Já que o ano é de Jaspion/Changeman (especialmente para os fãs brasileiros de tokusatsu, é claro), que tal fazermos uma viagem no tempo para (re)lembrarmos as estreias das séries japonesas da chamada Geração Manchete? A partir de agora voltaremos para o passado para compreendermos melhor a passagem dos lançamentos das séries que pousaram na saudosíssima emissora dos Bloch e por outras emissoras, desde 1988 até 1999. Então vamos juntos embarcar neste
AT: Correção de algumas datas de reprises no Brasil
1988
Jaspion e Changeman numa publicação japonesa de 1985 |
22 de fevereiro - Licenciados pela Everest Video (distribuidora do sr. Toshihiko "Toshi" Egashira) em 1986 e lançados primeiramente em VHS, as séries O Fantástico Jaspion (Kyojuu Tokusou Juspion) e Esquadrão Relâmpago Changeman (Dengeki Sentai Changeman) - ambas de 1985 - estreavam na TV brasileira, via Rede Manchete. A dobradinha fazia parte do programa infantil Clube da Criança, apresentado por Angélica (na época com 14 anos). Jaspion e Changeman também tiveram exibições oficiais no bloco Tarde Criança, da Record, entre 1994 e 1995. Além de passar pelas manhas da CNT/Gazeta, em 1996-97, na faixa das oito horas.
1989
Comando Estrelar Flashman foi atração nas emissoras Manchete e Record nos anos 90 |
6 de março - Para dar seguimento ao sucesso das séries anteriores, a Everest aposta no Super Sentai de 1986, Comando Estrelar Flashman (Choushinsei Flashman). A série foi a substituta de Changeman no Japão. Em alguns episódios (no Brasil), a abertura era apresentada com créditos em português. Flashman estreava neste dia no vespertino Clube da Criança, e só na semana seguinte - em 13 de março - estreou no horário matutino, ao lado de Jaspion/Changeman. A série passou pelos blocos Tarde Maior e Tarde Criança, da Record, entre 1 de agosto de 1994 e 12 de agosto de 1995. Também esteve no horário das oito da manha da CNT/Gazeta entre 23 de dezembro de 1996 e 28 de fevereiro de 1997.
O Incrível Ninja Jiraiya teve duas passagens pela extinta Rede Manchete |
2 de outubro - O licenciamento exclusivo com a Toei Company era caro. Como Toshi não tinha o capital suficiente para bancar este tipo de parceria, a Top Tape subitamente lançaria mais dois tokusatsus para a TV e VHS. Eram as séries Lion Man e Jiraiya. Existia uma campanha de publicidade para tentar equiparar as duas séries. Mas o público infantil não foi nada bobo. Enfim, a primeira série do Lion Man - da extinta P-Productions - exibida foi a do laranja (Fuun Lion Maru, 1973), pois era curta: apenas 25 episódios. Já o Lion Man branco (Kaiketsu Lion Maru, 1972-73), o primeiro da trilogia - se contarmos com Lion Maru G (2006) - teve apenas dez de seus 54 episódios exibidos com uma considerável alternância. Jiraiya, o Incrível Ninja (Sekai Ninja Sen Jiraiya, 1988) foi uma das séries de maior sucesso da Manchete e dispensa comentários. Voltaria à mesma emissora no dia 7 de dezembro de 1998, às 19h15 (horário brasileiro de verão). Fez companhia com o tokusatsu Maskman (que voltaria em janeiro de 1999) e os animes Shurato e YuYu Hakusho e juntos passaram pela TV! (lê-se: RedeTV!) até o dia 10 de novembro de 1999. Aliás, Toshi tinha interesse de relançar a trilha sonora nacional do "ninja olimpíada" em CD, uma vez que o mesmo passou a ter direito de exibição da série.
