quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Changeman aparece de lampejo no Tá no Ar

Changeman no programa Tá no Ar (Foto: Reprodução/Globo)

Assistiu o Tá no Ar na noite desta terça (21)? Então você deve ter reparado um lampejo de Changeman, né? Num daqueles momentos de zapeadas o Esquadrão Relâmpago aparece. Na realidade são cosplays do quinteto disparando míssil com a Power Bazooka. O engraçado é que Change Pegasus está de verde e Mermaid está de amarelo e à direita de Dragon. Ainda no final da temporada deve haver uma paródia completa ao Changeman na atual temporada desse excelente humorístico formado por Marcelo Adnet, Marcius Melhem e cia.

Veja o vídeo aqui.

PS: Na data de hoje, Jaspion e Changeman completam 29 anos de estreia pela extinta Rede Manchete. Hoje também completam 31 da exibição original do último episódio do Esquadrão Relâmpago pela TV Asahi.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Comparação sobre "raíz" e "Nutella" prova o quão ainda temos que aprender com o tokusatsu

Não tenha vergonha desse Rider

Outro dia alguém me perguntou se eu sou um "tokufã de raíz" ou um "tokufã Nutella". Eu respondi imediatamente que nem um nem outro. Sou apenas um cara que tokusatsu, procura aprender com os heróis, gosta de pesquisar sobre o assunto e que eu não tenho essa frescura com diferença de geração pra acompanhar uma série ou um filme. Independente de época e efeitos especiais.

Me segurei pra não ter que escrever esse tipo de texto, mas vejo que uma brincadeira chata se tornou um pretexto absurdo de rebaixar o próximo. Tipo, por tudo agora alguém se intitula "fã de raiz" pra dizer, por exemplo, que nunca assistiu um Kamen Rider "feira da fruta" (perdeu uma grande série, minhas condolências). E por aí adentram debates que sempre quase sempre acabam em briga desnecessárias. Infelizmente o nicho do tokusatsu no Brasil não é um bom lugar ou, digamos, não tem maturidade pra lidar com diferentes opiniões e coisas afim. Claro que isso não se aplica a todos.

Por partes: não me considero "de raíz", pois quem é de verdade veio da geração acima da Manchete. Aquela das primeiras exibições de National Kid, Ultraman, Esper, Príncipe Dinossauro, Vingadores do Espaço, Ultra Seven, Spectreman, Robô Gigante e tantos outros clássicos que passaram no Brasil antes de Jaspion, Jiraiya e cia. E aderir ao novo e/ou buscar uma atualização não me faz ser um "Nutella" da vida ou algo do tipo. Bobagem. Sou da era Manchete, o que não quer dizer que fiquei parado no tempo. Apesar do tempo corrido, sempre busquei me informar sobre outras séries do gênero que não passaram pela extinta emissora carioca. E acredito que um bom fã de tokusatsu que se preze vai atrás, sem se prender ao passado nem rejeitar outras eras achando que só os heróis dos tempos da Manchete ou da Tupi é que são os melhores.

Na boa, esses rótulos só atrapalham o nicho e afastam novos fãs que querem conhecer esse universo dos monstros de borracha. Não é isso que aprendemos com os heróis do tokusatsu. Ainda temos muito que amadurecer, deixar de lado a meninice de aluno de quinta série e começar a enxergar o estilo que tanto gostamos com um olhar de um adulto. É um bom começo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Novo trailer de Power Rangers cita Homem de Ferro e Homem-Aranha

Os heróis de Alameda dos Anjos (Foto: Divulgação)

A Lionsgate liberou mais um trailer de Power Rangers. Neste vídeo de apenas um minuto temos uma breve menção ao Homem de Ferro e ao Homem-Aranha (sem relação direta aos heróis da Marvel, obviamente). Aqui vemos também um misto de cenas de ação e comédia. Confira:



Power Rangers estreia em 23 de março aqui no Brasil. O roteiro é do trio Ashley Miller, Zack Stentz e John Gatins, e direção de Dean Israelite.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Fábio Jr. volta a cantar "Alma Gêmea" em vídeo promocional de Santa Clarita Diet

Com certeza você conhece a música "Alma Gêmea", né? O clássico do Fábio Jr. já foi tema de novela da Globo com o mesmo título. E agora volta a ser tema, só que de Santa Clarita Diet. A mais nova série exclusiva da Netflix, que tem Drew Berrymore como estrela principal e é uma comédia de terror. Bem, nunca "Alma Gêmea" teve tanto sentido quanto agora. Assista o vídeo e comprove:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Silvio Santos, o pai do tokusatsu no Brasil?

