quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Piloto de Power Rangers seria uma catástrofe mastodôntica para a Saban

O elenco da primeira temporada do clássico com a Trini definitiva

O que seria de Mighty Morphin Power Rangers se a antiga Saban Entertainment (atual Saban Brands) fosse pra frente com o tal episódio-piloto, hein? Tenho certeza que seria um fracasso certo. A série talvez nem vingasse ou elevasse da categoria B para o topo que alcançou nos distantes anos 90. Este episódio foi exibido num especial de TV chamado The Lost Episode, apresentado pelos atores Austin St. John e Walter Jones. Respectivamente, Jason/Ranger Vermelho e Zack/Ranger Preto. O especial foi ao ar no extinto bloco Fox Kids, da Fox americana, na manhã do dia 22 de maio de 1999 (sábado). Tal programa promovia a série Power Rangers na Galáxia Perdida, que já estava no ar nos EUA desde fevereiro daquele ano. Aliás, esta temporada foi a primeira da era pós-Zordon (período que ficou até Power Rangers: Força Animal). Os atores principais de todas as temporadas até então foram creditados.

O mais legal é que St. John e Jones citaram a franquia Super Sentai. Talvez fosse a primeira vez que isso acontecia dentro da esfera de Power Rangers. Resumidamente os atores-apresentadores explicavam sobre a franquia de sucesso no Japão e citaram a série Himitsu Sentai Gorenger (que já havia sido incluída desde 1995 junto com JAKQ Denguekitai) e disseram que MMPR era uma adaptação (diferente de "imitação", crianças) da série Kyoryu Sentai Zyuranger. E com direitos a algumas cenas dos episódios da série original e até rolou uma cena com a auto-apresentação dos heróis japoneses.

O episódio-piloto já havia sido intitulado como "Day of the Dumpster" ("Dia da Mudança" no Brasil) e foi usado novamente na versão definitiva da estreia. Trini era interpretada pela atris Audri Dubois. Ela tinha 25 anos na época e era a mais velha do quinteto. Enquanto Austin St. John tinha apenas 18 anos (o mais jovem), Walter Jones e Amy Jo Johnson tinham 22 e David Yost tinha 24. Segundo informações, Audri teria pedido salários maiores e acabou sendo demitida e substituída pela atriz Thuy Trang (in memorian).

Power Rangers teria uma tentativa seca de mostrar o cotidiano pacato dos adolescentes americanos (ou pelo menos como era nas séries de comédia da época). Pra se ter uma ideia, Bulk fazia parte de uma gangue. Engraçado é que alguns deles sutilmente seduziam Trini e Kimberly, mas levavam uma sova das garotas. Uma coisa que ficou estranha nesse episódio era que a briga de Jason contra Bulk foi meio violenta pros padrões. O gorducho que nos fazia rir ao lado de Skull (não apareceu no piloto) não teria o mesmo carisma que conhecemos e seria menos atrapalhado como de costume.

Havia algumas peculiaridades quanto a aparição do Rita. Diferente da versão definitiva, Rita atacaria rapidamente os astronautas que a libertaram na lua. Rapidamente era mostrada o ataque ofensivo da bruxa contra a cidade de Alameda dos Anjos. Algo que ficou pela metade se comparado a Zyuranger que foi mais dramático e agressivo. Quem manja das cenas japonesas em Power Rangers e tem os olhos treinados para reconhecer a película, pode notar cenas inéditas de Zyuranger (Zyu1.5) onde a atriz Machiko Soga (dublada por Barbara Goodson) falava frases em inglês. A leitura labial e uma noção de inglês ajudam o espectador a decifrar também.

Mas a produção americana começou ruim. Os efeitos do teletransporte eram péssimos de doer. Zoltar (este era o nome original de Zordon) e Alpha 5 tinham aparências horríveis. Sem contar que o interior do Centro de Comando era cafona e oitentista demais pra década. Quase um cenário improvisado do Fantástico daquela década e com mais luzes. Uma das coisas mais sofríveis era ver os Rangers se transformarem nos dinossauros que representavam as feras individuais do Esquadrão Jurássico (e que apareciam logo no início da série japonesa). Aquilo não cairia nada bem para uma produção americana, independente de nível. Nem os efeitos e nem os dinossauros (que convenciam mais em Zyuranger).

E o que dizer das lutas civis, hein? Totalmente constrangedoras. Os Rangers caiam vergonhosamente como cadáveres na cova. O mais ridículo era ver os jovens gritando por socorro. Praticamente sem um pingo de coragem. E o que era pior: na hora da morfagem os Rangers apenas erguiam os seus Transmorfers (este era o nome dos Power Morphers no piloto), os Zyuranger apareciam com seus Dino Buckler (preciso mesmo explicar o que é?). Quer mais? Que tal ver o Jason aparecer de lampejo apenas com o capacete do Ranger Vermelho? Tiranicamente medonho. Por curiosidade, as cenas de batalha do Megazord era do sexto episódio de Zyuranger. A expressão "rock'n roll" já era usada neste piloto no momento da formação do robô gigante. Ah, a falta de continuidade na ação foi gritante, pois o King Sphinx apareceu do acaso no meio da história e já agigantado.

A coisa melhorou quando a série começou de fato. O hiato entre as duas versões foram de três meses de gravação. Mighty Morphin Power Rangers teve um humilde e precário começo, mas evoluiu com o passar do tempo (apesar de uns certos furos) e se consolidou como uma série infanto-juvenil top de linha para sua geração. Ainda bem que esta versão jamais vingou. Estaria fadada ao fracasso.

E se você é daqueles que diz odiar Power Rangers com todas as forças, saiba que MMPR é bem melhor que do que o piloto perdido. Power Rangers pode ter seus altos e baixos se comparados com temporadas específicas de algum Super Sentai, mas não chega a ser um "lixão" como alguns taxam na net afora. Muito pelo contrário, Power Rangers é tão divertido quanto assistir um Super Sentai. Tudo é questão de ter a mente aberta e analisar as diferenças com bom humor.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Filme de Ataque dos Titãs é pra ultrapassar o cúmulo da bizarrice


Quando foi anunciado o filme da série de anime/mangá Ataque dos Titãs (Shingeki no Kyojin/Attack on Titan) muitos ficaram curiosos em ver o resultado e já imaginavam a tensidade que a produção traria. A Toho (mesmo estúdio dos filmes de Godzilla e da série televisiva Cybercop) fez um excelente trabalho e superou nossas expectativas.