1990
JIban foi a única série que estreou durante uma exibição original no Japão |
22 de janeiro - Pela primeira e única vez uma série de tokusatsu estreava na TV brasileira ainda em exibição no Japão. Jiban, o Policial de Aço (Kidou Keiji Jiban, 1989-90) era lançada pela Top Tape, com exibição diária pela Rede Manchete, exatamente seis dias antes do episódio final, pela emissora japonesa TV Asahi. Jiban ficou no ar até o final do ano seguinte e jamais teve seus últimos dois episódios exibidos e nunca mais voltou (oficialmente falando) à TV brasileira. A Focus Filmes lançou a série completa em DVD no ano de 2011 e os tais finais ganharam uma dublagem atual até então, reunindo grande parte do elenco original. O saudoso e inigualável dublador Carlos Laranjeira foi substituído por Figueira Jr., conhecido como o Androide 17 de Dragon Ball Z e GT e Fry de Futurama. No dia 14 de julho de 2015, Jiban perde o posto de série japonesa de tokusatsu que veio mais rápido no Brasil. Quem superou foi a série Ultraman X, que é exibido simultaneamente via Crunchyroll.
Goggle V foi a primeiro tokusatsu da geração a disputar diretamente com as novelas das oito |
12 de março - Mais uma concorrente surgia para a Everest, a fim de difundir (ou saturar) os tokusatsus no Brasil. A distribuidora italiana Oro Filmes lançara as séries Machine Man (Seiun Kamen Machine Man, 1984), Gigantes Guerreiros Goggle V (Dai Sentai Goggle V, 1982-83) e Sharivan, o Guardião do Espaço (Uchuu Keiji Sharivan, 1983-84). Esta última foi guardada como "carta na manga" para estrear posteriormente na programação da Rede Bandeirantes (atualmente atendida como Band). Inicialmente, além da exibição vespertina no infantil TV Criança, foi formada uma dobradinha com o quinteto e o "Super-Homem de olhos puxados", respectivamente, entre 20h30 e 21h30. Curiosamente, as séries chegaram disputando audiência com as últimas semanas da novela global Tieta (protagonizada por Betty Faria), que entrava neste mesmo horário. Goggle V e Machine Man também estreavam juntas nas manhãs da Record, a partir de 5 de abril de 1993. Tiveram exibição oficial pela TV Guaíba - de Porto Alegre - em 1994. Só em agosto de 1995 é que ambas e mais Sharivan voltariam à Record.
Metalder estreou no mesmo dia/hora da estreia da novela global Rainha da Sucata, com Regina Duarte |
2 de abril - Ainda nesta dobradinha, a série Metalder, o Homem-Máquina (Choujinki Metalder, 1987-88) - licenciada pela Everest - estreava num horário digno/justo para a trama. Porém, sem divulgação alguma. Metalder foi lançado às 21h00, logo após um programa partidário gratuito de 30 minutos (excepcionalmente sem a exibição de Goggle V às 20h30). Vale citar que ele estreou no mesmo dia/horário e concorria diretamente com a novela das oito Rainha da Sucata (protagonizada por Regina Duarte e Tony Ramos). Metalder foi exibido inicialmente às segundas e quartas, em rodízio com Machine Man (às terças, quintas e sextas). A dobradinha ficou nesta faixa nobre até meados de junho. Logo, Metalder passaria para às manhãs de domingo, às 8h. O herói pôde ser visto nos anos 90 numa versão americana chamada VR Troopers.
Sharivan, outrora chamado de "Jaspion vermelho", agitava as tardes da Bandeirantes e da Record |
8 de outubro - Para começar a semana do dia das crianças daquele ano, o programa TV Criança estreava a série Sharivan, a partir das 16h30. Fez um considerável sucesso e era chamado de "Jaspion vermelho". Passou pela Rede Record em 31 de maio de 1993 e no mesmo ano - em 13 de setembro - teve exibição oficial pela TV Guaíba de Porto Alegre. Por ironia do destino, Sharivan fez dobradinha com Jaspion, a partir de agosto de 1995. Aquele que se pensava ter sido imitado pelo herói-título vivido pela lenda viva Hiroshi Watari.
