Aguardei algumas semanas pra comentar sobre o anime Attack on Titan: Junior High (Shingeki! Kyojin Chugakko no original) pra ver se realmente a coisa me convencia. Não que eu seja impaciente ou relutante à comédias. Nada disso. A série é bem legal é é bom ver Eren, Mikasa, Armin e cia em situações improváveis às que acontecem na série original de mangá/anime. O primeiro episódio é interessante, pois faz referências ao início da saga original. Engraçado ver o Eren enfrentar o Titã Colossal por causa de comida e coisas do tipo. Referências é o que não faltam e não devem mesmo. É uma paródia. Mas sabe aquelas situações que você vê em alguns animes de comédia? Estão lá. Você tem impressão de ter visto parecido por aí. Nenhuma grande novidade. A paródia é um tanto dispensável e não deve fazer falta. Mesmo sendo bacaninha e "bonitinho". Mas tinha que ir pra TV por alguns fatores. Uma é devido ao boom do Ataque dos Titãs na TV japonesa e no mundo. A segunda é por esta versão ser uma obra autorizada por Hajime Isayama (e ilustrado por Saki Nakagawa). E a terceira é pra suprir o atraso da segunda temporada do anime original que estreia no ano que vem. Enfim, vale a pena dar uma olhada. Curioso ver os personagens em versão chibi e com as cabeças maiores que seus próprios corpos. Lembra um pouco aquele anime, o Viewtiful Joe, que passou anos atrás na RedeTV! e no Cartoon. Serve mais pra tirar os heróis do cenário frenético e até faz bem a eles. Mas nada melhor que ver a próxima temporada em breve. Attack on Titan: Junior High é daqueles programas que você tira pra espantar o estresse ou renegar e ficar com a cabeça cheia até o anúncio oficial em 2016.
Parece que não tem jeito que dê jeito na haterada de plantão. Nem uma injeção de cavalo resolveria. Por mais que os mais pacíficos e cabeças-frias tentem explicar que essa raivinha contra Power Rangers e demais adaptações americanas é uma tremenda duma bobajada, os mancheteiros puristas estão se superando a cada dia na tokunet brasileira. Eis que essa raiva gerou o pior dos absurdo. Surgiu no começo da semana um meme com a imagem dos Flashman (em forma civil) com a seguinte mensagem: "Prontos pra espancar o primeiro que chamar a gente de Power Rangers?" Esse meme nada mais é que ridículo e incentiva a violência. Nem adianta dizer que "é só uma brincadeirinha" pois nem com isso se faz. Pare um pouco e acompanhe o raciocínio: se uma criança de 7, por exemplo, chamasse qualquer Super Sentai de Power Rangers, ela teria que apanhar por não saber? Com certeza não. É mais fácil explicar, mesmo sendo meio difícil para um leigo entender do que realmente se trata. Mas se fosse um adolescente, um adulto ou mesmo um idoso que chamasse de Power Rangers, você teria coragem de espancá-lo, linchá-lo ou qualquer coisa do tipo? Então, não há mesmo como levar isso na brincadeira, pois nem os haters conseguem levar Power Rangers de boa. Sequer os mesmos tem coragem de sentar na frente da TV e analisar as diferenças entre as versões japonesas e americanas. Só vivem de pretextos, pretextos e mais pretextos e partes deles são fãs - apenas - das séries tokusatsu que passaram na era Manchete e não sabem justificar esse ódio todo. Nada justifica este tipo de meme. Quer goste ou não de Power Rangers e da Saban, é um direito que assiste a cada um de nós. Este ódio já está passando dos limites e periga partir pro vandalismo. Ou se já não estamos vivenciando isso e ainda não demos conta. Nem preciso dizer que isso é que acontece nos estádios em alguns jogos de futebol, né? Não gostaria de ver isso em eventos de cultura pop japonesa. Essa negatividade prejudica o tokusatsu e desestimula qualquer leigo a conhecer o estilo. Gente, violência é algo que pode até existir em alguma ou outra série de tokusatsu. O que não signifique que seja um apoio a um espancamento contra pessoas inocentes. Respeito ao próximo é coisa que a gente aprende desde os clássicos japoneses até os americanos. Aliás, nos tempos da primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers os atores David Yost (Billy/Azul) e Amy Jo Johnson (Kimberly/Rosa) gravaram um vídeo onde eles explicavam as diferenças entre as lutas na série de TV e a violência na vida real. É mais fácil uma criança que assiste Power Rangers aprenderem essa lição. Será que todo marmanjão adulto que assistiu Changeman na Manchete aprenderia o mesmo com toda uma revolta xenofóbica entranhada na mente? Sabe, parte dos fãs das séries japonesas parecem serem fortes candidatos ao um exército de uma facção como Al Qaeda, Hamas, Hezbollah, ETA, Taleban ou Comando Vermelho da vida do que propriamente de dos Defensores da Terra. Eis uma prova que levar qualquer tipo de entretenimento a sério, sobe a cabeça e aliena. Já dizia um velho ditado: mente vazia, oficina do capeta.
