quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dublagens de novos animes e tokusatsus: por que alguns não acontecem?

Garo é o próximo tokusatsu a vir para o Brasil

Há dois meses atrás saiu uma nota que moveu vários meios especializados e não especializados em cultura pop japonesa: o provável lançamento de tokusatsus originais (japoneses) para a Netflix. Claro, muitos (como este blogueiro que vos escreve) também comemorou. Apesar de certos sites distorcerem o que foi dito pelo JBox na época, há possibilidades sim das dublagens das séries clássicas irem para a plataforma.

Na lista da Sato Company há também o nome do inédito Garo. Ainda não se sabe se haverá realmente dublagem ou não. Julgando pelos lançamentos da empresa para a Netflix, animes como Doraemon e Robô Gigante estão com seus áudios em português (e em japonês também). Detalhe: ambos citados jamais passaram pela TV brasileira. Possivelmente aconteça o mesmo com Garo. Mas e se por acaso não for dublado?

Caso não aconteça, isso não é motivo pra mimimi, choramingar ou se espernear pela net afora. Querendo ou não, dublagem custa caro. Garo é um tipo de tokusatsu que poderia muito bem funcionar com áudio dublado em nosso idioma. Mas também funciona ainda melhor com áudio original. E nem é aquela desculpa de que "em japonês é melhor". O que vier oficialmente do gênero, tem que ser bem-vindo mesmo e valorizado.

Mas aqui acolá sempre tem meia dúzia que defendem a "causa" das fansubs e dizem algo como: "se for pra ter legendado, eu já tenho em casa" ou "as subs já fizeram esse trampo primeiro". Aí é que muitos se enganam e caem do cavalo. As subs brasileiras costumam se basear nas versões gringas. Mas o que muita gente não sabe é que as "TV-Nihon"s da vida costumam adaptar e mudar certos pontos nos diálogos. Independente de sair dublado ou não, certamente haverá uma opção de legendas em português. O que veremos ali no serviço num futuro não muito distante é uma versão traduzida diretamente da versão japonesa. Daí, podem comparar à vontade a vindoura versão oficial brasileira com as alternativas.

Outro ponto a se ressaltar é quanto a suposição de uma vinda das séries Zyuranger e Dairanger para o Brasil. Uma vez que estes Super Sentais tem lançamento para os EUA, é importante ressaltar que é possível que tais alcancem apenas a América do Norte (EUA, Canadá e México). Vir para o Brasil? Olha, sendo bem franco, acho que seria mais viável vir direto-para-Netflix. O mercado de home-vídeo está escasso e muitas vezes os próprios fãs não ajudam pro crescimento do mesmo. Mas caso viessem num desses formatos, possivelmente viria com o mesmo padrão da Shout! Factory: apenas com o áudio original japonês (e sem dublagem!). Coisa que os próprios americanos são compreensíveis e dão bom exemplo para certos brazucas, em termos de informação. Ou seja, eles são felizes e sabem disso. Poderia acontecer também de alguma empresa licenciar pra cá em parceria com a Shout! Factory e daí surgir uma dublagem brasileira. Quem sabe.

Gente, vamos ser sinceros e procurar entender como o mercado de séries japonesas é importante. É triste ver alguns materiais sendo trazidos para cá e o público não dar o devido retorno. Muitas vezes reclama-se por falta de dublagem. E quando tem, reclamam de forma pior e da mais ingrata possível. Muitos dizem que comprariam um box de uma série japonesa "se tiver em Blu-ray", mas não comprariam nem fosse lançado de forma alguma. Eu indicaria o público a tentar se aprofundar e pesquisar mais sobre como funciona os licenciamentos pra TV, cinema, home-vídeo e streaming antes de reclamarem qualquer coisa por aí sem saber do que vai realmente reivindicar ou pra quem diretamente vai tais protestos. Ainda assim, o assunto é meio complexo de se entender e ao mesmo tempo fácil pra se ter ao menos uma noção. Nada melhor que os próprios fãs tentarem acompanhar isso de perto, né?

Veja bem: não sou contra a dublagem. E é até legal assistir novas produções com áudio em português. Coisa que não veremos tão fácil na TV como antigamente. Felizmente ou infelizmente, nem todas as produções vão para o streaming com dublagem. Motivo? Por chegarem através de licenciamento internacional. É o caso da grande maioria de séries que passam pela Crunchyroll e alguns também na Netflix. O que vier, é lucro e tem mais é que ser consumido mesmo e valorizado. Ou ainda não temos mais animes e tokusatsus em atividade no Brasil?

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Máscara da Morte justiceiro ou como detonar um vilão?

O Cavaleiro de Câncer no episódio desta sexta, dia 17 (Foto: Reprodução/Daisuki)

Por algumas ocasiões em que Máscara da Morte aparecia em Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro, eu havia comentado sobre sua estranha e mal-explicada mudança de personalidade. Um dos meus posts dedicados ao Cavaleiros de Câncer repercutiu nas redes sociais e as opiniões ficaram divididas. Uns entenderam o meu ponto de vista de que aquilo estava estranho para o vilão e outros interpretaram como uma perfeita redenção para ele e que minha análise não passou de mais um "mimimi gratuito" (e não foi, ok?).

