trunks. Ou seja, seria um Trunks de um futuro alterado. E não o mesmo que vimos em DBZ, pois não faz nenhum sentido.

Pelo visto, a linha (alternativa) do futuro fez com que Dabura e Babidi aparecessem anos depois, quando Trunks já é adulto. Em Dragon Ball Z, os vilões que despertaram o demônio Majin Boo apareceram quando Trunks era uma criança.

Akira Toriyama parece não se importar com as leis do tempo. Tanto que os dois Trunks apareceram juntos (assim como nos games de DB). Segundo o Dr. Emmett Brown da trilogia De Volta para o Futuro, tais aparições da mesma pessoa de diferentes eras aconteceria uma catástrofe que poderia destruir o mundo. Em Dragon Ball tudo está numa boa quanto a isso e está tudo jogado formar mais um fanservice nonsense. Aliás, vai perguntar pro Toriyama o que é isso, né?

Arisa Komiya é um novo fenômeno da cultura pop japonesa; e não é com tokusatsu

Uma nova estrela começa a brilhar fora do tokusatsu

No último fim de semana a atriz Arisa Komiya, mais conhecida no tokusatsu como a Yellow Buster da série Go-Busters, o Super Sentai de 2012, lançou sua conta oficial no Twitter. Seu primeiro post foi às 8h30 da manhã de domingo (20h30 de sábado) e em cerca de duas horas e meia depois a atriz já tinha cerca de 10.000 seguidores. Até o fechamento deste post, Arisa já tem mais de 22.000 seguidores.

E isso não tem muito haver com sua participação em tokusatsu. Arisa atualmente está começando uma nova fase em sua carreira. Ela agora é também uma seiyu (dubladora) e participa do elenco do anime Love Live!, que terá sua nova temporada a partir de julho na temporada de verão.

O mais incrível foi acompanhar o crescimento do número em tempo real. Era praticamente um ou mais seguidores a cada segundo. A grande maioria certamente é fã de Love Live!.

Pelo visto Go-Busters é uma página virada na vida da pequena notável de 22 aninhos. Ela merece.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

E se Kamen Rider Amazons estrear no Brasil, qual será a desculpa dos fãs para não assistir?


Talvez você deve saber que a série Kamen Rider Amazons será exibida semanalmente à noite na TV japonesa pelos canais UHF de Tóquio BS11 e Tokyo MX a partir de julho e com versão reeditada. Além disso, há planos da Toei de lançar futuramente o material para serviços oficiais de streaming em outros países como EUA, Reino Unido e Alemanha. Porém sem previsão de estreia nem qual ou quais serviços serão afiliados.

Agora resta saber se o Brasil também vai entrar na parada. Atualmente, o único meio de nós (que moramos fora do Japão) acompanharmos é por materiais alternativos de divulgação. Como fansubs, por exemplo. Tem gente que diz que "sem dublagem, eu não assisto". Esse tipo de pensamento é errôneo, pois alguém não está investindo grana a toa pra perder pra pirataria, não é verdade? Aliás, dublagem é coisa que gera mais custos. Já exibições oficiais de séries de anime e tokusatsu com áudio original e legendas não é uma exclusividade dos serviços de streaming. Até mesmo emissoras de TV fechada já fizeram isso. Indo mais além, até emissoras locais dos EUA já exibiram séries tokusatsu nesse formato nos anos 70 (algumas tiveram dublagem como Spectreman, por exemplo) e até hoje há lançamentos desse tipo de programa via streaming, home-vídeo e até em canais UHF.

Talvez seja esse o motivo da Toei de não investir tokusatsu no ocidente como a Tsuburaya anda fazendo. Receio dos próprios fãs em não dar retorno. A gente acompanha atualmente Amazons por vias alternativas. O mais engraçado é que vejo muitos fãs fazendo apelo nas redes sociais pra algum material do tipo chegar ao Brasil. Isso não é de hoje. E quando chega, é o mimimi de sempre por não ter dublagem (quando não há, é claro) e aquela velha justificação pra aderir a pirataria e dizer que já legendaram. Nessa hora parece que o investimento, a audiência e o próprio mercado não é importante para quem pensa assim. Esquecem eles também que - felizmente ou infelizmente - é o capitalismo que faz uma determinada série engrenar. Só pra se ter uma ideia, já teve estúdio de anime que teve que decretar falência por causa desse prejuízo.

Se Kamen Rider Amazons vier ao Brasil, como fãs temos mais é que consumir mesmo. Independente de vir com dublagem ou não. Eu espero que a Toei invista mesmo por aqui - caso o Brasil seja incluído na lista - e que os fãs acordem pra vida, abram as mentes e assistam. Mesmo já tendo assistido através de fansubs. É mal nenhum.

Claro que não falo de todos. Tem muitos fãs conscientes e sabem do risco de um prejuízo nesse mercado no Brasil. Não dá pra generalizar.

Por isso o mercado norte-americano de anime/tokusatsu é rentável e bem mais do que no Brasil. Pesquisando a gente tem a noção de que os EUA estão bem mais a frente. Enquanto isso, boa parte do público brasileiro anda estagnado, se prende ao eixo Rider/Sentai e ao museu da Manchete, não pesquisa, não se atualiza e não se esforça para se aprofundar. Esse quadro tem que mudar e logo.

TV Metrópole comete gafe com Cavaleiros; e mais outra com série tokusatsu

Seiya falando português e com legendas (Foto: Reprodução/TV Metrópole)

A TV Metrópole de Caucaia (região metropolitana de Fortaleza) continua exibindo séries clássicas sem pagar os direitos de transmissão, tudo na base da pirataria e na cara de pau. Na noite desta quinta (23) o canal cometeu mais duas gafes imperdoáveis para os padrões de TV.

A primeira foi durante um episódio de Os Cavaleiros do Zodíaco, na saga de Asgard, quando Seiya enfrenta o Guerreiro Deus Thor de Phecda. Tal foi exibido com dublagem (versão da extinta Álamo) e inteiramente com legendas (Cuma???) do tipo dubsub (legendas baseadas na dublagem). Isso por si já condena a fonte que é de material alternativo. Não é a primeira vez que a TV Metrópole comete esse tipo de erro grotesco. Há uns dois ou três anos atrás o canal chegou a passar um episódio dublado do clássico Perdidos no Espaço com legendas. A fonte era do material oficial lançado por aqui em DVD no começo dos anos 2000.