Silvio jamais trouxe alguma série tokusatsu por estas bandas

Essa é nova pra mim e pra todo mundo também, né? Onde já se ouviu falar que Silvio Santos foi quem trouxe National Kid para o Brasil? Pois é. É o que diz esse meme aí acima. Obviamente que isso é uma piada de muito mal gosto (apesar de ser engraçadíssimo) e tem gente que infelizmente está caindo feio e tomando como fato.

A título de curiosidade: o nome do provável representante das primeiras produções japonesas no Brasil atende por Noriyoshi Yamashita. E não o nosso querido "patrão". O sr. Yamashita foi o mesmo responsável pelo licenciamento do anime O Oitavo Homem por aqui nos anos 60.

A título de curiosidade 2: É preciso que se diga que National Kid, a primeira série tokusatsu a vir pra cá, estreou às 19h do dia 5 de março de 1964 na Record, em São Paulo. Depois na extinta TV Rio (hoje RecordTV Rio) no dia 8 de maio do mesmo ano (sexta-feira), às 18h. Mais tarde, em 3 de agosto de 1965, a extinta TV Piratini de Porto Alegre estreou a série às 18h no bloco Cinelândia. E não na Globo em 1966 como dizem por aí. 

A princípio pode ser engraçado, mas esses tipos de memes - sejam pra brincar ou até mesmo pra trolar - não são legais e só atrapalham o nosso nicho. Fique esperto e questione.

PS: Agradecimentos aos grandes Matheus Mossmann (Dyna Black), Danilo Modolo (TokuDoc) e ao leitor Quiof pelas informações corretas.

Time do Sétimo Universo só dá vergonha em novo arco de Dragon Ball Super

Goku e Satan entram no torneio bem atrapalhados (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

O novo arco de Dragon Ball Super, Universe Survivor, começou há uma semana e este segundo episódio deixou claro a proposta desse novo torneio, que reúne todos os doze universos. Zen'oh, a (pequena) divindade que teve a amizade de Goku conquistada, definiu que vai eliminar cada universo que perder. Sendo que apenas um sobreviverá no final das contas.

O time do Sétimo Universo está praticamente formado. E no episódio deste domingo (12) alguns integrantes deram muita vergonha. Goku exagerou com toda sua informalidade e irreverência para com Champa, o deus do Sexto Universo. Sem contar que sua ingenuidade sobre Zen'oh se iguala a uma criança de dez anos. Quem se atrapalhou também foi Mr. Satan, que não tem poder nenhum (ao contrário do que o seu público fiel pensa) e não podemos esperar nada além de mais trapalhadas. Além de Majin Boo, o primeiro a defender o time e começou a batalha dormindo. Talvez esteja preparando algum poder, mas deve também ter suas presepadas.

E assim começa mais um torneio em Dragon Ball Super. Este provavelmente será o último arco, considerando que o final está previsto para junho.

PS: Gostei bastante do novo tema de encerramento da série. Seu título é "Genkai Toppa x Survivor", cantado por Kiyoshi Hikawa. Só que o atual tema de encerramento, "Aku no Tenshi to Seigi no Akuma", da banda THE COLLECTORS, ainda não sai da minha cabeça. Esta é a minha música favorita de Dragon Ball Super até agora.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Tsuburaya inverte a cronologia na série de Ultraman Zero

A primeira aparição cronológica de Ultraman Zero (Foto: Reprodução/Ultra Channel)

Neste fim de semana foi ao ar o final da saga de A Vingança de Belial na série Ultraman Zero THE CHRONICLE. Este foi o segundo filme focado no filho do cinquentão do ano, o Ultraseven e foi lançado no Japão em 2010 (e lançado no Brasil em DVD pela Focus Filmes, além de passar nos canais Max, Netflix e Looke). A partir da próxima semana segue o mesmo formato episódico de filme. E a próxima saga será o filme Mega Batalha na Galáxia Ultra. Só que aí é entranho porque este filme de 2009 (também lançado no Brasil pelos mesmos meios citados acima) acontece antes de A Vingança de Belial.

