O rei estaria manjado? (Foto: Divulgação/Globo) |
Resolvi voltar ao assunto sobre o especial deste ano de Roberto Carlos para discutir um ponto que está um tanto mal-entendido pela net afora. O IBOPE registrou a audiência do especial exibido na terça-feira passada (23) e a Globo teria marcado 28 pontos no Rio de Janeiro e 22 em São Paulo. Um bom número para uma edição que atipicamente foi ao ar às onze da noite e dois dias antes do Natal.
Mas daí você poderia dizer o seguinte: foi a pior audiência dos últimos 14 anos. Em dados, sim. Mas, quanto ao fator popularidade, foi um sucesso absoluto. Afinal, o rei tem o seu público fiel que o acompanha religiosamente todos os anos. E tão cedo as coisas vão virar do avesso da noite pro dia. É coisa que está arraigada na nossa boa cultura pop musical brasileira. Uma tradição que jamais haverá outra igual em tempo nenhum. A explicação para o número ser menor é devida a competição da TV (seja aberta ou paga) com a internet. Principalmente com os serviços on demand (Netflix e similares). Atualmente qualquer grande emissora sofre com estes avanços da era moderna e estas não devem temer quanto a isso, segundo declaração do próprio Boni numa entrevista há alguns anos. E como a Globo não é nada boba, ela também adere este serviço para aqueles que não puderem assistir a um determinado programa da emissora em tempo real. Em outros termos, vivemos no futuro.
Isso de longe faz cair por terra o que alguns jovens de hoje dizem sobre a bobajada de que Roberto não estaria mais "na moda" e coisas do tipo. Aliás, tais comentários assim só mostram que estes que tanto se incomodam com os tradicionais especiais - e com o próprio cantor - desconhecem a obra e a carreira de Roberto Carlos. Sequer pararam para assistir as edições passadas e analisar os pontos positivos e negativos de cada. E ainda por cima não conseguem de jeito nenhum expressar tamanha revolta. Ok pra quem não gosta. Como fã do rei, eu respeito o ponto de vista individual. Gosto não se discute. Mas essa revolta toda e a falta de causa pra tamanha hateria é puro nonsense.
A verdade é que os atuais funks, sertanejos, arrochas, forrós e outros derivados são eternos fregueses do rei. Estão anos-luz de fazerem algo que o supere. Com Roberto, o caso é bem diferente e distante. Seu repertório não se resume à "nuvens passageiras" que fazem sucesso hoje e são esquecidas amanhã. São cantadas e tocadas por inúmeras vezes e há programas de rádio que dedicam semanalmente tributos a ele. Não é a toa que, apesar dos besteiróis do momento, ele continua invicto nas paradas musicais, uma vez que a cada três minutos toca-se uma música de Roberto Carlos. Qual outro cantor conseguiu caminhar até onde ele chegou, não é verdade?
E respondendo a pergunta do título: Roberto Carlos é - inigualavelmente - o melhor cantor do Brasil. Independente de gosto ou contragosto, a juventude deve ao menos saber respeitar/reverenciar esta lenda-mor da nossa musicalidade. Roberto não é qualquer cantor a ser subestimado. Aceitem de boa, bichos.
Muito bem explicado a ricos detalhes, que alguns se darão conta, é a própria emissora competindo consigo mesmo? Não, é uma forma de abranger o maior público possível.
ResponderExcluirAnálise perfeita! Parabéns ao autor!
ResponderExcluirRoberto Carlos é, de fato, o maior artista da história da música brasileira! E digo mais: é incomparável, inconfundível, insubstituível!
Viva o rei!
Derbson Frota
Tianguá CE