Na mesma noite a Metrópole "estreou" Flashman, série tokusatsu de 1986, da franquia Super Sentai. Logo no começo do episódio a fala da introdução ficou em japonês (sem a narração do saudoso Francisco Borges dizendo "Um dia, cinco crianças foram raptadas da Terra e levadas aos confins do Universo. E após 20 anos..."). Um susto, pois pensei seria exibido um episódio em RAW na TV aberta, mas o restante dos diálogos estavam com a velha dublagem (também da Álamo) que conhecemos e que sabermos na ponta língua. Porém, o título do episódio estava em português e ainda apareceu o endereço de e-mail da pessoa que havia fornecido o material alternativo anos atrás.

Exibição de quinta categoria e sem um pingo de consideração ao sofrido mercado de séries japonesas e ao público. Há quem ainda apoie esse tipo de lambança vexaminosa, né? Imagine aí essas mesmas gafes acontecendo num canal sério como a Globo ou a Band, por exemplo. Seria motivo de mimimi na certa e com toda a razão. Não dá pra engolir essa não.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Mordomo de Preto nos cinemas do Nordeste é algo para ser apreciado com prestígio

Hora de curtir o Sebastian em ação nas telonas nordestinas

A partir desta quinta (23) o filme Black Butler - O Mordomo de Preto estreia nos cinemas das capitais da Região Nordeste. O filme é distribuído pela Sato Company e esteve em exibição na mostra Anima Sato, na recente edição do Fest Comix. Porém o filme ganhou lançamento oficial em março deste ano nas salas de cinema do Rio de Janeiro, além de passar por mostras de cinema. E agora é a vez do Nordeste ser agraciado com este lançamento especial. Afinal, não é todo dia que temos filmes japoneses do gênero, e ainda mais se tratando de uma adaptação de uma mangá popular no Japão.

O Mordomo de Preto é uma ótima opção para quem curte filmes de ação. Não precisa o espectador ser necessariamente um grande fã da cultura pop japonesa. Basta começar a apreciar e curtir a história. O filme tem ótimas sequencias de ação e uma certa dinamicidade que um toque mais preciso em momentos da trama. Além de acrescentar vários ponto importantes de cada personagem nos seus respectivos clímax, na medida e na hora certa.

O ator Hiro Mizushima mantém a mesma versatilidade vista em Kamen Rider Kabuto (de 2006), série tokusatsu da qual interpretou o alter-ego do herói homônimo, Souji Tendou, onde ficou famoso. A atuação de Mizushima caiu como uma luva no papel de Sebastian, um mordomo diabólico que serve à Earl Kiyohara Genpu (Ayame Goriki), também conhecida como "o cão de guarda da rainha". Essa foi a volta triunfal de Mizushima após quatro anos de seu afastamento dos holofotes. Esse e outros elementos fazem do filme ser imperdível e valer cada centavo.

Em março, na ocasião do lançamento carioca, escrevi uma resenha completa sobre o filme O Mordomo de Preto e você pode conferir aqui no blog.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Bryan Cranston teve duas participações em Power Rangers

Cranston será o novo Zordon

Foi uma grata surpresa o anúncio oficial do ator Bryan Cranston no elenco do novo filme de Power Rangers, que aconteceu nesta terça-feira (21). Conhecido como Walter White na série Breaking Bad, ele viverá a nova encarnação de Zordon para a versão hollywoodiana. O que poucos sabem é que Cranston já havia trabalhado na primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers.

No episódio 14 da série clássica, intitulado como "Foul Play in the Sky", ele emprestou sua voz para o monstro Snizzard (Dora Ladon em Zyuranger). Foi nesse episódio onde Kimberly tinha que pilotar um avião de seu tio que estava inconsciente (devido a uma porção de Rita) e teve que salvar os seus amigos das garras do vilão. Snizzard apareceu em mais três episódios, mas no lugar de Cranston quem dublou o mostrengo foi Bob Papenbrook. Mais conhecido como a voz do Rito Revolto, irmão de Rita, e já trabalhou em diversas séries de Power Rangers e spin-offs como VR Troopers, Masked Rider, Beetleborgs.

No episódio 38 da série clássica, intitulado como "A Bad Reflection", Cranston dublou o monstro Twin Man (Dora Mirage em Zyuranger) que criou versões malignas dos heróis. Foi nesse episódio onde o quinteto e a dupla Bulk & Skull foram parar na detenção por causa de um mal entendido (também tramado por Rita).

Sobre a escalação de Bryan Cranston, foi uma escolha acertada. Não por ele ser um ator principal de uma série de grande sucesso do horário nobre da TV americana, mas por ele estar atualmente num outro patamar que vai além do ponto de sua carreira nos anos 90. Com certeza a sua atuação como Zordon será mais importante do que sua colaboração em MMPR. Acredito que ele pode dar um tom mais sombrio ao Zordon e quem sabe ele recorra ao White em alguma ou outra situação do filme. Embora sejam dois personagens distintos, a influência de um pode ajudar a construir/repaginar outro personagem. Bryan Cranston só tem a deixar mais expectativas e resta torcer pra que o roteiro e a produção colaborem pra isso.

Bryan Cranston (o ator tem o mesmo sobre nome de Billy, o primeiro Ranger Azul) teve uma breve passagem no filme Godzilla, de 2014.

Snizzard

Twin Man

Afinal, quem foi mesmo o vencedor da primeira Corrida Naruto?

Alguém se lembrou de divulgar o vencedor?

Venhamos e convenhamos: a maratona naruteira, que começou na brincadeira, virou uma modinha disparada na internet e isso levou outras cidades além de Fortaleza (onde tudo começou) a fazem o mesmo. Até a imprensa local deu atenção a isso, o que é bem estranho, visto que o que realmente importa na divulgação de animes não é valorizado pela mídia não-especializada.

Independente do "evento" ter ou não a pretensão de se tornar um grande evento organizado como a São Silvestre (o que é provável que não passe de 2016), ele já começou com um furo de roteiro e daqueles bem clássicos. Então, você saberia me dizer quem foi o campeão da primeira Corrida Naruto? Pois é. Ninguém sabe ao certo. Ou se venceu alguém não foi divulgado ou foi um detalhe totalmente ignorado. E pelo visto a coisa deve se repetir no futuro.

Daí você pode reparar que a maratona tá sendo levada na base do improviso. Nas coxas. Moral da história: nem a garotada nem a imprensa tão se importando para os anais da Corrida. Anais é pouco e o a Corrida nasceu jogado assim. Pelo visto vai ter Corrida Naruto por curtas temporadas.

A tendência é que isso fique cansativo com o tempo. É uma "ejaculação precoce" que vai sendo empurrada com a barriga e que não tem como essa parada ser levada a sério. Tá mais do que na vista que isso é coisa que acaba como brincadeira de criança.