A primeira parte (de duas) do live-action baseado na obra de Hajime Isayama (que participou da supervisão) procurou ser o mais fiel possível. Há algumas diferenças, em destaque está a inclusão de novos personagens que foram criados exclusivamente para o cinema. Segue basicamente o mesmo plot, só que com uma carga mais que brutal e próximo do "realismo".

A introdução é meio rápida, explicando o que já sabemos sobre os primeiros ataques das horrendas criaturas e o erguimento das muralhas. Vemos quem são Eren, Mikasa e Armin deste universo cinematográfico sem muita exploração. Há não ser pela forte ligação dos dois primeiros. A primeira invasão começa por volta dos dez minutos do filme com a chegada do lendário Titã Colossal. O grito do monstro é algo profundamente assustador. Dá arrepios e é de deixar qualquer pessoa perturbada do juízo. De longe supera o grito do nosso (vovô do tokusatsu) Rei dos Monstros. Há alguns Titãs com fisionomia monstruosa, mas o mais legal mesmo é ver os Titãs com cara de gente. E não é qualquer pessoa de esquina de olhos puxados não. É gente feia meeeeeeeeeesmo. Com nítida fidelidade que superou nossas imaginações de como seriam esses Titãs se fossem reais. É algo que você se impressiona, mesmo com toda aquela deformação anatômica dos gigantes e expressões faciais assustadoras. Se duvidar, tem momentos que o espectador pode pensar que a produção meio que se devotaram a São Jorge - por gostar de "dragões".

Isso pra não citar que os ataques cruéis dos Titãs contra os humanos é digno de um filme de terror. A censura dos momentos em que os humanos são comidos é quase nula. Tem lá uma cena em que os Titãs se divertem com uma pobre vítima ao brincar de ver quem fica com a parte inteira do humano. Pense aí também num Titã saboreando outro humano como se estivesse chupando um din-din? Isso mesmo, você não leu errado. Quer mais? Então que tal ver um Titã comendo a cabeça de alguém como se fosse uma barrinha de cereal? A produção não perdoa e supera infinitamente as demais versões de Ataque dos Titãs no quesito bizarrice. O que faz pessoas com nervos de aço terem taquicardias involuntárias e pessoas com problemas coronários se arriscarem por conta e risco. Independente de ter acompanhado ou não a série.


Depois de um pouco mais de 20 minutos de película, vemos o resultado sofrível da catástrofe das criaturas. Logo somos levados dois anos no tempo e vemos a formação da Tropa de Exploração e um foco mediano nos heróis e a inserção dos novos personagens. Capitão Shikishima (interpretado por Hiroki Hasegawa), um homem que é conhecido como "o homem mais forte do mundo", deverá ter um destaque maior na próxima parte. Até aqui ele mostrou ser um personagem misterioso, com um toque de sarcasmo e zero de canastrice. A atriz Ayame Misaki (musa conhecida de tokusatsus como Go-Busters e Cutie Honey: The Live) chamou a atenção em várias cenas e de forma discreta. Vale uma surpresa na sua atuação no meio do filme. No filme tambem está outro nome conhecido das séries de tokusatsu. O ator Shu Watanabe (o Kamen Rider OOO [Ôzu] da série homônima), que interpreta Fukushi. Aliás, ele estava quase que irreconhecível no filme.

Quanto ao trio principal, eles estavam mais "equilibrados" no filme, se comparados ao anime/mangá. Talvez pela produção dividir o foco no drama dos demais personagens da Tropa e também dos principais. Mas há algumas coisas que acrescentam na relação entre Eren e Mikasa. É como o caso de uma pequena vítima que foi salva por um deles na primeira invasão dos Titãs, logo no início do longa, que acrescenta um detalhe importante no enredo.

E um bom gancho para o final do filme (Se você ainda não acompanhou nada sobre o Ataque dos Titãs, pare de ler agora mesmo ou pule para o próximo pagágrafo) é a épica cena da qual Eren salva Armin e é engolido por um Titã e por fim se torna um deles. Ao invés de esticar vários episódios até que isso aconteça (não há como por razões óbvias), a transformação aconteceu no mesmo momento e de forma espetacular. Enfervecendo ainda mais o clímax da primeira parte da obra, que retratará a perseguição de Eren e o preconceito por ser um Titã.

Ataque dos Titãs: o Filme é uma obra sensacional e tem que ser conferida, se possível, na calada da noite. É digna de um dos melhores dark fantasy que já surgiram nos últimos tempos e provou estar bem longe de ser um simples blockbuster. O filme pode ser destinado também para um público que não é aficionado pela cultura pop japonesa e tem que ser aclamada por um público mais ávido por filmes de terror. Até as bizarrices se tornam uma obra de arte perfeita que casa com o contraste da sombria fotografia. Eu espero que Ataque dos Titãs venha algum dia ao Brasil em home-vídeo e nas plataformas oficiais de streaming/on demand. Tem potencial e uns dois passos pra isso acontecer.

A segunda parte, intitulada Shingeki no Kyojin: End of the World (Ataque dos Titãs: Fim do Mundo), tem previsão para lançamento nos cinemas japoneses no próximo dia 19 de setembro.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Tem coisas mais urgentes do que regular a Netflix, sr. Berzoini

Knights of Sidonia é o anime distribuído exclusivamente pela Netflix

Na última quinta-feira (20) o Ministro das Comunicações Ricardo Berzoini disse numa audiência na Câmara dos Deputados que serviços como WhatsApp, YouTube, Skype e Netflix precisariam ser regulamentadas por, segundo ele, "competirem com os fornecidos por empresas brasileiras que já têm suas atividades definidas pela legislação brasileira". O ministro ainda afirma que é preciso resolver esse quadro de “assimetrias regulatórias e tributárias” para promover um “tratamento equânime”.

Dentre estas ferramentas, a que mais foi mais foi alarida entre o público, quanto à declaração do ministro, foi a Netflix, que é um serviço Over The Top (OTT) de streaming/on demand que que atua no Brasil há alguns anos. É bem verdade que o serviço está em seu melhor boom, não apenas por aqui mas também em outros países onde atua. Parte desse crescimento é devido às suas séries originais como House of Cards, Orange Is the New Black, Sense8, Demolidor, Narcos, etc. Dentre os títulos também está o anime Knights of Sidonia (Sidonia no Kishi no original), distribuído mundialmente e com selo exclusivo da gigantesca plataforma.

