terça-feira, 29 de novembro de 2016

Tsuburaya revela novos detalhes sobre o spin-off de Ultraman Orb

As origens de Orb serão reveladas após o Natal

Não é de hoje que se falava de um spin-off do Ultraman Orb pelo canal de streaming Amazon Prime Japan. Agora finalmente detalhes são revelados. Ultraman Orb: The Origin Saga estreia no dia 26 de dezembro e a cada semana, todas as segundas-feiras, um novo episódio de um total de doze. Até o momento estão confirmados legendas em inglês e em alemão. Nada de vir ao Brasil por enquanto.

Esta prequel vai contar as origens de Gai Kurenai (o alter-ego de Orb) e de Juggler, que jamais foram contadas na série de TV e sempre foram mistério. Hideo Ishiguro e Takaya Aoyagi retornam aos seus respectivos papeis. A direção é de Kazuya Konaka e o roteiro de Yuji Kobayashi. Ambos já trabalharam em séries e filmes Ultra.

E pra entrar no clima, a Amazon Prime lançou para seus assinantes as séries Ultraman, Ultra Seven, O Regresso de Ultraman, Ultraman Ace, Leo, 80 (Eighty), Gaia, Cosmos, Nexus, Max, Mebius, Ginga, Ginga S, X e Orb. Além dos filmes Ultraman Story, Zearth 1 e 2, Tiga & Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz, Cosmos First Contact, Cosmos 2: Blue Planet, Zero: A Vingança de Belial, Saga e os dois filmes de Ginga.

Ultraman Orb é exibido no Brasil pelo canal de streaming Crunchyroll. Um novo episódio sempre aos sábados a partir de 1h da manhã (de Brasília). Na mesma plataforma podem ser encontradas algumas destas séries citadas. Não deixe de conferir o guia atualizado do Ultraman aqui.

Veja o pôster de Ultraman Orb: The Origin Saga que traz o herói numa forma vermelha:



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Audiência de Cavaleiros e Dragon Ball ainda é insuficiente

Goku e seus amigos ainda estão abaixo da média

Há alguns dias atrás comentei aqui no blog sobre a baixa audiência de Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z na Rede Brasil. Na primeira semana ambas as séries marcaram respectivamente média de 0.4 e 0.2 pontos - em média. Lembrando que estes números são referentes apenas à Grande São Paulo - e não em todo o Brasil como muita gente andou confundindo por aí. As informações são do Portal 4 (caso tenha dúvidas sobre a fonte, o autor é Guilherme Beralto que já passou pela RedeTV!).

Agora surge uma nova informação que Seiya e seus amigos tiveram um aumento de 54% de audiência e marcou uma média de 0.57 pontos entre 21 e 24 de novembro. Já Goku e sua turma marcaram 0.49 pontos neste mesmo período.

Apesar do aumento considerado, os números ainda são medíocres e poderiam fazer bonito. Cavaleiros e Dragon Ball eram pra marcar pelo menos uns 2 pontos. Nos tempos do extinto bloco TV Kids, da RedeTV!, a audiência bateu 5 pontos de audiência. Sendo que a média do canal costuma marcar 3 pontos.

Parece que a Rede Brasil está se contentando com pouco, mas a audiência bem que podia melhorar já que muita gente clamou pela volta dos animes na TV brasileira de forma oficial e no horário nobre, né?

domingo, 27 de novembro de 2016

Alexandre Nagado sofre ataque de ódio na internet

Nagado com o Ultra Olho de Ultraseven (Foto: Divulgação/Tatisatsu)

Neste fim de semana Alexandre Nagado, ex-redator das revistas Herói e do site Omelete, foi vítima de um injusto ataque de ódio na internet por um tal de Glauber Gleidson que postou em um grupo no Facebook sua revolta contra Nagado e com prints de sua conversa com ele pelo Twitter:

"Alexandre Nagado é o senhor da verdade absoluta em humilhar artistas amadores. Este senhor se julga o grande hokage do mangá nacional ao se considerar o Deus do Mangá no Brasil. Anos 1990 só ele se destacava porque não havia concorrência. Pasados 20 anos, sua mentalidade mesquinha e desprezível para com iniciantes. Não sei como a ABRADEMI - e tantos conluios - Fazenão abre os olhos para nós, o proletariado, os excluídos, os "leprosos" que deixam de dormir, de comer alimentando um câncer malígno chamado "mangá".
Neste quase 20 anos de cultura pop japonesa no Brasil, era para haver renovação no segmento. Houve? Porra Nenhuma. Muitos desenhistas de mangá hoje se conerteram ao protestantismo, casaram, viraram políticos do PT, executivos de empresas de consultoria para pagar contas de água do SAAE (ou Sabesp), luz, telefone, celular, taxa da escola particular dos filhos aborrescentes. Sonhar no Brasil é gratuíto. Frustrar-se com os sonhos gratuítos é caro. Digo isso que é mais fácil ser pastor, político PTista (meus sinceros respeitos aos meus amigos militantes do Partido dos Trabalhadores), contrabandista do que artista. Sem falar que pessoas sem o menor pingo de sensibilidade e generosidade matam os sonhos e o talento dos mais pobres que alimentam utopias pessoais. Vi muitos desistirem e se perder as aventuras da vida comum.

Ele - e muitos como ele - acha que o brasileiro não precisa de artista, não precisa de cultura; ele já consome cultura enlatada importada já pronta. Não precisa se sacrificar para fazer um bom livro, ou uma boa série de quadrinhos. E este senhor acha que nós, pobres e pretos não temos competência intelectual para fazer bons livros, boas filmagens, boas canções. Faltam homens que ensinem o melhor caminho a seguir. Sobram canalhas que pisoteam em nossa dignidade e cospem em nossas feridas.