Não dá pra entender o motivo da Tsuburaya ter invertido a ordem. Teria mais sentido com a cronologia correta.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

TokuDoc responde sobre mal entendido com cotonete e bicho preguiça

Danilo na edição do News desta sexta (10) (Foto: Reprodução/TokuDoc)

Na edição anterior do TokuDoc News, meu amigo Danilo Modolo deu uma puxada de orelha para quem vive reclamando de não ter novas séries tokusatsu e assiste tais séries num YouTube da vida. Obviamente ele se referia a exibições não-oficiais de séries legalizadas no Brasil. Naquele momento se instaurou um mal entendido e parte do público achou que Danilo estava contra as fansubs (detalhe: o termo nem foi mencionado no vídeo de janeiro) e coisas do tipo. Faltou atenção de quem se apressou pra julgá-lo.

Ele replicou a tal polêmica com seu bom humor de sempre e muita transparência. É fato que boa parte dos fãs brasileiros de tokusatsu acabam não aderindo a materiais oficiais. Em tempo, o quadro está dando sinal de mudança e vários sites de download estão deixando de disponibilizar materiais legalizados - no Brasil - sem permissão. Agora focando em materiais que não tem mais direitos por aqui e também nos que nunca tiveram. O que é justo pra todo mundo e isso com certeza dará sinais positivos.

No final desta última edição, Danilo estendeu a mão para as fansubs e se ofereceu a fazer mais um vídeo de indicações de séries inéditas. O legal é que o pequeno debate esclareceu muita coisa, derrubou mais esse mito e abriu a mente dos espectadores do canal sobre a valorização do estilo que a gente tanto gosta. Tivemos uma "invasão" de um bicho preguiça e teve até cotonete. Um lance ótimo e descontraído. Entendedores entenderão, né?

E segue a vida de boa e sem desavenças como nossos heróis sempre nos ensinaram.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Sato Company lança canal oficial de tokusatsu

Jaspion e MacGaren ganham nova opção oficial no Brasil

Uma grata surpresa da Sato Company para os fãs de tokusatsu. A distribuidora lançou nesta sexta (10) um canal oficial via YouTube dedicado exclusivamente às séries do estilo. No canal Tokusatsu TV você encontra oficialmente episódios de National Kid, Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya e Jiban.

Além de você escolher episódios destas séries para assistir quando quiser, o espectador pode acompanhar um live com uma maratona de cinco horas de duração, que acontece todas as sextas a partir das 11h da manhã.

Veja aqui para se inscrever gratuitamente no canal (clicando no botão vermelho).

Assista a maratona:

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Kiba Ranger como antecessor de Justin? Era só o que faltava

Dá pra dizer que ele tá crescido?

Se você acompanha as novidades das séries tokusatsu deve saber que em Kyuranger, o novo Super Sentai que estreia no domingo que vem, tem mais dois integrantes confirmados para os próximos meses. Um deles atente pelo codinome Sky Blue e será uma criança que cresce ao se transformar. Assim como Justin, o azul de Power Rangers Turbo (série de 1997).

Pois bem. Eis que nas redes sociais surgiu uma confusão entre parte do público que diz que Kiba Ranger - de Dairanger (1993) - foi o primeiro herói mirim a crescer ao se transformar. Não sei se essa parte do público assistiu mesmo Dairanger pra afirmarem tal absurdo.