Hoje saiu no Blog Toku Force um mais um Papo de Tokufã e o convidado é este blogueiro que vos escreve. Lá falei algumas curiosidades e respondo sobre alguns temas polêmicos que foram assunto aqui neste espaço durante o ano.
Deixo aqui o meu agradecimento aos brothers Admilton Ribeiro e Venâncio Souza - os owners do Toku Force - pelo convite e pela oportunidade. Grato também aos leitores do TF que estão curtindo. Eu também sou parceiro e colaboro com notícias e conteúdo pela equipe da fan page do blog no Facebook.
Esta é a segunda entrevista que concedo. A primeira foi no final do ano passado no Blog Tatisatsu, escrito pela senpai Taty de Sousa (a quem também mando um grande abraço).
Nos idos de 2006 um título bem conhecido entre o público hardcore dos animes iria pintar nas telinhas da TV fechada. Trata-se de Ikki Tousen: Anjos Guerreiros (ou simplesmente Ikki Tousen, no original). Inicialmente a sua primeira temporada, do ano de 2003, e intitulada originalmente como Ikki Tousen: Battle Vixens (baseado no mangá de mesmo nome), estava prestes a estrear na programação do Cartoon Network. Por conta de seu conteúdo apelativo (fortes fanservices), o anime esteve engavetado por alguns anos. Bastante inapropriado para o horário vespertino do extinto bloco Toonami, mas seria ideal para o Adult Swim. A programadora Turner havia voltado atrás no final de 2008 e resolveu agendar a estreia para o canal I-Sat, em novembro daquele ano. Porém o lançamento foi cancelado. A salvação foi a Netflix que disponibilizou esta temporada entre 15 de março de 2012 e 1 de outubro de 2015, com áudios em português e espanhol. Logicamente a matriz era a mesma que seria usada na TV paga brasileira. O pano de fundo é uma "guerra" entre sete escolas situadas na região de Kantô e os alunos de cada são treinados para se tornarem lutadores e rivalizarem entre si. Suas vidas e destinos são guiados por estranhas jóias de magatama que contém espíritos dos guerreiros da era dos Três Reinos da China antiga, bem como seus destinos. A heroína principal é Hakufu Sonsaku, uma garota que se mudou para o Japão e é ingressada para a Escola Nanyo. Ela é descendente do lendário conquistador Sun Ce e é destinada a unir as escolas, mas com um lado sombrio que adormece em seu ser. Hakufu mora com seu primo Koukin Shuuyu e sua mãe Goei. Esta premissa promete uma história interessante e digna de muita ação. E é de fato. Só que, como citado acima, Ikki Tousen apela em várias situações. E não é qualquer apelo não. É do tipo banalmente sexual ou próximo a passar dos limites. Apesar de Hakufu ser uma peça-chave da trama, ela faz o tipo de loira burra (é sério!) que não tem muita preocupação na vida e sua ingenuidade atrai mal intencionados que subestimam sua força. Não são dispensadas cenas onde os seus seios balançam e sua calcinha e sutiã ficam quase sempre amostra. Fora que já foi apelidada por um de seus colegas de escola como "garota do peitão bombado". (que linguajar, hein?!) A impressão que se tem de início é que as situações são boas desculpas pra explorar um pouco da sensualidade (ou sexualidade). Até uma cena de estupro entre a vilã Ryofu e a heroína Ryomô já foi praticamente explicitada. Sem mencionar que Goei meio que ostenta de sua beleza e gosta de namorar rapazes mais novos que ela. Apesar dos pesares, Ikki Tousen tem uma boa trama e rica em conceitos. O que gera uma certa complexidade, inclusive. Mas as várias pitadas ecchi são constrangedoras. Elas diminuem mais com a proximidade do clímax nos últimos três episódios da temporada inicial. Sem tirar o mérito, Ikki Tousen tem personagens