Ultraman Mebius e Ultraman 80 (Eighty), dois dos heróis títulos no Brasil via streaming |
No ano passado eu escrevi vários posts aqui no blog sobre as séries de tokusatsu que estão chegando via streaming no Brasil. É bem verdade que o mercado é promissor e só tende a ser mais evidenciado futuramente para vários nichos. Desde os mais ávidos por cinema, séries americanas, até os animes. Não dá mais pra fugir da nova mídia digital que é uma realidade e sucesso no atual mercado mundial. Pra quem não sabe ainda, no Brasil uma nova leva de séries de tokusatsu já está sendo preparada para invadir os serviços de TV por internet e alguns títulos já começaram a ser veiculados.
A Sato Company é a licenciadora local que está investindo em séries clássicas como National Kid, Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban, além da série inédita Garo (de 2005) para estrear em breve no catálogo da Netflix. Antes dessa turma chegar, a Família Ultra já está há algum tempo por aqui com títulos inéditos na TV Brasileira através de séries na Crunchyroll e mais sete filmes que estão no ar na Netflix. Sem contar com outras mídias como o mangá ULTRAMAN que está sendo publicado pela Editora JBC. Ampliando as opções do leque, podemos encontrar tokusatsus nipo-americanas como a franquia Power Rangers e seus spin-offs.
Com tantos títulos bombando agora e chegando por aqui no futuro não dá mais pra ficar sonorizar o negativista "ah, não temos mais tokusatsu no Brasil" ou o pessimista "tokusatsu jamais irá voltar ao Brasil". A realidade de hoje não é mais a mesma de dez anos atrás. Os tempos mudaram. Tanto as empresas locais quanto os grandes estúdios que produzem as séries e filmes do estilo investem para que tal título dê retorno financeiro. Afinal de contas, a nossa audiência pode dar uma resposta: se os fãs de tokusatsu realmente consumem as séries via streaming e se são presentes/cadeiras cativas. Esse termômetro pode indicar a chegada de mais séries do gênero que pode atravessar o nosso nicho e atingir novos públicos. Por que não? Se a gente pensar por um outro ângulo, é até uma forma de gratidão às produtoras que sempre que trabalharam para nos dar entretenimento.
Assim como em países como EUA, o Brasil deve seguir o mesmo exemplo das fansubs estrangeiras: de excluir os links de títulos com direitos ativos em suas respectivas regiões. Só assim, o foco da audiência poderá ser ampliado e não haveria paradoxo de escolha. Nem vale mais a desculpa de "posso baixar" e "assistir no YouTube" pois isso deixa qualquer empresa no vermelho e isso não é bom nem pra elas que produzem e nem pra nós fãs que assistimos (e sempre pedimos pra ter tokusatsu oficial no Brasil).
Estamos num momento único que jamais imaginamos igual nos tempos do tokusatsu na TV brasileira nem mesmo na década passada com o advento da internet. Isso pode ser um ponto de partida para um boom do tokusatsu no Brasil. Independente de qual seja o resultado, temos que fazer a nossa parte. Nos unirmos, sermos otimistas, fieis e acreditar no potencial do sucesso do tokusatsu. E essa lição aprendemos com os nosso lendários heróis e temos que pôr em prática desde já. Por mais simples que seja. Se depender da união de todos os tokufãs brasileiros, podemos fazer a diferença, ajudar o mercado das séries japonesas que tanto amamos e ganharmos um novo filão de séries inéditas. Quem sabe um dia pode pintar um tokusatsu com o selo "Original Netflix" ou algo parecido, né? Só e somente assim vamos alcançar um antigo sonho de todos nós: o reconhecimento do tokusatsu na mídia brasileira. Quem desiste não faz história.
Fica o convite para toda a comunidade tokunet brasileira fazer a diferença e ajudar o tokusatsu a crescer no Brasil assistindo os tokusatsus licenciados através dos streamings oficiais. Vamos juntos explodir a chama dos heróis japoneses e mostrar que o tokusatsu tem potencial sim.
Belo post. Realmente estão equivocados quem pensam que os tokusatsus morreram no Brasil. Na vdd, essa pode ser a melhor época pós Rede Manchete e Rede Tupi para se consumir esse tipo de produto. Estou aguardando ancioso a chegada de Gaia ao crunchyroll brasileiro.
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