Na semana que passou estava navegando pelo Facebook e em um dos grupos que participo me deparei com o seguinte cartaz de divulgação de uma palestra:
O assunto me chamou atenção, pois há vários anos que eu escuto algumas acusações do tipo sem qualquer base ou fonte segura que comprove as tais. Nem tive vontade de comentar o post no grupo, pois é chato ver membros de lá não se expressarem e levarem o caso na chacota. Deprimente! Não tenho aqui a intenção de julgar o palestrante ou o ministério, por mais que tenha boas intenções. OK. Eles que fazem o trabalho deles lá que eu faço o meu daqui que é expressar minha opinião e experiência.
Eu vou falar pelas minhas visões pessoais como cristão e como otaku. Primeiramente, sempre assisti animes, tokusatsu, desenhos e graças a Deus esse tipo de programa nunca me influenciou negativamente. Muito pelo contrário, sempre busquei a Ele desde pequeno, e hoje como adulto continuo buscando em minhas orações e tenho meus compromissos religiosos. Assim como tenho meu trabalho, meus estudos e meu grupo formado por otakus. Ou seja, sempre soube conciliar as coisas e separando-as nos devidos lugares. Conheço pessoas que assistiram ou ainda assistem e nunca tiveram esses problemas apontados pelo cartaz acima. Nunca!
Quanto a questão se anime é ou não é coisa do diabo, pra se ter esse tipo de afirmação, o cunho é no mínimo fundamentalista! Respeito quem tiver uma opinião contrária a minha e não ter conhecimento cultural aprofundado. Mas sem faltar com o respeito, os fãs do gênero sabem mais. Por isso, leigos, jamais ousem discutir com alguém expert e querer saber mais do eles sem saber. Não criem opiniões sobre assuntos que não conheçam. Uma coisa deve ser entendida por ser simples demais: seja em anime ou em qualquer ficção que apresente um personagem que tenha uma personificação maligna não significa que a produção dela esteja com "pactos satânicos" ou coisas do tipo. Simplesmente eles querem contar uma história onde há a luta entre o bem e o mal. O que passar dessa verdade é lenda urbana de teorias da conspiração. Aliás, nunca houveram comprovações documentadas sobre isso. Muito pelo contrário, os próprios fãs (em caráter pacífico e respeitoso) derrubou muitas vezes esses contos. Um bom exemplo disso é do Dr. Josué Yrion (não vou chamá-lo de pastor por motivos que contradizem a dignidade do ofício) que é famigeradamente conhecido como aquele que condenou a Disney e outras empresas como Marvel e DC Comics, Saban Entertainment, Mattel, Nintendo e entre outras conhecidas de supostamente terem pactos com o cão -- sem apresentar qualquer prova. Resultado de muitas mentiras que deixaram pais desavisados caírem no desespero, fez com que os fãs hardcore de tais artigos desmentissem anos depois com o advento da internet. E claro, Yrion levou processo das empresas por danos morais. Inclusive da Xuxa. Gente, púlpito de Igreja é pra se falar sobre verdades concretas, e não pra agir de má fé com mentiras absurdas. Por favor...!!
Sobre a vítima da capa, o anime Dragon Ball Z, já pra caírem do cavalo: o público alvo do programa não são as crianças, e sim para jovens e adultos, e era passava semanalmente às quartas-feiras em horário nobre, às 19:00. Por isso o excesso de violência. O mesmo vale para Cavaleiros do Zodíaco. Se estes passaram ao Brasil em horário matutino (impróprio para uma criança pequena, né?), as responsáveis são as distribuidoras e as emissoras que não sabem trabalhar rigorosamente como os japoneses e ficam loucas pra vender brinquedo e ganhar audiência. Essa é que é a verdade. No Japão, até as versões mais recentes dos referidos animes (no caso de Dragon Ball Kai e Saint Seiya Omega) já são adaptados para o público infantil, com a intenção também de exportar para o ocidente. A maioria dos animes mais pesados passam atualmente de madrugada, como também os de comédia e de romance. Por exemplo, não tem como passar Shingeki no Kyojin (exibido nas madrugadas de sábado pra domingo) no café da manhã, não é verdade? Pra criança, toda ação existe uma reação. Qualquer bom profissional de psicologia sabe disso. O problema é que no Brasil o que é desenho é "coisa pra criança" "adulto não pode assistir" e outras ignorâncias. Quem foi que disse essa sandice, hum?
Pra terminar, respondo a pergunta do título: pessoalmente com toda segurança te digo que não influi e nem contribui. Eu acompanho os episódios semanalmente de cada série que me interessa e ainda sou a mesma pessoa. Se aprendo algo de bom nisso? Claro, sempre que há uma lição ou moral da história é um passo procurar ser uma pessoa melhor. O que que mostra ser do mal a gente não segue e passa a peneira. Pra mim é como comer peixe e jogar fora as espinhas.
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