Os passageiros do ônibus de viagem para Nanakimura |
Quando li a sinopse do anime Mayoiga (The Lost Village) achei que a trama me levasse a mistérios sobrenaturais da meia-noite, me surpreendesse, me deixasse na ponta do sofá, que eu tomasse um susto na calada noite preta ou coisa parecida. Nem isso aconteceu. Assisti os dois primeiros episódios do anime e nem isso aconteceu.
Pra você entender o problema, Mayoiga conta sobre 30 jovens passageiros que embarcaram para uma cidade ilusória chamada Nanakimura. Cada passageiro com suas expectativas. Uns alegres, uns tristes, uns muito animados outros bem esquisitões. As pessoas que vão para lá querem ser livres de uma vida entediante.
Até aí o espectador pode esperar mesmo uma história que faça realmente jus a mistério/suspense/terror (como oficialmente é definido pela produção do estúdio Diomedéa). Só que Mayoiga vem cheio de personagens carismáticos, com ritmo engraçadinho e até rolou umas musiquinhas dessas que se cantam numa viagem feliz. Nada que venha a ser um musical ou coisa do tipo, entenda.
Outro problema de Mayoiga é o excesso de personagens. Acompanhe meu raciocínio: como um anime de apenas 12 episódios - total confirmado até o momento - vai cuidar de um 30 personagens de uma vez? O jeito vai ser eliminar alguém como num reality show. Aliás, essa foi outra impressão que tive do anime. Mas esse problema pra saber que gênero(s) pode(m) definir Mayoiga é um tragicômico. Você não sabe se é mistério, se é terror, se é suspense como a produção diz ou se é comédia, se é um reality ou se é qualquer outro gênero do tipo que o anime vem apresentando.
A roteirista Mari Okada (que também trabalha atualmente no anime Kiznaiver) parece ter dado uma crise de identidade. Não para algum personagem, mas para a própria trama.
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