Rapidamente a modinha deve mostrar sinais de cansaço. É só questão de tempo.

terça-feira, 21 de junho de 2016

A imprensa local não pode levar a sério a Corrida Naruto


Ontem comentei sobre a repercussão da Corrida Naruto e lá disse que isso não passa de um "evento" passageiro (diga-se: modinha) e é algo que ninguém vai sentir falta no futuro e que em nada contribui para a cultura da animação japonesa nem pra própria série em si. Fora que nessa maratona tresloucada você tem que se vestir de cosplay de algum personagem da série. Ou seja, ir com roupas quentes e sair todo ensopado.

Agora o mais estranho é o site do jornal O Povo divulgar o "evento" como se estivesse divulgando uma maratona mais séria como a São Silvestre, por exemplo. Isso porque vai haver a 2ª Corrida Naruto em julho e a nota divulgou como se a "primeira edição" fosse algo a ser levado a sério e um grande evento de porte.

Não, amigos. A tal corridinha é só uma brincadeira de criança (e/ou adolescente) e não vai passar disso. Existem tantos outros evento de anime em Fortaleza que merecem mais atenção. Até mesmo os eventos pequenos mereciam alguma divulgação da imprensa local e não tem nenhum cristão que dê a mão.

Nada contra a corrida em si. É algo que deve ficar entre os naruteiros de plantão, mas não precisa dar tanta atenção pra isso. Menos, minha gente.

Makoto Shinkai na Netflix #3 - 5 Centimeters Per Second (2007)

Dentre os filmes do Makoto Shinkai que estraram em junho no pacote de exibição na Netflix, este é o mais belo ou senão o mais reflexivo. 5 Centimeters Per Second

(Byosoku Go Senchimetoru) é um tipo de filme que o espectador tem que - acima de tudo - ter uma noção do estilo do diretor/roteirista antes de qualquer coisa e só depois começar a assistir com calma e se deixar levar pela trama.

A obra se consiste em três episódios. O primeiro, chamado Cherry Blossom, introduz o personagem central do filme, Takaki Tono e sua grande amiga Akaki Shinohara, durante os anos 90. Devido a afinidade de ambos, eles guardam seus sentimentos em segredo (note que a forma de ligação deles também influencia no modo como se chamam, sem qualquer uso de honoríficos). Por circunstâncias, os dois tiveram que se separar, uma vez que Akari teve que se mudar para a província de Tochigi. Os dois marcam um encontro numa intensa noite de frio do final de inverno, o que acaba ocorrendo num desencontro melancólico e poético.

O segundo episódio, intitulado Cosmonaut, leva Takaki para anos depois, onde ele está no terceiro ano do ensino médio e mora próximo ao Tanegashima Space Center (que serve como um elemento para este arco). Lá a sua colega de classe Kanae Sumida carrega uma iludida paixão por Takaki e sofre por não ter forças para declarar seus sentimentos por ele.

Já no terceiro e último episódio, que leva o nome do filme, Takaki trabalha como programador de computação em Tóquio. Este está ligado ao primeiro episódio e mostra o rumo do protagonista de sua amada Akari. Aqui é o ponto decisivo do filme que leva o espectador a refletir sobre a vida. Se você espera por um final feliz, a dica que eu dou é de não manter expectativa nenhuma. Porém o filme termina com a música "One More Time, One More Chance" de Masayoshi Yamazaki. Uma pancada violenta pra maltratar corações. (Recomendo um check up completo antes de assistir).

5 Centimeters Per Second teve sua primeira parte lançada via streaming pelo Yahoo! Japan em fevereiro de 2007, servindo como amostra antes de sua estreia em 3 março do mesmo ano. O filme contou mais uma vez com a trilha sonora do Tenmon, que é parceiro de Shinkai em suas obras. Em julho de 2007, o filme venceu na categoria de Melhor Filme de Animação do Asia Pacific Screen Awards. Em 2010, 5 Centimeters Per Second foi adaptado em mangá, tendo dois volumes publicados pela revista Monthly Afternoon, da editora Kodansha, e ilustração de Seike Yukiko.

Impossível não curtir esta trama. Uma ótima opção para conhecer outros trabalhos na esfera da animação japonesa e se emocionar.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Corrida Naruto é só mais uma modinha boba no meio otaku

Naruto... esportista?

Você com certeza deve ter ouvido falar da tal Corrida Naruto, que aconteceu em Fortaleza há uma semana. Pra falar a verdade, isso é só mais uma modinha no meio otaku (anime, tokusatsu, etc). Foi um "projeto" que virou realidade.

Saiu a notícia que outras cidades estão programando as suas respectivas versões locais da maratona que leva os fãs da série de anime Naruto a fazerem seus próprios cosplays com os personagens da série e sair correndo por aí.

A modinha pode até pegar, mas isso não passa de algo passageiro. Daqui a dez anos quem é que vai sentir falta disso? Qual a contribuição pra própria série em si? Pois é. A cultura pop japonesa tem muito a ser explorado e divulgado do que fazer uma corrida sem graça pra "divulgar" a série. Imagine aí sair correndo com roupas quentes e inadequadas pro momento. Haja calorão. No final das contas a corrida vira uma sauna medonha.

A Corrida Naruto é só mais uma bobagem que não acrescenta em absolutamente nada no nicho das séries japonesas. Alguém ou outro vai dizer que "a corrida vai incentivar o esporte", mas no fundo a gente sabe que é bem melhor fazer cosplay nos eventos e a visibilidade é levada mais a sério.

sábado, 18 de junho de 2016

Mayoiga merece um prêmio de série de anime mais troll do ano

O "friend zone" de Mitsumune e Masaki (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

A temporada de primavera das séries de anime apresentou uns títulos legais como Sailor Moon Crystal, Re:Zero, Twin Star Exorcists, Bungo Stray Dogs, JoJo's Bizarre Adventure, Gundam Unicorn, etc. O veterano Dragon Ball Super tem tido seus altos e baixos até aqui, mas melhorou em relação às duas primeiras sagas (que nada mais foram que releituras dos dois últimos filmes de Dragon Ball Z). Tivemos outras séries sonolentas como Joker Game e Terraformars: Revenge e outras bem inúteis como Kiznaiver e Hundred. Mas essas são fichinhas na frente de Mayoiga.

Olha, se existisse um prêmio como um Framboesa de Ouro de anime, Mayoiga venceria de lavada. E olha que pode ser que apareça um anime pior que esse ainda em 2016. Foi um tremendo caça-níquel de audiência que levou o espectador a um final pífio e sem graça. E o que é pior: sem suspense, sem drama, sem nada que pudesse prender até o fim quem assistisse. Aliás, Mayoiga, como toda a promessa que a sinopse mostrou, conseguiu segurar parte do público que queria ver como é que os tais passageiros do ônibus para Nanakimura sobreviveriam.