Como eu disse uma vez, Máscara pode se apaixonar por quem quisesse. O problema é que não houve uma ponte pra que justificasse isso. Pareceu que ele foi jogado na beira da bondade sem mais nem menos, ou até que ele tivesse perdido parte da memória, ou ali fosse um sósia do cara. Podem falar a vontade, mas Máscara da Morte apareceu bem estranho e além do mais estava com um traço que o lembrava em partes. Tá certo, merece uma redenção. Mas antes de tudo, uma razão que faça valer todo o sentido.

Parece que a coisa deu uma leve "melhorada" pro seu lado. No episódio desta sexta (17), o "ex"-vilão teve traços consertados e que lembrou mais de sua (antiga) personalidade. Não sei por quanto tempo isso vai durar, bem conhecendo a oscilação que a animação vem tendo desde o terceiro episódio, não há muita garantia. Mas talvez fique assim enquanto estiver com sua armadura de ouro.

Ainda que lutasse contra seu oponente, Fafner de Nidhogg, na terrível Colina do Yomotsu, o que atrapalhou um pouco foi o que seria a intervenção dos irmãos da falecida Helena, a amada do Cavaleiro. Máscara da Morte pode ter sido herói, mas não teve como não lembrar da sua mudança de personalidade que marcou demais nesta série. Pode até ser que eu veja Máscara da Morte com os olhos de antigamente ao rever a série clássica ou na saga de Hades. Mas ao vê-lo em Alma de Ouro, a lembrança será a mais icônica possível.

Mas fazendo justiça, Máscara da Morte se saiu bem como um digno Cavaleiro de Atena, apesar dos pesares. Tenho também que dizer que a luta entre Shaka de Virgem contra Balder de Hraesvelgr chegou perto do nível da mitologia de Masami Kurumada. Foi rápida (por razões que quem acompanha, sabe), mas que foi uma das melhores coisas que aconteceram até aqui nesta temporada.

Sailor Moon Crystal veio pra superar de vez as séries clássicas da franquia

As heroínas na mais recente versão para a TV

Desde o começo, acompanhei quinzenalmente os episódios de Sailor Moon Crystal. Tá certo que em meio a tantos elogios há sempre aqueles que podem taxar a volta da heroína e cia como "falta de criatividade" ou coisa da "crise de dos animes". Tudo bobagem. Já no primeiro episódio pudemos perceber de que aquela nova versão de Sailor Moon era algo que prometia ser espetacular. E realmente foi. Digo mais: foi mais além e superou divinamente as séries clássicas.

Quem assistiu as antigas temporadas - exibidas no Brasil em canais como Manchete, Cartoon e Record - se deparou com várias situações criadas especialmente para a TV. Dentre elas estavam aquelas que tiveram um tom mais hilário do que o próprio mangá original de Naoko Takeuchi. E a intenção foi de aproximar a web-série (ativa no Brasil gratuitamente via Crunchyroll) dos quadrinhos e da forma mais fiel possível.

Com certeza, Sailor Moon Crystal é uma importante obra prima da franquia e não é a toa que está sendo uma das mais aclamada dos animes da atualidade. Ganhou destaque em emissoras de TV em França e Portugal, onde começaram a ser exibidas regularmente. Além de garantir espaço na programação das temporadas de algumas emissoras japonesas como TOKYO MX e BS11, semanalmente nos fins de tarde e nas madrugadas das temporadas de primavera/verão. Sem contar que a própria é rica em romantização e drama. É algo perfeito e que o espectador tem o prazer de assistir e admirar. Ah, é preciso que se diga que a animação (lê-se: traços) é escola para Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro e de longe é o melhor desde a primeira série de 1992, que foi originalmente ao ar nas noites de sábado da TV Asahi.

Sailor Moon Crystal deixa saudades e há a promessa de voltar com mais uma penca de 26 episódios no futuro. Sem dúvida alguma, é a versão que falta pra nossa "marinheira da lua".

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Dragon Ball Super justifica o filme A Batalha dos Deuses na cronologia

Whis e Bills terão suas estreias recontadas

Quem assistiu ao segundo episódio de Dragon Ball Super deve ter se surpreendido com os minutos finais que explicaram que os eventos mostrados até aqui serviram de base como prólogo do filme A Batalha dos Deuses - exibido no Japão e no Brasil em 2013.

A história justifica o momento de paz entre os personagens e a falta de menção entre os veteranos até a chegada de Bills e Whis. Uma vez que ambos ainda chegarão à Terra nos próximos episódios. Agora deu pra compreender o porque de tanto mistério por parte do Akira Toriyama e da Toei Animation para não revelar tantos detalhes. O único vilão (até onde se dá a entender) seria o Bills gordo que deverá aparecer após os episódios centrados neste filme para a TV. É provável que o tal Bills gordo apareça dentro do hiato de um ano entre A Batalha dos Deuses e O Renascimento de 'F' (que certamente também terá sua versão em Dragon Ball Super).

Isso é bem válido, já que pode haver parte do público japonês que não foi aos cinemas ver algum destes dois filmes. Acho justo que haja uma recontagem, pois justifica a passagem dos dois novos personagens nas telinhas, uma vez que há uma ligação direta.