carismáticos. Mas a série em si é consideravelmente regular ou um pouco mais se garimparmos apenas o essencial da história. A primeira temporada de Ikki Tousen, cuja autoria é do mangaká Yuji Shiozaki, possui apenas 13 episódios exibidos originalmente pelo canal pago AT-X, entre 30 de julho e 22 de outubro de 2003. Estranhamente a exibição original era inapropriada: 11h30 da manhã. Mas ganhou exibição regular na temporada de outono do mesmo ano (de outubro a dezembro) nas madrugadas dos canais TVK, Sun TV, etc. A série tem mais três temporadas que permanecem inéditas no Brasil. Dragon Destiny (2007), Great Guardians (2008) e Xtreme Xecutor (2010). Todas com 12 episódios cada. Com distribuição da Ledafilms, a dublagem foi realizada pelo estúdio Uniarthe, de São Paulo-SP. Podemos conferir destaques como de Jussara Marques (a Maluca do TV Cruj) emprestando a voz para Hakufu Sonsaku. Ela é conhecida como a Pan em Dragon Ball GT e trabalhou em diversos animes exibidos na TV e no streaming. Telma Lúcia foi Ryofu Housen. Ela é conhecida como Néfer do tokusatsu Flashman, Kuririn na primeira dublagem do anime Dragon Ball e tantos outros. Os 10 primeiros episódios possuem créditos em inglês na abertura e encerramento. Porém o restante está todo em japonês. Vale citar que durante o preview de alguns episódios, acontece a repetição das mesmas cenas de um determinado episódio, mas com a locução referente ao próximo. Os temas de abertura "Drivin' Through The Night", da banda japonesa M.o.v.e e o encerramento "Let me be with you" da cantora Shela foram exibidas. Infelizmente nunca tivemos de forma oficial a música "Fate" de Masumi Asano (a voz original de Hakufu) nos episódios 8 ao 13 (que foram substituídas pelo tema de encerramento anterior). Curiosamente, Wendee Lee, a Scorpina de Mighty Morphin Power Rangers, empresta sua voz para Goei na dublagem americana. Se na época Ikki Tousen tivesse conquistado espaço na TV fechada, seria lembrado com um certo saudosismo. Seja pela trama convidativa ou pelo fanservice exageradamente fora do habitual.
Seven X deve ser o sexto Ultra nos streamings brasileiros
Segundo informações do blog Filmes Netflix, a série Ultraseven X será um dos próximos lançamentos da Netflix no Brasil. Já possível ver o link do título da série aqui e sua classificação indicativa é de 10 anos. Ainda não há data definida e nem se haverá áudio dublado em português (o que deve ser uma mínima chance por logísticas de distribuição). Confira a sinopse oficial: A organização DEUS, criada para proteger a Terra de alienígenas do mal, possui uma arma secreta: um jovem chamado Jin, também conhecido como Ultraseven X. Com isso, esta é a sexta série da Família Ultra a vir ao Brasil via streaming, sendo que a atual série Ultraman X e mais quatro fazem parte do catálogo da Crunchyroll. Ainda sobre tokusatsu no Brasil, vale lembrar que na Netflix estão disponíveis oito dos nove filmes de Ultraman lançados por aqui em home-vídeo pela Focus Filmes. É aguardado também os lançamentos de Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban, Kamen Rider Black, National Kid e o inédito Garo (distribuídos pela Sato Company). Sem mencionar que também o serviço possui adaptações americanas do estilo como a franquia Power Rangers (de Mighty Morphin até Super Megaforce) e seus spin-offs: VR Troopers e Beetleborgs. Depois dizem que não tem mais tokusatsu no Brasil, hein? Programado pra ter apenas 12 episódios, Ultraseven X era exibido nas madrugadas de sexta pra sábado na TBS e CBC. Entre 5 de outubro e 21 de dezembro de 2007, durante o cours (temporada) de outono.