Esse lance do Reiji ser um amigo imaginário de Masaki foi conversa pra boi dormir. O mais chato não é isso. O chato mesmo foi ver Mitsumune continuar se rebaixando pra garota até retribuiu a preocupação dele, mas que não virou alguém à altura de uma Saori Kido, por exemplo. Pelo menos ele assumiu uma coisa: que ele é patético. (Concordo com todas as letras, meu caro) Seria legal se houvesse uma rivalidade bem elaborada entre Mitsumune e Reiji pelo coração de Masaki. Infelizmente nem isso virou. Não só o Mitsumune deu suas presepadas. Reiji ficou a série inteira com raivinha ciumenta do seu "rival". Bom, como Mitsumune não havia outro e tinha que ser ele mesmo o personagem mais mala de Mayoiga.

Agora, terminar a série com aquela musiquinha chata do "hipopótamo azarado"... ah, por favor. É de dar vontade de enfiar a cara numa privada de tanta vergonha. Um tropeço sem tamanho da produção para com o público. Melhor ter assistido o filme do Pelé.

Mayoiga não foi uma série bem trabalhada e não é difícil de perceber o quanto a foi feita nas coxas. Quem teve o desprazer de acompanhar semana a semana sabia que o final não seria dos melhores, mas a gente não imaginava o fiasco que estava por vir.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Click Your Heart, um novo jeitão de escolher um final

Você decide com quem Min Ah vai ficar no final

Não só novos animes chegaram na Netflix no começo do mês como também outras novas produções orientais. Novelas coreanas, pra ser mais específico. Os famosos K-dramas. Pra quem procura bons romances, é um prato cheio. Desse novo pacote vindo da Coréia do Sul, comecei a assistir a série Click Your Heart, que foi ao ar ainda neste ano na TV local, entre 17 e 19 de março.

O drama, que tem apenas 7 episódios de 15 minutinhos cada, é estrelado pela atriz e cantora (do estilo K-pop) Kwon Min Ah. Ela interpreta uma estudante de mesmo nome que se transferiu de escola. Consigo carrega a má fama de ser "amaldiçoada" devido a acidentes que ocorreram com pessoas que um dia estiveram ao seu redor.

Apesar disso, Min Ah consegue arrasar corações de quatro estudantes que não se importam com a lenda urbana que a cerca. São eles: o jogador de beisebol Kim Ro Woon, o locutor da rádio estudantil Lee Da Won, além de seus antigos colegas Baek Ju Ho e Kang Cha Ni. (NOTA: Todos estes personagens e seus respectivos atores tem os mesmos nomes.)

Click Your Heart segue uma interação onde o final de cada um dos primeiros três episódios jogam uma indagação onde Min Ah tem que escolher. As respostas são respondidas nos respectivos episódios seguintes. Mas não pára por aí. Este K-drama teve quatro finais. Ou seja, o espectador escolhe pode analisar e ver qual melhor seria melhor na visão de cada um. Um jeito diferente de contar história e de uma certa forma é um upgrade no estilo do extinto programa Você Decide (da Rede Globo). Não tem final privilegiado e outros eliminados por votação. Particularmente tenho o final que mais gostei e também a que mais achei estranho. Mas não contarei aqui pra evitar spoilers. O que dá pra dizer é que a tal lenda sobre maldição fica de lado, o que ajuda a desenvolver os desfechos sem se prender a esse elemento inicial.

É uma boa série e com certeza atrai atenção de quem é amante de romantismo (que é o meu caso). Fica a dica.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Em Dragon Ball Super, Toriyama transforma Mai em heroína

De capanga do Pilaf à mocinha do Trunks

Como diria o Peninha na música "Sonhos" (o trecho a seguir cabe bem nesse contexto): "Tudo era apenas uma brincadeira/E foi crescendo, cressendo...". Bem, de repente Trunks se viu completamente de Mai e vice-versa. A questão é o seguinte: aquela brincadeira de Akira Toriyama em colocar o Trunks a se interessar por Mai se tornou algo sério em Dragon Ball Super.

A nova saga começou em neste domingo (12) mostrando o Trunks do Futuro se preparando para partir para o passado a fim de deter o novo inimigo chamado Black (Goku). 17 anos antes pra ser mais exato. Só que lá no futuro, Mai é a namorada de Trunks. Ou seja, uma coisa boba que aconteceu no filme Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses teve influência na franquia.

Apesar da brincadeira, foi algo mais conveniente do que a transformação repentina de Máscara da Morte na série Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro. Apesar disso, Mai parece outra personagem. Algo que dá pra justificar considerando um espaço de 17 anos. Venhamos e convenhamos, é mais aceitável que uma mudança do dia pra noite (que foi o caso de Máscara da Morte, de CdZ, no ano passado).

Não lembro de ter visto esse affair prematuro entre Trunks e Mai na versão de A Batalha dos Deuses em Dragon Ball Super. Talvez Toriyama dê alguma explicação nos próximos episódios. O importante é que Mai foi bem introduzida nesta saga, apesar de não lembrar nada da época em que era integrante da Gangue do Pilaf.

sábado, 11 de junho de 2016

Sandy, não cante mais aquela música trash dos Power Rangers, por gentileza

Sim, ela voltou a cantar o hit piegas dos anos 90 (Foto: Divulgação/Globo)

Se você viveu o auge dos Power Rangers em meados dos anos 90, então você certamente deve se lembrar daquela musiquinha chamada "O Mundo Precisa de Vocês". Aquela que foi "tema" dos adolescentes de Alameda dos Anjos cantada pela dupla Sandy e Júnior. Venhamos e convenhamos: era bem tosquinho, fala a verdade.

E não é que Sandy de repente resolveu cantar isso de novo depois de 20 anos? Pois é. Do nada, em um show em que ela apresentou nesta sexta-feira (10) ela deu uma palhinha do refrão. O vídeo está rolando por aí nas redes sociais. Muitos saudosistas gostaram e tal. Mas no fundo no fundo não dá.

Sandy já está em outra fase de sua carreira, e qualquer música relacionada à fase em que cantava com seu irmão naquela década não cabe. A começar por essa musiquinha medonha dos Power Rangers. E nem se trata por curtir a franquia depois de adulto, pois isso é uma outra coisa e é mal nenhum. O problema é que Sandy tem outro repertório (que não chega a ser uma Celine Dion ou uma Whitney Houston da vida), e cantar uma música do gênero é um tanto esquisito.

Por favor, Sandy. Faça este bem à música brasileira e ao tokusatsu e deixe essa música enterrada no fundo do baú. Ninguém merece.