Na realidade ele não cresce e continua do mesmo tamanho. O dublê de Kiba Ranger é Minoru Watanabe. Ele tem 1,58m de altura. Praticamente a altura de uma criança de 12 anos, idade do ator Hisashi Sakai quando vivia Koh/Kiba Ranger (que tinha 10 para 11 anos).

Em tempo: Justin é historicamente o primeiro Ranger criança a se transformar em tamanho adulto. Quanto ao Koh, é o primeiro Ranger criança e somente isso. Um pouquinho de pesquisa faz bem antes de falar qualquer coisa por aí na net.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Repentinas reprises de Cavaleiros e Dragon Ball na Rede Brasil ainda são furos que não convencem ninguém

Evê Sobral e convidados (Foto: Reprodução/Rede Brasil)

No começo desta semana a Rede Brasil "resetou" as exibições de Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z. Ambas são exibidas na faixa das oito da noite via Rede Brasil. E quem estava esperando o desfecho das respectivas sagas das 12 Casas e de Ginyu teve que se contentar em ver as séries desde o início mais uma vez. A comoção foi tanta que a Rede Brasil teve que esclarecer na noite de terça, durante o programa do Evê Sobral, sobre o caso.

Lá foi alegado que as reprises foram exigências da própria Toei Animation. Não vou e nem quero entrar no mérito da questão de quem foi que partiu a ideia. O problema é que, seja do canal ou do próprio estúdio japonês, a decisão é obscura demais. Ainda que houvessem comparações com temporadas de séries americanas e com a velha tradição a la Manchete em parar uma série em andamento para voltar ao começo, isso não convence.

Quem acompanha o formato da TV japonesa sabe que isso é bastante incomum. Toda reprise que começa nos canais de lá seguem até o fim. Tudo bem que no Japão as exibições costumam ser semanais (e não diários como é cultural no Brasil). É só ver, por exemplo, a atual reprise de Dragon Ball Z no canal metropolitano Tokyo MX. Por lá é exibido um episódio a cada terça-feira (também em horário nobre e bem mais tarde) desde julho de 2013. Atualmente está no episódio 184 e não deve parar pra voltar ao início de tudo. Muito pelo contrário, a previsão pra acabar é para o início de 2019. Junto com DBZ acontece uma dobradinha com as séries Gundam, que são substituídas por reprises de outras séries da franquia assim como acontece com as novelas.

Falando em reprise, foi mencionado no programa que isso tinha sido avisado. Só que se não me falha a memória, Evê Sobral deu a entender naquele programa comemorativo de outubro passado que as reprises seriam em horário alternativos e que estas poderiam entrar na programação. Não se falou em voltar ao início como acontecia na Manchete.

Seja lá de quem partiu essa ideia, a novela das inesperadas reprises começou com aquele furo clássico de roteiro que não convence nem uma criança de cinco anos. Vai entender, né?

PS: Marcos Tolentino, de boa, eu tenho o que fazer e pago minhas contas. Só pra constar. ;)

PlayTV mostra que TV brasileira não é um mar de rosas

Yu-Gi-Oh! é uma das atrações do canal

Além da Rede Brasil, que exibe uma dobradinha formada por Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z, a PlayTV vem sendo um dos poucos canais da TV brasileira a exibir anime. O canal informou ao site ANMTV sobre o futuro de sua programação quanto às animações japonesas e disse que vai continuar investindo neste tipo de produto ao longo de 2017. Na mesma oportunidade, o canal também falou sobre as dificuldades de investir em novos títulos.

O empecilho são as próprias distribuidoras que cobram alto pelo produto. A PlayTV afirmou que está tentando negociar uma nova série, porém detalhes não foram divulgados. A dificuldade ainda é maior por conta da falta de interesse de outros canais. Ou seja, as chances de vermos novas séries dos Cavaleiros como Omega e Alma de Ouro em canais como Globo, SBT, RecordTV, Band e RedeTV! são remotas.

A questão é que muitos fãs de anime e tokusatsu ainda tem a ilusão de ver sua série de anime e tokusatsu fácil fácil na TV aberta como nos anos 80 e 90 e não é bem assim hoje em dia. É o que eu já falei outras vezes neste blog e volto a afirmar: a própria TV aberta tomou seu próprio rumo. Mais programas nacionais são investidos e menos enlatados na programação. Além da restrição da propaganda infantil ser um problema.