Sobre o episódio da semana: foi engraçado ver o vexame que Vegeta sofreu no seu passeio em família com a esposa Bulma e o filho Trunks. O príncipe dos Saiyajins foi chamado como algo de "tiozão" numa festa havaiana e foi chamado pra dançar em público. Ao contrário do que alguns fãs dizem sobre "estragar a imagem do Vegeta", ele tem que passar por algum constrangimento e uma vergonhazinha de vez em quando. Afinal, quem nunca passou por isso, né?

Mas voltando sobre a cronologia, provavelmente isso faz cair por terra a "teoria" de que Dragon Ball GT seja extinto da cronologia oficial do anime. Aconteça o que tiver que acontecer em Super, a série provavelmente deverá terminar aonde começou o epílogo mostrado nos episódios finais de Dragon Ball Z e mais recentemente em Dragon Ball Kai. Foi lá onde Goku conheceu Uub.

Kamen Rider Drive consegue driblar sua crise de roteiro

O trio de Riders em suas formas civis

Desde quando Kamen Rider Drive teve sua mudança assustadora com a revelação pública de Shinnosuke Tomari como o alter-ego do herói-título, a série teve certos momentos bizarros e nonsenses. Pra não dizer que ficou previsível demais. Apesar do absurdo - que de alguma forma mexeu com a lógica da trama, algumas coisas tem segurado. Uma dessas é o Chase, que virou um Kamen Rider de suporte na luta contra os Roidmude.

Tá certo que eu critiquei certas falhas no roteiro e ainda defendo minha opinião quanto a isso. Mas tenho que fazer justiça quanto a outro fato que ocorreu durante a os últimos episódios. É quanto a resolução do caso do falecido pai de Shinnosuke.

Como eu havia dito há vários meses, este caso poderia ser desenvolvido mesmo sem usar o tal artifício banal feito por Riku Sanjô. Mas parece que em alguns momentos, o consentimento público quanto a identidade de Drive teve que ser adaptado na história. O que foi motivo de medo por parte deste blogueiro. Mas o caso teve uma boa resolução, apesar do plano de Nira ter sido meio previsível no começo. Mas Shinnosuke e seus amigos conseguiram resolver de forma inteligente e que pegasse os adversários desprevenidos.

Foi uma das melhores coisas que aconteceram em Kamen Rider Drive. A única coisa que me incomodou mesmo foi Brain entrar como conselheiro da polícia, logo após aquela mudança de roteiro. Isso ficou bem na vista e entregou de bandeja toda a conspiração dos Roidmude. Volto a dizer: esse caso poderia ser melhor trabalhado se não houvesse a tal revelação, que forçou vários pontos de Kamen Rider Drive. Em todo caso, a resolução foi a melhor possível.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Ultraman X supera Jiban historicamente como "ás" do tokusatsu no Brasil

Foi uma bomba e tanto a notícia da aquisição da série Ultraman X (lê-se: "éks" = "X" em inglês) pela Crunchyroll na noite deste segunda-feira (13). Por isso, os fãs e amantes de 

tokusatsu no Brasil - especialmente da Família Ultra - já podem comemorar o que podemos chamar de a primeira série do gênero a ter uma transmissão simultânea em nosso país. Até então, um tokusatsu que teve uma janela mais próxima foi Jiban, o Policial de Aço (em janeiro de 1990), que estreou no Brasil faltando apenas seis dias para a exibição do último episódio pela emissora japonesa TV Asahi. Oficialmente também já podemos afirmar que Ultraman X é o quinto tokusatsu no Brasil pós-Ryukendo. Os outros quatro, por ordem de lançamento, são: Ultraman Max, Ultraman Mebius, Ultraman Leo e Ultraman 80 (Eighty). Obviamente todos são Ultra Series e frutos de uma parceria entre a própria Tsuburaya (no papel de distribuidora internacional) com a Crunchyroll. O sexto tokusatsu a vir ao Brasil após a defunta fase do tokusatsu na TV brasileira deverá ser Garo, via Netflix (com distribuição local da Sato Company).

A estreia seguiu basicamente o mesmo padrão: monstros gigante que devasta Tóquio e um membro de uma força-tarefa se torna Ultraman milagrosamente. Mas a coisa foi bem diferente e um pouco mais cômico. É que Daichi Taiku foi um pouco mais humano ao ser escolhido como hospedeiro de X. Pareceu como se ele estivesse dentro do gigante prateado e tentasse controlá-lo. Algo que faria bem mais sentido do que tomar poderes e já saber dominá-los. Daichi só consegue quando deseja realmente lutar para manter a paz entre humanos e monstros na Terra.

O que deve diferenciar esta série dos demais seriam o fato do herói usar Cyber Cards em ação e utilizar poderes dos antigos Ultras. Algo similar visto em séries como Kamen Rider Decade e Gokaiger (ambas da Toei). O conceito dos Spark Dolls já foram abordados na série Ultraman Ginga. O que talvez seja um indício de uma continuação direta da mesma.