No dia seguinte da declaração de Berzoini, o vice-presidente de marketing da Netflix da América Latina, Vinicius Losasco, disse durante o Fórum webOS o seguinte: "Não estou preocupado até porque não tem nada resolvido. Estamos abertos para conversar e dispostos a explicar como funcionam as OTTs em relação a TV tradicional. Além disso, temos uma empresa constituída no Brasil, com funcionários, gerando emprego e conteúdo nacional". O executivo do serviço frisou também que a empresa possui um canal aberto de comunicação com o governo, por meio da Ancine, e também com as operadoras de internet.


Demolidor, outra atração exclusiva da plataforma

Sr. Ministro, entendo a sua posição e das operadoras de TV por assinatura. Mas toda essa preocupação é graças ao avanço da mídia de séries de TV e cinema, que até então era um público que estava atrás dos que acompanham fervorosamente as novelas. O que não é ruim, entenda. Os serviços de streaming vieram pra ficar e cabem a todos aceitarem essa tecnologia que facilita demais a vida de quem consome este tipo de produto. Como diria Darth Vader, da série Star Wars: é inútil resistir.

Além do mais, o preço da Netflix é justo e acessível. Serviços OTT são baratos por natureza e daqui a 10, 15 anos isto certamente estará muito bem adaptáveis ao cotidiano. Ou melhor, já estão sendo inicialmente. Não apenas no Brasil, mas também no mundo. O problema das operadoras de TV por assinatura é que os preços dos pacotes de programação estão cada vez mais caros e o seu modelo precisa ser reinventado. Canais de filmes e séries que tem janelas de lançamentos estão maiores e mais atrasados que a própria Netflix e muitas vezes há falha de qualidade de programação de algumas emissoras. Salvo séries como Game of Thrones que possui janela zero de lançamento na HBO.

Tanto a Netflix, quanto a Crunchyroll (exclusiva de séries japoneses), a HBO GO (para assinantes da HBO) oferecem uma infinidade de programas para serem assistidos a qualquer hora. No meu caso, sendo bem específico, eu não preciso mais ter que perder meu tempo suado e corrido pra baixar minha série japonesa inédita favorita (que está sendo exibida no outro lado do Brasil) quando eu já tenho ela na palma da mão, de forma legalizada e sem custo adicional pelo simulcast (como é o caso específico do serviço oficial de animes e dramas). Isso sem mencionar que eu posso montar minha própria tabela de programação e escalar minha exibição diária/semanal ou maratonas a gosto de séries. É a primeira vez na história da mídia televisiva em que pagamos um preço acessível e isso nada fere as operadoras. Muito pelo contrário, não tem porque esse pânico todo. O que falta para elas é se adequarem à estas tecnologias e entenderem que elas não são e nem foram feitas para rivalizar com as TVs e sim adaptá-las como forma alternativa e tecnológica. Elas são como locadoras virtuais que oferecem uma imensidão de filmes, séries, musicais, documentários, novelas, desenhos, etc. E digo mais: as TVs por assinatura poderiam oferecer pacotes mais acessíveis e até personalizadas, podendo o assinante escolher que canais cabem no seu próprio perfil. Visto que alguns países adotam esse formato. Cairia bem mais em conta e a escolha seria mais democrática.

E sobre os casos mais urgentes para serem priorizados seria, primeiramente, quanto a resolução da atual crise econômica que o país sofre antes de se pensar em regulamentação e tributos (coisa que a Netflix paga sim). A outra, que é mais pertinente ao Ministério das Comunicações, é se unir para fiscalizar com mais rigor "serviços" de streaming não-oficiais e de downloads ilegais que são comercialmente impronunciáveis e que fomentam cada vez mais a pirataria contra obras áudio-visuais que possuem direitos no Brasil (com isenção de títulos inéditos e expirados no Brasil que funcionam apenas como divulgação na internet) e por fim prejudicam a audiência de tais títulos.

Todos só tem a ganhar quando se colocam metas, estratégias equilibradas e uma comunicação interativa com o público, com os serviços de streaming e com as operadoras de TV por assinatura.

sábado, 22 de agosto de 2015

Riku Sanjô está salvando Kamen Rider Drive de um provável pesadelo

Gold Drive e Medic no episódio desta semana

Já faz algumas semanas que não falava sobre Kamen Rider Drive por aqui neste espaço. Olha, agora que a série está rumando para o final no mês que vem, está parecendo até mentira todo aquele lance do Shinnosuke revelar sua identidade secreta publicamente. O que nada contribuiu para a evolução da série (ou ajudou em um certo detalhe). Riku Sanjô deixou de lado esse detalhe, pois toda aquela conspiração dos Roidmudes dentro da polícia foi desmantelada. Eu disse e repito: esse up no roteiro não precisava de tal revelação. Até parece que acordei de um pesadelo que estava a ponto de arruinar o programa dominical da TV Asahi. Esse ponto poderia muito bem ficar restrita apenas aos colegas de delegacia do herói de alguma forma.

Mas a coisa deu uma driblada legal que até a série melhorou. Não só ela, mas também os personagens em si. Até o carisma - inclusive dos vilões - está mais irradiante. Os Roidmudes agora estão bem armados com a entrada de Tenjuro Banno (o pai de Kiriko e ) que mostrou ser quem realmente é e criando um novo poder para se tornar Kamen Rider Gold Drive.

Ainda sobre os Roidmude, destaco o último arco que focou na vilã Medic. A princesinha estava bem apagada nos últimos episódios e sua história foi revelada. Confesso que dentre os poderosos dos Roidmude, ela é a minha favorita e desde o início percebi que ela tinha potencial. Agora pudemos ver que ela pôde provar isso e de uma forma mais dramática, que justificava seu poder de cura e seu amor por Heart. O único vilão que ainda não me convence é o Brain. Não sei o que ele ainda faz na série ou que utilidade ele tem ainda. É um personagem patético que não fez grandes coisas que favorecesse os planos dos Roidmude e que atrapalhasse diretamente os Kamen Riders. Ele já deveria ter morrido no final da saga anterior quando teve oportunidade. Não faria falta alguma, nem antes nem agora.