As alternativas são o streaming e o home-video que dão mais liberdade e poder de escolha ao espectador. Claro, isso não tira o mérito da TV brasileira nem minimiza a história desta mídia. Mas é preciso ter a mente aberta pra entender que os tempos mudaram e não adianta mais esperar tanto pela TV brasileira como antigamente. Aliás, o mercado nunca foi fácil.

Ainda assim, é louvável o empenho da PlayTV em manter o interesse pelas animações japonesas e levar de forma oficial nas telinhas. E que ótimo esse esclarecimento.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Estratégia da Rede Brasil em reprisar Cavaleiros e Dragon Ball desde o começo é caduca

Saga de Ginyu vai sofrer um suplício de três meses para conclusão

Tá certo que nos tempos da saudosíssima Rede Manchete se tinha a tradição de para a série em determinado momento da série e voltar ao início da mesma. Foi assim com Jaspion, Changeman e especialmente com Os Cavaleiros do Zodíaco. Essa jogada de marketing é velha e ambígua. Ou seja, além de ultrapassada, é uma via de mão dupla que segura audiência ao mesmo tempo que satura o produto e sua imagem.

E a Rede Brasil resolveu adotar essa mesma estratégia com as reprises de Dragon Ball Z e Os Cavaleiros. No ar desde o último dia de outubro na programação noturna do canal (desta vez de forma oficial), a dobradinha voltou ao início nesta segunda (6). Tudo praticamente do mesmo jeitinho: aviso em cima da bucha. Só que agora com aquela desculpa de "manter a tradição".

Tem quem aceite de boa, mas também tem o público que não pediu por isso e vai esperar mais três meses pra ver a conclusão das sagas das 12 Casas (faltam 3 episódios) e do Capitão Ginyu (faltam 2). 

Hoje em dia esse tipo de coisa não rola e a tal "tradição" é coisa do passado. Se fossem séries inéditas no Brasil e que estivessem em fase de dublagem, tudo bem. Porém ambas são bastante conhecidas pelo público e mereciam uma sequência sem essa interrupção nonsense. Bola fora.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O que aprendemos com as lendas urbanas da tokunet brasileira

Na lógica dos mancheteiros, Ultraseven X nunca passou no Brasil

O ano 2016 passou, tivemos vários lançamentos relacionados a tokusatsu, e 2017 começou com certo receio devido ao feedback de alguns destes materiais. As últimas duas semanas (e alguns dias) foram de debates um tanto acalorados sobre o atual mercado que atua fora da TV brasileira (exceto Power Rangers no Cartoon Network). Nesse meio tempo, aprendi algumas lendas urbanas que (ainda) são empurradas goela abaixo na nossa querida, amada e esdrúxula tokunet:

- Não temos mais tokusatsu no Brasil desde a exibição de Ryukendo.

  • Esta não é a última série tokusatsu no Brasil. Tivemos mais lançamentos inéditos via streaming e até em DVD.

- Tokusatsu legendado é um mais no mesmo.
  • Os americanos e os europeus, por exemplo, assistem séries legendadas e dubladas sem problemas e por meios oficiais. A birra é só e somente brasileira.

- Tokusatsu nunca mais vai voltar ao Brasil.
  • Exagero. Power Rangers também é tokusatsu e está há mais de 20 anos no mercado internacional. Se procuras uma série japonesa do estilo, dá pra encontrar muito mais aqui neste guia.

- Tokusatsu no Brasil só existe dublado.
  • Também não é pra tanto. No auge de Jaspion e cia, nos distantes anos 90, tivemos o filme Lady Battle Cop lançado em VHS apenas na versão legendada. Sem contar que na mesma década tinha anime passando sem dublagem, com legendas e não tinha o mimimi como se vê hoje nas esquinas das redes sociais. Quem assistia, por exemplo, o bloco Japanimation, do canal pago Multishow, deve saber exatamente do que estou falando.