Lançado no dia das crianças de 1990, Cybercop serviu de transição de duas eras da Geração Manchete |
12 de outubro - Ainda na mesma semana, numa sexta-feira, estreava a série Cybercop, os Policiais do Futuro (Dennou Keisatsu Cybercop, 1988-89). Em seguida, a série licenciada pela Sato Company (do sr. Nelson Sato) foi exibida inicialmente nas segundas, terças e quintas no Clube da Criança, a partir das 13h00. Cybercop (e não "Cybercops" como erroneamente é dito pela net afora) teve seus primeiros episódios exibidos, passou alguns meses fora do ar e voltou somente em abril de 1991 com uma nova remessa, ao lado das séries Spielvan, Maskman e Kamen Rider Black. Serviu de transição da era de ouro para a era de prata desta geração, fazendo trio com as séries Winspector e Patrine, de 1994 a 1995. Leia mais aqui.
Shaider teve sua primeira exibição nos fins de tarde da Gazeta, competindo com os tokusatsus da saudosa Manchete |
19 de novembro - Nos fins de tarde da Gazeta, estreava a série Shaider (Uchuu Keiji Shaider, 1984-85). A última série da trilogia dos Policiais do Espaço e a segunda a vir para o Brasil. Era exibida de segunda a sábado às 18h00 e (embora tenha sido pela famosa TV de São Paulo) concorria com a Sessão Super-Heróis, o bloco noturno de tokusatsu da Manchete. A partir de 6 de abril de 1991 foi para as telas da Globo às 7h30 da manhã de sábado, ficando neste horário até 22 de junho seguinte (episódio 12). Retornaria à Globo nas madrugadas e ficou por lá entre 14 de junho de 1992 e 10 de janeiro de 1993. Vale lembrar que nos guias de programação de vários jornais a série era citada exatamente como "Space Captain Sheider", por influencia internacional da dona Toei, apenas. Leia mais sobre Shaider e sua exibição no Brasil aqui.
1991
Bicrossers teve um sucesso considerável na Sessão Aventura, da Rede Globo |
2 de janeiro - Em clima de ano novo, a Globo lançava pela primeira vez uma série de tokusatsu na extinta Sessão Aventura. Era Bicrossers (Kyodai Ken Byclosser, 1985). A dupla de heróis-irmãos, que antecedia a versão diária da Escolinha do Professor Raimundo, marcou tanto pela dublagem carioca da extinta Herbert Richers como pela arma fatal formada por uma moto. Meses depois, ainda no mesmo ano, a série foi exibida pela Gazeta em horário nobre.
Gavan era apresentado na Globo como "Space Cop", título este que jamais foi criado pela emissora carioca |
4 de março - Antes tarde do que nunca, estrava o primeiro da trilogia dos Policiais do Espaço. Gavan (Uchuu Keiji Gavan, 1982-83) era apresentado na emissora dos Marinho (que também licenciou Shaider e Bicrossers pra cá) como Space Cop. Um título estranho, mas que veio originalmente de uma sugestão da própria Toei Company como "Space Cop Gabin" (lê-se: Gaban) para distribuição internacional. O grande pioneiro dos Metal Heroes teve uma sofrida dublagem pela carioca VTI e passava sempre às 16h45, antecedendo a série dos irmãos Ken/Jin, mas ambas ficaram pouco tempo no ar. Meses depois, ainda no mesmo ano, a série foi exibida pela Gazeta em horário nobre.
