sábado, 23 de janeiro de 2016

Em maratona de Zyuranger, americanos mostram como ser um fã (saudável) de tokusatsu; sem saudosismo

Zyuranger ganha maratona online nos EUA (Foto: Divulgação/Shout! Factory)

Os fãs americanos de tokusatsu ganharam de presente da Shout! Factory com uma maratona dos sete primeiros episódios de Kyoryu Sentai Zyuranger (Esquadrão Dinossauro Zyuranger), . Esta é apresentada pelo expert de tokusatsu August Ragone (um grande fã de Godzilla) e outras maratonas da série da franquia Super Sentai de 1992, que deu origem ao clássico nipo americano Mighty Morphin Power Rangers devem acontecer no futuro. É possível ver a repercussão da maratona nas redes sociais.

No Twitter, por exemplo, muitos ficaram extasiados ao verem uma mini biografia do saudoso mangaká Shotarô Ishinomori (o pai dos Kamen Riders e dos esquadrões pioneiros Gorenger e JAKQ). Rolou até um anúncio oficial da série Ninja Sentai Kakuranger (Esquadrão Ninja Kakuranger) em DVD local. Fora isso, muitos fãs estão animados, comentando os episódios, identificando as cenas de ação que foram reaproveitadas e por aí vai. Por sinal, a Bruxa Bandora (Rita Repulsa em Power Rangers) é uma das personagens mais comentadas.

Isso é só uma amostra de como os fãs americanos de Power Rangers e Super Sentai sabem ser fãs de ambas as franquias sem medo, sem frescura, sem saudosismo, sem hateria, sem fanatismo, sem nada de outros problemas que nós fãs estamos carecas de saber. O problema é que a falta de informação é um câncer quase incurável na internet. Tipo: boatos, disse-me-disse e outros desconexos que são disseminados mais rapidamente do que uma informação verídica/precisa/pontual.

No Brasil, quem acompanha ambas as franquias (ou pelo menos os Super Sentais) devem saber que não houve picaretagem, não houve roubo de direitos autorais, Saban não impediu o legítimo tokusatsu de passar no Brasil e por aí vai. O choro é livre e o ódio é brasileiro. Eu sempre defendi que cada um é livre pra gostar ou não de uma determinada série. Gostar ou não de Power Rangers é um direito que assiste a cada um. E quem não gosta não tem que condenar quem assiste e criar polemiquinhas pra disputar. Uma vez eu já vi alguns dizerem "diga não a Power Rangers" como se a franquia fosse algum tipo de droga ilícita. Bobagem. Mal sabem que a Saban já tentou finalizar Power Rangers (uma dessas ainda na primeira temporada) e o resultado do fenômeno continua crescendo e vai se perpetuar por várias e várias décadas.

É fácil reclamar do que não se sabe. Eu queria ver mesmo é os fãs brasileiros de Super Sentai se unirem para mostrar interesse a Shout! Factory de que Zyuranger, Dairanger, Kakuranger poderiam passar no Brasil. Sejam no formato de mídia física ou streaming. Pra isso o mais difícil tem que ser feito primeiro: deixar o pessimismo de lado. É por essas e outras que o tokusatsu no Brasil tende a envelhecer e caducar mais e mais. True story.


Os fãs americanos estão de parabéns e dando um show morfenomenal (sim!). Duvida? Então confira um cheirinho dessa repercussão:







sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ataque dos Titãs: o pior de 2015; apenas em bizarrice

O elenco dos dois filmes de Ataque dos Titãs

Segundo a "Premiação Decepção do Ano Fiscal de 2015", da edição de março da revista HiHo, o primeiro filme live-action de Ataque dos Titãs foi eleito o pior filme do ano passado. Perdendo na sequencia para O Exterminador do Futuro: Gênesis, Ataque dos Titãs: O Fim do Mundo (a segunda parte da mesma produção), entre outros.