Em breve na Netflix (Foto: Reprodução/Netflix/Marcos Lima)
A semana está praticamente indomável aqui no blog quanto aos Metal Heroes, depois da breve passagem de Jiraiya na última semana, na série Ninninger. Estiva conversando com alguns amigos noutro dia sobre a franquia e falei que a Toei deveria voltar com os Metal Heroes. Precisamente com os antigos. Quem me dera ser influente e dar uns pitacos lá no estúdio, hein. Mas reconheço o meu lugar de fã e espectador. Não precisa ser um fanservice a la Super Hero Taisen que arremesse os heróis para uma história qualquer pra agradar (ou desagradar) o público. Tem que ser distante disso. Bastaria manter a fidelidade e partir do ponto donde cada série parou. Incluindo recentes produções, como dos Uchuu Keiji, por exemplo. Penso que a franquia poderia ter uma sobrevida como um teste pra tentar despertar o interesse da nova geração para conhecer as séries. Claro, dentre a molecada japonesa deve haver alguns que devem ou estão acompanhando algo no Toei Channel ou até nos DVDs lançados há alguns anos atrás na terra do sol nascente. A Toei poderia lançar algo como "Metal Hero Chronicles" onde cada arco duplo fosse isolado e focado numa determinada série. Talvez uma aventura inédita dos novos Uchuu Keiji (praticamente juntos do início ao fim) e com o auxílio dos antigos Policiais do Espaço (Retsu e Den). Ou quem sabe ver por onde andaram Metalder e Jiban em suas peregrinações após o seus respectivos finais. Como está Jiraiya e a Família Yamashi lutando contra os sobreviventes da Família de Feiticeiros (Clã Youma). Isso agradaria em cheio as "viúvas" da Manchete, hein. Mas vamos mais além (já que a franquia não tinha parado por aí). Quem sabe poderia ter um arco especial para os Rescue Heroes e dando um protagonismo para os três líderes das séries Winspector (de Liuma[Ryouma])/Fire), Solbrain (de Daiki/Braver) e Exceedraft (de Hayato/Redder). Uma nova organização terrorista que desafie Janperson e Gun Gibson. Ou até mesmo alguma força maligna que encare o trio Blue SWAT. Ou alguma situação que reúna novamente as duas gerações B-Fighter. É claro que não daria pra todos os atores aparecerem, mas seria legal se quem estivesse disponível e ainda atuante aparecesse. Também aqueles que fossem essenciais em cada trama. Agora, seria mais difícil colocar Jaspion numa nova aventura, uma vez que Hikaru Kurosaki não tem mais interesse em tokusatsu. A saída seria um jovem para interpretar o Ginga no Tarzan (aquele bebê do último episódio). Spielvan poderia ficar no seu próprio tempo e encarar alguma força do mal que surgisse de lá. Outro impasse, e a que mais acirraria as discussões entre os fãs, era quanto a inclusão ou não das séries Kabutack e Robotack. Lembrando que os dois nem foram mencionados no net movie Kamen Rider x Super Sentai: Super Hero Taihen - Hannin wa Dare da?! (paródia non-canon do primeiro filme Super Hero Taisen). Mas estranhamente a série Moero! Robocon foi mencionada na lista. Sendo que esta série jamais foi oficializada na franquia e a tal primeira obra póstuma de Shotarô Ishinomori serviu de transição para o final das séries Metal Hero (concluído em 24 de janeiro de 1999) e o começo dos Heisei Kamen Riders (com a estreia de Kamen Rider Kuuga). Tá mais que na hora da Toei abrir a mente (comercial) e bolar algo do tipo. São mais de 15 anos sem algum episódio inédito regular na TV. É tempo suficiente pra se renovar. Um revival assim provavelmente agitaria o público mais velho e ganharia um novo público. Quem sabe daí não surgiria uma nova série, hein? Bem, mais é apenas uma humilde ideia que não quero viajar e tomar como verdade até que um dia se torne realidade (se acontecer). Mas seria bacana.
Takumi em sua participação na série Ninninger (Foto: Reprodução/TV Asahi)
Takumi Tsutsui contou em entrevista para o site japonês My Navi que durante sua participação no filme Tokusou Sentai Dekaranger 10 YEARS AFTER ele havia comentado - em tom de brincadeira - entre a equipe de filmagem que seria legal ter algo como um "Jiraiya 30 YEARS AFTER". Algumas semana depois, Takumi receberia um convite para participar de um episódio de Shuriken Sentai Ninninger, vigente série de Super Sentai que ocupa o horário matinal dos domingos na TV Asahi. O que Takumi menos contava era reprisar o seu papel de grande sucesso. No começo pensou que seria um personagem menor. Mas quando recebeu o roteiro, logo ficou surpreso e feliz ao saber que voltaria como o ninja olimpíada. Na mesma entrevista, Takumi contou que durante os ensaios, o ator Shunsuke Nishikawa (Takaharu/AkaNinger) veio a tropeçar e caindo enquanto carregava Takumi nas costas. Cena que foi ao ar durante o episódio. Mesmo com o joelho machucado. Nishikawa seguiu com as gravações e não reclamou. O próprio Takumi admirou a determinação do ator de 21 anos. O show tinha que continuar. Segundo nota do site da Toei Company, o uniforme preto com o símbolo do Bujinkan que Toha Yamashi (Yamaji no original) vestia durante a série é a mesma da série de 1988. O mesmo estava no depósito do estúdio. O diretor Noboru Takemoto se empenhou ao máximo para o remake da "transformação" de Toha para Jiraiya. Bem como a abertura e a cena em que Jiraiya entra no escritório. A intenção foi de mostrar algo que os fãs da série original aprovassem e curtissem. Curiosamente, nas notas do preview do episódio 34 de Ninninger, a produtora Naomi Takebe disse que a ideia surgiu na primavera (entre março e junho no Japão). Isso porque alguém teria dito - em tom de brincadeira (2) - que seria bacana colocar o Jiraiya no seriado. Alguém quem apostar quem teria sido?