Capa do álbum de figurinhas de Spielvan, que trazia cromos deste e de mais outras novas inéditas/recentes da época |
22 de abril - Esta data foi marcante para um novo trio de tokusatsu. A Sessão Super-Heróis lançava a partir das 17h30 as séries Guerreiro Dimensional Spielvan (Jikku Senshi Spielban, 1986~87), Defensores da Luz Maskman (Hikari Sentai Maskman, 1987~88) e Black Kamen Rider (Kamen Rider Black, 1987~88). Todas trazidas pela Everest. Vale ressaltar que um pouco depois que a primeira chamada de estreia foi ao ar, Spielvan passou a ser chamado estranhamente como "Jaspion 2" e Kamen Rider Black como "Black Man". Uma louca jogada de marketing do Toshi que não convenceu em nada as crianças da época durante o auge. Bem, a aposta maior da licenciadora era em Spielvan, mas o Kamen Rider foi o favorito e dentre as três (então) novas séries e foi a que ficou mais tempo no ar dentre estas. Até o 15 de julho de 1994 pra ser mais exato. Spielvan, Black e Maskman nunca tiveram seus encerramentos exibidos, com a exceção deste último citado na sua reprise em 1999 na Manchete/TV!. Cybercop voltaria com novos episódios para acompanhá-los ainda nos primeiros dias de exibições inéditas do trio de heróis. Segundo uma reportagem do caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo, do dia 14 de março de 1990, Maskman e Black já estavam sendo negociadas para estrear naquele ano. Porém, isso se deu só no ano seguinte. Originalmente a data de estreia da "nova temporada" da Sessão Super-Heróis seria no dia 15 de abril de 1991, como dizia o vídeo abaixo:
1994
Patrine, originalmente, poderia ter estreado no Brasil ainda no começo dos anos 90 |
4 de julho - A Everest muda o seu nome para Tikara Filmes e volta a investir em séries inéditas depois de três anos de hiato dos lançamentos. Após uma certa promessa para estrear em abril daquele ano no Clube da Criança (apresentado ainda por Mylla Christie), Estrela Fascinante Patrine (Bishojo Kamen Poitrine, 1990) começa a ser exibido no Dudalegria e às tardes, formando um trio com Cybercop e Winspector. A heroína é uma criação de Shotarô Ishinomori e quase chegava mais cedo aqui no Brasil, no ano de 1991. A ideia inicial de Toshi era trazer a série, ao invés de Kamen Rider Black. Mas seu amigo/sócio o convenceu do contrário e Patrine veio apenas depois. Toshi ainda teve uma certa "cara-de-pau" de chamar Patrine de "nova Rainha dos Baixinhos". (?!) Mais uma bola fora do empresário.
Winspector foi a primeira série da era de prata dos tokusatsus da Geração Manchete |
18 de julho - Inicialmente, o Esquadrão Especial Winspector (Tokkei Winspector, 1990) estreava às 9h30 da manhã (no Dudalegria) e tinha também tinha horário (local) às 19h00. Passou por vários horários na grade da Manchete e ficou no ar até 26 de dezembro de 1997. Era o Metal Hero mais popular e querido da geração de prata dos tokusatsus na Manchete. Leia mais sobre a passagem da dobradinha Winspector/Patrine no Brasil aqui.
Solbrain, a sequencia direta de Winspector, estreava com a abertura de uma nova fase da Sessão Super-Heróis |
12 de junho - A Sessão Super-Heróis retornara oficialmente após um tempo fora do ar. Com uma abertura improvisada, estreava a série Super Equipe de Resgate Solbrain (Tokkyu Shirei Solbrain, 1991~92) às 9h30 (no Dudalegria) e 17h35. A série é a segunda da trilogia dos Rescue Heroes, sendo uma sequencia direta de Winspector (que teve uma reprise curta ao anteceder a estreia de sua sucessora no mesmo horário noturno). Solbrain também teve uma breve reprise nas sextas-feiras no bloco JapAction, fazendo dobradinha com National Kid. Infelizmente este foi o último Metal Hero que passou por aqui e não pudemos assistir a sua sucessora, Exceedraft, por falta de interesse/investimento da Tikara e de outras empresas do ramo.
Kamen Rider Black RX foi a última série de tokusatsu inédito na Manchete |
24 de julho - Estreava o último tokusatsu no Brasil na década de 90. Kamen Rider Black RX (1988-89) era uma sequencia direta de Kamen Rider Black e foi exibida inicialmente todas às segundas, quartas e sextas, em revezamento com Solbrain, às 9h30 (no Dudalegria) e 17h35 (na Sessão Super-Heróis). RX ficou no ar até o final de 1997, quando estreou em dezembro o extinto canal pago infanto-juvenil Fox Kids e sua adaptação americana intitulada originalmente como Saban's Masked Rider. Ainda durante os últimos meses de exibição de RX no Brasil, pudemos ver a primeira aparição de sua contraparte num arco formado nos primeiros três episódios da terceira temporada de Mighty Morphin Power Rangers, exibido numa manhã de domingo na Globo. Um baque e tanto pra todos que assistiam a última saga televisiva de Issamu Minami. O último horário de RX na Manchete acontecia às oito da noite, competindo com a novela trash Chiquititas, do SBT.