Agora, se tem um personagem que sempre gostei foi o Chase. Tudo bem que ele apareceu pousando misterioso com uma história que estava na vista (como ele ter sido um Kamen Rider na época da Global Freeze). Foi o único personagem que suportou a má fase do roteiro da série e ela ainda está invicto. Tanto é que agora ele reconheceu que está realmente apaixonado por Kiriko e irá se declarar para ela no próximo episódio. Bem, esta é a parte que o blogueiro que vos escreve mais gosta.

PS: Também gostei da minissérie que contava a chegada do futuro filho de Shinnosuke para o nosso ano presente. Boa expectativa para o summer movie e ótimos efeitos especiais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Power Rangers já dividiu espaço na mesma emissora oficial dos Super Sentais

Os heróis de Alameda dos Anjos coexistiram na mesma programação de suas contrapartes

Que os heróis multicoloridos da terra do Tio Sam fazem sucesso no mundo todo, isso não é novidade. O que poucos devem saber ainda (ou fingir que não) é que Power Rangers também tem sua notoriedade na terra do sol nascente. E por "ironia do destino", a temporada original de Mighty Morphin Power Rangers teve espaço na lendária TV AsahiIsso mesmo. A mesma emissora onde são transmitidas as séries Super Sentai há cerca de quatro décadas. Gênero que deu origem à franquia americana.

O horário inicial era um tanto ingrato: nas madrugadas de quarta pra quinta-feira da 1:40 a 2:10 JST. Entre 4 de outubro de 1995 e 27 de março de 1996. Antes que alguém use o horário zoado como desculpa pra dizer algo como "zero à esquerda" por ser uma adaptação "jogada às corujas", vamos levar em conta então outras séries tokusatsu que passaram nos corujões como Voice Lugger, Ultra Q: Dark FantasyGaro, Lion Maru G, Cutey Honey, Ultraseven X, Kamen Rider: O Cavaleiro Dragão e Daimajin Kanon e Akibaranger. Sem contar que o horário é normalmente movimentado por vários animes há tempos. MMPR continuou nas manhãs de sábado da emissora, das 6:00 às 6:30 JST. Entre 6 de abril e 21 de setembro de 1996 - antecedendo o anime Gundam X que ocupou o mesmo horário. Foi ao ar até o episódio 48 no canal.

A partir daí, Power Rangers calcou-se em fitas VHS e transmissões em canais de TV por assinatura até a temporada Power Rangers: o Resgate. Além de transmissões em canais UHF independentes. Houve hiato que acabou com a estreia de Power Rangers SPD (dublado pelos próprios atores principais de Dekaranger) em 2011, pelo Toei Channel. O mesmo canal exibiu na sequencia as temporadas Power Rangers: Força Mística e Power Rangers Samurai/Super Samurai. A TV Asahi voltou a exibir MMPR em 4 de novembro de 2005 onde foram ao ar os primeiros 64 episódios (até o quarto episódio da segunda temporada).

Curiosamente, MMPR teve dublagem japonesa de alguns atores de Zyuranger. Machiko Soga (Bandora/Rita Repulsa), Ami Kawai (Lamy/Scorpina) e Reiko Chiba (Mei/Kimberly) dublariam suas contrapartes americanas. O restante do elenco foi dublado por outros seiyus. Inclusive, MMPR ganhou três temas originais de encerramento. As duas primeiras podem ser vistas na internet. Confira:


O primeiro tema de abertura é da banda modern grey, que esteve em atividade de 1994 a 1998.


O segundo tema de abertura é intitulado "BREAK YOURSELF" da banda ROLL DAYS. O encerramento teve duas versões na TV: short version e long version, que é a que você confere no vídeo, com cenas do clipe do single. O ritmo remete o clima da série americana. mas com um charme de um J-pop. Este foi substituído por "BLOOD ON BLOOD" da banda ZYYG.



Este vídeo postei a título de curiosidade. Além de abertura, oferecimento padrão e encerramento, os trechos possuem alguns intervalos comerciais quando ainda exibido nas madrugadas, em novembro de 95. Servem como ideia de como era a exibição. Curiosamente, tem um comercial com o Alien Baltan (de Ultraman) jogando com uma gata e uma chamada da estreia de Arquivo X nas noites de quarta-feira.


E esta é uma amostra da dublagem japonesa de Mighty Morphin Power Rangers que enfatiza a morfagem que era gritada por Jason como "Henshin da!". Ao pé da letra seria algo como "Vamos transformar!".

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Vegeta ainda é o maior vexame em Dragon Ball Super

Vegeta e sua cara de espanto

Quando o filme Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses saiu nos cinemas em 2013, teve gente que disse que Vegeta "perdeu sua honra" quando teve que fazer estripulias pra não deixar o deus da destruição Bills ficar furioso. Isso se tratando de um terrível ser que atacou seu planeta natal.

Na versão atual do filme pra TV, em Dragon Ball Super, Vegeta passou também por sufoco. Engraçado vê-lo tentar evitar a fúria de Bills enquanto alguns personagens veteranos como Yamcha e Kuririn se socializam com ele. Até Goten e Trunks tentaram do jeito deles, mas o Príncipe dos Saiyajins teve de passar por sufoco de todo o jeito pra evitar um caos no transatlântico. Não que fosse a mais vergonhosa/engraçada de todas como na versão original pro cinema, mas foi legal ver o Vegeta numa saia justa. Coisa atípica pro lado dele.

Outro dia eu disse aqui no blog que Vegeta tem que passar por uns vexames de vez em quando. Não que isso vá "estragar" a sua imagem ou isso rebaixe como um "inseto insignificante" (com trocadilho). É até legal vê-lo em situações cômicas aqui acolá pra quebrar o gelo. E olha que o Vegeta é um dos meus personagens favoritos de DB ao lado do Picollo Daimaoh.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Andreas mostra o seu potencial por causa do seu falso deus em Alma de Ouro

Loki, o falso deus de Asgard (Foto: Divulgação/Crunchyroll)

Desde quando começou Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro que a atuação do vilão Andreas, o novo representante de Asgard, não me convencia de jeito nenhum. Sempre achei ele meio seco e apático. Pra não dizer que ele era sem graça. Talvez pelo roteiro ter tentado dar um tom mais misterioso a ele nos episódios passados e a fórmula ter dado errado com a correria da trama.