- Power Rangers não é tokusatsu.
  • Como disse acima, é tokusatsu. Te recomendo acompanhar esse bate-papo que tive no blog Sushi POP, do mestre Alexandre Nagado, exatamente sobre isso. Leia com atenção, mente aberta e deixe seu fundamentalismo de lado.

- Os "tokusatsus" da Manchete são melhores que os mais antigos e os novos.
  • Sou da geração Manchete, com muito orgulho, mas gosto de tokusatsu em geral. O que me faz correr atrás de séries mais antigas, recentes e novas. Tem muita coisa boa além do que passou na saudosíssima emissora dos Bloch, galera. Ah, é preciso que se diga que tokusatsu sempre foi e sempre será no SINGULAR. Fica a dica.

- Black é o melhor Kamen Rider.
  • Confesso que esse é um dos meus Riders favoritos, mas dá pra curtir outras séries sem dor de cotovelo.

- Os novos Riders são gays.
  • Puxa, vida! Que homofobia é essa, hein? Você curte os Riders pela trama ou pela sexualidade dos heróis? Santa babaquice, Batman!...

- Ultraman é tosco. Tem monstros de borracha e maquete.
  • Jaspion e Changeman, por exemplo, são toscos, tem monstros de borracha, utilizam maquetes, e nem por isso tem histórias ruins. O mesmo vale para o guerreiro de M-78 e muitas séries mais antigas das décadas de ouro. Aliás, considero Ultraman obrigatório pra quem quer verdadeiramente entender a essência do tokusatsu. É equivalente ao Star Trek e Star Wars do gênero. Então pode queimar sua língua tranquilo e sem medo de ser feliz que você vai se emocionar. Não vai se arrepender. Bom divertimento.

- Jamais tivemos uma DVD-box com séries inéditas de tokusatsu.
  • Serve filme? Nos últimos anos tivemos o filme tokusatsu de Fantomas (leia mais aqui) e uma box chamada Godzilla - Origens que trouxe pela primeira vez no Brasil o primeiro filme da criatura-mor do tokusatsu, sua adaptação americana (Godzilla, King of the Monsters) e também americano O Monstro do Mar (lançado por aqui há décadas).

- Se não passou na Manchete, não presta.
  • Qual foi a base de análise dessa afirmação, hein?

- É fácil assistir tokusatsu no YouTube.
  • Até que a Toei e outra produtora mandem tirar do ar. Você encontra canais OFICIAIS como da nossa mencionada "toda-poderosa" e também da Tsuburaya onde atualmente podemos assistir as séries Triple Fighter, Redman e Ultraman Zero THE CHRONICLE.


- Os seriados da era Manchete fariam sucesso na TV aberta.
  • Não esperem um terceiro boom, pessoal. Os tempos são outros. Mas o hiato da Wow! Play a partir do mês que vem (ainda não é o fim do canal) pode ser um reflexo de que nem os mancheteiros de plantão apoiaram suas próprias séries favoritas e não dariam nem se fossem pra TV aberta. Ah, fica difícil passar uma série tokusatsu violenta na TV aberta em tempos de "politicamente correto" e Conanda. O streaming e o home-vídeo são as alternativas e o nicho vive em plena paz.

- Haim Saban é o cara que impede a vinda de novas séries tokusatsu no Brasil.
  • Zyuranger, Dairanger, Kakuranger, Ohranger e agora Carranger estão oficialmente nos EUA em DVD. E vão chegar mais Sentais (legendados) por lá, os fãs gringos vão consumir, enquanto você chupa o dedão achando que "não passa mais tokusatsu no Brasil" por causa do pai dos Rangers. Se atualize!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Super Sentai vai completar 20 anos nas manhãs de domingo da TV Asahi

Kyuranger estreia em fevereiro no Japão

Esta marca jamais foi alcançada por uma franquia tokusatsu na TV japonesa. Kyuranger estreia logo mais no dia 12 deste mês pela TV Asahi, na habitual faixa dominical das 7h30 da manhã. Além de inovar os elementos, a nova série irá marcar duas décadas de Super Sentai num mesmo horário. 