Bônus: Séries de tokusatsu no Brasil pós-Manchete (2000-presente)
Ultraman Tiga foi o primeiro tokusatsu inédito no Brasil pós-Manchete |
28 de fevereiro de 2000 - Trazida pela Mundial Filmes (em parceria do jornalista Marcelo del Greco), estreava Ultraman Tiga (1996~97). A primeira série da Família Ultra da atual era Heisei. No Brasil, seria o pioneiro de uma nova invasão de lançamentos e clássicos da franquia, como estava encabeçado. Mas tudo foi por água abaixo por causa da apresentadora Eliana que mandou tirar do ar a série do seu programa infantil. Desrespeitando assim o público que estava a quatro episódios da conclusão. Tiga teve mais duas exibições (no esquema tapa-buraco) na Record, mas sem nunca chegar ao final. A coisa só aconteceu mesmo em 2005, na única e mítica exibição da Rede 21. Leia mais sobre a triste passagem do nosso guerreiro da luz em nosso país aqui.
Ryukendo foi o último tokusatsu inédito exibido na TV brasileira |
13 de abril de 2009 - Depois de 9 anos (3 anos e 9 meses após a ultima exibição de Tiga) sem passar nenhum título de tokusatsu original japonês na TV brasileira, chega a série Ryukendo (Madan Senki Ryukendo, 2006). É a primeira série da Takara (que produziu depois as séries Tomica Hero) e estreou no bloco TV Kids, da RedeTV!, no horário das sete da noite. A primeira semana de exibição (cinco primeiros episódios) sofreram cortes, pois o extinto jornal Notícias das 7 começava pontualmente às 19h20. (hein?!) Depois de muitas reclamações (justas) dos fãs, a RedeTV! ajustou o horário da série para às 18h55. Portanto, 25 minutos de episódio na íntegra (cortando apenas os eyecatches) e sem intervalos comerciais. Em meados de maio do mesmo ano, Ryukendo desceu para o horário das 19h30, substituindo o telejornal, que sofria pela baixa audiência. Teve mais três exibições na RedeTV!. Ainda nos primeiros meses de exibição, Ryukendo teve a primeira de suas quatro boxes lançadas pela Focus Filmes. Mas foi a única lançada por poucas vendagens. Na RedeTV!, a série marcava 5 pontos. O que é muita coisa para a quinta maior emissora do Brasil. Poderia ser mais, se outra parte dos fãs de tokusatsu (saldosistas/mancheteiros) não tivessem tanta ingratidão. Tá certo que não era bem um Jaspion da vida, mas ali era um humilde começo de uma safra de tokusatsu que poderia muito bem ser reiniciada na TV. Lamentável.
Como presente da própria Tsuburaya para o ocidente, Ultraman Max estreava no Brasil através de novas mídias oficiais |
20 de novembro de 2014 - Provavelmente uma meia dúzia de gatos-pingados poderia dizer o seguinte: "Isso não conta por nunca ter passado na TV brasileira". Mas mesmo assim não deixa de ser oficial, já que a onda do momento são os streamings, querendo ou não. E por uma grata surpresa da Tsuburaya, Ultraman Max (2005~06) estreou no Brasil via Crunchyroll. Para os mais desavisados, o serviço é conhecido carinhosamente como "a Netflix das séries japonesas". Todos os 39 episódios estão disponíveis lá para serem assistidos tanto para assinantes quanto gratuitamente, a qualquer hora. Pode ser afirmado (sem medo de ser feliz) como a primeira série de tokusatsu japonêsa exibida no Brasil após Ryukendo. Foi lançada na Crunchyroll americana (sede do serviço) em 14 de outubro de 2014.