Quem não tem voz, que me siga! Antes berrar na orelha dos burgueses do que gemer de frustração de barriga vazia. Faremos a revolução!
"


O textão odioso de Glauber


Esse é mais um episódio de "hateria" na internet. Infelizmente há pessoas que estão começando ou percorre a estrada há vários anos e não tem humildade em aprender e ouvir críticas (mesmo que sejam construtivas). Isso ajuda a melhorar em qualquer trabalho. De modo bem particular, quando comecei no rádio eu aprendi que ninguém sabe de tudo a não ser Deus. Até na velhice iremos aprender coisas novas. O mesmo vale pra quem ainda não enveredou para o lado profissional. Nagado apenas deu sua opinião como profissional da área de quadrinhos e sem ofensa alguma. É como um professor que está ensinando o seu aluno naquele momento. Mas é lamentável que algumas pessoas - em pleno século XXI - interpretem isso como uma ofensa pessoal e acabam espalhando ódio por aí de forma patética. Crítica e calúnia são coisas totalmente diferentes e bem confundidas nas redes sociais. Todo e qualquer tipo de difamação está previsto no artigo 139.

Fica o registro do meu apoio para Nagado, um dos maiores divulgadores da cultura pop japonesa no Brasil.

PS: Recentemente o entrevistei aqui no blog onde ele fala sobre a mais nova edição do Almanaque da Cultura Pop Japonesa e mais assuntos ligados a anime e tokusatsu.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Para chegar a um final de saga feliz, Dragon Ball Super apela para o fim do mundo

Zamasu dominou geral (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Esse artifício já foi usado por Akira Toriyama na saga de Majin Boo em Dragon Ball Z. No episódio deste fim de semana, a Terra foi dominada pelas trevas no mundo de Trunks do Futuro, graças a Zamasu. Não foi aquela coisa arrastada como na série clássica, mas não deixa de ser absurda. Trunks venceu o deus e poucos minutos depois ele se reergueu e devastou tudo ao redor.

A alternativa encontrada por Goku e seus amigos foi invocar o deus Zen'oh, que julgou pela destruição do mundo antes que as trevas dominassem o universo inteiro. Isso rendeu saídas mais fáceis pra terminar a saga. Aliás, tudo poderia terminar ali mesmo com a vitória de Trunks e o resto do episódio só com despedidas. Se a saga atual foi estranha e complicada, a coisa foi mais exagerada ainda. Teve uns momentos engraçadinhos com dois Zen'ohs se encontrando e tal. No mais, o final da saga de Trunks do Futuro foi à beira do nonsense do início ao fim. E que desculpa de levar Trunks e Mai do futuro para momentos antes da invasão de Zamasu, perigando se encontrarem com outra versão do casal, hein. Espero que seja o mesmo mundo.

Na boa, essa saga de Dragon Ball Super foi bizarra e equivale a um filler. Serviu mesmo como nó no cérebro do público e não deve acrescentar muita coisa na mitologia da franquia. Que venha a próxima saga. Teremos três episódios de epílogo dessa saga que prometem ser bobinhos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ultraman Orb ainda nem acabou e Miyabi Matsuura já deixa saudades

Miyabi como Naomi em Ultraman Orb (Foto: Reprodução/Ultra Channel)

Que Ultraman Orb é ótimo isso é indiscutível. As noites de sexta-feira são sagradas pra quem acompanha a série semanalmente pela Crunchyroll. Sem dúvida alguma é a melhor série Ultra dos últimos tempos e não é a toa o seu sucesso mundial. O empenho e planejamento da Tsuburaya está dando frutos.

Mas quem deve deixar mais saudades ainda é Miyabi Matsuura. A atriz interpreta Naomi Yumeno, a chefe da SSP, que é uma personagem de extrema importância na série. Olha lá apenas pela beleza ou só pela graciosidade é meio que subestimá-la. Miyabi é mais que isso. É dona de uma interpretação ímpar e marcante. Uma das coisas mais legais é vê-la contracenando com Hideo Ishiguro, o Gai Kurenai da série. Ambos tem uma química incrível que ajudar a construir a ligação entre os personagens. Em alguns episódios Naomi rouba o protagonismo de Gai.

Dentre as atrizes das séries tokusatsu deste ano, Miyabi está no topo. Sua interpretação tem vivacidade. Não que as atrizes de Kamen Rider e Super Sentai sejam ruins. Não é isso. Elas também são boas. É que Miyabi tem um brilho diferente e talento desabrochado em apenas três anos de carreira. Já viveu a Sailor Mercury no musical de Sailor Moon, em 2013.

Miyabi é uma atriz promissora, tanto para o tokusatsu quanto para outras séries de drama. Quem sabe no futuro ela tenha a mesma importância que a Hiroko Sakurai nas séries Ultra, né?

Ultraman Zero substitui Orb nas manhãs de sábado em 2017

O filho de Seven ganha série própria

Dezembro está chegando e com ele o final de Ultraman Orb (a série também está disponível oficialmente no Brasil pelo canal de streaming Crunchyroll). E a Tsuburaya já anunciou o seu substituto. Será nada mais e nada menos que o popular Ultraman Zero, filho de Ultraseven, interpretado pelo seiyu Mamoru Miyano (a voz original de Light Yagami, de Death Note).