Eis que agora na reta final, Andreas mostrou o seu lado mais cruel. Não tanto quanto Ares, Hilda, Poseidon, Lúcifer, Hades, etc. Mas mosrou o seu potencial. Foi covarde ao usar Lyfia como isca para ressuscitar os Cavaleiros de Ouro afim de usar o cosmo das suas armaduras para seu plano diabólico.

O que ajudou o vilão a ter esse brilho foi o deus falso Loki que o possuiu. Lembrou até o deus Saturno de Os Cavaleiros do Zodíaco Omega só que com um toquezinho mais macabro. Andreas só teve esse destaque merecido por causa do tal deus falso de Asgard. Agora que mostrou suas garras, Loki deve dar muito mais trabalho para os Cavaleiros de Ouro como aconteceu no episódio desta sexta (14). Provavelmente o jeitão do finado Andreas fizesse com que ele não fosse levado a sério. Agora a história muda com o início da batalha final. Espero que isso melhore com os próximos três episódios restantes.

Uma coisa estranha ainda nessa trama é que Andreas ainda não tinha percebido a cicatriz que estava no seu olho esquerdo desde quando foi atingido pela flecha de Aiolos. Mas isso não atrapalhou o merecimento que os dois vilões tiveram neste fim de semana.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Zyu2, as "aventuras" exclusivas de Zyuranger contadas em Power Rangers


Em 2013, lá no comecinho do blog, eu escrevi uma mega matéria especial sobre a série Kyoryu Sentai Zyuranger (Esquadrão Dinossauro Zyuranger, 1992-93). Lá falei sobre a série, sobre o que eu acho da franquia (dei outras chances também de lá pra cá, vai) e sintetizei sobre o Zyu2 (lê-se: Zyu two). Esse é um elemento que deveria ser mais debatido nas discussões brasileiras sobre Super Sentai e Power Rangers ao invés de virar motivo de brigas tolas e infelizes na internet. Estamos às vésperas do Power Rangers Day - 28 de agosto - e resolvi então aprofundar mais sobre as tais cenas inéditas japonesas que jamais foram ao ar na série original de 1992.

O termo é conhecido pelos fãs hardcore de ambas as franquias por motivos já citados. Antes de qualquer coisa, é preciso que se diga que Zyu2 não foi a primeira produção japonesa inédita derivada de Zyuranger na primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers. Nem muito menos foi uma série de TV ou uma leva de episódios engavetados. Nada mais era que um projeto de parceria entre a americana Saban Entertainment e a japonesa Toei Company. Já nos primeiros episódios era possível notar cenas inéditas da saudosa Machiko Soga - outrora Bandora em Zyuranger - como Rita Repulsa. Estas cenas foram gravadas de lá mesmo do Japão e no mesmo cenário que serviu para o Bandora Palace. E tudo isso antes de MMPR começar. Provavelmente logo após o fim das gravações de Zyuranger. É possível perceber, por exemplo, a leitura labial da própria Machiko ao dizer algo frases como "Magic Wand, make my monster/Goldar GROW!" (dublada por Barbara Goodson, que dublou a vilã também quando interpretada por Carla Perez [não confundam com a ex-dançarina do É o Tchan, crianças]). Ou até mesmo Ami Kawai - a Lamy de Zyuranger - interpretou Scorpina (dublada por Wendee Lee) quando chamava os Patrulheiros de Massa para atacarem os Rangers. Mas estas cenas não fazem parte do projeto Zyu2 e podem ser consideradas como "Zyu1.5" (lê-se: Zyu one-point-five).


Ami Kawai (Scorpina) e Machiko Soga (Rita) já gravaram cenas
 inéditas em Zyuranger direto para Power Rangers

Originalmente, MMPR teria apenas 40 episódios e um final que ficou apenas no papel. O series finale aconteceria no episódio duplo "Doomsday" (39 e 40 da primeira temporada). As cenas de ação de Zyuranger utilizadas neste arco eram dos últimos quatro episódios da mesma. Na série original, a Bruxa Bandora (Rita) havia ressuscitado seu filho Kai, usando o poder de Dai Satan (Lokar) e pilotou o robô gigante Dora Talos (Cyclopsis). Kai teria uma contraparte americana que se chamaria Bubba, mas nunca existiu. Porém foi representado no episódio "Once A Ranger", de Power Rangers Operação Ultra Veloz (de 2006), através do vilão Thrax, o filho de Rita Repulsa e Lord Zedd. Ao invés de ter um clímax mais carregado como no final de Zyuranger, o episódio "Doomsday" foi mais leve e teve Goldar no comando do "zord do mal". No epílogo deste arco, Zordon pergunta aos Rangers se eles querem ou não continuar na batalha do bem contra o mal. Como sabemos, nenhum dos heróis renunciaram os seus poderes.

Com o grande megasucesso de Power Rangers nos EUA, o canal aberto Fox encomendou mais 20 episódios para dar continuidade à temporada de estreia. A Saban pediu à Toei que fossem produzidas novas cenas de batalha e que novos trajes. Já que o material de Zyuranger estava esgotado (alguma cenas foram reaproveitadas depois nas temporadas seguintes). A Toei aceitou a solicitação e o acordo rendeu a metragem de mais 25 episódios (o equivalente a mais 1/4 de monstros) que foram rodada durante meados de 1993. Exclusivamente feito para Power Rangers. Os trajes dos monstros foram feitos pela empresa Rainbow Productions, que também é parceira da Toei no trabalho de confecção de trajes. Até as cenas dos mechas (Zords) tiveram novas cenas. Ganhando, inclusive, novos gattais (formação/fusão). O primeiro episódio de MMPR com as cenas de Zyu2 foi o de número 43, intitulado "Something Fishy" (NOTA: Coincidentemente, este é o mesmo nome do quarto episódio de Power Rangers Samurai, de 2011). Além das novas cenas japonesas, foram também incluídas novos temas de inserção (quem disse que Power Rangers não tem, hein?) com uma pegada mais heavy metal. Os temas continuaram durante a segunda temporada.


Você jamais viu ou verá esses gattais em Zyuranger

Quem acompanhou a série Zyuranger deve saber que os heróis usavam magia. Já em Power Rangers eles tinham a tecnologia ao seus favores. Esta alteração foi incluída nas cenas japonesas de Zyu2. Por exemplo, enquanto os Zyuranger comunicavam telepaticamente, os Power Rangers usavam seus comunicadores de pulso e falavam através do microfone dos aparelhos. Isso foi demonstrado durante as cenas de luta. Além disso, os Power Rangers usavam teletransporte para viajar para destinos instantaneamente. A filmagem de Zyu2 facilitaram para esta mudança, mostrando os Rangers fazendo uma pose para representar esse fato.