Agora é ver se Ultraman X manterá um bom ritmo e se terá grandes homenagens aos seus Irmãos Ultra. A série pode ser contada previamente como comemorativa às bodas de ouro da franquia, que se dará para o ano. Se depender de nomes de peso como Koichi Sakamoto e Yuji Kobayashi, respectivamente diretor e roteirista, a coisa pode vingar mais uma vez. Essa é a chance de Ultraman X se popularizar não apenas por aqui, mas também mundialmente através da TV do futuro (os serviços on demand). Falando nisso, tá mais que na hora da Toei acordar pra vida e apostar assim com seus Riders e Sentais.

Ultraman X estreou nesta terça (14) pela japonesa TV Tokyo e vai ao ar semanalmente, às 18:00 JST (6:00 BRT), no bloco Anime 530. O primeiro episódio pode ser visto aqui e os novos episódios chegarão em seguida ao Brasil sempre uma hora depois da exibição japonesa, às 7:30 da manhã, para os membros da Assinatura Premium da Crunchyroll. Os não-assinantes podem assistir o novo episódio após uma semana pelo acesso gratuito do serviço. Shuwatch!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Volta de Takumi Tsutsui à Toei pode ser indício de retorno do Ninja Jiraiya?

Takumi contracenando com DekaMaster

Há alguns dias atrás saiu uma nota confirmando a participação do ator Takumi Tsutsui no V-Cinema Tokusou Sentai Dekaranger: 10 YEARS AFTER. Filme este que trará os heróis numa nova aventura após uma década do fim da série (como o próprio título por si sugere).

Não quero aqui criar uma expectativa ou tomar a minha indagação como esperança ou verdade absoluta, mas ando pensando o seguinte: esta volta de Takumi Tsutsui às produções da Toei talvez possa ser um sinal do retorno do nosso Jiraiya, o Incrível Ninja (da série exibida pela extinta Rede Manchete) numa nova aventura. Repito: talvez (não estou confirmando nada, ok?).

Se tal fato acontecer mesmo, isso poderia se dar em janeiro próximo, no filme onde provavelmente haverá um crossover entre Ninninger e ToQger. O atual Super Sentai leva a temática ninja e já deu espaço para a participação dos Reds das séries Kakuranger e Hurricaneger. Estes talvez poderiam pintar no filme e também Toha Yamashi (Yamaji no original), o alter-ego do nosso "ninja olimpíada". A mesma coisa aconteceu em Kyoryuger vs. Go-Busters, onde TyrannoRanger e AbareRed (respectivamente os líderes de Zyuranger e Abaranger) apareceram como referências à temática dinossauro.

Não creio que Jiraiya venha a ter um filme solo como aconteceu individualmente com os Uchuu Keiji (Gavan, Sharivan e Shaider), pois a trilogia-mor dos Metal Heroes teve uma popularidade local bem maior que o ninja que ficou famoso no Brasil. Mas nunca se sabe o que a Toei pode tramar, né? Essas ideias não seriam ruins e o estúdio bem que poderia fazer um teste pra ver se vingaria nos dias atuais.

Curiosamente, Takumi Tsutsui - que já visitou nosso país várias vezes - participou também dos tokusatsus Winspector (1990; episódio 20), Ultraman Cosmos (em 2002) e Ultraseven X (2007; episódio 5).

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Novo drama de Death Note apresenta um Light Yagami menos psicopático

Light numa nova perspectiva para a TV

No último domingo (5) a emissora japonesa Nippon TV estreou em seu mais novo bloco de dramas, o Nichiyô Drama (que foi inaugurado em abril deste ano com a série Wild Heroes, de 10 episódios), a tão aguardada e controversa versão live action de Death Note para a TV. Aqui no Brasil a série já pode ser conferida oficialmente pelo serviço Crunchyroll, sempre com um novo episódio nas noites de quarta-feira.

Antes de qualquer desaviso, esta nova versão é livre para quaisquer adaptações. Ou seja, é um reboot. Quem acompanhou o mangá de Tsugumi Ohba ou o anime produzido pela Madhouse (recentemente transmitido pelo canal pago PlayTV e atualmente disponível no serviço Netflix), poderá se espantar com um Light Yagami menos psicopata do que estamos acostumados a ver. Seu desejo por criar um "mundo de paz" ainda é o mesmo, porém com um pouco mais de esperança. Não que isso seja ruim, entenda. Tal mudança pode ser significativa para o rumo que o "dorama" deve ter daqui pra frente.

Dá pra perceber que parte do que é essencial na trama de Death Note pôde ser resumida logo no primeiro episódio, que teve 1h30 de duração (71 minutos desconsiderando os intervalos comerciais). Um dos grandes destaques da estreia é Misa Amane, que já aparece nos primeiros instantes e seus conflitos já são abordados durante o episódio. Ao que parece, Light seria um fã do grupo musical Ichigô Berry, do qual a idol é integrante. Tal atração seria subentendida como uma das motivações para Light seguir com sua ambição em dizimar a criminalidade com suas próprias mãos. Outra coisa interessante é a introdução direta de L e de Near na história.

A estreia pode não ter uma grande tensão que deixe o espectador babando ou roendo as unhas. Mas é possível que a partir dessa adaptação, muita coisa venha a surpreender nas próximas semanas e deixar as mesmas apreensões como antigamente. A estética teve uma boa impressão e que ficou bem melhor do que as versões cinematográficas. Pelo visto a produção promete ser um dos grandes trunfos da atual temporada de verão da TV japonesa.