Ultraman Mebius disponível no Brasil via on demand |
25 de dezembro de 2014 - A Tsuburaya surpreendeu mais uma vez e não perdeu tempo. Lançou a série Ultraman Mebius (2006~07) para a Crunchyroll. A série serviu de comemoração aos 40 anos da série do Ultraman original e trouxe de volta os clássicos heróis da era Showa da franquia. Foi lançada na Crunchyroll americana em 21 de outubro de 2014, exatamente uma semana após o lançamento de Max nos EUA e Reino Unido.
Ultraman Leo, o drama mais antigo do catálogo da Crunchyroll, pode ser assistido gratuitamente no serviço |
25 de janeiro de 2015 - Lançada na Crunchyroll gringa em 12 de novembro de 2014, Ultraman Leo (1974~75), a série que serviu como sequencia de Ultra Seven, estreou no catálogo do serviço, passando a ser o "terebi dorama" mais antigo de lá atualmente. Vale ressaltar que antes mesmo de sair versões subadas ainda no finalzinho do ano passado (por que será, hein?), o blog havia noticiado aqui que o Brasil já estava sim na lista de licenciamento da Tsuburaya. Em outras palavras, nem precisava fazer o trabalho duas vezes, né? Em tempo, todos os 51 episódios já estão - somente - lá completinhos e com legendas em PT-BR. De forma oficial/segura/gratuita e pra ninguém botar defeito. É mais vantajoso e prático pra nós que vivemos numa era digital avançada.
Ultraman 80 também tem série completa disponível no Brasil |
14 de maio de 2015 - No dia 9 de dezembro de 2014 a Crunchyroll americana lançou Ultraman 80 (1980~81; lê-se: Eighty = "oitenta" em inglês). Por sinal, a série é a mais ousada da era Showa da franquia por quebrar vários paradigmas adotados por seus antecessores. Além de que há alguns rostos bem conhecidos dos tokusatsus exibidos na Manchete. Todos os 50 episódios podem ser vistos gratuitamente.
Ultraman X chega simultaneamente ao Brasil e toma título conquistado por Jiban desde sua estreia em 1990 |
14 de julho de 2015 - Provando que os streamings estão em ascensão (e que é o futuro das séries japonesas no ocidente), a Crunchyroll, em parceria com a Tsuburaya nos surpreende mais uma vez. Ultraman X é a primeira série exibida regularmente por simulcast, tendo episódio inédito da semana lançado uma hora após o final da exibição na TV japonesa, com legendas em português. O mais novo caçula da Família Ultra chega ao Brasil com aventuras inéditas todas às terças às 7h30 da manhã no serviço oficial de animes e dramas. Desde então, Jiban perdeu o posto de série que veio com menor tempo e durante a exibição no Japão. Título este que o Policial de Aço vinha defendendo por cerca de 25 anos. Leia mais sobre a estreia da série aqui.
Garo finalmente chegará ao Brasil. Em breve na Netflix |
Em breve - No dia 25 de maio - Dia do Orgulho Nerd - o site JBox divulga com exclusividade a aquisição das séries Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban, Kamen Rider Black e National Kid pela licenciadora Sato Company (a mesma que trouxe Cybercop para o Brasil em 1990). O sr. Nelson Sato também está em parceria com o serviço Netflix e tem levado para a famosa plataforma títulos como Ultraman: The Next, Robô Gigante, Doraemon, etc. Entre as novas aquisições, está também a série inédita Garo (de 2005). É o primeiro material da franquia que chega oficialmente ao Brasil e que deve conquistar não apenas os fãs hardcore de tokusatsu, mas também dos amantes do gênero terror e suspense.