Para adaptar à realidade dos adolescentes de Alameda dos Anjos, as cenas de Zyu2 ajudaram em algumas situações e características dos heróis. Foi o caso do relacionamento de Tommy e Kimberly nas cenas japonesas, por exemplo. A inteligência de Billy (o cérebro de Zyuranger era o Mammoth Ranger) e a feminilidade de Trini (o Tiger Ranger era homem na série original) também estiveram em evidência nas novas cenas importadas de ação.


E essa cena, hein? Inédita em Zyuranger e inclusa no 
season finale do primeiro ano de Power Rangers

O Dino Ultrazord foi era praticamente presente nas cenas de Zyu2. Originalmente, os Zyuranger utilizavam o seu Ultimate Daizyujin em casos mais críticos, como na batalha final contra Dai Satan.

Enquanto os últimos episódios da primeira temporada de MMPR (com as cenas de Zyu2) iam ao ar nos EUA, a Saban estava em negociação com a Toei para adquirir os direitos da série Gosei Sentai Dairanger (Esquadrão Cinco Estrelas Dairanger, 1993-94) para servir de base para a adaptação da temporada seguinte. O que significa que a Saban faria suas próprias cenas de ação ainda com os trajes de Zyuranger (que ainda estavam em alta). Aliás, já estavam fazendo durante o período. Porém, as cenas dos Zords seriam da então recém-concluída Dairanger. As primeiras inserções das cenas de Dairanger seriam utilizadas logo no primeiro episódio da segunda temporada. Mas ainda restavam algumas cenas de Zyu2 que ainda não tinham sido aproveitadas. Em tempo, houve a introdução de Lord Zedd (o primeiro vilão da franquia que não teve uma contraparte de Sentai). Parte dos monstros restantes de Zyu2 tiveram cenas filmadas nos EUA.


Ryuseioh em Dairanger ou Dragão Rex em Power Rangers

Só que o uso de Zyu2 se tornaram mais difíceis para as edições quando a Saban decidiu trocar os Dino Zords pelos mechas de Dairanger (os Thunderzords). A estreia prematura das cenas aconteceram no terceiro episódio da então nova temporada. Ou seja, houve uma substituição. Por isso que os dois oponentes jamais apareciam numa mesma tomada. Nem sempre era perfeito, pois havia vários lampejos do antigo Megazord. Uma boa pra quem gosta de analisar as cenas peliculadas nas séries clássicas da Saban. Dá pra encontrar falhas de edição e perceber os entraves. Isso provou para ambas as produtoras que criar cenas inéditas das séries japonesas seria um trabalho próprio para quem faz a adaptação.

O último episódio de MMPR com as cenas do Zyu2 acontecia no episódio 13 da segunda temporada, no epílogo do arco duplo "Green No More", que marca a extinção dos poderes de Tommy como o Ranger Verde. A partir do episódio seguinte ("Missing Green") começam a ser usadas regularmente as cenas de Dairanger, com os dois primeiros episódios, onde o monstro Pipebrain (Baron String em Dairanger) ataca. Havia rumores na rede de que um vigésimo sexto episódio de Zyu2 havia sido gravado e que o monstro seria chamado Pythor, mas jamais houve uma confirmação oficial que comprovasse isso.

GrnRngr, um fã de Power Rangers, e Jeff Pruitt, o coordenador de dublês de MMPR, divulgaram há um tempo atrás na internet imagens sem cortes de Zyu2 e cenas jamais vistas na série americana, como é o caso dos últimos monstros da produção que teriam enfrentado o Mega Thunderzord. Veja aqui e também aqui no mesmo site as cenas japonesas que foram feitas antes de Power Rangers estrear nos EUA.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Goku "mal traçado" fica parecido com mascote das Olimpíadas e vira piada na internet

Goku no episódio da semana de Dragon Ball Super

Assistiu Dragon Ball Super desta semana? Então com certeza você deve ter reparado alguns traços estranhos no episódio deste domingo (9). Tudo bem que é normal haver alguns "deformes" quando há alguma distância entre um determinado personagem e a "câmera". Foi o que aconteceu agora com o Goku na forma Super Saiyajin, durante sua luta contra o deus da destruição Bills. Não dá pra ficar perfeito quando o personagem está longe do foco e isso é normal em desenhos da Disney e até em animes clássicos, por exemplo. Só pra constar, até mesmo em animes mais recentes como Os Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas já houve esse tipo distanciação, mas nada chamativo como em DB Super. E olha que The Lost Canvas foi muito bem produzido.

Não acho que Dragon Ball Super venha a cair na mesma "maldição" de Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro, pelo menos por ora. Mas há alguns momentos em que Goku não estava com cara de Goku até quando a "câmera" estava próxima de seu rosto. É como o caso da imagem acima, por exemplo. Ainda assim é bem curioso e engraçado. Espero que isso não seja corriqueiro. Aliás, dizem que Alma de Ouro tem alguns traços mal desenhados por ser uma anime distribuído de graça nos serviços de streaming. Se for por isso, Sailor Moon Crystal, que foi lançado num esquema similar na internet, não teria um traço tão perfeito do início ao fim.

Enfim, o fato rendeu algumas brincadeiras na web como na foto abaixo. Não sei vocês, mas em alguns momentos achei o Goku parecido com o Cobi, aquele mascote das Olimpíadas de 1992 - em Barcelona - que ganhou um desenho próprio exibido nas tardes da TV Cultura em meados dos anos 90. Talvez pelos traços mais quadrados/pontudos e excesso de "fofura". Veja aí e tire suas conclusões:




O mascote Cobi

Ainda sobre o episódio, a brincadeira rendeu um vídeo que malha de toda a situação:

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Petição para Power Rangers no SBT não faz o menor sentido


Recentemente surgiu na internet uma petição que reivindica a ida da franquia Power Rangers para o SBT. Atualmente as séries são exibidas na TV aberta via Band nos finais de semana na faixa das seis da madrugada. O texto da tal petição se resume apenas em um único parágrafo que diz o seguinte:

"Queremos um horário decente e uma valorização maior a série, nós fãs queremos acompanhar devidamente na televisão aberta. Achamos que o SBT é o único canal capaz de valorizar o seriado para exibir adequadamente Power Rangers para as crianças e adolescentes em um bom horário."