O dia de hoje - 21 de outubro de 2015 - é especial e também o mais esperado do cinéfilos, principalmente para aqueles que curtem a trilogia De Volta para o Futuro. Foi na data de hoje que Marty McFly (Michael J. Fox) e Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) pisaram no nosso tempo presente. (Great Scott!) Claro, isso em outra realidade alternativa onde a tecnologia é duas vezes - ou mais - avançada que a nossa que a dos nossos próprios dias atuais. Sou suspeito pra falar sobre a franquia, pois é a minha favorita e é a produção hollywoodiana que tenho mais carinho, ao lado de Star Wars, Jurassic Park, Indiana Jones e tantas outras. Curto a trilogia pelo desenvolvimento ser minunciosamente bem detalhado. Isso é um caso a parte aos furos de previsões feitos pela dupla Robert Zemeckis (diretor) e Bob Gale (roteirista). O segundo filme, inicialmente, não estavam nos planos da Universal. Com o sucesso de bilheteria e o gancho em aberto, foi decidida duas continuações. A segunda que estreou nos EUA em novembro de 1989 e a terceira parte em maio de 1990. O segundo filme é o mais intenso de todos. Os primeiros 40 minutos da película mostram o que seria 2015 na visão oitentista. Tudo era bem exagerado e a algumas tecnologias presentes no filme foram surgindo com o tempo. As nossas aparelhagens continuam modestas ao que são mostradas em De Volta para o Futuro II. Acontecem coisas bem legais como você ir a um estabelecimento chamado Cafe 80's (Café Anos 80 nas duas dublagens) e dar de cara com uns monitores de vídeo com (os já falecidos) Michael Jackson, O ex-presidente Ronald Reagan e até o Ayatollah Khomeini. Todos eles no mesmo estilo do personagem britânico Max Headroom (cujo teve série própria exibida em 1991 nas noites de domingo da extinta Rede Manchete). Havia também a ideia tentadora de levar um almanaque de esportes para fazer apostas na época de origem e quais consequências catastróficas aconteceriam. É por causa desse almanaque que as coisas começam a desandar após a missão de salvar o filho de Marty McFly (chamado Junior) de ser preso após participar de um crime. Após uma cena eletrizante que marcou primeira aparição de um (mitológico) Hoverboard, o tempo foi alterado. Mas um detalhe chama outro para a continuidade do filme. Uma delas é quando o velho Biff Tannen faz comete uma ação para ajudar o seu próprio "eu" de 1955, que por consequência causou a sua própria inexistência. Biff descobre o DeLorean viajante do tempo e entrega a sua versão mais jovem o tal almanaque de esportes. É tão perfeito que o espectador deve prestar bem atenção em cada detalhe em volta. Inclusive na data e hora em que o velho Biff retornou de 60 anos no passado, que aparece no display da máquina do tempo. Com o tempo alterado, Marty, Doc e também Jennifer e o cãozinho Einstein retornam a uma versão alternativa de 1985, onde Biff é um grande milionário e transformou Hill Valley numa segunda Las Vegas. Mas assustador para Marty é saber que sua mãe Loraine é casada com ele e o pai George teve um triste destino. O grande desafio do filme é consertar o erro e manter tudo como estava quando Marty viajou para o futuro. Mas desafiador ainda foi para a produção. Remontar com perfeição os vários cenários da antiga Hill Valley dos anos 50. Obviamente algumas cenas foram reaproveitadas. Vale mencionar que o ator Crispin Glover (George McFly) não