Desde o dia 6 de abril de 1997, a franquia é exibida nas manhãs da emissora. A mudança ocorreu durante a exibição de Megaranger (versão que deu origem ao Power Rangers no Espaço). Até o episódio 7 desta série, a franquia Super Sentai era exibida às sextas-feiras das 17:30 às 17:55. Desconsiderando os intervalos comerciais, cada episódio na íntegra tinham apenas 20 minutos. Esta redução aconteceu desde o episódio 9 de Dynaman - em abril de 1983.

É preciso que se diga que esta é a quarta faixa das séries Super Sentai. Ou seja, ao longo do tempo tivemos outros horários. Veremos abaixo e comparando com outras franquias tokusatsu da Toei Company:

Super Sentai

NET→TV Asahi - sábado/19:30~20:00
5 de abril de 1975 - 24 de dezembro de 1977 (2 anos e 9 meses)

  • Gorenger e JAKQ
TV Asahi - sábado/18:00~18:30(18:00~18:25 desde 2 de abril de 1983)
3 de fevereiro de 1979 - 30 de setembro de 1989 (10 anos e 8 meses)

  • Battle Fever J - Turboranger #31
Nota: Redução de 5 minutos a partir do episódio 9 de Dynaman

TV Asahi - sexta-feira/17:30~17:55
6 de outubro de 1989 - 28 de março de 1997 (7 anos e 6 meses)
  • Turboranger #32 - Megaranger #7
TV Asahi - domingo/7:30~8:00
6 de abril de 1997 - atualmente (cerca de 20 anos)
  • Megaranger #8 - 
Nota 1: Acréscimo de 5 minutos por episódio.
Nota 2: Primeira meia-hora do bloco Super Hero Time desde 28 de setembro de 2003 (Abaranger #31); e segunda meia-hora do bloco Nichi Asa Kids Time de 4 de março de 2007 (Gekiranger #3) a 6 fevereiro de 2011 (final de Goseiger).


Kamen Rider

NET - sábado/19:30~20:00
3 de abril de 1971 - 29 de março de 1975 (4 anos)
  • Ichigô - Amazon
Nota: Após o final de Amazon, Gorenger estreou no sábado seguinte. Stronger foi exibido no canal TBS, também no sábado seguinte.

TBS - sábado/19:00~20:00
5 de abril a 27 de dezembro de 1975 (9 meses)
  • Stronger
TBS - sábado/19:00~19:30
5 de outubro de 1979 - 27 de março de 1981 (1 ano e 6 meses)
  • Skyrider - Super-1 #23
TBS - sábado/7:00~7:30
11 de abril a 26 de setembro de 1981 (6 meses)
  • Super-1 #24-final
TBS - domingo/10:00~10:30
4 de outubro de 1987 - 24 de setembro de 1989 (2 anos)
  • Black e Black RX
TV Asahi - domingo/8:00~8:30
30 de janeiro de 2000 - atualmente (17 anos)
  • Kuuga - 
Nota: Segunda meia-hora do bloco Super Hero Time desde 28 de setembro de 2003 (Faiz #35); e terceira meia-hora do bloco Nichi Asa Kids Time de 4 de março de 2007 (Den-O #6) a 6 fevereiro de 2011 (Ôzu #21).


Metal Hero

TV Asahi - sexta-feira/19:30~20:00
5 de março de 1982 - 27 de dezembro de 1985 (3 anos e 10 meses)
  • Gavan - Jaspion #34
TV Asahi - segunda-feira/19:00~19:30
6 de janeiro de 1986 - 14 de setembro de 1987 (1 ano e 9 meses)
  • Jaspion #35 - Metalder #24
TV Asahi - domingo/9:30~10:00
4 de outubro de 1987 - 26 de março de 1989 (1 ano e 6 meses)
  • Metalder #25 - Jiban #9
TV Asahi - domingo/8:00~8:30
2 de abril de 1989 - 24 de janeiro de 1999 (9 anos e 10 meses)
  • Jiban #10 - Robotack
Nota: Moero! Robocon, a primeira obra póstuma de Shotarô Ishinomori, foi exibida entre 31 de janeiro de 1999 a 23 de janeiro de 2000. Servindo de transição entre os Metal Heroes e os Heisei Kamen Riders neste horário.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

