Não se deixe enganar pela doçura destas garotas |
Se tem um código de ética que sempre carrego comigo como blogueiro (e como palestrante em eventos de anime) é jamais julgar uma obra sem ao menos assistir ou sequer acompanhá-la. Considero um pecado mortal e gravíssimo, principalmente no meio otaku (animes, tokusatsu, etc). Já vi muita gente por aí dizendo que não consegue assistir Puella Magi Madoka Magica por "parecer bobo" e por ter "traços feios". Bem, pra eles digo na boa um simples: "Meus pêsames. Estão perdendo um dos melhores animes dos últimos anos". A verdade mesmo é que quem fica de julgar pela aparência acaba perdendo a oportunidade de analisar conteúdo e apreciar uma boa história. É o mesmo que julgar um livro pela sua capa.
Sou um tanto suspeito pra falar deste anime. Volta e meia sempre revejo e não escondo que se tornou um das minhas séries favoritas, apesar de não ser lá um grande fã do estilo mahou shoujo (garotas mágicas). É uma obra que leva o espectador para um, digamos, submundo onde as heroínas travam contra seus próprios dilemas pessoais numa visão sombria.
Madoka Magica se passa numa fictícia cidade Mitakihara e foca na estudante Madoka Kaname, de 14 aninhos. Um dia ela encontra uma criatura chamada Kyubey (leia: quiúbi) que lhe oferece um contrato para se tornar uma garota mágica e lutar contra monstros que estão distorcendo a realidade. Madoka conta com a ajuda de sua amiga Sayaka Miki e logo as duas são auxiliadas por Mami Tomoe e mais tarde por Kyoko Sakura. Em contrapartida, surge logo nos primeiros episódios a garota Homura Akemi, que é diferente das demais heroínas e guarda um segredo de seu passado.
Com alta carga dramática, Madoka Magica surpreende ao desenrolar da trama com revelações e reviravoltas que mexem o rumo da história. A reta final é aparentemente confusa, mas é o ponto-chave que liga os eventos da série. Impossível não fica preso a tela e parar de assistir.
Produzido pela Aniplex em parceria da empresa Shaft, Madoka Magica contou com o roteiro de Gen Urobuchi (o mesmo do tokusatsu Kamen Rider Gaim), direção de Akiyuki Shinbo (que esteve envolvido nos storyboards do anime YuYu Hakusho) e arte da character designer Ume Aoki. O anime possui 12 episódios e estreou no canal MBS em 7 de janeiro de 2011, sempre nas madrugadas de quinta para sexta da temporada de inverno daquele ano. Devido ao terremoto de Tôhoku e tsunami em 11 de março do mesmo ano, os últimos dois episódios foram exibidos em 21 de abril. Seis semanas após o ocorrido.
O título rendeu vários títulos em mangás (algumas publicadas no Brasil pela Editora NewPop), uma série de novels, dois games para Playstation e mais uma trilogia nos cinemas. Além disso, a série de TV foi um sucesso de vendas em Blu-ray, onde foram vendidas mais de 50 mil cópias cada volume. Ganhou vários prêmios como o Newtype Anime Awards, por exemplo.
Madoka Magica estreou no Brasil em 29 de março de 2014 via streaming pela Netflix. Se você ainda não assistiu, fica a dica do blog para fazer umas trocentas maratonas e entenda a magia deste maravilhosa anime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.