Ontem eu falei um pouco sobre a recente passagem do Sai de Baixo. Aproveitando o embalo, resolvi falar na nossa coluna Pitaco sobre o canal onde o programa é uma das maiores audiências: o Viva. Que ele se tornou o arrimo da TV por assinatura no Brasil isso é inegável. A preferência e a procura pela emissora vem crescendo nestes 3 anos de existência. Ainda mais quando o Viva tem a nostalgia como seu ponto forte. Não é por acaso que a data de aniversário é em 18 de maio: Dia Mundial dos Museus. É legal ver uns programas mais antigos da Rede Globo, principalmente dos anos 80 e do início dos anos 90. Você nota a diferença da qualidade dos programas daquela época com os de agora. Não tinha muita tendenciosidade como agora. O nível era outro na época.
Sempre que posso eu acompanho alguma coisa por lá. Ás vezes eu vejo programas como a Escolinha do Professor Raimundo, a novela Rainha da Sucata, Viva o Gordo, Sai de Baixo e o musical Globo de Ouro -- o meu favorito. Já vi também o Roque Santeiro, novela de ótima qualidade (se comparada com as tranqueiras de hoje) que me fez comprar o box em DVD um pouco depois do fim da reprise; o seriado Armação Ilimitada que assistia antes de sair pro trabalho; Cassino do Chacrinha que no ano passado chegou a ser exibido apenas uma vez por mês; e mais recentemente a minissérie As Noivas de Copacabana, protagonizado por Miguel Falabella -- antes de ser Caco Antibes.
A melhor época do canal que acompanhei foi entre maio e junho de 2012, quando o Viva comemorou os seus 2 anos durante dois meses. O carro-chefe nesse período foi sem dúvidas o Globo de Ouro. Os episódios do lendário musical foram passados fora de ordem e eram sempre das últimas três temporadas (1988 a 1990). Assim mesmo foi um fenômeno nas redes sociais e marcou uma verdadeira viagem no tempo onde as músicas eram de qualidade e até as músicas de duplo sentido eram mais, digamos, "comportadas". As reprises passavam de segunda à sexta às 23h15. Não perdia um só programa e tinha que ter pipoca pra acompanhar. Aliás, cresci escutando as músicas dessa época. Modéstia à parte, acho que é por isso que eu tenho um gosto apurado pra música. rsrsrs... Qualquer dia eu falo mais sobre o Globo de Ouro e de quem cantava na arena. Acabado o período festivo, o Viva voltou com as minisséries no horário da faixa. O sucesso do Globo de Ouro ainda ecoava na net afora e o musical ganhou horário semanal nas noites de sábado com episódios "inéditos" no canal. O chato é que desde o final do ano passado o Viva só vem fazendo reprise das reprises do mesmo, ainda fora de ordem, e o repertório de 88 sendo saturado a exaustão. Não tem cristão que aguente.
Desde essa época já podia-se notar que o canal vinha perdendo um pouco da nostalgia. Programas da segunda metade da década de 1990 e dos anos 2000, que já estavam desde a inauguração, estão ganhando espaço que as mais antigas. Perdeu-se até um pouco da graça. Por curiosidade: o site do Viva fez uma enquete que se encerrou nesses dias pra saber qual novela o público quer ver no lugar da Rainha da Sucata. Pela nostalgia e pelos inúmeros pedidos que os telespectadores já vinham fazendo há tempos, quem venceu foi Água Viva, novela de 1980 e tem como tema de abertura o clássico "Menino do Rio" da Baby do Brasil (na época era Baby Consuelo) nas cenas das praias -- contra mais três novelas dos anos 90 (O Dono do Mundo, A Indomada e Fera Ferida). Talvez o clima oitentista reascenda mais vez no Viva! Necessita-se!
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