É um tanto estranho a listagem que saiu com alguns filmes que foram aclamados pela crítica, incluindo até mesmo Jurassic World que foi um dos filmes que garantiram recordes de bilheteria. Mas faz parte da crítica. Opiniões diferentes. O jogo funciona assim. Há mesmo quem não goste da versão cinematográfica da obra de Hajime Isayama pro vários motivos.

Ainda assim é inegável que o filme Ataque dos Titãs surpreendeu muitos fãs. Eu fui um dos que ficaram chocados e abismados com tamanho "realismo" dos próprios gigantões bizarros. Na época que o filme foi divulgado, escrevei uma resenha e lá disse que era um dos maiores dark fantasy já feitos nos últimos tempos. O maior problema da produção foi a bizarrice. Já era esperado que algum crítico (seja especializado ou não na série) torcesse o nariz para esse detalhes: titãs feios, velhos e cheios de barangas, etc. Mas isso é uma característica da mitologia de Ataque dos Titãs.

Não digo que o filme foi extremamente bem adaptado - porque não foi - e nem chegou a ser ruim. Eu diria que ficou no essencial em certo ponto. O filme surpreende pela fotografia e ousadia. Quase um filme B moderno ou algo do tipo que serviu como blockbuster local. Todo o escracho foi válido pra apresentar o que a produção queria, apesar das mudanças (autorizadas pelo próprio Isayama). Talvez Ataque dos Titãs ganhasse mais carisma de parte do público se personagens importantes da série original estivessem presentes. O rumo seria outro e quem sabe até melhor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Active Raid confunde elementos da trama e é cheio de "kawaiis"


Confesso que o que me levou a assistir o anime policial foi o visual dos mechas que lembram visualmente Patlabor e Sharivan. Esperei três episódios pra tentar entender o propósito da trama, mas a coisa parece ser mais uma desculpa (fanservice) pra mostrar maids cantando, esbanjando muito "kawaii" e coisas afim. Não que isso não seja legal ou que eu esteja fazendo um juízo disso. Aliás, isso é uma provável característica forte Production IMS (fundada desde 2014).

O problema mesmo de Active Raid é que tem protagonistas que parecem tentar chamar atenção mais pelo carisma excessivo do que contar a história em si. Tem lá os bastidores da Unidade 8, mas sempre nada tão formal. Agora, um ponto curioso é que Asami Kazari (Oscar VI) rouba o protagonismo de Takeru Kuroki e Soichiro Sena (Oscar 1 e 2, respectivamente). Os dois heróis são os primeiros a aparecerem na abertura. Só que eles parecem funcionar na trama como "máquinas de combate" ou coisas do tipo. O foco todo sobra pra Asami, que apesar da inicial falta de construção do anime, se destaca pela sua forte personalidade e sua adaptação ao novo local de trabalho.

Pode ser que Active Raid melhore com o tempo em relação ao jovem que controla os mechas. Sua participação foi significativa no episódio desta quinta (21) e quem sabe isso  venha a revelar alguma conspiração. Seria um bom elemento pra movimentar esta e a próxima temporada que estreia em julho.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Walter Jones, o primeiro Ranger Preto da Saban, já foi vilão em Power Rangers

Zack está no Brasil

Antes de se apresentar no 4 Fun Fest (de São Paulo) e no Sana Fest (de Fortaleza) no próximo fim de semana, o ator americano Walter Jones está no Brasil para tirar uns dias pra descansar. Falando numa perspectiva local, o eterno Zack Taylor, o primeiro Ranger Preto da série clássica Mighty Morphin Power Rangers, é o primeiro ator de tokusatsu a vir à capital alencarina. Quem seria originalmente era Jason Faunt, mas sua participação foi adiada para julho nos respectivos eventos, devido a uma gravação de um filme no Japão.

Alguns devem saber que Jones é dançarino profissional, fez pontas em séries do horário nobre estadunidense como Buffy, CSI: New York e Nova Iorque contra o Crime. Mas uma curiosidade que pouco conhecem e que fica em falta nos papos de roda entre fãs (pelo menos os brasileiros) é que Jones dublou dois vilões na franquia. No episódio 39 de Power Rangers na Galáxia Perdida, de 1999, interpretou o monstro Nightmare. Seu personagem prendeu Maya (Ranger Amarela) e Karone (Ranger Rosa) no mundo dos sonhos. No mesmo ano, Jones fez dupla com Austin "Jason" St. John na apresentação do especial The Lost Episode (que apresentou pela primeira vez o catastrófico piloto de MMPR).

