Josúe Yrion, o inimigo número 1 da cultura pop |
Antes de qualquer coisa, sou cristão evangélico e tenho liberdade de expressão para debater o tema. Então, outro dia estava lendo um post da minha colega de blog Sandra Monte (do Papo de Budega) sobre sua opinião quanto à uma afirmação de um determinado pleito conservador evangélico que diz que o filme Frozen: Uma Aventura Congelante estaria incitando crianças precocemente ao homossexualismo. Algo improvável e que está anos-luz de se confirmar de fato.
As acusações vem do pastor norte-americano Kevin Swanson em seu programa de rádio que diz o filme possui "perigosas mensagens da homossexualidade e da bestialidade". Coisas absurdas e sem respaldo algum. Uma maldade sem precedentes de pessoas que deveriam ter maior compromisso em pregar o genuíno evangelho de Jesus Cristo e estão por aí preocupados em criar mais e mais lendas urbanas, boatos e enganar os fiéis em nome de Deus com bases no fanatismo religioso.
Essa briga de evangélicos contra a Disney é antiga. Claro que não são todos e não tem como generalizar. Conheço e convivo com várias pessoas que pregam verdadeiramente sobre o amor de Cristo. Essa revolta de uma minoria é nada mais e nada menos por conta de uma tentativa de uma realização de uma parada gay na Disneylândia, em meados dos anos 90. Tais pastores foram contra e quando o caso deveria ter terminado ali os mesmos que protestaram contra o tal evento acabaram criando mentiras sobre a Disney ter feito um suposto pacto com demônio e coisas do tipo.
O principal mentor destas mentes "diabólicas" é Josué Yrion (este rapaz da foto acima e que não vou chamá-lo de pastor por não merecer o título), que viajou o mundo pregando contra a Disney e diversos artigos da cultura pop ligada à animes, cartoons, games, etc. Uma vez já o citei aqui no blog, em 2013, e falei também sobre aqueles que se inspiram nele nos dias de hoje. Yrion teve seu ápice de crédito por leigos pais de família no final dos anos 90 e foi desmentido pelos próprios fãs destes artigos (Disney e etc) e sua "máscara" caiu com a ascensão da internet.
Parece que em pleno ano 2015, em meio ao avanço da tecnologia, pessoas ainda querem usar de má fé do povo cristão. Ainda há aqueles que acreditam em tal teoria da conspiração e não procuram pesquisar achando que é e pronto. Mas graças a Deus que ainda tem pessoas no meio que não são bobos e retrucaram tais afirmações nas redes sociais. A Disney, como tantas outras empresas do ramo, foram criadas com suor/empenho/dedicação. Onde que alguém iria perder tempo em colocar mensagens subliminares num trabalho que dura meses e meses para um filme ficar pronto? Tá mais que na hora dessa brincadeira de ser crente acabar e buscar o resgate de vidas que realmente carecem do amor de Deus. No mais, o povo cristão merece respeito.
E quanto aos homossexuais, posso ter minhas convicções cristãs. Mas tenho respeito para com eles. Não é porque haja divergências eclesiásticas que tenhamos que tratar mal. Passar disso, seria ir contra os princípios cristãos de amor (ágape) ao próximo.
PS: Não sou fã da Disney e de Frozen. Apenas aprecio os trabalhos da empresa e não por acaso acompanhei esses problemas que Yrion levou dos EUA para o resto do mundo.
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