A partir do dia 7 de janeiro de 2017 estreia Ultraman Zero: THE CHRONICLE. Ocupando assim a faixa das 9h das manhãs de sábado pela TV Tokyo. A reprise acontece 10 dias depois pelo canal BS Japan a partir do dia 17 de janeiro, às 17h. Ao que tudo indica, esta série seguirá os moldes do extinto programa Ultraman Retsuden e deve transformar filmes e gaidens de Zero em episódios semanais. Se a fórmula vingar, deve ficar seis meses no ar enquanto uma nova série Ultra é preparada para o segundo semestre. Esta nova série do Zero também pode servir de terreno para as comemorações dos 50 anos de Ultraseven em outubro de 2017. Veja a página oficial aqui.

Não há previsão no momento de Ultraman Zero: THE CHRONICLE vir ao Brasil. Porém os filmes da trilogia Mega Batalha na Galáxia Ultra - protagonizada pelo herói - teve lançamento em vídeo por aqui pela Focus Filmes e a mesma teve passagem via streaming pela Netflix e atualmente pode ser assistida pelo Looke (veja a lista aqui). Os gaidens de Ultraman Zero também passaram pela TV paga através do canal Max (do grupo HBO).

Veja o pôster da nova série do Zero:



Veja também:

- Revisitando os Ultra filmes no Brasil #7 - Mega Batalha na Galáxia Ultra (2009)

- Revisitando os Ultra filmes no Brasil #8 - Ultraman Zero: A Vingança de Belial (2010)

- Revisitando os Ultra filmes no Brasil #9 - Ultraman Saga (2012)

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Midnight Diner é inusitado, faz referência a tokusatsu e tem participação de um Kamen Rider

O mestre do Jantar da Meia-Noite (Foto: Divulgação/Netflix)

No final de outubro passado a Netflix lançou mais um J-drama com seu selo de exclusividade (original). Agora trata-se da série Midnight Diner: Tokyo Stories, ou também mais conhecido na terra do sol nascente como Shinya Shokudô (algo como "Jantar da Meia-Noite"). Originalmente esta série possui três temporadas para a TV japonesa (inéditas no Brasil), sendo esta a quarta, lançada mundialmente via streaming. Seguindo o mesmo padrão das temporadas anteriores, esta remessa possui 10 episódios.

O protagonista é um chefe de cozinha (interpretado pelo veterano Kaoru Kobayashi) que toca todas as madrugadas sua lanchonete onde, segundo ele mesmo diz na abertura do programa, tem mais clientes do que se esperava. A cada episódio o Mestre (seu nome de verdade nunca foi revelado) narra histórias de pessoas que passam pelo seu estabelecimento. Sempre com duas pessoas que tem suas vidas cruzadas que de alguma forma estão relacionadas a um prato específico da culinária japonesa.

As tramas do cotidiano são inusitadas e contadas de forma simples, suficiente, sensível e despretensiosa. Logo no primeiro episódio da temporada aparece uma referência ao estilo tokusatsu. Era sobre um radialista que reconhece uma taxista de uma série de super-heróis da época de infância. A referência lembra o Ninja Captor, uma série setentista famosa da Toei Company. Logo o passado sobre ela e um dos atores principais do tal programa são revelados. Mas o grosso das histórias contadas em Midnight Diner são embasadas em romance, família, traição e até sobre máfia.

Voltando a falar sobre referência a tokusatsu: o ator Joe Odagiri, o Kamen Rider Kuuga da série homônima de 2000, também pode ser visto. Nas temporadas para TV ele viveu o personagem Katagiri. Aqui ele aparece em alguns episódios interpretando mais de um personagem. Vai a dica como uma surpresa pro espectador reconhecê-lo e ver como ele está 15 anos depois da série que o consagrou (apesar de sua antipatia com o estilo de monstros e super-heróis).

Curiosamente, além dessas breves referências, podemos ver um cartaz do filme do Deadpool, que teve uma estreia tardia no Japão (como praticamente todos os filmes da Marvel). No dia 5 de novembro estreou nas salas japonesas de cinema o segundo filme de Midnight Diner (o primeiro foi de janeiro de 2015). Para promover a estreia e o lançamento desta nova temporada na Netflix, o canal UHF da região metropolitana da capital, Tokyo MX, exibiu todos os 10 episódios da terceira temporada entre 25 de outubro e 4 de novembro, por volta das quatro/quatro e meia da manhã.

Não é a melhor ou a mais surpreendente série da Netflix, mas Midnight Diner é um prato cheio pra quem curte um bom drama oriental. Ah, se puder, assista entre meia-noite e sete da manhã. Você vai entender de cara.

Anime na Netflix: O Rapaz e o Monstro


Em julho de 2015 estreou nas salas de cinema do Japão a animação O Rapaz e o Monstro. Produzido pela Toho e dirigido por Mamoru Hosoda (que já trabalhou com Digimon, Dragon Ball, One Piece, etc), o filme mostra uma dupla bem improvável, mas com uma bela lição de companheirismo.

Ren é um garoto de 9 anos que um perdeu sua mãe, com quem vivia desde o divórcio de seus pais. Após fugir de casa, Ren descobre uma passagem para um mundo paralelo chamado "Reino das Feras". Neste lugar há dois rivais em potencial - Kumatetsu e Iozen - que disputam pela sucessão do Grande Mestre que está prestes a se reencarnar como divindade. Kumatetsu e Ren se conhecem e ambos não se entendem muito bem. Porém há uma forte empatia como se fossem pai e filho. A fera decide criar o garoto e treiná-lo. Assim, Ren passa a ser chamado de Kyuta e se prepara para tornar o seu sucessor no futuro e ser um lutador tão bom quanto seu mestre.