participou das refilmagens de 1955. De Volta para o Futuro II é mais divertido quando você assiste com a dublagem clássica da BKS. Infelizmente a trilogia passou por uma redublagem e esta é comercialmente distribuída na TV, home-video e streaming. Não que a dublagem carioca da Double Sound seja ruim. Mas ouvir as interpretações de Orlando Viggiani (McFly) e do saudoso Eleu Salvador (Brown), mesmo com o microfone enlatado do estúdio, deveriam ser obrigatórias. Curiosamente boa parte do elenco de dublagem veio a compor os personagens principais da série japonesa de tokusatsu Cybercop (exibida no Brasil via Manchete e CNT/Gazeta) que foi dublada pelo mesmo estúdio. No dia de hoje há várias referências e homenagens nas redes sociais. Várias salas de cinema voltaram a colocar os três filmes em cartaz - apenas hoje. Canais de TV promovendo maratonas. Em especial, no Brasil, por exemplo, o canal Studio Universal está fazendo uma maratona do segundo filme, repetindo seis vezes seguidas. Hoje a Netlix lançou o documentário Back in Time que celebra os 30 anos da trilogia. Curiosamente também foi lançado o filme O Garoto do Futuro (Teen Wolf), outra produção estrelada por J.Fox em 1985. Até um programa esportivo do ESPN Brasil se rendeu aos encantos da data e mudou o foco para o filme. Nos EUA, o jornal USA Today mudou a sua logo para a mesma que aparece no filme e lançou na edição de hoje a capa da primeira página onde Marty McFly Junior é manchete, além de várias homenagens no Twitter do noticioso. Só que a edição é do dia seguinte (referência à série americana de TV Early Edition?). E tantas outras coisas que puder imaginar, além do trailer do suposto quarto filme que nada mais é do que uma paródia. Veja aqui alguns comerciais que celebra este dia 21 de outubro de 2015:
A Toyota lançou hoje um vídeo onde acontece um bate-papo entre os atores Christopher Lloyd e Michael J. Fox. A empresa de carros havia lançado alguns vídeos para promover a data, incluindo um trecho da conversa entre os dois astros.
Lembra quando Marty entra no Cafe 80's e pede uma Pepsi? Então, a versão futurística chamava-se Pepsi Perfect. Em virtude da data que marca a chegada dos personagens, a marca de refrigerantes promove as vendas do tal produto. Mas isso acontece apenas nos EUA. São cerca de 6.500 garrafas e cada uma custa US$ 20,15.
Para promover a maratona da trilogia nos cinemas e o lançamento da série em Blu-ray, a Universal lançou em seu canal no YouTube vários vídeos. Com certeza, o mais caricato é o trailer de Tubarão 19. Na nossa realidade, a série não passou de quatro filmes.
E hoje, a Universal lançou em seu canal no YouTube uma mensagem especial de Chrostopher Lloyd, voltando à pele do Doc Brown. Lá ele chega com o DeLorean dizendo sua clássica fala "Great Scott!" ("Santo Deus" nas dublagens) e diz algo como "Se meus cálculos estiverem corretos, hoje é precisamente 21 de outubro de 2015". O cientista diz que o futuro não é como se havia imaginado há 30 anos e isso não é algo para se preocupar, pois o futuro ainda não está escrito. Agora, uma frase curta e profundamente reflexiva que o Doc diz no final do vídeo: "O seu futuro só depende de você. Então faça direito." Bacana. De Volta para o Futuro é uma antiga série de filmes, ao lado de que de Star Wars, continua dando o que falar. Que continue assim por mais 25 anos. Ou melhor, 30. É um número redondo.