Já dá pra bater o martelo? Mayoiga é o anime mais chato dessa temporada


Eu venho dando chances pra série Mayoiga há várias semanas e agora estamos a seis dias do seu desfecho. Não tem jeito que dê jeito. Torci pra que a série melhorasse. Tentou explicar de alguma forma, mas o enredo é muito bizarro e sem contar que dá aquele soninho (pelo menos é o meu caso). Tem quem esteja gostando, mas o fato é que a série não é tão desenvolvida. Continua a impressão de ter sido feita nas coxas. Não é a toa que está entre as séries de anime mais decepcionantes desta primavera.

Agora, o que é mais chato nesse anime? Se é a Masaki sendo chamada de bruxa o tempo todo como se o ambiente fosse de inquisição, se são os monstros que se materializam de acordo com o medo de cada passageiro do ônibus ou se é o protagonista Mitsumune. Olha, desde o começo da série eu tenho me incomodado bastante com o personagem. Deve ser pelo excesso de confiança nele por Masaki. Tá certo que ele quer ajudá-la e quer provar a inocência da garota (que é acusada pelos fenômenos que ocorrem nos episódios), só que Mitsumune não tem um pulso firme e age demais pela emoção.

O problema de construção de personalidade não é exclusivo do garotinho. São de todos os personagens. Disse desde o começo que o excesso de personagens poderia atrapalha num prazo de 12 episódios. E é isso que está acontecendo. A série quer contar a vida de vários personagens em apenas um cour semanal. É aquela ousadia de querer abraçar o mundo como as pernas.

Por mais que seja ruim, Mayoiga ainda dá um pinguinho de curiosidade no público pra ver como essa bagaça vai terminar de vez. Ainda é motivo de comentários entre o nicho. Só que ninguém tá esperando um grande final nessa altura do campeonato. Uma pena para um anime que foi bem apostado nas vésperas do lançamento.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Makoto Shinkai na Netflix #2 - The Place Promised in Our Early Days (2004)

Outro título interessante do diretor Makoto Shinkai que está disponível na Netflix desde o começo do mês é o filme The Place Promised in Our Days, de 2004. A película contou com


a co-direção de Yoshio Suzuki. No final do ano seguinte o filme ganhou uma versão em novel pela editora Enterbrain e 2006 teve uma edição especial em mangá pela Kodansha.

The Place Promised in Our Early Days (Kumo no Mukô, Yakusoku no Bashô; literalmente algo como "Além das Nuvens, o Lugar Prometido") aborda sobre um grupo de amigos que passou a investigar uma torre criada pela "União" (se referindo à antiga União Soviética), situada em Hokkaido. A tal torre ambiciosa e lembra a Torre de Babel, contada nos livro de Gênesis da Bíblia Sagrada. Só que ao invés da pretensão de "tocar os céus", a Torre da União estuda a possibilidade de atravessar a berreira da realidade para explorar universos paralelos.

Os protagonistas são os garotos prodígios da província de Aomori, Hiroki Fujisawa and Takuya Shirakawa e a graciosa Sayuri Sawatari. Após um fenômeno testemunhado pelos adolescentes, Sayuri desaparece misteriosamente.

O filme divide a atenção entre os tais jovens e também introduz os planos por trás da "União" em tomar o domínio com um plano audacioso. O filme é praticamente um "Arquivo X romantizado" (nada de extraterrestres, se é o que pensou). É que a trama envolve ficção científica e conspiração governamental. Um tom bem arrastado (nada chato) que leva a enigmas. O que diferencia é o pano de fundo poético entre Hiroki e Sayuri, que mantém a promessa de visitar um lugar especial entre ambos. Outro ponto a se destacar é a fotografia. Em muitos takes é possível apreciar magníficas vistas de pôr-do-sol. A composição das BGMs são do compositor Tenmon, que trabalhou em diversos trabalhos de Makoto Shinkai. Os traços melhoraram bastante se comparado ao filme anterior, Voice of a Distant Star (leia mais aqui).

The Place Promised in Our Early Days carrega bastante referências a outros trabalhos com temas de separação e sonhos. Por exemplo, no filme há um famoso poema lido por Sayuri chamado Eiketsu no Asa ("Manhã da Última Despedida") da coletânea de poemas Haru to Shura ("Primavera e Asura"), escrita pelo famoso escritor japonês Kenji Miyazawa (1896~1933). O poema foi escrito em ocasião da morte prematura de sua irmã, Toshi Miyazawa - falecida aos 24 anos. Além disso Shinkai insere uma referência a um de seus primeiros trabalhos chamado She and Her Cat (que ganhou uma versão em anime neste anos e está disponível no Brasil via Crunchyroll).

Um filme de arte recomendável pra quem realmente se diz amante da animação japonesa procurar e fugir um pouco da mesmice de sempre.


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Makoto Shinkai na Netflix #1 - Voices of a Distant Star (2002)

Junho é um mês interessante. É o mês dos namorados. Coincidência ou oportunidade, a Netflix lançou uma pack de lançamentos de filmes/OVAs do diretor Makoto Shinkai em 

seu catálogo, que estão sendo distribuídos mundialmente pelo serviço. O que deve chamar atenção é que vários desse títulos tem o estilo romântico como pano de fundo.

Um OVA que me chamou atenção logo de cara atende pelo título Voices of a Distante Star - ou Hoshi no Koe no original, que literalmente significa algo como "Vozes de uma Estrela". O curta-metragem de apenas 24 minutos e meio foi o terceiro produzido por Shinkai (os dois anteriores são Other Worlds e She and Her Cat, respectivamente de 1997 e 1999) e o primeiro que teve notoriedade como um dos seus grandes trabalhos ao lado de outros títulos como The Place Promissed in Our Early Days, 5 Centimeters Per Second, Children Who Chase Lost Voices e The Garden of Words.

A trama se passa em 2047 e é focada na estudante Mikako Nagamine (dublada por Mika Shinohara, noiva de Shinkai na época) e em seu amigo Noboru Terao (dublado pelo próprio Shinkai). Os dois mantém uma relação de amizade muito próxima e ambos são atraídos um pelo outro. Mikako foi recrutada para servir num exército espacial para lutar contra um grupo alienígena conhecidos como Tarsianos, vindos da região de Tharsis, situado no equador de Marte. Mikako se torna uma agente especial que pilota Tracer, um mecha que serve como parte de um esquadrão de combate ligado à nave espacial Lysithea. Mikako se comunica com Noboru através de emails via celular (ou "torpedos" como queira. Note os modelos contemporâneos dos celulares e nada futurísticos), afim de manter a chama da esperança de um dia se encontrarem e de declararem o amor entre os dois.

A trama tem um tom carregado de melancolia, ressaltando a persistência de que nem mesmo a distância pode separar dois corações. Essa distância é certamente a pior inimiga de Mikako. Os tais Tarsianos acabam sendo meio que "figurantes" e um "pretexto" para alongar mais o sofrimento. A curta-duração é suficiente pra contar a história. Mais do que isso a obra de Shinkai deixaria de ser uma arte emocionante para virar algo demasiadamente tristonho. O enredo está no ponto.