O Rapaz e o Monstro é carismático e alguns momentos tem uma pegada que lembra um pouco animações da Disney e da Dreamworks. Isso, pelo menos, na primeira metade do filme. Na segunda a trama começa a engrenar e amadurecer com a revelação de um inimigo poderoso que impressiona e dá bastante trabalho. Mudando totalmente o rumo da história, afim de mostrar o crescimento de Ren/Kyuta enquanto enfrenta o seu passado. Durante este ponto, a amizade entre Kumatetsu e Iozen é provada à superar esse obstáculo. Apesar de ser meio violento, O Rapaz e o Monstro pode ser apreciado com a família por tratar de valores inerentes. Simplesmente incrível.

Vencedor da categoria de melhor animação do ano pelo Prêmio de Academia do Japão, O Rapaz e o Monstro foi dublado pela Unidub (estúdio de Wendel "Goku" Bezerra) que mais uma vez fez um trabalho de qualidade. Apesar do nome proposto pela distribuição, a dublagem registrou o título como Filho de Monstro. Talvez esse seja a última participação de Fábio Lucindo em dublagem de animes antes de sua viagem para Portugal. O que leva a crer que os trabalhos foram realizados ainda no ano passado, logo após o lançamento japonês. Mauro Castro, que agora é o dublador brasileiro oficial de Camus de Aquário em produções recentes de Os Cavaleiros do Zodíaco (substituindo o saudoso Valter Santos na franquia da Toei Animation), interpretou Kumatetsu. Sua interpretação caiu com uma luva. Outra voz em destaque no filme é de Leonardo Camilo, o Ikki de Fênix em Cavaleiros, interpretando Iozen, o rival de Kumatetsu.

O Rapaz e o Monstro está online oficialmente via streaming pelo canal Netflix desde o dia 19 de outubro de 2016.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Nanairo Kamen quase passou nos anos 60 e seria a série tokusatsu mais antiga no Brasil

Máscara de Sete Cores

Tudo bem que as séries tokusatsu são conhecidas no Brasil devido ao boom da dupla Jaspion/Changeman, no final dos anos 80 pela extinta Rede Manchete. Mas antes disso tivemos a febre de séries clássicas do estilo como National Kid (o pioneiro em nossas telinhas), Ultra Q, Ultraman, Vingadores do Espaço, Príncipe Dinossauro, Spectreman, entre outros. O que não se sabia - ou melhor, uma informação que ficou enterrada - é que Nanairo Kamen, série produzida pela Toei Company exibida originalmente entre 1959 e 1960, seria também exibida no Brasil. Seria também a mais velha a vir pra cá.

Meu amigo Matheus Mossmann (a.k.a. Dyna Black) é pesquisador sobre tokusatsu e já passou por sites como Herói e Crunchyroll. Recentemente ele divulgou em seu Twitter publicações raras de exibições de tokusatsu no Brasil como Ultra Q, Ultraman e National Kid. Agora uma informação que foi resgatada por ele nesta quarta (16) é que Nanairo Kamen passaria por aqui devido ao sucesso do herói do planeta Andrômeda. O título obviamente seria adaptado, ganharia dublagem e ficaria conhecido como Mascara de Sete Cores. Seria a série tokusatsu mais antiga a passar no Brasil, enquanto National Kid seria a segunda.

A publicação saiu em agosto de 1964 pela revista TV Intervalo, de Belo Horizonte. Veja:

Teste de animação apresentado para Hayao Miyazaki foi insensato demais

O mestre do anime deverá voltar à ativa

Você com certeza já ouviu falar de Hayao Miyazaki, não é? Ele é um renomado cineasta que dirigiu vários filmes premiados de animação japonesa pelo seu Studio Ghibli (fundado há mais de 30 anos). Também é conhecido por seu jeitão ranzinza e polêmico. É sua caraterística, que em nada implica seu profissionalismo e carreira, é claro. São duas coisas totalmente distintas, mas que estão associadas à sua imagem.

Prestes a interromper sua aposentadoria, Miyazaki anunciou a possibilidade de dirigir um novo filme. Afim de formar um tipo de transição entre Ghibli e produções digitais, o produtor Toshio Suzuki anunciou a possibilidade de utilização de CG (computação gráfica). Miyazaki não é muito favorável, embora tenha curiosidade em novas tecnologias.

Neste domingo (13) ele participou de um programa da NHK, emissora estatal do Japão. Foi a convite do produtor Nobuo Kawakami, da Dwango Artificial Inteligence Laboratory, onde apresentou para o mestre do anime um teste feito com uma animação feita em IA (Inteligência Artificial). O problema é que o elemento usado para tal está bem longe do estilo de Miyazaki. A produção - que era de caráter experimental - mostrava um homem deformado que estava se esforçando para se movimentar. O cineasta não gostou nada do que viu e disse que não poderia assistir aquilo. Achou que fosse "o fim do mundo está próximo" e que "as pessoas estão perdendo sua confiança, sua fé".

Miyazaki tem todo o direito de se expressar e dizer o que pensa. Ás vezes ele extrapola, mas é sua maneira de concordar e discordar. Obviamente o clima ficou pesado na sala de reunião e não é pra menos. Aliás, o teste foi feito inicialmente para games de zumbis. O que está anos-luz do imaginário de Miyazaki para contar suas histórias. Faltou insensatez da produção e alguém poderia imaginar que o resultado seria bastante previsível e negativo.

Talvez seja por isso que Miyazaki queira retornar e reforçar seus ideais e valores que defende. Ele está certíssimo. Cada elemento em seu devido lugar e hora.

Veja como se deu o tal teste:


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Marcelo Del Greco merecia comandar o Senpai TV

Marcelo vestindo uma camisa do Ultraman (Foto: Reprodução/Rede Brasil)

Já falei há uns posts atrás que o programete da Rede Brasil deveria ter uma duração maior e mais proveito sobre os assuntos. A formula é batida e comentar o próximo episódio não funciona mais como antigamente. É coisa de criança e a gente sabe que Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z não são nada disso (como vários leigos ainda assim pensam).

Quem está tentando salvar o Senpai TV é Marcelo Del Greco. O jornalista que esteve na revista Herói nos anos 90 e atualmente trabalha com lançamentos de mangás pela Editora JBC agora está na Rede Brasil falando um pouco de Cavaleiros e principalmente sobre Dragon Ball. Marcelo tem experiência na área e procura diferenciar sua participação com curiosidades (de verdade) sobre Goku e cia. Outro dia ele falava sobre o significado dos nomes dos personagens dos personagens de DBZ. Nem todos sabem das referências e é bom frisar isso na TV. Não dá pra dizer o mesmo da participação de João Carlos Alves, do portal CavZodiaco, que continua retraído, falando sobre tudo o que sabemos sobre Seiya e cia e até soltou spoiler de episódios.

Marcelo Del Greco deveria estar no comando do Senpai TV. Aliás, o programa precisa ser reformulado e aumentar a duração pra 15 ou 30 minutos. Quem sabe a coisa poderia melhorar num formato de talk show ou mesa redonda sobre anime e cultura pop japonesa. Seria mais legal e menos engessado.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Veja o trailer de Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell

Scarlett Johansson como a Major

A Paramount divulgou o trailer do filme Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell. O filme estrelado pela atriz Scarlett Johansson é uma adaptação hollywoodiana do mangá original assinado por Masamune Shirow. Recentemente o filme ganhou esse título oficial no Brasil que é bem estranho. Em compensação podemos ver no trailer Johansson em ação como a Major (chamada originalmente como Major Motoko Kusanagi) e vários elementos da cultura japonesa e cybberpunk presentes. Além de várias referências à obra original. Apesar de toda a polêmica sobre a adaptação e sobre o título imposto pela distribuição brasileira, saberemos o resultado desta produção a partir de 30 de março de 2017, quando acontece a estreia nas salas de cinema do Brasil. Pelo menos isso deve atrair um público ávido por filmes de ação e ficção-científica. Assista:

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Entrevista com Alexandre Nagado

Nagado e seu novo Almanaque da Cultura Pop Japonesa (Foto: Divulgação)

A segunda edição do Almanaque da Cultura Pop Japonesa, escrita por Alexandre Nagado, é o mais novo lançamento da Editora Kimera. A primeira edição foi lançada em 2007 pela Via Lettera e serviu de copilação de várias matérias escritas ao longo da carreira do redator que já passou por várias mídias como a famosa revista Herói e site Omelete. O foco da nova edição será voltada à nostalgia de vários seguimentos da cultura pop japonesa entre os anos 60 e 90 como anime, mangá, música e tokusatsu. A diferença é que esta é uma versão ampliada e trará novos conteúdos que estão recheadas de informações, curiosidades e muito mais. A Família Ultra é um dos fortes destaques no livro.

Nagado tem um papel importante para a história da divulgação desse entretenimento. É desenhista profissional e trabalhou nos roteiros de quadrinhos brasileiros de Flashman, Maskman e Changeman (séries tokusatsu da franquia Super Sentai exibidas pela extinta Rede Manchete) pela editora Abril, nos anos 90. Na mesma época, pela editora EBAL, escreveu histórias inéditas nos quadrinhos de Sharivan, Goggle V e Machine Man (séries tokusatsu exibidas pelas emissoras Bandeirantes e Record). Em 1993, Nagado trabalhou em 15 edições da revista Street Fighter II, se tornando um dos autores que mais criou histórias em quadrinhos oficiais da famosa franquia da Capcom.

Ministrou palestras em várias cidades do Brasil em eventos ligados ao gênero. Em 2008 foi ao Japão como um dos selecionados para o Jovens Líderes, programa promovido pela MOFA (Ministry of Foreign Affairs) que serviu como parte integrante das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Entrevistei Alexandre Nagado, que fala sobre a segunda edição do Almanaque da Cultura Pop Japonesa, além de temas atuais desse universo.


Blog Daileon: O que o levou a fazer uma nova edição do Almanaque da Cultura Pop Japonesa?

Nagado: Foi por insistência do editor Vanderlei Sadrak, da Editora Kimera. Em 2010, ainda na Via Lettera, o Almanaque havia passado por uma atualização ortográfica, pois estava em vias de ser comprado para distribuição em bibliotecas de escolas estaduais. A compra acabou não acontecendo e não mexemos mais nisso. Daí, em 2015, resolvi soltar o Almanaque em formato digital, mas isso durou pouco. O Vanderlei, que é amigo do meu amigo Tiburcio (da webcomic Meu Monarca Favorito) me procurou interessado em republicar o Almanaque. Fui bem resistente à ideia, pois tinha um outro projeto de livro em mente, mas acabei topando quando ele aceitou que a edição fosse ampliada. O processo de preparação foi bem demorado, mas compensou.

Blog Daileon: Quais são as novidades que encontraremos nesta edição?

Nagado: Além da nova capa, entraram algumas matérias que ficaram de fora da edição original, por falta de espaço. São textos sobre Cybercop (extraído da Herói), Lion Man (do extinto Nihonsite) e Cavaleiros do Zodíaco – Prólogo do Céu (do Omelete). Ainda, um texto de 2015 sobre o Ultraman X para o portal UOL. Dois textos antigos, um sobre J-pop e outro sobre a revista Shonen Jump, foram trocados por outros mais recentes.

Blog Daileon: Você é um grande fã da Família Ultra e ela é um dos destaques no novo Almanaque. Pra você, qual a importância dos heróis da Nebulosa M-78 no contexto histórico do tokusatsu?

Nagado: Foram os Ultras que sedimentaram o tokusatsu na televisão. Ultraman foi um enorme sucesso, seguido por Ultraseven. São séries cultuadas até hoje e que mostram diferentes momentos do tokusatsu, com histórias excelentes que são debatidas até hoje por fãs e pesquisadores. Em termos de público de nicho, hoje eles dividem espaço com Kamen Rider, Metal Heroes e Super Sentai, as franquias da Toei. Mas em termos mais amplos, falando de cultura pop japonesa de forma abrangente, não há paralelo com as demais franquias. Ultraman é praticamente uma instituição japonesa.


Blog Daileon: Entre as décadas de 1960 e 1990, quais suas séries favoritas de anime e tokusatsu e por quê?

Nagado: Meu animê favorito de todos os tempos é a Patrulha Estelar (Yamato). Gostava das naves, do clima de heroísmo clássico, do drama e da trilha sonora, que é apaixonante. Também gosto muito de Zillion, Speed Racer, A Princesa e o Cavaleiro, Sawamu e outros. Entre os tokusatsu, Ultraman, Ultraseven e O Regresso de Ultraman têm lugar garantido. Além deles, Robô Gigante, Spectreman. Do material anos 80, meus favoritos são o Jaspion, Changeman, Maskman, Metalder, Kamen Rider Black, RX e Jiraiya. Dos anos 90, tem Jetman e Dairanger, além do Ultraman Tiga. Falar do que eu gostava em cada um daria um livro...


Blog Daileon: Como você analisa o mercado de séries japonesas pelos canais de streaming?

Nagado: É um mundo de possibilidades infinitas. O simulcast oficial e legalizado é a maior conquista em termos de mercado.


Blog Daileon: Você já ministrou palestras em várias cidades do Brasil. Conte-nos um pouco sobre esta fase.

Nagado: Realmente viajei bastante dando palestras sobre cultura pop japonesa. Passei por cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Campo Grande e Recife, para citar algumas. Cada experiência teve suas peculiaridades e minhas palestras sempre foram adaptadas ao público, fossem universitários, adolescentes ou pessoal mais velho. No SANA de 2009 (Fortaleza, CE), lembro de estar esperando a vez de entrar no palco e estava conversando com a desenhista Erica Awano. Uma garota então nos abordou com os olhos brilhando e perguntou se tínhamos vindo do Japão. É que ela tinha conhecido poucos orientais na vida e estava literalmente encantada, pois adorava cultura japonesa e estava num evento com convidados do Japão. Que não éramos nós, claro. Lá estavam o Hironobu Kageyama, o Masaaki Endo e o Hiroshi Kitadani, do JAM Project.


Blog Daileon: Nos anos 90 era possível encontrar produções japonesas apenas com versões legendadas no mercado de TV por assinatura e home-video. Hoje em dia, parte do público brasileiro que acompanha anime/tokusatsu cria certa resistência por preferir acompanhar este tipo de material apenas com dublagem. Qual sua opinião sobre o assunto? 

Nagado: Gosto de boas dublagens, mas acho que devem existir as duas opções para o espectador. Isso é liberdade de escolha.


Blog Daileon: Atualmente você trabalha como funcionário público. Existe algum segredo para conciliar o tempo de serviço com este tipo de hobby?

Nagado: Segredo não tem, mas depende do seu ritmo. Eu trabalho na área de segurança patrimonial, com horários em escalas diferentes de um trabalho “normal”, de horário comercial. Não tenho finais de semana ou feriados, mas tenho metade dos dias do mês livres para cuidar de meus projetos. Eventualmente faço freelas de ilustração ou criação de texto e roteiro, além de tocar meu blog. E ainda faço minha parte pra cuidar da casa. Sou casado e tenho duas filhas pequenas. E criamos duas gatinhas também. A vida é corrida, mas consigo brechas para fazer um pouco coisas de que gosto. Mas sinto que a vida passa rápido demais...


Blog Daileon: Você tem alguma expectativa sobre o novo filme dos Power Rangers que estreia em 2017?

Nagado: Parece que vai ter um apelo meio sombrio. Que eu não acho que tem a ver com Super Sentai, mas não quero ter visões preconceituosas. Verei sem grandes expectativas. Não sou entusiasta de Power Rangers e mesmo Super Sentai sou bem seletivo, pois é a franquia que em geral menos me interessa.

Blog Daileon: Nagado, muito obrigado por sua entrevista e deixe um recado para seus leitores.

Nagado: Agradeço demais a oportunidade e a consideração por me convidar para uma entrevista. Para aqueles que curtem cultura pop japonesa de modo abrangente, convido a conhecer meu blog, o Sushi POP. E tokusatsu é um dos assuntos mais recorrentes por lá, especialmente Ultraman. Obrigado pela atenção.

PS: Nesta segunda (7) começou uma promoção-relâmpago promovida pelo TokuDoc, do grande amigo Danilo Modolo, para concorrer a DOIS almanaques. Saiba como participar através da fan page do canal no Facebook. Não perca essa oportunidade!

Cavaleiros e Dragon Ball são fiasco como carros-chefe da Rede Brasil


Mais cedo li um texto do blog Mais de Oito Mil (sei que é de humor, mas o caso é real) onde a Mara comenta sobre a audiência de Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z na Rede Brasil. Como todos sabemos, a emissora paulista fechou parceria com a Toei Animation e vem exibindo os dois clássicos desde a semana passada. Segundo o site Portal 4, entre os dias 30 de outubro e 6 de novembro, o programa de maior audiência da Rede Brasil foi de Lucimara Parisi, com média de 0.5, com picos de 0.7.

Nesse mesmo período tivemos a primeira semana de exibição de CdZ e DBZ, entre 31 de outubro e 4 de novembro, das 20h às 21h (de Brasília). Seiya e cia está está em segundo lugar com média de 0.4 pontos. Em seguida aparece a série Perdidos no Espaço em terceiro lugar, com 0.3 pontos. Já Goku seus amigos aparece em quarto, com 0.2 pontos. Empatando com o É 10, do Décio Piccinini (ex-jurado do Show de Calouros), que aparece em quinto lugar. Os números são referentes à Grande São Paulo.

As séries de anime ainda não conseguiram ultrapassar a média de audiência da Rede Brasil. Para esses padrões, alcançar 3 pontos já seria motivo de conquista. O problema é que os episódios são antigos e foram reprisados a exaustão nos últimos 15 anos. Os números comprovam que ambas as séries estão mais que saturadas. Todo mundo já viu, sabe tudo o que vai acontecer, e nenhuma novidade até aí. Fora que Cavaleiros e Dragon Ball são temas batidos e copiosamente insistidos em eventos.

Está na hora da Toei Animation dar um descanso na (velha) imagem de Seiya e Goku e começar a pensar em trazer novos materiais dessas franquias, se ainda quiser apostar na TV brasileira. Os números mostram que apostar nas sagas clássicas é o mesmo que chover no molhado. Podem dar certo em home-video e streaming, mas na TV a coisa se complica. Tá certo que pode ter gente chorando, se arrepiando, fazendo burburinho nas redes sociais por que está passando de novo duas séries que marcaram infância, mas elas ainda são as grandes novidades dos anos 1990/2000 e não fazem mais o mesmo sucesso de antigamente. O negócio é jogar com novas séries e Cavaleiros e Dragon Ball tem hoje em dia. 

Se for pra apostar em séries antigas em horário nobre, prefiro ver um Zillion ou um Macross da vida. Essas sim estão há um tempão sem passar na TV e merecem voltar e ter mais atenção.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Toei lança Gorenger em Blu-ray box

O primeiro super esquadrão da Toei

Himitsu Sentai Gorenger, a primeira da franquia Super Sentai, será lançado em Blu-ray box em 2017, com qualidade HD remasterizada. A coleção contará com 5 volumes que serão lançados bimestralmente, entre fevereiro e outubro. Cada volume terá 3 discos cada

Criado pelo mangaká Shotarô Ishinomori - o pai dos Kamen Riders, Gorenger (sempre com E) teve exibição original pelo canal NET (atual TV Asahi) entre abril de 1975 e março de 1977. Totalizando 84 episódios. Somente a partir de 1995, esta série e também JAKQ (também criado por Ishinomori) foram incluídos como as séries pioneiras da franquia Super Sentai. Antes disso, Battle Fever J era contado como o primeiro esquadrão da franquia.

Veja a imagem do primeiro box:


Kiefer Sutherland tenta se livrar de Jack Bauer em Designated Survivor

Kiefer agora é o presidente dos Estados Unidos na TV

Enquanto 2017 não chega com a nova temporada de 24 Horas, Kiefer Sutherland garante seu lugar na atual temporada de séries americanas do horário nobre. Ele não irá retornar ao papel de Jack Bauer no mais novo revival da série do (ex-)agente da CTU. Agora Sutherland é o presidente dos Estados Unidos em Designated Survivor, nova série da ABC que está sendo distribuída mundialmente pela Netflix.

Sutherland interpreta o secretário de defesa Tom Kirkman, que se vê obrigado a assumir automaticamente o cargo mais poderoso do mundo quando o presidente e seu gabinete são vítimas de um ataque à bomba. Com várias incertezas e temendo pela segurança da sua família, Kirkman terá a difícil missão de comandar os EUA numa era de tumulto.

Aqui o ator canadense se esforça ao máximo para desassociar de alguma forma do personagem que o consagrou na década passada. Algumas nuances de Jack Bauer são perceptíveis em momentos de crise. Não é uma tarefa fácil, mas a gente terá que se acostumar a ver outro tipo de personagem. Talvez seja por esse o motivo que Sutherland saiu de 24 Horas pra não ficasse preso à imagem de um único personagem. Quem sabe Sutherland tenha mesmo que recorrer ao velho Jack Bauer em algum momento.

O interessante é que alguns nomes ajudam o espectador a não pensar em Bauer ao ver Sutherland em cena. A trilha sonora é de Sean Callery, que também trabalhou em 24. Kal Penn também está no elenco como o porta-voz da Casa Branca e já participou dos primeiros episódios da sexta temporada do seriado da Fox. Fora isso, Maggie Q (Nikita) também divide destaque.

Parece que a temática política/presidencial acompanha a carreira da família de Kiefer. Seu pai, Donald Sutherland, também esteve no elenco fixo da série Commander in Chief, onde Geena Davis se tornou - na ficção - a primeira mulher na presidência americana após uma iminência. Curiosamente são elementos que acabam se conectando de alguma forma. Irei acompanhar Designated Survivor semanalmente, tanto pela interpretação de Kiefer Sutherland (do qual sou fã) quanto pela curiosidade em ver até onde a série vai chegar. Pelo menos Kiefer está em um bom lugar que não seja o enfadonho Touch. É mais interessante.

sábado, 5 de novembro de 2016

Review: DVD-box de Ultra Seven


Pela primeira vez o blog dedica uma review sobre um lançamento em home-video. Em outubro passado foi lançado no Brasil o DVD-box de Ultra Seven. Uma das séries tokusatsu cultuadas e veneradas até os dias de hoje. Por aqui alguns lançamentos causam certo receio entre o público. Uma das razões pode atender por vir através do selo World Classics, esta misteriosa empresa que lançou por aqui séries como Ultraman e SpectremanA primeira teve como fonte o material da empresa americana Shout! Factory. A imagem incomodou boa parte dos fãs (brasileiros), pois está aquém do que pode ser visto nos materiais alternativos de divulgação que circulam há anos. Sem contar com alguns erros nas legendas em inglês. Já a segunda tem uma imagem um pouco superior que os alternativos, mas poderia ser melhor, uma vez que a Tsuburaya (ela detém os direitos dos títulos da extinta P-Productions) lançou a coleção no Japão com imagem digital.

Quando a World Classics anunciou o lançamento nacional de Ultra Seven em DVD, alguns fãs torceram o nariz antes do tempo. Muita gente criou tempestade em copo d'água nas redes sociais, a começar pela capa da coleção que é a mesma da Shout! Factory. Há quem diga que há relação com a empresa tailandesa Chayo, mas não tem nada disso. Explico melhor aqui neste texto. Afinal, não é porque tem um Seven de olhos vermelhos que você vai ver uma outra série do Seven, né?

Se você se atentar pela capa e for bem informado, deve saber que o lançamento norte-americano de Ultra Seven tem uma ótima imagem. Será que o mesmo acontece na versão brasileira? É o que vamos dissecar agora:

Capa/arte

Tanto a capa como a contra-capa vieram das matrizes da Shout! Factory. As descrições e sinopse estão em português brasileiro. Não sei se é só no meu exemplar, mas a caixa é meio frouxa se comparado a de outras coleções. Muito cuidado ao abrir e recomendo que segure sempre pela lado da abertura, por segurança. Ao abrir a digistack vemos o Seven que conhecemos (de olhos amarelos). Estas imagens internas são as mesmas das capas dos dois volumes do Blu-ray box de Ultra Seven lançados no Japão entre 2014 e 2015. São ao todo 48 episódios de 49 exibidos originalmente pelo canal TBS. Lembre-se que o episódio 12 foi banido pela Tsuburaya em 1970 e desde então não faz parte da cronologia oficial das séries Ultra. Ao ver a lista de episódios na embalagem percebe-se que faltam alguns episódios e algum título está emendado com outro. Erro de edição apenas (que poderia ser evitado). Todos os 48 episódios estão disponíveis. Veja as imagens:











Menu

Este vem com o Seven de olhos vermelhos que apresenta três opções. No último disco temos extras com curiosidades e galeria de fotos (com prints de alguns episódios). A introdução do texto das curiosidades é a mesma do Wikipédia em português. Tem algumas informações interessantes que não estão na enciclopédia virtual. Porém a explicação sobre o tal episódio banido, apesar de deixar claro que está fora de qualquer coleção oficial, não aprofunda o que levou esta decisão da Tsuburaya na época. Controverso ou não, há também uma menção à exibição (pirata) de Ultra Seven na Rede Brasil. Há mais páginas de curiosidades que não printei aqui. Veja as amostras:
















Áudio/legendas/imagem

Como todos sabem, infelizmente a coleção não inclui a dublagem clássica da Cinecastro. E por uma boa razão. É que a matriz com a dublagem completa se perdeu no incêndio da TV Record em 1992. Isso afetou até mesmo as fitas masters de outras séries tokusatsu como Vingadores do Espaço e Robô Gigante (que tiveram lançamentos recentes em DVD com áudio original). É possível ver alguns desse episódios no YouTube e até nas madrugadas da Rede Brasil. Porém são poucos e não valeria a pena deixar tudo incompleto na caixa. Aliás, sabe-se lá por onde anda o pessoal da Teleshow (a distribuidora que trouxe a série para o Brasil nos anos 70) pra negociar. É bom deixar claro que até a coleção da Shout! Factory veio apenas com áudio original (e legendas em inglês). Nada da dublagem americana da Turner, pois as masters foram devolvidas para a Tsuburaya em 2001. Por um lado, ambos lançamentos mantém originalidade de Ultra Seven e dá uma nova experiência ao público da velha guarda. Um aspecto mais cult da obra.

As legendas foram traduzidas diretamente das legendas em inglês. Quanto às legendas em inglês, não tem aqueles erros bizarros como "i" ao invés de "I" (eu), por exemplo, vistos na box de Ultraman. O problema está no disco 3 em diante onde há alguns episódios com erros de concordância na língua portuguesa. Erros esses que poderiam ser evitados.

E a imagem, hein? Então, sem mais delongas, diferente de seu antecessor, a box de Ultra Seven está com qualidade de imagem remasterizada. Portanto é a mesma da Shout! Factory (suspeitei desde o princípio). Esta mesma qualidade pode ser conferida em seu canal oficial no YouTube. Confira:


























Conclusão

Definitivamente você não vai ver um Seven tailandês -de olhos vermelhos - desferindo o Eye Slugger ou algo do tipo. Vamos assistir as aventuras do bom e velho Dan Moroboshi de sempre e com qualidade digital. Esse lançamento de Ultra Seven é digno de coleção e não pode faltar na estante dos fãs de tokusatsu. Porém as falhas nas legendas em português podem decepcionar os fãs hardcore.

E que venha O Regresso de Ultraman... se alguma distribuidora por aí lembrar que o também Jack existe.

Nota: 9.0

Dados/informações

Duração: 1140 minutos
Distribuidora: World Classics
Lançamento: 4 de outubro de 2016
Região: 4 - América do Sul e Central
Formato de áudio: Japonês 2.0 Dolby Digital
Legendas: Português brasileiro e inglês
Formato de tela: Full Frame
Número de discos: 5
Total de episódios: 48
Classificação indicativa: 10 anos

Atualizado em: 23 de agosto de 2017 (Áudio/legendas/imagem)