Super marca retorno de novos episódios de Dragon Ball na TV japonesa |
Não, Goku não se rendeu à preguiça ou algo do tipo. É que o nosso herói continua mais sedento por treinar e lutar para proteger a Terra de (possíveis) futuros inimigos. Dragon Ball Super estreou neste domingo (5) com nosso Saiyajin trabalhando ao ar livre e com o seu pensamento praticamente perdido no que mais sabe fazer. Melhor, impossível: o rapaz foi ordenado por sua esposa Chi-Chi a entrar num serviço e sustentar a família.
O lançamento em si resgatou um lado mais humorado de Dragon Ball. Coisa que foi perdida e volta e meia retornava na série Z. Pelo que se percebe, os primeiros episódios tomaram um rumo introdutório. Algo que os mais apressadinhos não deveriam temer, uma vez que este é o jeitão Akira Toriyama de trabalhar. Assim pudemos ver, com mais calma, como estavam os personagens principais após a derrota de Majin Buu (que teve até um flashback tirado de Dragon Ball Kai). Foi engraçado ver Mr. Satan recebendo Prêmio Nobel da Paz e garantindo "a paz no universo". Buu também surgiu como um estranho ser que estaria sendo treinado pelo suposto salvador da Terra. A travessura de Goten e Trunks para agradar Videl teve um lado que víams diversas vezes em DBZ, mas desta vez foi totalmente dispensável. Apesar de não ter atrapalhado.
O lance de Bills destruir um planeta por não gostar de comida pode ser uma ameaça um tanto "supérflua", mas espero que isso não seja usada como muleta pra segurar a trama. Dragon Ball tem potencial para superar esse tipo de situação, justificar as ameaças e a produção tem dois anos (100 episódios) pra isso. Quem esteve acompanhando até agora as notícias sobre Dragon Ball Super, sabe que a série se passa logo após os eventos dos filmes A Batalha dos Deuses e O Renascimento de 'F'. O que justifica a introdução direta dele e de Whis na TV.
Agora é ver se Dragon Ball Super conseguirá manter uma qualidade digna. Não precisa ser extremamente violenta, até porque o horário matinal é impróprio para tal. Os saudosistas podem se acostumar com a ideia. E nem precisa ser tão infantil que venha a mediocrizar o senso crítico das variadas gerações da obra de Toriyama.
Ressaltando mais uma vez que Dragon Ball Super, cronologicamente, se passa cinco anos após a derrota de Majin Buu e cinco anos após o 28º Torneio de Artes Marciais - epílogo mostrado nos episódios finais de Dragon Ball Z e recentemente em Dragon Ball Kai. Outro dia escrevi aqui no blog um post onde eu explico detalhadamente sobre esta colocação na linha do tempo da mitologia. O que não interfere em nada a permanência de Dragon Ball GT na cronologia (da animação japonesa), como alguns assim desejam fervorosamente. O mesmo ainda está uma década à frente dos eventos de Super.
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