Voices of a Distant Star rendeu um light novel escrito por Waku Ôba em julho de 2002 - cinco meses após o lançamento do OVA. Simultaneamente foi lançado um drama CD da história. Em 2005 a editora Kodansha lançou um volume único do mangá baseado no título original.


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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Animes no canal Futura? Essa foi a melhor piada pronta da semana

Digimon num canal educativo? Nem sonha

Ontem um boato saiu disparado na internet dizendo que a Globo estaria interessada em lançar animes na programação do canal Futura. Além da notícia falsa ser um absurdo - e iludir muitos otakus desavisados, a notinha chega a ser engraçada. Isso porque você encontra furos facilmente (claro, se você acompanha o ramo e procura filtrar fontes).

Primeiro de tudo: O Futura é um canal educativo. Se for verdade (o que eu duvido muito) deve entrar talvez o Doraemon ou algum anime educativo e só. Não vá pensando em ver um Digimon ou Dragon Ball Z na tela desse canal porque isso não faz o estilo da programação.

Outra coisa: a Globo já tem o seu próprio canal infantil, o Gloob. Sabe-se que o Gloob quer distância de animes e quer lançar uma programação diferenciada e sem violência. Ok até aí. Mas e a Globo? Todos já sabem que a programação infantil está extinta na emissora dos Marinho, como também em outras emissoras como Record, RedeTV! e Band. Na TV aberta é possível encontrar alguma programação infantil na Cultura e no SBT. Hoje em dia a alternativa que mais dá certo pro lado dos animes são as plataformas de streaming. Além de você encontrar uma infinidade de opções de deixar o espectador indeciso ao escolher o que quer assistir, você poder ver a hora que quiser e tem o poder de escolha maior que a dependência de grade de programação. Programação do tipo não falta e não tem o que reclamar de barriga cheia.

Esse boato já nasceu engraçado e  vai ter muita gente que vai passar meses afim sonhando com a volta dos animes na TV aberta. Onde o velhor formato se tornou obsoleto, não só quando o assunto é sobre produções japonesas. Bem, podem soltar outra piada pronta no meio otaku se quiserem. Mais sorte na próxima.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O Mordomo de Preto estreia em junho nos cinemas do Nordeste

Uma boa notícia para quem mora no Nordeste. O filme Black Butler - O Mordomo de Preto, baseado no mangá original Kuroshitsuji/Black Butler estreia nos cinemas de

Fortaleza, Salvador e Grande Recife em 23 de junho. O filme será exibido nas salas da Rede Cinépolis como parte do Projeto Cinema de Arte. As cidades de Natal e João Pessoa também deverão entrar no circuito ainda neste mês.

O mangá de Kuroshitsuji/Black Butler alcançou o primeiro lugar na lista de mangás mais vendidos no Japão, consagrando-se como um best-seller. A adaptação para o cinema lançada em 2014 é estrelado pelo ator/modelo Hiro Mizushima, que interpretou Souji Tendou, o alter-ego do herói-título Kamen Rider Kabuto, série tokusatsu de 2006. A direção é de Kentaro Ohtani (Nana) e Keiichi Sato (Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário).

Com distribuição da Sato Company, o filme Black Butler - O Mordomo de Preto esteve em exibição nos cinemas do Rio de Janeiro em março passado. E agora é a vez do Nordeste ter o privilégio de receber um renomado filme japonês.

Confira a sinopse oficial:

Black Butler - O Mordomo de Preto conta a história de Sebastian Michaelis (Hiro Mizushima), um misterioso mordomo com poderes sobrenaturais que serve Kiyoharu (Ayame Gôriki), e tem como missão proteger e cumprir todas as ordens de sua mestra.

A história se desenvolve em um futuro próximo, no ano de 2020, na cidade de Tóquio. Após ver os pais serem assassinados, Kiyoharu Phantom torna-se líder de sua família e dona de um grande império comercial. Por ser uma garota e não poder assumir essa posição, apropria-se de outra identidade e começa a vestir-se como rapaz. A jovem pede a proteção de Sebastian e oferece sua alma como pagamento. Além de protegê-la, o mordomo deve ajudá-la a encontrar os assassinos de seus pais.

A protagonista também é uma agente da Rainha, denomidada de “cão de guarda”, que a convoca para solucionar o mistério de uma série de assassinatos. Aos poucos, com o auxílio de seu mordomo, descobre evidências de que os autores dos crimes podem estar relacionados também com a morte de seus pais.


Assista ao trailer do filme Black Butler - O Mordomo de Preto:


terça-feira, 7 de junho de 2016

Redman é uma das melhores coisas que a Tsuburaya já produziu nas últimas décadas

Herói ou assassino calculista? (Foto: Reprodução/Ultra Channel)

Há alguns posts atrás escrevi aqui no blog sobre a série nipo-americana VR Troopers, indagando se ela realmente é uma série ruim como muitos haters vivem cantando por aí na tokunet (às vezes sem acompanhar direito pra dar uma análise convincente e formar um argumento preciso). Apesar de toda aquela chocridão, sempre gostei do trio liderado pelo inexperiente Ryan Steele. Tenho esse esporte de analisar cenas e comparar situações entre as versões das franquias adaptadas - principalmente Metal Hero e Kamen Rider - praticamente desde sempre. No mais, não tem essa de odiar e levar tokusatsu demasiadamente a sério. Pra gostar de tokusatsu não precisa ter essas bobagens de julgar antes de assistir nem de ficar caçando qual gênero/franquia é melhor que a outra.

Falando de coisas toscas do tokusatsu, comecei a assistir ultimamente a série Redman, um clássico da Tsuburaya do ano de 1972. Outro clássico da chocridão que estava precisando assistir. Passei a acompamhar devido a uma recomendação feita pelo caprichado blog Casa do Boneco Mecânico - Anexo - (por Usys 222), até pela necessidade de ficar informado e pesquisar mais sobre esse estilo que tanto gostamos. Leia mais aqui pra entender melhor. 

Redman é uma das melhores produções já feitas pela Tsuburaya nos últimos 50 anos. Claro que clássicos do UltramanUltra Seven e demais heróis da Família Ultra tem os seus devidos valores. Só que Redman tem algo mais peculiar. Com baixo-orçamento, o herói de 40 metros - que lutava ao ar livre, quase sempre num terreno baldio ou num arrozal. Você até esquece que ele é "gigante" e leva de boa como um herói de tamanho normal.