Não quero aqui desmerecer a iniciativa dos fãs que estão se reunindo. Mas a tal petição falha em vários pontos. Pra começar, o texto não argumenta o tal motivo pra que seja exibida na emissora paulista ou sequer é defendida a tese de que o SBT é o canal mais "adequado" pra passar a franquia. E sequer há uma compreensão sobre direitos de exibição e licenciamento.

Quem acompanha a TV brasileira há longa data sabe que o SBT, apesar de ter uma boa programação, vive mudando a programação e às vezes sem aviso prévio. A crise de programação mais memorável foi em meados de 2006 quando Silvio Santos resolveu mudar semanalmente sua programação. E o que é pior, na época, o site da emissora deixou de veicular a programação dos dias seguintes, se resumindo apenas ao dia presente. Já pensou se o SBT resolvesse alternar episódios de temporadas diferentes como acontece com o Chaves? Realmente não dá.

Tá certo que a Band já exibe Power Rangers há um bom tempo e eles podem passar pois tem contrato com a Nickelodeon, que é quem detém dos direitos da franquia atualmente (com exceção de Power Rangers Megaforce em diante, aqui no Brasil). Se for por condições de horário, a tal petição deveria ser direcionada para a Band e com as solicitações detalhadamente explicadas.

Mas eu me pergunto: por que fazer tal pedido se hoje em dia a TV está perdendo parte do espaço para os serviços streaming/on demand? No caso do catálogo da Netflix tem todas as temporadas da franquia. De Mighty Morphin até o Super Megaforce (o Dino Charge deve chegar em breve). Sem contar que há mais séries da Saban por lá como o re-version da primeira temporada, e temporadas completas de VR Troopers, Beetleborgs e As Tartarugas Ninja: The Next Mutation. Com um catálogo imenso nas mãos - por custo acessível - dá pra maratonar ou criar uma programação diária/semanal própria. Bem melhor do que esperar ou depender de horário ou da boa vontade dos canais, não é mesmo?

E pra não dizer que sou contra à petições, a que está sendo mais consistente e justificada é o abaixo-assinado que pede pra que a Netflix adquira os filmes inéditos do Digimon e mais o Digimon Adventure tri, que estreia no Japão em novembro que vem. Essa tem o apoio do dublador Ricardo Juarez, o narrador brasileiro das três primeiras temporadas do anime.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Em Death Note, Misa Amane rouba cena e L vira o rei do novo drama

Olha, esse novo drama de Death Note é uma das melhores coisas que está passando atualmente na TV japonesa (e também no streaming oficial no Brasil e no resto do mundo

via Crunchyroll). Algumas mudanças são bem significativas nessa nova produção pra TV, se comparadas ao mangá/anime. Há situações que lembram a obra original de Tsugumi Ohba e outras que mudam o rumo de forma impressionante e com boas doses de imprevisibilidade. Ambas são de deixar o telespectador roendo as unhas e ficar na ponta do sofá.

Há pelo menos dois personagens principais que estão se destacando e deixando suas marcas. A primeira é a Misa Amane que teve breves aparições, mas bem chamativas. Não apenas pela beleza e graciosidade da atriz Hinako Sano. É que Misa está aparecendo com uma certa periodicidade em meio ao paralelo do foco no anti-herói Light Yagami e seu passado está sendo mais explorado. Claro que esta é a ponte de ligação que os roteiristas criaram para aproximar os dois, que não por acaso possuem seus Death Notes. Mas foi no episódio desta semana que ela teve mais importância. Misa pode ser menos articulosa como um segundo Kira e atrapalhar involuntariamente o seu admirado e a equipe de investigação. Mas até aqui não tem como sentir raiva ou constrangimento da gatinha. Muito pelo contrário, ela está movimentando o desenrolar do enredo.

Outro personagem que eu tiro o chapéu é o L. Primeiro de tudo, esta versão do investigador tem um certo charme que desperta a atenção da mulherada. O personagem não foi feito pra ser um galã de novela ou algo do tipo. Era pra ser feio e esquisito mesmo. Mas Kento Yamazaki dá um tom mais sensual. Aliás, a cena em que L toma banho com Light virou brincadeira entre os fãs como "boys-love". Bem nonsense pro contexto, mas não deixa de ser uma ideia meio engraçada. Voltando sobre o L, a impressão é que temos é que o cara se tornou o rei do novo drama (trocadilho com o Light original). A disputa pra saber quem é o mais inteligente está mais acirrada aqui. Emocionante seria pouco pra definir essa corrida. Ele está mandando bem e mostrando que sabe jogar e armar estratégias. Sem medo de afirmar, suas artimanhas o ajudam a superar sua contraparte original.

Cada vez que Misa e L crescem na trama, Light fica no cabide. Não que este Light seja ruim, entenda. Ele tem o seu valor como personagem mais humanizado e que não tem aquela ideologia de ser um "deus do novo mundo" ou "trazer a paz". O protagonista deste TV drama (ou "dorama" para os íntimos) tem um senso de justiça e inteligência. Porém, tem sua desvantagem em relação ao seu arqui-inimigo. Isso provavelmente o encurralará no próximo episódio, pelo que deu a entender no preview.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Shaider retorna à TV filipina

O Policial do Espaço Shaider

Segundo informações do site Orends: Range, a série japonesa de tokusatsu Uchuu Keiji Shaider (Policial do Espaço Shaider) ganha espaço na TV fora do Japão. Mas por ora somente nas Filipinas, país onde fez um grande sucesso. O terceiro herói-título da franquia Metal Hero - da Toei Company - entra na programação da emissora paga TeleAsia Filipino e vai ao ar diariamente às 18h00 (hora local). A última exibição de Shaider nas Filipinas aconteceu há cerca de dez anos atrás no canal pago Hero TV.

Shaider é o último da trilogia dos Uchuu Keiji (Policiais do Espaço) e esteve na emissora japonesa TV Asahi entre 1984 e 1985, com total de 49 episódios para TV e mais dois filmes. Sucedendo Sharivan e precedendo Jaspion nas noites de sexta-feira. A série conta a saga de Dai Sawamura (Alexis del Mundo na dublagem estrangeira), um jovem arqueólogo que foi recrutado para ser treinado pela Policia Galática e se tornar Shaider. Junto com sua parceira Annie, ele luta contra o devastador Império Fuuma que destruiu vários planetas antes de sua chegada à Terra.