Sua participação mais curiosa foi em 2002, no episódio 34 de Power Rangers Força Animal, conhecido como "Forever Red". Naquele mítico episódio que reuniu quase todos os atores que vivenciaram os Rangers Vermelhos, Jones dublou Gerrok. Um dos generais liderados por Venjix. Pelo nome talvez você não se lembre, mas vai associá-lo ao Green Hunter Beetleborg, da primeira temporada de Big Bad Beetleborgs, já que o traje foi reciclado. Não só o do herói, mas também de outros da versão ocidental das séries B-Fighter. Além de Jones, veteranos de Power Rangers retornaram para dublar os generais como Archie "Kai" Kao e Catherine "Kat" Sutherland.

Claro que a imagem de Walter Jones sempre estará atrelada ao rapaz que dançava até nas lutas contra os Bonecos de Massa e que tentava cantar uma garota de nariz empinado que sempre o "pisava". É um dos meus personagens favoritos de MMPR e já era de muita criança na época do auge. Carisma ele tem de sobra. Muitas expectativas e o momento promete ser morfenomenal.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Blog Daileon agora no Facebook

Desde o último fim de semana, o Blog Daileon lançou uma fan page no Facebook. A intenção é difundir os posts que saem daqui para a página na rede social. Só que na fan page sairá materiais extras/diferenciados. Como curiosidades, coisas bacanas, dicas, etc. Buscando interagir com os leitores (Independente de concordar ou descordar. A democracia será a mesma do site).

Adianto também que em breve o blog fará resenhas especiais e comemorativas de tokusatsu e algumas nostalgias de anime. Aguardem.

Curta a fan page do blog aqui, compartilhe e escolha sua opção de atualização: ver primeiro ou notificações. Nos vemos lá. ;)

TV Metrópole comete duas burradas fatais contra os Power Rangers


Semana passada eu comentei sobre o fato da TV Metrópole, da cidade de Caucaia - região metropolitana de Fortaleza-CE - exibir a primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers com episódios com som abafado. Claro que é de um material alternativo que usou imagens do DVD alemão (vide os títulos dos episódios) com a inserção da dublagem gravada nas exibições na TV brasileira.

Nesta semana o canal local cometeu mais um erro. Um não. Dois, que são praticamente a mesma coisa. Anteontem houve uma rede obrigatória de um partido político. Antes disso, a Metrópole passava o sexto episódio de MMPR. A exibição começou atrasada: por volta das 19h12. Como não há horário de verão no Nordeste, o horário político começa pontualmente às 19h30. São vinte minutos de episódio e dois ficaram de fora para cumprir com a lei.

O pior foi nesta quarta (13), quando a emissora demorou cerca de 10 minutos sem exibir nada, devido a um problema técnico. Apenas ficou sua logomarca e prefixo. Power Rangers começou nesse mesmo horário (sendo que o mais "correto" seria entrar às 19h00). O problema é que o canal passou apenas a metade do episódio. A exibição foi cortada às 19h23. Dois minutos depois foi ao ar um informativo das 19h25.

Uma total falta de respeito com o telespectador. Ou senão uma gafe astronômica em plena era digital. Mas estamos falando de uma emissora (legalizada) que exibe qualquer série e desenho sem a detenção de direitos autorais. O mais estranho nisso é que cortaram o episódio para passar um informativo de cinco minutos. E o tal não foi exibido no horário no dia anterior quando teve rede obrigatória partidária. Dá pra entender uma grade de programação assim? Depois dizem que a pontualidade americana e japonesa são apenas culturais, né?

Bom, ganha o fã que tem assinatura da Netflix e pode maratonar esta e outras séries da franquia dos "enlatados americanos fabricados no Japão" assistindo a qualquer hora/lugar e sem cortes. E com qualidade de áudio,diga-se.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Visual de Zyuohger precisa ser tão levado a sério assim?