A série VR Troopers, adaptação americana de três títulos originais da franquia Metal Hero (Metalder, Spielvan e Shaider), da Toei Company, atualmente está disponível no Brasil - com redublagem da Gemini Mídia - através do famosíssimo serviço de streaming Netflix. Bem como todas as temporadas de Power Rangers (no momento até o Super Megaforce), a série Beetleborgs e outras produções da Saban Brands que estão fora da esfera do tokusatsus como Goosebumps, As Tartarugas Ninja: Next Mutation, Digimon Fusion, a vindoura Glitter Force (versão ocidental de Smile PreCure!), etc. A curiosidade a seguir está mesmo na própria plataforma de vídeo. Quem é assinante e assiste (ou assistiu) o trio Ryan, Kaitlin e J.B. contra o (não tão) malvado Grimlord por lá, talvez tenha reparado detalhes importantes que chamam a atenção de qualquer fã das séries japonesas. Primeiro de tudo: veja que a sub-descrição (abaixo) afirma que VR Troopers (leia mais sobre a série aqui) É SIM um tokusatsu, derivada de Power Rangers, obviamente. Independente de amá-la ou odiá-la. Quando trocamos o idioma da plataforma para o inglês, a descrição é a seguinte: "This popular tokusatsu-style series is a spin-off of the long-running TV franchise "Mighty Morphin Power Rangers"" (Traduzindo por extenso: Esta série popular do estilo tokusatsu é uma série derivada da franquia de TV de longa duração "Mighty Morphin Power Rangers"). Incontestavelmente, esta é mais uma prova que faz cair por terra qualquer polemiquinha xiita que queira relativizar a verdadeira essência do tokusatsu, criada nos primórdios de Godzilla. O que é legal mesmo é que nas sinopses de alguns episódios há fortes referências à série Metalder, o Homem-Máquina (Choujinki Metalder, 1987-88). O herói-título de 1987 nada mais é que a contraparte original de Ryan Steele até os episódios iniciais da segunda temporada de Troopers. Na sinopse do episódio 6 há citação dos vilões Alfa Tacitos (Goushou Tagusron) e Alfa Taskan (Goushou Taguski), da série japonesa. Em VR Troopers, tanto na redublagem quanto nas legendas eles são chamados pelos nomes que receberam de rebatismo nos EUA: Slice e Dice, respectivamente. O mesmo acontece na sinopse do episódio 20 que cita Omega Jangal (Gekitoushi Jamune), no episódio 25 que cita Gama Barlock (Yuutou Barlock), e episódio 32 citando Beta Top Gunder (Boukon Top Gunder) e Comandante Darvius (Gasei Geldring). Sendo que na versão americana eles são, respectivamente: Fistbot, Dream Master, Dark Heart e Toxoid. Isso dá a entender é que a Saban, distribuidora da série, resolveu fazer um agrado aos fãs brasileiros de tokusatsu quando enviou os releases para o serviço. Mais precisamente citando alguns nomes (brasileiros) dos vilões do Império Neroz, uma vez que Metalder foi exibido na TV via Rede Bandeirantes, a partir de abril de 1990. Porém, como já citado, isso acontece apenas nas sinopses de alguns episódios em nosso português brasileiro. Agora, se Metalder vai ou não pra Netflix ou voltar pra TV são outros quinhentos e só depende da boa vontade das nossas distribuidoras. Confira as imagens de algumas das sinopses e descrições citadas aqui:
De cada dez imagens na tokunet, onze são do Jiraiya. A volta (passageira, ok mancheteiros?) do Sucessor de Togakure é inevitavelmente o assunto do momento. Pelo menos por aqui no Brasil, onde o herói marcou um fenômeno avassalador nos anos 90. O retorno do carismático ator Takumi Tsutsui à pele de Toha Yamaji (Yamashi na dublagem brasileira da extinta Álamo) se deu no episódio deste domingo (18) da série Shuriken Sentai Ninninger. Comentei outra vez aqui no blog que o atual Super Sentai (e não Power Rangers, ok mancheteiros? 2) está passando por uma fase terrível onde as histórias estão absurdamente infantilizadas e quase nada acontece acontece para acrescentar ou ajudar a mitologia dos jovens ninjas. Jiraiya não veio pra ficar (com trocadilho à trilha sonora nacional) desta vez até o fim e muito menos salvar a série das infantilidades e da má audiência. É apenas uma única participação especial (não três como diziam alguns trotes) que em nada garante a ilusão de uma nova série própria. Muito menos uma dublagem oficial (instantânea/mágica) do episódio como muitas "viúvas da Manchete" estão bobando por aí. Aliás, é mais fácil Ninninger virar uma futura temporada de Power Rangers e Jiraiya ganhar uma versão americana para um episódio específico (com a autorização da Toei, é claro). Preparem os calmantes, se for o caso. Mas falando sobre