No Brasil, Shaider (leia mais sobre a série aqui) foi exibido pela primeira vez na Gazeta entre 1990 e fez passagem na Globo no ano seguinte onde inicialmente ganhou exibição semanal nas manhãs de sábado e mais tarde foi jogado inconstantemente nas madrugadas. Shaider também serviu de adaptação para a segunda temporada da série americana VR Troopers, onde atualmente pode ver vista via Netflix com redublagem.

Veja a seguir a chamada da volta de Shaider nas Filipinas:


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Akira Toriyama está criando uma "realidade alternativa" dentro de Dragon Ball Super

Pilaf e sua gangue em Dragon Ball Super (Foto: Reprodução/Fuji TV)

Se você assistiu o filme Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses (que esteve nos cinemas brasileiros no final de 2013) e está acompanhando a série Dragon Ball Super, com certeza você deve ter reparado algumas diferenças na história que conta a chegada do deus Bills à Terra.

Já era possível perceber isso pelo fato de Bulma comemorar o seu aniversário num transatlântico, ao invés da festa acontecer na própria Corporação Cápsula. No quarto episódio, exibido neste domingo (2) era possível ver diferenças mais "gritantes" em comparação à versão cinematográfica. Um bom destaque foi para a infiltração da Gangue do Pilaf na festa. Ao invés deles caçarem as Esferas do Dragão e tentarem roubarem na surdina, o trio foi salvo por Goten e Trunks. O mais curioso é que Pilaf, por ora, ainda não se assustou com a verosimilhança do caçula de Goku com aquele que outrora (tinha rabinho) atrapalhava os seus planos na série original. Outra coisa que mudou foi o fato de Goku conseguir arrancar uma "confissão" do Sr. Kaioh quanto à vinda de Bills em seu planeta. Ao contrário do filme, onde Goku descobriu por si só e de início encarou ingenuamente.

Agora está dando pra entender o que Akira Toriyama quis dizer com "afastar do seu próprio universo", quando se pronunciou nas vésperas da estreia do mais novo anime da franquia. A impressão que temos é que o mangaká está criando uma realidade alternativa dentro de sua própria obra produzida na TV e no cinema. Pelo menos essa é a impressão que dá pra tirar. De uma certa forma, isso dá força à teoria de que Dragon Ball GT (que não faz parte do cânon do mangá) possa ser "apagada" da cronologia das séries de anime. Isso só o futuro pode dizer e o próprio Toriyama também como se dará.

Vale ressaltar que Dragon Ball Super se passa dentro de um hiato de dez anos entre a derrota de Majin Buu e o 28º Torneio de Artes Marciais, e será dividida em pelo menos três sagas: A Batalha dos Deuses, O Renascimento de 'F' e O Sexto Universo (com os Guerreiros Z procurando as Super Esferas do Dragão).

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Comparações entre as versões de Alma de Ouro

Você deve saber que saiu recentemente no Japão o primeiro volume de Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro em Blu-ray, não é? Então, a versão digitalizada em home-vídeo teve melhorias em relação aos episódios distribuídos quinzenalmente pela Toei Animation para os serviços de streaming. Veja este, por exemplo:


A qualidade é inquestionável. O mais estranho é o porquê da Toei não aderir esta versão diretamente nos lançamentos de episódios inéditos. No mínimo é uma jogada de marketing do estúdio pra ganhar dinheiro. Mas ainda assim, se a série fosse lançada nessa qualidade o impacto visual seria maior. Além do mais, evitaria a famosa oscilação de qualidade nos traços, que deixou a série famosa entre o público.

Falando sobre traços, tem uma fanart bacanuda que está na rede e que reproduz a cena em que Aiolia e Lyfia se encontram com Máscara da Morte na taverna. Ficou perfeito. Aqui o Cavaleiro de Câncer teria uma pegada mais maligna, como bem dignamente merece. Compare aí então com a imagem desses traços com a versão original da web-série.





Alguém me diz que rumo é esse que Alma de Ouro está tomando, hein?!

Aiolia e Frodi no momento final do episódio desta sexta (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Estamos nos momentos finais de Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro. E tenho que confessar uma coisa: o episódio desta sexta (31) foi um dos melhores até o momento. Não que a série estivesse no nível das antigas produções, mas chega perto.

Uma das surpresas esteve em torno de Lyfia, que foi revelada como a responsável por trazer os Cavaleiros de Ouro de volta à vida. Segundo Andreas, a garota teria planos para dominar Asgard e destruir Yggdrasil. Por qual motivo, razão ou circunstância, isso ainda deve ser explicado nas próximas quinzenas (assim esperamos). Infelizmente ela foi vítima de um ataque fatal e covarde do Guerreiro Deus Utgardar de Garm (sim, ele tem possui uma marca dos Einherjar debaixo da máscara), que estava lutando contra Dohko de Libra e foi atingido com o desmoronamento da Estátua da Câmara dos Mortos.

Uma pena que Lyfia morresse assim. Gostava da personagem, que parecia ter algum pingo de sentimento platônico por Aiolia. Ela pode não ter sido uma grande personagem ou que fosse mais marcante, mas sua docilidade contava muito em presença. Apesar de morta, ela ainda deverá ser um elemento fundamental para o desfecho. Claro, contanto que sua ligação para os seus planos sejam explicados. Bem, espero que seja logo no embate entre Aiolia e Andreas. Aliás, o "chefão" desta saga precisa convencer de que tem algum potencial mais maligno/diabólico. Ainda está devendo como vilão.

Alma de Ouro está mostrando que tem o seu valor e está indo bem. Começou bem, teve alguns fanservices e alguns pontos que jamais foram explicados direito, como a mudança repentina de Máscara da Morte de Câncer e a traição de Camus de Aquário. Mas está rendendo ótimas situações emocionantes em batalhas inéditas. É como voltar aos velhos tempos da nostálgica Rede Manchete, embora sejam corridas. Ah, não posso esquecer de mencionar sobre os traços, que começaram bem, decaíram gradativamente nos episódios seguintes e agora estão caprichando, por sinal.

Ainda sobre os tais traços, falei sobre as melhorias na versão recém lançada em Blu-ray. Confira