A última corrida do herói na franquia |
O sétimo filme da franquia Velozes e Furiosos foi mais além e ousou como nunca nas corridas de carro. Corrida é pouco pra descrever este longa. Os carros voaram e saltaram de vez e fizeram piruetas destrambelhadas nos ares. É algo que está longe de dizer que é apenas um filme sobre pegas.
A trama seguiu com uma ponta deixada pelo filme anterior. A chegada de um novo inimigo, Deckard Shaw (Jason Statham), que chegou explosivamente motivado por uma vingança pela morte de seu irmão. O filme segue com vários carros voando dos céus - com direito à paraquedas - e muitas manobras arriscadas. Principalmente de Dominic Toretto (Vin Diesel), onde houve um desafio de vida ou morte contra a lei da gravidade. Sem dúvida alguma, uma das cenas mais loucas e contagiantes é onde Dominic e Brian fogem com um carro de primeira linha sobre vários prédios. O local, inclusive já foi palco para uma outra cena arrisca em Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (de 2011). Coisa que foi superada agora em Velozes e Furiosos 7.
O filme tem boas passagens de humor com a dupla Pearce e Tej (Tyreese Gibson e Ludacris, respectivamente). Apesar de aparecer no início e no final do filme, Luke Hobbs (Dwayne Johnson) também fez tiradas engraçadíssimas. Uma frase dita pelo personagem até pode perigar em virar um meme nas redes sociais (assista pra descobrir qual é). Além do drama romântico de Letty (Michelle Rodriguez) que segue ainda desmemoriada no filme e atuou em várias cenas de ação como se ainda soubesse quem ela era antes do acidente. Em meio às estrelas do filme - que disputam seus brilhos com os carros que aparecem a toda hora - está Kurt Russell, que aparece como um líder de uma organização secreta que auxilia Dominic. Não foi um grande papel do ator, mas vale o destaque.
O saudoso Paul Walker foi homenageado nos momentos finais de Velozes e Furiosos 7 |
A grande expectativa estava mesmo quanto ao fim que tomaria o personagem de Paul Walker. Pode ser irônico, mas já no início do filme podemos ter aquela impressão de que o personagem Brian O'Conner tinha que se aposentar pra cuidar da sua esposa, Mia (Jordana Brewster) e de seus dois filhos (sendo que um deles já estava pra chegar) e deixar as balas de lado. Mas pela ironia do destino ou algo do gênero, Paul Walker veio a nos deixar no dia 30 de novembro de 2013, devido ao acidente automobilístico que o vitimou. Uma grande trapaça da vida.
Como todos devem saber, o ator morreu num período onde as filmagens estavam pela metade. A solução foi usar dublês para suprir a necessidade. Nada mais justo e honroso do que os próprios irmãos de Paul (Caleb e Cody) cumprirem esta difícil missão. É meio complicado saber exatamente em quais cenas aconteceram a substituição, mesmo até pra quem assistiu em 3D. A não ser pela cena onde Brian luta num cenário escuro e teve sua voz refeita digitalmente.
As últimas cenas serviram de uma belíssima homenagem ao saudoso Paul. Seria até pecado descrever por aqui, mas é algo que deve ser visto e sentido pelo espectador para que se emocione de vez. Tá certo que Paul Walker não fez outros grandes papéis memoráveis além de Brian O'Conner. Porém tal "estigma" não deixa de ser importante, apesar do ator ter tido uma vida discreta diante os holofotes. A última cena de Paul deixou uma breve impressão que ele ainda estava entre nós. Impossível não notar a emoção de Vin Diesel no desfecho.
Há rumores de que a franquia deverá ter mais duas continuações em 2017 e 2018, mas nada oficial ainda. Vin Diesel poderia seguir adiante no protagonismo. Mas ainda sim seria difícil não ter mais o primeiro grande herói da trama em ação. Ainda é cedo pra saber.
Esta última corrida foi para o eterno Paul e quem curte a franquia não pode deixar de prestigiar este momento ímpar nos cinemas.
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