Anitta canta "Show das Poderosas" na noite de estreia do musical (Foto: Divulgação/Viva) |
Como eu havia dito outro dia, devo pintar eventualmente com algum comentário sobre o Globo de Ouro Palco Viva aqui pelas próximas duas semanas. Então, nesta segunda-feira (17) estreou o revival do grande programa musical dos anos 70 e 80 da Rede Globo. E olha, a estreia não foi tão grande assim. Deu um certo calafrio ao entrar Anitta no palco. O primeiro motivo de grande frustração desta edição.
Vamos ser sinceros, pessoal. Eu já havia questionado aqui no blog por algumas vezes quanto à necessidade de haver uma atração desse nipe em um programa carregado de nostalgia e que deveria resgatar mais artistas da época ou que tenha alguma qualidade similar dos lendários hoje em dia. Anitta foi lá apenas pra fazer seu showzinho e cantar o medonho hit "Show das Poderosas" e não fez nada de espetacular e que deixasse uma marca pra pedir um bis, como sempre. Totalmente dispensável. Agora, de lascar mesmo foi aquela conversa dos apresentadores Juliana Paes e Márcio Garcia ao tentar convencer o público com a desculpa de que "o show não pode parar" e a música brasileira está se reinventando com o atual funk carioca. Sério isso? Não seria o retrocesso? Mais tenso ainda foi quando Márcio puxou saco de Anitta ao taxá-la como "representante da nova geração do Globo de Ouro". Corta essa, Márcio. Essa foi a mais esfarrapada que eu já ouvi. Papo de preso pra delegado. Ao que dá pra perceber nos comentários das redes sociais, os amantes do programa não gostaram nada. E com razão, né? Isso é coisa que eu já falava há um certo tempo.
Falando nos apresentadores, as minhas desconfianças estavam certas. Não tinha comentado nada ainda por aqui, mas vamos lá. Simplesmente os apresentadores estão meio que forçando a barra pra tentar agradar o público. Juliana Paes é a que mais se esforça. Esforçar é pouco. Ela se espreme muito quando vai falar e dá pra notar sua pouca empolgação. Já Márcio, tenta fazer carisma com aquele jeitão dele. É o menos pior dos dois e não há muito o que reclamar dele. Só que o ator ainda está longe de chegar aos pés de César Filho (o meu xará, é claro) quanto a espontaneidade. Ok, vamos ver como a dupla se sai até o final dos dez programas.
Angélica detonando no Palco Viva (Foto: Divulgação/Viva) |
Quanto às demais atrações, eu destaco a Angélica que abriu muito bem o show com o seu grande sucesso "Vou de Táxi". Aliás, foi a melhor atração da noite. O bacana é que ela fez os passinhos do mesmo jeito que ela fazia há 25 anos atrás, quando era só uma adolescente. E teve até gente da platéia que levou capa de vinil, pôster e coisas assim na hora de sua apresentação. Thiaguinho fez um tributo ao Renato Russo e saiu legal. Não foi uma coisa tão memorável, mas foi merecido e o cantor entrou no ritmo ao som dos arranjos que se assemelharam muito bem às versões originais de "Pais e Filhos" e "Será".
Teve Gilberto Gil, teve Léo Jaime, teve Alcione que mereciam mesmo estar lá. Curioso foi a Marrom ter cantado "Meu Ébano", um de seus sucessos mais recentes. O primeiro encontro de Buchecha e Adriana Calcanhoto, cantando "Fico Assim Sem Você", foi legalzinho. Mas nada de tão surpreendente e emocionante até aí. No lugar de Tulipa Ruiz, que cantou "Mania de Você", poderia estar a Rita Lee em seu lugar.
Não estou tão ansioso com este revival, pois essa diversificação de eras e qualidades musicais atrapalha bastante. Como Anitta, por exemplo, que não combina em nada com o Globo de Ouro. Na semana que vem ela volta cantando "O Amor e o Poder", de Rosanah Fiengo, que esteve ausente por motivos de viagem ao exterior durante as gravações. Será que Anitta se dará bem desta vez ou vai matar esta linda música? Vamos ver no que vai dar.
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