Mais um quadro no Blog DAILEON! A seção Retrô Files resgatará a memória de filmes que não devem e nem deveriam jamais ser esquecidos da história. Esses dias eu tive vontade de rever e escrever sobre o Krull. É um dos que marcaram minha infância. A primeira vez que assisti foi em VHS numa gravação que meu pai fez quando estreou pela primeira vez na TV brasileira às 21h30 do dia 1 de agosto de 1987 -- sábado -- no bloco Supercine da Rede Globo.
Lançado em 1983 pela Columbia Pictures, teve produção de Ron Silverman e direção do finado Peter Yates, que havia trabalhado no longa Sob Suspeita, que reuniu Cher, Dennis Quaid e Liam Neeson no elenco.
Krull se passa no planeta que leva o nome do filme, situada num sistema de sois gêmeos, onde é invadida por uma gigantesca montanha espacial conhecida como Fortaleza Negra, liderada pelo horrendo e asqueroso monstro denominado pela alcunha de The Beast (ô diabo feio, nam!). O terrível chega ao planeta para sequestrar a princesa Lyssa (interpretada por Lysette Anthony), que está prestes a se casar com o príncipe Colwyn (Ken Marshall). Segundo uma profecia de Krull, uma garota de um nome antigo deve se tornar rainha e escolher o seu rei que juntos governarão o mundo e o filho destes governará a galáxia. A cerimônia de casamento deve ser finalizada por uma aliança de fogo entre os noivos. As tais chamas são a força para derrotar The Beast (dublado por Trevor Martin). O ritual é interrompido por seus vassalos, os Slayers (soldados que fazem um grito horroroso de dar dó quando morrem), que levam Lyssa para a fortaleza e destroem o castelo do rei.
Colwyn é o único sobrevivente do ataque e é encontrado pelo velho Ynyr (Freddie Jones), que o ajuda a resgatar o Glaive (Gládio na dublagem), uma poderosa arma com forma de estrela que é uma ferramenta de grande importância na invasão à Fortaleza Negra, que muda de lugar a cada amanhecer. Colwyn e Ynyr recebem reforço de Ergo o Magnífico (David Battley, in memorian) e de um grupo de fugitivos liderado por Torquil (Alun Armstrong). Por curiosidade, um dos bandidos, Kegan, é interpretado por Liam Neeson, antes de tomar as famas de Qui-Gon Jinn, Ra's al Ghul e Aslan nas telonas. Voltando, o grupo também não demora muito para serem auxiliados pelo ciclope Rell (Bernard Bresslaw, in memorian), que possui o dom de saber quando a morte se aproxima).
O roteiro é bem aventureiro e alguns efeitos lembram elementos básicos de Star Wars, Flash Gordon e Senhor dos Anéis. Krull se parece bastante com a Terra nos tempos medievais/nórdicos, porém com suas próprias atribuições.
Krull também guarda uma revelação que liga o passado de Ynyr e a profecia que envolve a princesa Lyssa. Rumando para o final emocionante. A cena em que o grupo corre com Éguas de Fogo (na dublagem eram cavalos mesmo) para a Fortaleza Negra é uma das mais bem feitas e uma das mais lindas do cinema em plena década de 80. As últimas cenas, na Fortaleza Negra, são bastante tensas e escondem armadilhas terríveis para os heróis. A luta entre Colwyn e The Beast é o tipo do clichê onde o mocinho salva a princesa do malfeitor. Mas é marcante para aqueles que assistirem.
O longa foi alvo de críticas negativas de alguns jornalistas da imprensa americana da época. Até foi apontado como o "pior filme" pelo Stinkers Bad Movie Awards. Mas os espectadores não foram trouxas e perceberam que o filme é diversão garantida e Krull gerou fãs ao longo dos anos 80.
A breve passagem de Krull deixou legado. Uma novelização escrita por Alan Dean Foster, adaptada para a edição #28 da Marvel Super Special. Sem contar que rendeu um game originalmente planejado para o Atari 5200, mas foi migado para o Atari 2600 devido ao fracasso de vendas do antigo sistema.
Krull completa 30 anos de sua estréia oficial nos EUA e Inglaterra. Países de origem do longa. É uma aventura que vale todo os entretenimento seguro para a família. Uma pena que um filme campeão de bilheteria tão bom não tenha tido a popularidade que merecia ter nos dias atuais.
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