Nos últimos anos Redman tem ganhado fama entre os japoneses. Sim, amigos. Uma série antiga pode arrebatar fãs de qualquer idade (ou vai dizer que Jaspion ainda não pode ter esse efeito entre a garotada de hoje?). É que os episódios são lançados de segunda a sexta pelo canal oficial da Tsuburaya no YouTube (também conhecido como Ultra Channel), sempre às seis da manhã (de Brasília). A parte chata da distribuição é que os episódios mais antigos são apagados após uma semana de lançamento. Ou seja, são cinco por semana. O que por um lado acaba atraindo o espectador a acompanhar diariamente a série como numa exibição regular na TV. Pelo menos a abertura e o primeiro episódio ficam intactos.

Desde sua estreia no início de abril o público japonês passou a acompanhar Redman e comentar bastante. O cara simplesmente virou uma espécie de "popstar" do tokusatsu. E ainda por cima ganhou a má fama de "serial killer vermelho". A primeira impressão que tive ao assistir a série é que Redman fosse um anti-herói. Do tipo que quer matar qualquer monstro que aparecesse em sua frente. Boa parte dos monstros são das séries Ultra. Alguns deles acabam "ressucitando". Só essa semana Saurus já apanhou e morreu umas três vezes.

Vale a pena assistir Redman e ver um lado do tokusatsu como ele é: nu e cru. Monstros de borracha com zíper amostra, malabarismo e coisas do tipo. E não adianta ficar torcendo o nariz achando que isso é desprezível por ser tosco. Pode até ser mal feito, mas foi por causa de produções assim é que hoje temos Ultraman, Kamen Rider e Super Sentai com efeitos especiais melhorados. E vale assistir pra dar risada e fazer escracho.

Redman é uma das coisas mais bizarras feitas pela Tsuburaya, mas que merece a fama que está tendo hoje no Japão. São 2 minutinhos e meio que mostrava um jeitão mais simplório de contar alguma história e que hoje em dia acabou deixando o herói principal parecer um psicopata (matando na faca sem dó e piedade). O importante é curtir um bom tokusatsu, seja ele tosco ou bem feito. É um prato cheio pra quem tem sede de conhecer mais sobre esse estranho universos dos monstros de borracha e encara isso sem fanatismo. Essa é a verdadeira essência do tokusatsu.

Redman foi exibido originalmente entre 24 de abril e 3 de outubro de 1972 e tinha 138 episódios de cinco minutos cada transmitidos de segunda à sexta às 7h30 da manhã dentro do programa Ohayo! Kodomo Show, da Nippon TV. A série está no ar pelo canal da Tsuburaya via YouTube desde 1 de abril e seu último episódio está previsto para ser lançado em 11 de outubro (terça-feira). O tema de abertura foi cantada pelo icônico Masato Shimon.

Confira a abertura e o primeiro episódio da série:



segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sato Company apresenta mostra de filmes e animes inéditos na Fest Comix

O espaço acontece no próximo fim de semana (Foto: Divulgação/Sato Company)

A 22ª edição da Fest Comix acontece nos próximos dias 17, 18 e 19 de junho, no Centro de Eventos de São Paulo Expo. Pela primeira vez o evento recebe a 1ª Mostra Anima Sato, promovida pela Sato Company. O espaço contará com exibições de clássicos, lançamentos, pré-estreias, além de palestras com gente que entende do assunto sobre produções japonesas. A entrada é gratuita para os visitantes da Fest Comix.

A partir das 16h de sábado, o público acompanha um encontro especial com Nelson Sato, CEO da Sato Company, que irá apresentar as novas produções trazidas pela empresa e tirar dúvidas dos fãs. No domingo, às 14h30, acontece a palestra A história dos seriados japoneses no Brasil, com os especialistas em séries de TV, Leonardo Bussadori e Roosevelt Garcia, do canal E No Próximo Episódio...

Entre os destaques da programação da mostra estão as pré-estreias no Brasil dos animes japoneses Ghost Hound, Diabolik Lovers, High School of the Dead, Devil May Cry e Jormungand. Títulos que estarão em breve na Netflix. Para os fãs de tokusatsu, o Anima Sato contará também com exibições de clássicos como Changeman, Flashman, Jaspion e Jiraiya. O evento encerrará com a pré-estreia do filme Garo: Red Requiemo primeiro filme da franquia de tokusatsu Garo, lançado originalmente no Japão em 2010. Além disso, o espaço exibirá A Turma do Ronaldinho Gaúcho (de Maurício de Sousa), o clássico italiano Topo-Gigio e o famoso desenho japonês Doraemon.

Confira a programação do Anima Sato:


DIA 17 - SEXTA-FEIRA ANIMADA

11 h – Topo Gigio
12h – Turma do Ronaldinho Gaúcho, de Mauricio de Sousa
13h – Doraemon, O Gato do Futuro
14h - Street Fighter
15h - Ghost Hound (Pré-estréia)
16h - Diabolik Lovers (Pré-estréia)
17h - High School of the Dead (Pré-estréia)
18h - Devil May Cry (Pré-estréia)
19h - Jormungandi (Versão dublada em inglês, sem legendas – 1° episódio. Pré-estréia)


DIA 18 – SÁBADO ESPECIAL

11h – Turma do Ronaldinho Gaúcho, de Mauricio de Sousa
12h - Tartarugas Ninja, O Filme Clássico
14h – Black Butler - O Mordomo de Preto (Pré-estréia em São Paulo)
16h - Encontro com Nelson Sato
17h – Kotodama, A Maldição (Pré-estréia)


DIA 19 – DOMINGO TOKUSATSU

10h30 - Esquadrão Relâmpago Changeman
11h30 - Comando Estelar Flashman
12h30 - Jaspion
13h30 - Jiraiya
14h30 – Palestra – A história dos seriados japoneses no Brasil, com Leonardo Bussadori e Roosevelt Garcia
15h30 - Garo, o Filme - Red Requiem (Pré-estréia)


INFORMAÇÕES

22ª FestComix
Local: São Paulo Expo
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - São Paulo – SP
Valores: R$ 20,00 Dia; ou R$ 50,00 Pacote 3 dias.
Site Fest Comix: www.festcomix.com.br
Site AnimaSato: www.sato.tv.br/animasato

Vegeta torce para sua própria réplica derrotar Goku em Dragon Ball Super

Vegeta no momento em que ordenava a vitória de sua própria réplica e de Goku

A saga do Sexto Universo terminou oficialmente neste domingo (5), mesmo com o torneio tendo acabado há algumas semanas, e fechou com a luta final entre Goku e a réplica de Vegeta (formada por um Choujinsui). Não foi lá aquela luta emocionante e foi rápida.