o episódio, sim, este foi um dos melhores de Ninninger. Não porque ele fez parte da minha infância e sim pelo bom senso. Tem o lado da nostalgia que aflora. Isso é absolutamente normal. Fazendo justiça, fica ao lado do arco duplo que trouxe de volta Sasuke (de Kakuranger) e Hurricane Red (de Hurricaneger). O episódio 34 é o mais marcante de Ninninger, não por este blogueiro guardar um carinho especial pelo ninja vermelho, mas porque procurou dar uma continuidade ao herói, mesmo que parcialmente. A impressão era de estar assistindo uma nova versão do Jiraiya, pois a introdução da abertura da série de 1988 foi refeita e com direito a logo da mesma. Algumas BGMs de Keisuke Yamakawa, feitas para o herói título, estavam lá. Parece que a Toei tomou gosto após a experiência na série Uchuu Keiji NEXT GENERATION. Claro, não poderia faltar a inserção do tema de abertura cantada pelo grande Akira Kushida. Até a instrumental do cativante encerramento "SHI-NO-BI '88" tocou com a mesma impressão de estar assistindo a algum episódio de Jiraiya. Quem acompanha Ninninger, já poderia esperar que Toha caísse em alguns momentos de comédia. Foi inevitável, mas nada que viesse a constranger a sua imagem ou desrespeitá-lo. Outra referência que persistiu foi Jiraiya subir num prédio e passar rapidamente por um escritório, como acontecia na inesquecível abertura. O pano de fundo do episódio foi sobre um comitê que protege o bom nome dos ninjas que estava promovendo uma regra que alegava "falta de ética" às transformações. Por isso o encalço contra os Ninninger e principalmente ao Toha. Uma ideia meio boba que é passível. Nada de tão idiota como em episódios recentes. Para os saudosistas que se perderam no "museu" dos Bloch, a cafonice do visual do Yokai Konakijiji é comum nos tempos atuais. Que diga seu ataque que fez com que as pessoas ficassem coladas na cacunda, mas tem contexto, se a gente observar. O momento ápice, sem dúvida, está nos momentos finais do episódio. Takaharu (AkaNinger) recebe uma shuriken flamejante que dá acesso aos poderes de Jiraiya. Tal fanservice é válido, pois trouxe de volta a impetuosamente a Jikou Shinku Ken (Espada Olímpica como foi batizado no Brasil) sem muitos exageros e muito menos algum compromisso de explicação científica. Milagre considerável. A mesma shuriken despertou o espírito do faraônico Jiraishin (Deus Jirai) que ainda continua vagando pelo espaço desde o final de Jiraiya. Na última cena, Toha estava com um dos figurinos semelhante ao que vestia na época. Mais precisamente de jaqueta branca, camisa verde e calça jeans. Provavelmente uma referência ao episódio 11 de Jiraiya, onde Toha recebe os equipamentos do Jiraiya Power Protector. Falando nisso, é interessante notar que Toha agora veste a armadura com o tal upgrade. Creio que tenha mais haver com a superioridade do herói como lendário ninja mundial. Algo similar acontecia com Gavan que era capitão da Polícia Galática até o último episódio de Shaider (em março de 1985) e reapareceu como Lendário Policial do Espaço a partir do filme Gokaiger vs. Gavan (em janeiro de 2012). Bem, não é a primeira vez que Jiraiya aparece diretamente assim (ou pelo menos sua imagem). Há dois anos e meio, no filme Super Hero Taizen Z (abril de 2013), Jiraiya e mais Jiban, Janperson, Draft Redder (Exceedraft), Blue Beet (B-Fighter) e B-Fighter Kabuto aparecem dispensavelmente como Ranger Keys e foram utilizados pelos Gokaiger. Jiraiya foi usado pelo Gokai Green. O episódio teve outras participações especiais. O mais curioso é do Yoshi Sudarso, o Koda/Ranger Azul de Power Rangers Dino Charge (atualmente em exibição nas TVs americana e brasileira). Ele era apenas um turista (e não um filho de Toha como arrisquei num palpite neste espaço) que estava sendo atacado pelos Kibaoni. Apesar de rápido, o diálogo entre ele e o AoNinger foi curioso. O personagem de Sudarso gritava "Somebody help me!" e Yakumo o salva dizendo "Get away". O turista respondeu dizendo "Okay, thank you". Outro ator que é não menos importante é o suit actor Hideaki Kusaka como um dos oficiais do comitê. Kusaka foi dublê de vários heróis, vilões e até robôs gigantes de Super Sentai. Destacando alguns como: Goggle Robo (Goggle V), Gyodai, Change Robo (ambos de Changeman), Flash King, Monarca La Deus (ambos de Flashman), Great Five, Rei Zeba (ambos de Maskman), além de alguns como Grey (em Jetman) e Topat/Baboo (Zyuranger/Power Rangers). Fora outros mais curiosos como Satan Goss (Jaspion) e Kamen Rider J. