Será mesmo que Jaspion terá um bom tratamento pelo canal UHF de SP? |
Durante a semana que passou, muito tem se falado na tokunet de nosso país sobre as tais novas "aquisições" da Rede Brasil, canal 50 UHF de São Paulo. É a volta de Ultra Seven, as estreias do anime clássico Sailor Moon, de Power Rangers e, principalmente, de Jaspion na grade da emissora.
Muitos estão comemorando por aí a volta do nosso "Ginga no Tarzan" e dizendo que se trata de "volta do herói ao Brasil". Como se fosse oficial. Vou ser sincero e não me entendam mal, minha gente. Gosto muito do Jaspion. Não é o meu Metal Hero favorito, mas curto pra caramba quando assisto. Mas tenho minhas dúvidas quanto ao tratamento do canal de
Nem preciso perguntar, pois já vi muito isso com as séries que estão no ar na emissora. Mas faço assim mesmo. Será que a Rede Brasil vai exibir a série obedecendo a cronologia correta, e sem faltar episódios? Será que a Rede Brasil não vai mudar os horários -- sem aviso prévio -- como andou fazendo nos últimos meses? Que tipo de tratamento o canal terá com a série? Acho que já sabemos a resposta. Não é mesmo? Visto que isso já aconteceu várias vezes com os tokusatsus, sem contar com o anúncio do site sobre uma determinada série e na hora o constrangimento de passar outro programa. Veja aqui um bom exemplo disso.
A Rede Brasil recebeu notificação por anunciar exibição de Power Rangers, sem a devida autorização da Saban Brands |
Há a questão de todas as séries serem exibidas sem direitos. A Rede Brasil afirmou em comentários em sua fan page no Facebook que "pagam" pela exibição. Certamente há algum licenciamento com empresas terceirizadas. Pois as verdadeiras empresas que trouxeram tais produtos para a TV, não estão recebendo nenhum pagamento devido da RBTV. Não querendo entrar nesse mérito, o que é problema do canal, ainda semana passada a emissora foi notificada pela Saban Brands, por violações de copyright. Uma vez que Power Rangers já tem exibição oficial no país. Veja a nota em detalhes publicada pelo site Na Telinha.
A verdade é que toda emissora pequena hoje pode passar uma série ou desenho antigo e dane-se as cronologias e o respeito ao telespectador. Se por um lado, estas emissoras estão fazendo um "favor" se vermos por um ângulo. Já que emissoras majors (SBT, Globo, Record, RedeTV! e Band) não querem mais saber de investir nesse tipo de programa que dava lucro em tempos áureos. Devido ao descaso delas com os fãs e o desencantamento dos destes com estes canais.
E o que acontece agora? Mais uma vez os tokusatsus sofrem uma saturação pior da que sofreram no tempo da extinta Rede Manchete. Se todas as emissoras queriam passar tokusatsu devido ao sucesso de Jaspion/Changeman, agora são praticamente todas as emissoras pequenas que dão aquele "jeitinho" pra passar em suas devidas grades. Sem ordem cronológica, sofrendo cortes, mudanças bruscas de horário, sumiço da programação antes do episódio final, etc.
É por essas e outras que o tokusatsu no Brasil não vai mais pra frente. A última produção inédita veio em 2009, com Ryukendo na RedeTV!. Teve uma boa aceitação de público? Sim. Não o suficiente, pois havia uma forte rejeição de uma parcela de fãs nostalgistas que pensam que "só Jaspion e cia é que valeram", "Kamen Rider morreu com Black e danem-se os outros" e coisas desse tipo. Por não se permitirem ao experimentar ao novo, nenhuma outra série do gênero veio a lançar no Brasil e deve demorar muito a pintar por estas bandas. Depois a culpa é do Haim Saban, querem Garo na TV aberta, e mais absurdos à beira da incoerência. Fato!
Pra esclarecer: Sim, no final do ano passado eu divulguei aqui no blog a programação retrô da Rede Brasil, e não me arrependo disso, até porque curto essas séries japonesas e americanas antigas. Divulguei porque comecei a ter acesso ao canal por TV por assinatura digital. Só então pude acompanhar o tratamento que as séries de tokusatsu vem levando até aqui. Se assisto algum tokusatsu na Rede Brasil? Quando o tempo me permite, sim. Assisto porque curto tais programas. Meu (des)gosto pelo canal é uma coisa à parte. Ainda sim prefiro assisti-los na íntegra nos DVDs. No caso de Jaspion, por exemplo, apoiaria mesmo se houvesse um licenciamento entre o sr. Toshi e algum canal que pagasse pela série e exibisse dignamente.
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