Qual criança dos anos 90 nunca gritou "É hora de morfar!"? |
Em vésperas de chegada do primeiro Super Sentai oficial em terras norte-americanas (leia aqui) e visita de um Ranger Vermelho original japonês (leia também aqui), nada melhor que uma boa pensatinha temporal sobre o assunto. Talvez você possa ser mais um a dizer que odeia Power Rangers. Mas voltando 20 anos no tempo, será que alguém realmente odiava tanto assim os heróis adolescentes de Alameda dos Anjos como hoje em dia? Lá no fundo da alma, há alguma coisa que admite que todos nós gostávamos. Certo? Pelo simples fato de ser uma produção americana que serve de adaptação dos autênticos esquadrões japoneses, pode despertar uma ira de algum ou outro fã hardcore de tokusatsu. Mas não dá pra negar que a franquia americana tem uma certa importância.
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Gente, de boa, vamo falar a verdade. Quando a série estreou no Brasil em meados de 1994 na Fox e no ano seguinte pelo saudoso programa infantil TV Colosso da Rede Globo, quem por aqui sabia o que era Super Sentai pra guardar tanta amargura como agora? Acompanhe meu raciocínio: da franquia japonesa, passaram no Brasil apenas Changeman, Flashman, Goggle V e Maskman. Na época, não sabíamos que isso fazia parte de uma grande franquia japonesa e que rapidamente ficou combalida em nosso país, um pouco antes da estreia dos guerreiros de Zordon. Isso já é um detalhe importante. E, por acaso, chegaram os Power Rangers na TV brasileira. E é preciso que se diga: todo mundo que assistia aos Sentais originais, até então, passou a acompanhar Mighty Morphin Power Rangers com a mesma intensidade que se via os tokusatsus e principalmente Os Cavaleiros do Zodíaco, que fazia uma febre acima de 40 graus por aqui. Aliás, as duas séries citadas disputavam a preferência da molecada. Nem adianta fugir desse fato.
Quando veio a histórica décima edição da lendária Revista Herói, em fevereiro de 1995, ampliamos nossos conhecimentos sobre as origens dos Super Sentais e da origem dos Power Rangers. O que era desconhecido para nós até então. De nenhuma forma foi gerada um ranço por isso (com exceção de VR Troopers e Masked Rider -- e não tiro essa razão!). Pelo contrário, ficávamos curiosos pra conhecer as séries originais. Nem imaginávamos que poderíamos assisti-los num então futuro próximo, graças à ascensão da internet. Enquanto isso, todo assistia Power Rangers com a mesma empolgação que se via um anime/tokusatsu na distante década de 90.
E quando nasceu mesmo toda essa raiva então? Tá certo que alguns redatores da imprensa especializada diziam que Power Rangers era uma "picaretagem". Mais tarde, nos primórdios das redes sociais brasileiras (o Orkut sediou a culminação) foi semeada uma concepção de que o fato de séries japonesas inéditas não passarem ou os tokusatsus da geração Manchete não passarem mais é por "culpa dos Power Rangers e do Haim Saban". Em parte, procuravam um "Judas" pra queimar e daí se via um monte de comunidades que diziam odiar isso ou aquilo. Em outra, essa tal "verdade" é totalmente distorcida e vem sendo mal informada até hoje, como se cria correntes e fofocas tresloucadas no Facebook.
Se não passam mais tokusatsus clássicos que passavam na TV brasileira e de forma oficial (nem me peça pra citar aquela emissora horrenda que passa as séries clandestinamente como oficial, porque não é!) é por falta de interesse dos canais majors e de alguma licenciadora que acerte a mão com um marketing mais agressivo. Nesse meio tempo, mais precisamente em 2009, passou Ryukendo na RedeTV!. Sem generalizar, cadê os nostalgistas/mancheteiros de plantão pra dar força ao mercado nacional de tokusatsu na época? Respondo: reclamaram por não ser um "Jaspion" da vida e ajudaram a destruir o próprio gênero que se dizem defender como fogo e paixão. Verdade seja dita. Fico pensando como seria se a mesma série tivesse passado na Manchete, caso ainda estivesse no ar. Com certeza o pensamento destes seria diferente, porque estaria "passando na Manchete! Woohoo!" e porque seria "na Manchete! Woohoo!". Ah vá!