Em tempo: a estreia de Death Note marcou 16,9% na região de Kanto. Disparadamente, a maior audiência para um J-drama durante este ano.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Cavaleiros: Grupos criam campanha a la Saga de Gêmeos para divulgar episódios de Alma de Ouro

Saga de Gêmeos é inspirado na "divulgação" da nova série

Se você costuma acompanhar o universo d'Os Cavaleiros do Zodíaco pelas redes sociais, provavelmente deve ter reparado que por aí há divulgações da transmissão oficial da nova série Alma de Ouro (Soul of Gold) pelos serviços oficiais de streaming Daisuki e Crunchyoll.

No meio dessa divulgação, há aqueles que fazem de forma pura e dão força total pra que não haja nenhuma sorte de azar que leve à pirataria. Afinal, é a primeira vez que temos Cavaleiros em tempo real com o Japão (podendo ser visto a qualquer hora, claro). Mas por outro lado acontece uma coisa que é bem contraditória e ao mesmo tempo engraçada, até. É que alguns movimentos acabam divulgando em grupos especializados o lançamento de um novo episódio da quinzena com propagandas de downloads ilegais e depois "incentivam" os fãs a assistirem pelas vias oficiais - seja antes ou depois de baixarem. (?!)

Além de ser uma atitude incoerente, tais divulgações duplas são tendenciosas e tentadoras. Tipo, o espectador acaba tendo duas opções nas mãos: uma pra assistir oficialmente. E outra baixando e indo pro caminho "mais fácil" (ou melhor, demorado/jurássico). É bem verdade que esse tipo de coisa já começa errado, pois quem quer baixar, baixa e não se importa sobre as consequências que hão por vir. E quem quer assistir diretamente pela fonte - e entende da importância disso - vai seguir pelo caminho correto e não quer saber de trocar gato por lebre.

Todos sabemos que tanto pelo Daisuki quanto pelo Crunchyroll é que há contabilização de números de audiência. Ao contrário do que muita gente pensa, isso é extremamente importante. Pois quando há essa baixa por conta de downloads ou até de streamings alternativos, nós brasileiros perdemos a chance de sermos bem vistos pela Toei Animation e as possibilidades de um novo comércio brasileiro voltado aos produtos de animes são castradas por parte do próprio público que se considera fã de Saint Seiya ou de qualquer outro anime do momento no Japão. Aliás, essa atitude leviana de certas fansubs brasileiras (de anime) são burras, pois já temos material oficial que chega primeiro e com pontualidade britânica (japonesa, vai). Uma vez que as mesmas copiam indevidamente pra competir mesmo e divulgam cerca de duas ou três horas depois. Não há necessidade nenhuma disso e é mais trabalho pros próprios grupos de subbers, uma vez que os mesmos deveriam manter o foco apenas em materiais não licenciados ou já expirados no Brasil como forma de divulgação. Quem assiste pelos serviços citados, assiste primeiro, de forma segura, e com todo o restante deste planeta azul que a gente chama de Terra e já nos primeiros minutos de lançamento.

Os que fazem essa dupla propaganda bem que poderiam se conscientizar da real importância dos serviços e dos benefícios dos mesmos e não confundir necessidade com disputa, pois "falta de material" não é mais desculpa. Mas é incrível como a cada duas sextas-feiras os grupos de Facebook são floodados com repetidas propagandas de downloads. Apesar de sério, dá vontade de rir de tamanha barbaridade. Parece mais uma feira promovida pelo Saga de Gêmeos, que numa hora divulga a transmissão oficial e noutra divulga os meios ilegais pra detonar de vez o mercado. (risos)

Em contrapartida, os serviços de streaming estão em alta e crescendo vertiginosamente. Ainda bem que temos fãs que realmente valorizam estes serviços, que servem como TV na internet e com livre poder de escolha e montagem de programação personalizada. Se ainda não está acostumado, é bom se atualizar e experimentar este dinamismo do século XXI.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Gatchaman Crowds insight tem a estreia mais nonsense da temporada de verão

Hajime Ichinose e sua turma voltam para mais uma louca temporada

Se a primeira temporada de Gatchaman Crowds - baseada no clássico Kagaku Ninjatai Gatchaman (Batalha dos Planetas, G-Force ou Eagle Riders no ocidente) - foi estranha, imagine aí agora com a segunda temporada. Então, Gatchaman Crowds insight começou de forma ainda mais bizarra e nonsense. Ou senão a mais louca deste verão.

Como se já não bastassem as tagarelices da heroína Hajime Ichinose (Maaya Uchida, de Akibaranger) e as esquisitices do vilão Berg Katze (Mamoru Miyano, o Ultraman Zero), agora esta nova leva de 12 episódios tem mais duas heroínas. Uma é a extraterrestre - de pele vermelha - chamada Gelsadra, que fez um pouso de emergência numa pequena vila e que "denuncia" os pensamentos das pessoas através de balõezinhos que se afeiçoam de acordo com o humor de cada um. A outra é uma adolescente (de 16 anos) da mesma vila que se chama Tsubasa Misudachi.