Apesar disso, o episódio da semana de Dragon Ball Super rendeu algumas situações engraçadas. Gente, o que foi aquela indecisão de Vegeta, hein? Numa hora ele queria que sua réplica vencesse seu rival Saiyajin a qualquer custo, mesmo que isso causasse sua morte. Num segundo depois Vegeta diz para Goku não perder para sua réplica. Dá pra entender o que realmente o Príncipe dos Saiyajins queria mesmo?

Bom, agora engraçado mesmo foi ver Vegeta usar uma chupeta pra selar o Choujinsui, para ganhar tempo de impedir seu desaparecimento total. Vegeta teve seu momento Koenma (da série YuYu Hakusho) por alguns instantes. Quase um momento de vergonha alheia, Jaco tenta dar uma de "paparazzi" para tirar uma foto de Vegeta (chupando chupeta), mas a bateria acaba bem na hora. Que pena. Vegeta só ficou sabendo que aquilo era uma chupeta depois da resolução da luta. Cá pra nós, como ele não sabia disso? O que ele pensou que fosse? Vai entender, né? Tava muito na vista pra não ser percebido.

Vegeta e seus quinze minutos como Koenma

domingo, 5 de junho de 2016

VR Troopers é realmente uma série tão ruim assim?

O trio deformado da Saban

Em 2014 escrevi aqui no blog uma resenha sobre a série VR Troopers. Querendo ou não a série marcou época nos anos 90. Não tanto quanto o morfenomenal Power Rangers, mas deixou sua marca de alguma forma quando exibido na Globo e na extinta Fox Kids. Tanto pro bem quanto pro mal. A série é até hoje odiada por muitos fãs de tokusat... digo, digo, da saudosíssima Rede Manchete (também sou fã, mas sem viuvez) que levam séries japonesas a sério demais. É que VR Troopers é uma adaptação americana de três séries originais da franquia Metal Hero, da Toei Company. As "vítimas" foram Metalder, Spielvan e Shaider. Foi a primeira série não oficial da franquia Metal Hero ao lado de Big Bad Beetleborgs (B-Fighter e B-Fighter Kabuto) e Zaido (uma sequencia filipina de Shaider).

Tais fãs (da Manchete) afirmam que a série é uma "imitação" e um "estupro" contra as séries japonesas exibidas no Brasil. Por causa desse falatório que vem desde o antigo Orkut, uma lenda urbana foi criada que reza uma praga que diz: "por causa da Saban o tokusatsu não voltará jamais ao Brasil". Tivemos várias reprises de séries de tokusatsu nos anos 90. Vimos lançamentos de Ultraman Tiga e Ryukendo nos canais abertos Record, Rede 21 e RedeTV!, respectivamente na década passada. E agora temos séries Ultra em serviços oficiais de streaming como Netflix e Crunchyroll. Bem, o tokusatsu está aí, não tem que ninguém reclamar de barriga cheia e a Saban não é lá esse monstrão nazista que você talvez pense que é (apesar da empresa não ser nenhuma santinha e dar suas prezepadas).

A questão é se VR Troopers é uma série ruim. Isso é verdade? Tem motivo pro trio formado por Ryan Steele, Kaitlin Star e J.B. Reese serem odiados assim (por alguns mancheteiros)? Então, a série é tosca. Mas vá sabendo que ela ASSISTÍVEL e tentou ser séria. Aliás, ela é bem mais séria se comparada e minuciosamente analisada ao lado do tenebroso Masked Rider (Kamen Rider Black RX) e do mal-assombrado Beetleborgs, que seguiram padrões mais infantiloides. Dentre as adaptações americanas de tokusatsu, só perde para Kamen Rider: O Cavaleiro Dragão (Kamen Rider Ryuki), que foi mais trabalhado e ficou bem longe do cúmulo da tosquidão. É melhor que as séries originais da Toei? Nem de longe. Mas você for uma pessoa paciente e parar pra assistir um episódio por dia/semana ou resolver descarregar a série em maratonas você vai descobrir muitos erros na série. Erros não são raros de serem encontrados em VR Troopers, mas faz o espectador se divertir. É como você encontrar um zíper nas costas do Godzilla ou de qualquer monstro de tokusatsu.

Se eu listasse aqui as inúmeras gafes, este post ficaria grande demais. E são tão risíveis de um jeito que o espectador se livra da depressão em dois tempos. Pois é. Ficar por aí estressado enquanto Toei e Saban ganham dinheiro loucamente é que leva numa depressão profunda. Rir é o melhor remédio. Analisar as cenas e as situações entre original japonesa e adaptação americana é divertido. Pois além de perceber as limitações, roteiros forçados de VR Troopers, você acaba encontrando erros. 

Só pra deixar umas curiosidades, Kenji Sony (Hiroshi Watari) virou "dublê" de J.B., Duas "Kaitlins" já apareceram juntas ainda na primeira temporada antes mesmo da duplicata (ocorrida na segunda e última), Satoru Kiita (Kazuoki Takahashi) de penetra em dois episódios, e por aí vai. Nas cenas originais, o que dizer das armaduras? São mal feitas pra caramba, mas bem engraçadas. Dignas de um "cospobre". Não tem como não rir e você acaba gostando daquilo - pra escrachar, é claro. Tem algumas gafes como Ryan aparecer sem o "fraldão" da armadura, a cinta da armadura de J.B. cair diante às câmeras, etc.

De início as lutas civis entre os Troopers contra os previsíveis Skugs (assista pra entender o porquê) não são as melhores no inicio. Mas vão melhorando. Só não chegam perto do mentor Tao Chong (o proprietário do Tao Dojo). Agora, um ponto a ser exaltado são as lutas coordenadas por Koichi Sakamoto (que dirigiu Ultraman X) no momento do Grid de Batalha. Tá certo que os trajes são horríveis, os capacetes foram modelados pelo capacete do Ranger Vermelho de Mighty Morphin Power Rangers (Kyoryu Sentai Zyuranger), mas são as lutas mais bem feitas. Tem lá uns personagens bobocas Woody e seu repórter Percy que tentam fazer comédia pastelão, mas são totalmente dispensáveis. Comédia de verdade foi o que eu falei acima. Tem seus momentos de drama com as reflexões de Tyler Steele, que serviu como um "Trooper" secundário ao assumir o codinome Dark Heart (Top Gunder em Metalder).

Então. Se por acaso você brigou com a namorada, tive um péssimo dia no trabalho, o gás acabou e o chefe ficou mal humorado, assista lá os Troopers pra desopilar e faça um teste em sua Netflix, mou. Dê boas risadas ou seu mal humor de volta. Metalder, Spielvan e Shaider continuam no mesmo lugar de sempre, no mundo da Toei e não são as gafes dos Troopers que vão destruir as obras originais. VR Troopers é uma boa série... pra rir.