Voltando sobre Power Rangers, conheço muita gente que não gosta, mas manja alguma coisa sobre a série e até escorrega em ver uma reprisezinha na TV. Como também conheço muita gente que gosta de ambas as versões e trata isso de forma descontraída. Tá certo que gosto não se discute. Tenho boa vivência com todo tipo de opinião. Agora, alguns dizerem que não assistem "pra defender a causa dos Super Sentais" ou que "nunca" assistiu na época, e ainda fazer pirraça em fóruns e grupos de discussão pra fazer confusão? Poxa, aí é dose.
Puxe pela memória: mesmo sabendo dos Super Sentais, dava pra brincar disso, conversar sobre o assunto na escola. Era divertido à beça. Eu também fui hater por cerca de uns 3-4 anos. Mas nunca disse que não assitia ou que não gostava de PR na infância. Confesso que estava saturado por ver sempre as mesmas temporadas de PR e não tinha ainda como ver séries de tokusatsu. Mas o lado da razão falava mais alto e com o tempo vi que essa raiva era uma tremenda duma bobajada sem sentido. Gosto de Power Rangers ainda e pronto. Apesar de minha paixão ser sempre para o lado oriental da coisa.
Em tempo, Haim Saban está sendo esperto ao lançar Zyuranger nos EUA e chamar Yuta Mochizuki na Power Morphicon. Tudo bem não querer admitir que, comercialmente falando, Power Rangers e Super Sentai são um só produto. Mas se tem uma coisa inegável nesta história é que Power Rangers sempre fez e sempre fará parte da memória afetiva do fã brasileiro de Super Sentai. De um jeito ou de outro.
Gente, de boa, vamo falar a verdade. Quando a série estreou no Brasil em meados de 1994 na Fox e no ano seguinte pelo saudoso programa infantil TV Colosso da Rede Globo, quem por aqui sabia o que era Super Sentai pra guardar tanta amargura como agora? Acompanhe meu raciocínio: da franquia japonesa, passaram no Brasil apenas Changeman, Flashman, Goggle V e Maskman. Na época, não sabíamos que isso fazia parte de uma grande franquia japonesa e que rapidamente ficou combalida em nosso país, um pouco antes da estreia dos guerreiros de Zordon. Isso já é um detalhe importante. E, por acaso, chegaram os Power Rangers na TV brasileira. E é preciso que se diga: todo mundo que assistia aos Sentais originais, até então, passou a acompanhar Mighty Morphin Power Rangers com a mesma intensidade que se via os tokusatsus e principalmente Os Cavaleiros do Zodíaco, que fazia uma febre acima de 40 graus por aqui. Aliás, as duas séries citadas disputavam a preferência da molecada. Nem adianta fugir desse fato.
Quando veio a histórica décima edição da lendária Revista Herói, em fevereiro de 1995, ampliamos nossos conhecimentos sobre as origens dos Super Sentais e da origem dos Power Rangers. O que era desconhecido para nós até então. De nenhuma forma foi gerada um ranço por isso (com exceção de VR Troopers e Masked Rider -- e não tiro essa razão!). Pelo contrário, ficávamos curiosos pra conhecer as séries originais. Nem imaginávamos que poderíamos assisti-los num então futuro próximo, graças à ascensão da internet. Enquanto isso, todo assistia Power Rangers com a mesma empolgação que se via um anime/tokusatsu na distante década de 90.
E quando nasceu mesmo toda essa raiva então? Tá certo que alguns redatores da imprensa especializada diziam que Power Rangers era uma "picaretagem". Mais tarde, nos primórdios das redes sociais brasileiras (o Orkut sediou a culminação) foi semeada uma concepção de que o fato de séries japonesas inéditas não passarem ou os tokusatsus da geração Manchete não passarem mais é por "culpa dos Power Rangers e do Haim Saban". Em parte, procuravam um "Judas" pra queimar e daí se via um monte de comunidades que diziam odiar isso ou aquilo. Em outra, essa tal "verdade" é totalmente distorcida e vem sendo mal informada até hoje, como se cria correntes e fofocas tresloucadas no Facebook.
Se não passam mais tokusatsus clássicos que passavam na TV brasileira e de forma oficial (nem me peça pra citar aquela emissora horrenda que passa as séries clandestinamente como oficial, porque não é!) é por falta de interesse dos canais majors e de alguma licenciadora que acerte a mão com um marketing mais agressivo. Nesse meio tempo, mais precisamente em 2009, passou Ryukendo na RedeTV!. Sem generalizar, cadê os nostalgistas/mancheteiros de plantão pra dar força ao mercado nacional de tokusatsu na época? Respondo: reclamaram por não ser um "Jaspion" da vida e ajudaram a destruir o próprio gênero que se dizem defender como fogo e paixão. Verdade seja dita. Fico pensando como seria se a mesma série tivesse passado na Manchete, caso ainda estivesse no ar. Com certeza o pensamento destes seria diferente, porque estaria "passando na Manchete! Woohoo!" e porque seria "na Manchete! Woohoo!". Ah vá!
Voltando sobre Power Rangers, conheço muita gente que não gosta, mas manja alguma coisa sobre a série e até escorrega em ver uma reprisezinha na TV. Como também conheço muita gente que gosta de ambas as versões e trata isso de forma descontraída. Tá certo que gosto não se discute. Tenho boa vivência com todo tipo de opinião. Agora, alguns dizerem que não assistem "pra defender a causa dos Super Sentais" ou que "nunca" assistiu na época, e ainda fazer pirraça em fóruns e grupos de discussão pra fazer confusão? Poxa, aí é dose.
Puxe pela memória: mesmo sabendo dos Super Sentais, dava pra brincar disso, conversar sobre o assunto na escola. Era divertido à beça. Eu também fui hater por cerca de uns 3-4 anos. Mas nunca disse que não assitia ou que não gostava de PR na infância. Confesso que estava saturado por ver sempre as mesmas temporadas de PR e não tinha ainda como ver séries de tokusatsu. Mas o lado da razão falava mais alto e com o tempo vi que essa raiva era uma tremenda duma bobajada sem sentido. Gosto de Power Rangers ainda e pronto. Apesar de minha paixão ser sempre para o lado oriental da coisa.
Em tempo, Haim Saban está sendo esperto ao lançar Zyuranger nos EUA e chamar Yuta Mochizuki na Power Morphicon. Tudo bem não querer admitir que, comercialmente falando, Power Rangers e Super Sentai são um só produto. Mas se tem uma coisa inegável nesta história é que Power Rangers sempre fez e sempre fará parte da memória afetiva do fã brasileiro de Super Sentai. De um jeito ou de outro.
Concordo plenamente!!!
ResponderExcluirAinda hoje não entendo o motivo de tanta gente odiar Power Rangers. Conforme César disse, a adaptação foi a porta de entrada para esse tipo de série pra muita gente. Quando eu assistia, me divertia bastante! E depois que fiquei sabendo que existia "outros power rangers", ainda imaginava em qual temporada eles mudariam de uniforme.
Power Ranger é nostálgico. Eu não tenho vergonha de dizer que assisti, gostei e GOSTO ainda da adaptação.
Parabéns pelo texto, César!!!
Quando era criança também cagava nas calças, agora deixei as duas merdas de lado.
ResponderExcluirAssistia sim porque eu cheguei a pensar que era continuacao pasmem de Changeman em 2011 descobri a farsa.Mas por falta de opcao aquilo e uma porcaria sem ofensa prefiro os super sentai ate o de historia mais faquinha e melhor que power bobos
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