O que com certeza deve chamar a atenção na temporada insight é que Tsubasa é uma garota impulsiva e fará dupla com Hajime. O que pode dar muito certo e ao mesmo tempo um desastre, já que as duas tem algo extremamente em comum. Se bem que Hajime consegue ser agradável, apesar de ser uma personagem mala. No caso, Tsubasa se torna uma Gatchaman e irá lutar ao lado dos veteranos contra a nova organização VAPE, que teve sua primeira atuação no episódio 0 de insight, numa tentativa de ataque terrorista contra o Primeiro Ministro.

Uma coisa que ficou engraçada nesta temporada foi ver o O.D. como apresentador de um talk show. E uma coisa bizarra é ver o Katze sendo dominado estranhamente por Hajime. Coisa que foi vista nos momentos finais da temporada anterior, ao saltar um ano no tempo (a temporada se passa no verão de 2016). Está previsto para o vilão ganhar um G-suit, assim como os demais Gatchamen.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Goku não quer saber de trabalhar na estreia de Dragon Ball Super

Super marca retorno de novos episódios de Dragon Ball na TV japonesa

Não, Goku não se rendeu à preguiça ou algo do tipo. É que o nosso herói continua mais sedento por treinar e lutar para proteger a Terra de (possíveis) futuros inimigos. Dragon Ball Super estreou neste domingo (5) com nosso Saiyajin trabalhando ao ar livre e com o seu pensamento praticamente perdido no que mais sabe fazer. Melhor, impossível: o rapaz foi ordenado por sua esposa Chi-Chi a entrar num serviço e sustentar a família.

O lançamento em si resgatou um lado mais humorado de Dragon Ball. Coisa que foi perdida e volta e meia retornava na série Z. Pelo que se percebe, os primeiros episódios tomaram um rumo introdutório. Algo que os mais apressadinhos não deveriam temer, uma vez que este é o jeitão Akira Toriyama de trabalhar. Assim pudemos ver, com mais calma, como estavam os personagens principais após a derrota de Majin Buu (que teve até um flashback tirado de Dragon Ball Kai). Foi engraçado ver Mr. Satan recebendo Prêmio Nobel da Paz e garantindo "a paz no universo". Buu também surgiu como um estranho ser que estaria sendo treinado pelo suposto salvador da Terra. A travessura de Goten e Trunks para agradar Videl teve um lado que víams diversas vezes em DBZ, mas desta vez foi totalmente dispensável. Apesar de não ter atrapalhado.

O lance de Bills destruir um planeta por não gostar de comida pode ser uma ameaça um tanto "supérflua", mas espero que isso não seja usada como muleta pra segurar a trama. Dragon Ball tem potencial para superar esse tipo de situação, justificar as ameaças e a produção tem dois anos (100 episódios) pra isso. Quem esteve acompanhando até agora as notícias sobre Dragon Ball Super, sabe que a série se passa logo após os eventos dos filmes A Batalha dos Deuses e O Renascimento de 'F'. O que justifica a introdução direta dele e de Whis na TV.

Agora é ver se Dragon Ball Super conseguirá manter uma qualidade digna. Não precisa ser extremamente violenta, até porque o horário matinal é impróprio para tal. Os saudosistas podem se acostumar com a ideia. E nem precisa ser tão infantil que venha a mediocrizar o senso crítico das variadas gerações da obra de Toriyama. 

Ressaltando mais uma vez que Dragon Ball Super, cronologicamente, se passa cinco anos após a derrota de Majin Buu e cinco anos após o 28º Torneio de Artes Marciais - epílogo mostrado nos episódios finais de Dragon Ball Z e recentemente em Dragon Ball Kai. Outro dia escrevi aqui no blog um post onde eu explico detalhadamente sobre esta colocação na linha do tempo da mitologia. O que não interfere em nada a permanência de Dragon Ball GT na cronologia (da animação japonesa), como alguns assim desejam fervorosamente. O mesmo ainda está uma década à frente dos eventos de Super.

Traição de Camus fica sem resposta e segue como um dos grandes furos em Alma de Ouro

O Cavaleiro de Aquário chora em combate (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Estamos na metade da temporada de Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro e a partir de agora a série irá manter seu foco nas batalhas diretas entre os Cavaleiros de Ouro e os Guerreiros Deuses. Um dos eventos mais esperados foi a luta de Camus de Aquário contra Shura de Capricórnio. O que era pra ser uma batalha épica entre os dois se tornou um fiasco. A luta não durou nem três minutos sequer. Com certeza a intenção da direção foi deixar o pano de fundo para o mestre de Hyoga resolver seu problema com Surt.

Não sei quanto a vocês, mas poucos perceberam um furo que acusa uma incoerência sem tamanho na própria filosofia de Camus. Como bem devemos lembrar, lá na série clássica, Camus havia dito a Hyoga que ele deveria desapegar de sentimentos que o prendiam ao passado. No caso, as lembranças da falecida mãe do Cavaleiro de Cisne.

A coisa foi bem esquisita pro lado de Camus quando foi dito nesta nova atração que ele teria passado para o lado dos inimigos. Se notarmos bem atentamente, a contradição persistiu, pois o próprio Camus, que teria matado acidentalmente a irmã de seu amigo de infância, se prendeu ao tal ressentimento nestes anos todos. Então, de que valeu sua palavra para Hyoga nas Doze Casas?

Tal traição já não é convincente. Ainda mais para um Cavaleiro que jurou lealdade à Atena. Ou seja, uma motivação pessoal passar por cima dessa maneira de uma autoridade celeste já é no mínimo sem cabimento. E ainda mais para Camus que parecia ser sensato e resolvido quanto a esse tipo de sentimento.

A motivação de fato não foi respondida e nem sequer justificada. E não deve ser tão cedo e deixado de escanteio para todo o sempre no baú da Toei. Até que essa história estaria fácil demais pra cair no velho conto de "enganar o inimigo para enganar o aliado". Aliás, essa tática já está bem batida pela Toei. Bem que o tal furo poderia ser consertado com uma explicação plausível.

Uma luta do tipo Hyoga versus Issak de Kraken soaria melhor pro roteiro de Alma de Ouro.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Nostalgia: Os 15 anos do fenômeno Digimon no Brasil

O anime foi febre na Globo

Na história dos animes no Brasil, houve três momentos marcantes que causaram um grande boom de popularidade e moveram marketing devastadores por parte das emissoras brasileiras. O primeiro fenômeno do gênero acontecia com Os Cavaleiros do Zodíaco na extinta Rede Manchete (entre 1994 e 1995), a segunda com Pokémon na Rede Record (entre 1999 e 2000) e a terceira foi com Digimon (entre 2000 e 2001). Há exatamente 15 anos atrás o país, que já enfrentava uma febre com os monstrinhos de bolso, agora passaria a vivenciar uma nova aventura e mais emocionante e desenvolvida do que Pikachu e cia.

A grande concorrência fora do Japão começou nos EUA, onde Pokémon estava perdendo audiência para os seres digitais que surgiam nas manhãs de sábado. Havia um marketing super agressivo pra que toda a popularidade fosse impulsionada e a trama caísse no gosto da molecada gringa.

No Brasil a coisa não foi diferente. A disputa foi praticamente declarada meses antes quando a revista Veja cobriu uma reportagem sobre a vinda da série da Toei Animation, licenciada pela Imagine Action. Daí podia-se sentir mais um sinal de briga pela audiência entre as emissoras de Roberto Marinho e de Edir Macedo. Cogitava-se também a aquisição do então novo anime pela Record, mas a coisa não se concretizou.

Assim como Pokémon virou carro-chefe na programação do canal do bispo no fim do milênio passado (com direito a menção num especial de natal da Escolinha do Barulho), a Globo investiu pesado na divulgação daquele que seria o desenho mais badalado do segundo semestre do ano 2000. Pra se ter uma ideia, chamadas do lançamento surgiam em pleno horário nobre, durante os intervalos da novela das oito Laços de Família e também da revista eletrônica dominical Fantástico (onde ganhou matéria especial para promover o lançamento). Isso sem mencionar anúncios em revistas e jornais, por exemplo. E para completar (ou estragar alguma coisa), Angélica foi chamada para interpretar o tema de abertura. Infelizmente, no lugar da eletrizante música Butterfly, do cantor japonês Koji Wada, tivemos uma medonha melodia que dizia "Digimons/Digitais/Digimons são campeões". Algo que foi herdado da versão americana, feita pela Saban Entertainment (a mesma de Power Rangers). Mas por sorte as matrizes que vieram foram trazidas diretamente do Japão, com exceção do filme 3 em 1 copilado pelo estúdio americano.

Para reforçar ainda mais, a Fox Kids fez uma pré-estreia no domingo, dia 2 de julho, com a exibição dos dois primeiros episódios - das 19h00 às 20h00. A grande estreia de fato acontecia no dia seguinte. Nas manhãs do programa infantil TV Globinho (edição de férias), e nos fins de tarde da Fox Kids, às 17h30 e com reprises às 21h30. No canal pago, o anime tinha até exibição nos fins de semana. Porém, os episódios inéditos iam ao ar regularmente de segunda à sexta. Ou seja, quem não podia assistir de manhã, tinha mais duas chances à noite (caso tivesse TV por assinatura, claro). Um timing perfeito que nunca foi visto igual para um anime no Brasil. Vale lembrar que a partir da quarta semana de exibição, a Globo passou a exibir Digimon num segundo horário pelas manhãs, desde o primeiro episódio. Outra chance pra quem tinha perdido ou quem quisesse ver mais uma vez.

A dublagem realizada pela extinta (e lendária) Herbert Richers foi um grande primor de destaque. Já que a grande maioria dos animes eram dublados em São Paulo. O elenco carioca conquistou mais uma vez, agora com a então mais nova sensação do momento. Inclusive, Hermes "Seiya de Pégaso" Baroli estava passando uma temporada dublando no Rio de Janeiro.

A primeira temporada (originalmente intitulada como Digimon Adventure) foi lançada em DVD via Focus Filmes, em 2010. Servindo indiretamente como parte das comemorações de uma década completa do anime no Brasil. Mas apenas duas boxes - de quatro volumes previstos - foram lançados e em todos os episódios os eyecatches foram cortados. O mesmo corte de vinheta de intervalo voltaria a se repetir no primeiro box do tokusatsu clássico Comando Estrelar Flashman (exibido nas emissoras Manchete, Record e CNT/Gazeta), também lançado pela Focus no fim do mesmo ano.

Sem dúvida, a primeira temporada é a mais nostálgica de todas e a mais marcante. Não que as demais séries não mereçam atenção, mas é a que tem maior apelo para uma continuação. Digimon Adventure tri (lê-se: "trai"), filme de seis partes que será lançada no Japão a partir de novembro, é uma boa pedida para atender um público mais ávido por nostalgia.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Estaria mesmo Dragon Ball Super desconsiderando a série GT?

Goku na mais nova série televisiva de Dragon Ball

O mês de julho começou e uma das grandes expectativas no universo dos animes está em volta da série Dragon Ball Super, que estreia no próximo fim de semana na emissora japonesa Fuji TV. Como todos sabem, esta é uma produção inédita para as telinha após quase 18 anos do fim de Dragon Ball GT nas noites de quarta-feira. E falando sobre ela, muitos fãs brasileiros estão nutrindo alguma esperança quanto a uma suposta exclusão da série de 1996 do cânon.

Tá certo que Dragon Ball GT teve uma repercussão mediana e teve uma certa rejeição por parte de fãs ao redor do mundo. Mas tal preocupação acaba de fazer esquecer de detalhes importantes na linha do tempo da obra de Akira Toriyama.

Quem assistiu aos últimos episódios de Dragon Ball Z (ou até mesmo recentemente o final de Dragon Ball Kai) irá reparar que se passam 10 anos da derrota do Kid Buu. Tal acontecimento teria ocorrido em 8 de maio da era 774. No entanto o epílogo se passa em 7 de maio da era 784, onde acontece o 28º Torneio de Artes Marciais. Nesse tempo, Pan - a neta de Goku - estaria com aproximadamente 4 anos e meio de idade. Seu nascimento seria entre junho e dezembro de 779. Dentro desse intervalo de tempo acontecem os eventos do filme A Batalha dos Deuses, que ocorre em 18 de agosto da era 778 - quatro anos depois da derrota de Kid Buu e dia do aniversário da Bulma. Mais um ano depois - na era 779 - temos os eventos do filme O Renascimento de 'F' (que está em cartaz nos cinemas brasileiros).

Em Dragon Ball Super a história deve se passar pouco tempo depois do recente filme. Ou seja, ainda está no período de intervalo de dez anos entre a saga de Majin Buu e do epílogo ocorrido no 28º Torneio de Artes Marciais. E se formos calcular o tempo, Dragon Ball GT ainda está imune a qualquer mudança (pelo menos por ora), uma vez que os eventos daquela série começam na era 789, 5 anos após Goku levar Uub para treinar.

Cronologicamente, o GT está a 10 anos a frente de Dragon Ball Super. Matematicamente não há como haver uma desconsideração da série, a não ser que dê uma louca na cabeça do Toriyama e ele queira brincar com viagem no tempo ou coisa do tipo. E conhecendo bem o autor, tudo pode acontecer, se assim ele bem querer.

Toriyama declarou recentemente que esta é uma continuação definitiva. Isso significa que a história será acrescida à sua linha do tempo, uma vez que os dois últimos filmes são considerados como prólogos da série. O que mais intriga e pode confundir o público, desde já, é quanto a uma afirmação dele quando diz que a série pode ser uma continuação que ele mesmo declara ser "estranha" e que pode "afastar de seu próprio universo". Só aguardando e acompanhando o programa pra saber o que é isso de fato.

Nisekoi: se despede com rivais perdidamente apaixonadas

Raku Ichijô e seus dois amores

E bem mais que na temporada anterior. As rivais Chitoge Kirisaki e Kosaki Onodera ficaram cada vez mais apaixonadas por Raku Ichijô. Tudo bem que elas não sabem da paixão secreta da outra e são boas amigas. Embora Kirisaki mantenha um falso namoro com Ichijô.

Só que em Nisekoi: (assim é a grafia para o título da da segunda temporada), tivemos bons episódios que exploraram os sentimentos das duas garotas. Tá certo que nada comparado ao ritmo frenético que vimos no começo do ano passado e que nos deixasse apreensivos pra saber sobre o tal segredo da garota da promessa e do cadeado. Mas tivemos aí uma boa passagem dos personagens. Inclusive, alguns destes bem comoventes e de forma isolada.

Destes eu destaco o penúltimo episódio onde Onodera contou num flashback sobre o início de sua paixão secreta por Ichijô. E no final da temporada, apresentado neste fim de semana, Kirisaki esteve num dilema onde estaria indecisa entre se declarar ou não para o seu suposto namorado.

Enfim, Nisekoi: teve lá seus momentos de apreensão, mais de forma leve, suave e serenamente romântica. O que já valeu os 12 episódios. Eu até cheguei a torcer para que Onodera tivesse um protagonismo maior numa futura temporada. Mas depois de assistir ao último episódio, cheguei a conclusão que as duas merecem dividir isso.

Não sei quanto a você, mas ainda tenho minha fiel torcida pela Onodera, por ser a mais fofa/meiga/carinhosa/tímida, como disse em alguns posts atrás sobre o anime. E não pretendo mudar de lado tão cedo. Ela é a mais ideal e a paixão secreta de Ichijô por ela já é um ponto a se considerar nessa "disputa" amorosa.

Que venha mais Nisekoi na TV japonesa.