O super esquadrão de 2016

Todo fim de ano é assim no universo do tokusatsu. Saber como será o visual do Super Sentai do ano seguinte. E não foi diferente com Dobutsu Sentai Zyuohger, que estreia no mês que vem no Japão. As opiniões estão divididas desta vez, mas sempre a gente se acostuma quando começa e presta atenção no roteiro. Eu sou daqueles que curtiram o visual diferente (apesar do peitoral ser uma estampa fácil), mas não estou empolgado com isso. O que interessa mesmo é saber como a série pode vingar ou não.

Só que nos últimos dias alguns fãs acabaram se estressando com o visual pela net. Por ser diferente e não ser uma grande evolução assim como vem acontecendo com heróis dos HQs nos cinemas. Bem, os fãs adultos tem mesmo que se importar com isso? As séries são destinadas às crianças. Quem tem que se importar e querer protestar alguma coisa são as crianças. Mas elas não vão ligar pra esse tipo de coisa. Nem nós com tão pouco, certo?

Isso não impede de alguém da casa dos 20, 30 ou 40 assistir esse tipo de programa. Até porque houve uma época em que os esquadrões tinham uma pegada mais madura. Coisa que deveria continuar hoje em dia de forma mais leve para se adaptar aos padrões da atualidade. E isso não é impossível. Go-Busters é um exemplo que não está distante.

Então. Menos, marmanjada. Não criemos pânico nem uma tempestade em copo d'água. Antes da gente acompanhar os Sentais, vamo lembrar que a gurizada curte isso de um jeito ou de outro. É só um entretenimento, uma série de TV. E não uma religião a ser exaltada. O negócio é assistir com a mente aberta e extrair o que é legal e o que é ruim nas histórias.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Power Rangers com áudio estragado na TV aberta é o pior pecado da era digital

Os Rangers falam com vozes emboladas em exibição pirata

Desde o começo da semana a TV Metrópole, de Caucaia-CE, vem exibindo a primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers, no lugar de Jiban. Não é a primeira vez que ela exibe a série dos adolescentes de Alameda dos Anjos. Ano passado o canal passou até o episódio 40 (aquele que originalmente seria o final de tudo). A exibição é daquelas feitas nas coxas e na surdina. Na pirataria mesmo. A fonte nada mais é que daquela versão que caiu na internet há tempos atrás com os títulos dos episódios em alemão.

O que mais incomoda é que o áudio da dublagem clássica brasileira é mastigada. Tão abafada que mal dá pra ouvir os diálogos. Simplesmente não dá em tempos de era digital e de Netflix (onde todas as temporadas estão lá com qualidade de som e imagem). O que esperar de uma emissora que sequer paga os direitos de exibição, né? Ainda assim é arriscado, pois a Saban Brands notificou a Rede Brasil em 2014, quando a emissora havia anunciado a exibição. Obviamente nunca aconteceu depois do problema. Será que a TV Metrópole, que é uma emissora pequena de UHF da região metropolitana de Fortaleza não está preocupada ou não tem noção do risco? Tem coisas que não compensam arriscar quando não há alcance.

Em meio aos problemas, a Metrópole exibiu Jaspion e Jiban na ordem e em horário fixo. Coisa impossível na emissora até pouco tempo, uma vez que o canal passava qualquer programa a qualquer hora e ainda por cima com episódios fora de ordem. Aliás, os dois últimos episódios do Policial de Aço foram exibidos com a dublagem da Dubrasil. Claro que a fonte foram os velhos disquinhos da Focus Filmes. Ainda assim não dá pra contar que os episódios tiveram exibição oficial. Pra todos os efeitos, o final de Jiban permanece inédito na TV.

Exibições como da TV Metrópole e da Rede Brasil não contam e não pagam o devido retorno aos detentores destes tokusatsus. No fim das contas, tudo não passa de uma transmissão de quinta categoria (embora a emissora seja legalizada).