Kamen Rider Kuuga estava no páreo para estrear no Brasil na década passada |
Séries que quase passaram no Brasil pós-Manchete - Na década de 2000 havia a pretensão da Mundial em lançar a série Ultraman Dyna (1997~98). Todo o elenco de dublagem estava montada. Mas as fitas masters da série só desembarcaram no Brasil, ironicamente, no mesmo dia em que Ultraman Tiga saiu do ar pela primeira vez. O que desmotivou a licenciadora em investir no negócio (o que não deveria, né?). Havia também planos da mesma em lançar as Ultra Series da era Showa (com excessão de Ultraman Tarô). Outra série que passou muito tempo na promessa foi Kamen Rider Kuuga (2000~01), pela Angelotti - Licensing & Entertainment Business. Mas todas as emissoras recusaram. O empresário Luiz Angelotti havia dito em reportagem para o extinto site Awika! (comandado por Ricardo Cruz e cia), em outubro de 2003, que ele mesmo estava se empenhando para que a série fosse mesmo ao ar, assim como aconteceu com a volta do anime Os Cavaleiros do Zodíaco (também pelo mesmo selo) naquele ano. Mas, por um dos lados, as próprias emissoras de TV é que barram a chegada de novos materiais do tipo. A realidade seria outra e até o nosso modo de refletir sobre a real importância/necessidade do mercado nacional de tokusatsu também se emissoras como a Manchete ainda estivessem no ar e investindo nas fórmulas que deram certo no passado. Mas os tempos são outros e novas mídias oficiais estão aí pra ajudar, quando as empresas japonesas também resolvem ajudar. Fato.
Colaboração e agradecimentos: Matheus Mossmann (site Herói)
+ Um pouco sobre os estúdios Gota Mágica
+ Os 7 piores erros (mentirosos) na tokunet brasileira
Deu até vontade de chorar man SDDS ^^
ResponderExcluirGrande post, merece ser lido por todo toku-fã, tenha ou não passado pela Geração Macnhete.
ResponderExcluirO Jiban realmente só passou até o final de 91? A memória pode estar me traindo, mas me lembro de ter assistido ele(e todos os outros qe passavam na Manchete exceto os dois que duraram mais, o Black e os Cybercop) até fim de 92/início de 93. Falando nele, eu como fã do Policial de Aço na época da Herói Gold fiquei muito frustrado por ele ter sido o único herói da geração de ouro dos tokus da Manchete a ser completamente ignorado pela revista. Até hoje não sei o porquê.
bom... segundo o tio donaldo (rodrigo paula) changeman estreou na vdd em 28/011/1987 e na virada de ano de 1987 para 1988 ele acabou reestreando na msm data de jaspion em 22/02/1988 e explodiu como exploudiu aqui no brasil a febre por tokusatsus graças a esses 2 titulos e dali por diante a gnt viu n tokusatsus na msm tv manchete (que hj mora no ceu) e nas outras emissoras televisivas tbm na ms epoca e segundo o finado orkut (que hj tbm mora no ceu) a data de estreia de patrine é de 04/07/1994 uma segunda - feira.
ResponderExcluirass: Eduardo - Punk da periferia
Vi todos esses até Jiban.
ResponderExcluirOs dos anos 90 não me chamaram tanto a atenção.
Perfeita pesquisa. Ficou bem precisa.
ResponderExcluirVi a quase todos em suas estreias. Porém, Shaider descobri quando meu pai viu pela Globo em algumas manhãs de sábado.
Assisti aos finais que foram exibidos da maioria, na época Manchete/Band/Globo, menos (é claro)... de Spielvan, Ultraman, Kamen Rider Black, RX e Cybercop.
O de Shaider passou? Bem mais tarde, soube que Gyaban foi exibido por inteiro no Xou da Xuxa e que Bicrossers teve 2 finais.
Achava Patrine, um saco. Até curtia Machine Man, mesmo com seu teor infantiloide.
OOOps... o final de Jiban também nunca passou. Hehe!!
ResponderExcluirai gente tinha q voltar todos principalmente jaspion e jiraia nunca perdi 1 capítulo vamos pedir pra voltar no viva com muitos pedidos eles reprizan
ResponderExcluirAssisti e ainda 31 anos depois assisto todos.Tokusatsu minha infancia e minha vida
ResponderExcluirAssistindo Jiban em 2017 via Iptv no App Perfect Player no Box Tv .Bons tempos
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