sábado, 12 de outubro de 2013
Os 25 anos de Cybercop no Japão e 23 no Brasil
Dennou Keisatsu Cybercop completou bodas de prata no dia 2 de outubro. E exatamente hoje (12) faz 23 anos de sua estreia no Clube da Criança da Rede Manchete, em ocasião do dia das crianças.
Não lembro bem quando foi a primeira vez que assisti Cybercop e qual era o episódio. Eu sei que tinha meus cinco anos de idade e já gostava do negócio. A filmagem e os efeitos eram diferentes dos seriados da Toei Company. O que era legal no seriado eram os relacionamentos em equipe que levava a dramaticidade do programa de maneira que deixasse a criançada com o olho vidrado na telinha. Algo bastante peculiar que fazia até os pais de crianças da época acompanhar. Não chegava a ser uma novela, mas tinha episódios isolados que aprofundavam na vida pessoal dos protagonistas.
O seriado passou cerca de 4 anos na Manchete. Pegou a metade do tempo bom da era de ouro dos tokusatsu no Brasil, fez dobradinha com Kamen Rider Black quando apenas os dois tokusatsu eram os remanescentes na emissora dos Bloch, e ainda fez companhia a mais duas pratas da casa: Patrine e Winspector, nas manhãs e tardes de 1994. Pode-se dizer que Cybercop pegou fases transitórias do gênero dos heróis japoneses.
O sucesso foi tanto que foi oportuno se fazer um Circo Show com os trajes originais do Japão, cedidas pela Toho Company. Fórmula era a mesma utilizada pelo sr. Toshihiko Egashira (da antiga Everest Vídeo) com Jaspion e Changeman. As duas séries da Toei já estavam batidas por aqui e Cybercop estava no auge. A Manchete fez uma chamada que rodava durante a programação anunciando a vinda dos heróis do ZAC em nosso país. Isso me animou em querer ver os atores originais. A coisa não aconteceu e me deixou frustrado. Mas foi legal ver as apresentações no Domingo Legal, apresentado pelo Gugu Liberato no SBT. Teve uma reportagem no Aqui Agora no Circo Show. Nunca cheguei a assistir na época. Alguém me contou sobre isso e só vi anos depois pelo YouTube. Era engraçado ver o repórter Arnaldo Duran se perder na história e pensar que o Lúcifer da trama fosse aquele lá do mal e disse que ele "ficou do bem". kkkk
Para que os Policiais do Futuro, que não tiveram muita chance no país de origem, fizessem o merecido sucesso que tiveram, deve-se ao esforço e dedicação do sr. Nelson Sato, que acreditou e correu atrás pra levar os heróis para a programação brasileira. Até Silvio Santos gostou e queria adquirir os Cybercop, mas não deu certo e foi para a Manchete. Apesar dumas mancadas, foi o melhor. Uma criança ou adolescente de hoje pode ver o seriado com olhar torto, pelo detalhe passível dos CGIs e chroma keys movidos a querosene e tal. Mas saiba que, com todos os defeitos que tem, Cybercop conquistou uma geração por contar uma boa história e fez a alegra nos dias daqueles tempos dourados onde a tecnologia não tomava tempo de ninguém, e divertia bem mais que uns Ben 10 da vida.
Parabéns, Cybercop!! Viva aos eternos membros do ZAC!
Realmente, Cybercop marcou.
ResponderExcluirO curioso era que, parecia uma novela (já que filmaram em VT) e seus defeitos especiais eram até hilários.