No Brasil, os Power Rangers serão o futuro do tokusatsu

Os Rangers continuarão firme e forte no mercado brasileiro

Parece que a tentativa do tokusatsu vingar comercialmente por aqui está dando sinais de fracasso. Sinceramente eu espero estar errado, mas é o que se vê por boa parte do público que prefere baixar suas séries (legalizadas) ao invés de buscar os meios oficiais. É um assunto chato que não queria mais ter que escrever e que me deixa cansado.

Obviamente não são todos. Existem os fãs que realmente apoiam e fazem sua parte. Mas a chamada "lei de Gerson" parece continuar insistir e pode insistir mais ainda nos próximos anos com a falta de importância. O canal de streaming Wow! Play entrará em hiato a partir de março e com ele Jaspion e cia, que serviram de carro-chefe do catálogo. Não só de passado se vive o tokusatsu. No streaming brasileiro pode-se encontrar várias séries Ultra. Tem quem apoie? Sim, como também tem quem inventa desculpas para não correr atrás - por "não ser da Manchete", por "não ter dublagem", por "não passar na TV aberta" e mais desaviso afora.

Talvez no futuro fique mais difícil de encontrar uma série tokusatsu autêntica aqui no Brasil pela falta de feedback e também pela própria pirataria. Quem deve sobreviver mesmo é a franquia Power Rangers, por ser ocidental e ter custos mais baratos que uma produção japonesa. E nem adianta chorar depois e querer satanizar a Saban por não vir mais tokusatsu no Brasil. Lá nos EUA os DVDs das séries adaptadas estão vendendo bem. Aqui poderia? Sim, mas teria aquele velhas desculpas como de "ser caro" e de "não ter dublagem" e "tenho essa série baixada".

É, amigos. Parece que daqui a dez anos o futuro do tokusatsu é não ter futuro. Power Rangers continuará representando o estilo no Brasil, amando ou odiando os heróis multi-coloridos e independente de vir ou não mais séries inéditas. Antes de acusar Haim Saban sem pesquisa alguma, agradeça a quem contribuiu com a pirataria nos tempos de streaming. As séries tokusatsu japonesas poderão fazer falta mais uma vez.

Perdem os brasileiros pelo relativismo, ganham os americanos pela educação e união. Cada país tem o que merece.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Nem a volta dos clássicos da Manchete fez sucesso no Brasil

O ninja Jiraiya

No post anterior comentei sobre o hiato que o canal de streaming Wow! Play fará a partir de março. Foram vários os fatores que levaram à triste impopularidade do serviço lançado no meio do ano passado pela Sato Company. Um dos problemas foi a aposta em séries antigas e de muito sucesso na extinta Rede Manchete como Jaspion, Changeman, National Kid, etc.

Agora venhamos e convenhamos: nem a volta destas séries garantiram sucesso. Ficou cientificamente comprovado que o próprio público, que outrora clamava pela utópica volta da Rede Manchete nos tempos das velhas comunidades do Orkut, não deu o braço a torcer.

Tem a questão do apelo de apoiar os serviços oficiais, mas como tinha dito no texto anterior, estes clássicos estão saturados. Entenda, nada contra as séries ou ingratidão de minha parte. O problema é que a imagem (ou memória) da era Manchete está muito desgastada em boa parte da tokunet brasileira. Para momento atual, o nicho carece de novos conteúdos. E é justamente o que a Netflix e a Crunchyroll vem investindo quando se trata especialmente sobre tokusatsu.

Não faltam novos títulos no Brasil, mas sempre tem aquela turma que prefere os clássicos da Manchete do que qualquer outra época. Nem mesmo esta fatia do nicho aderiu aos aclamados clássicos. Imagine se voltassem à TV aberta, né? Difícil entender o que o público saudosista quer de verdade.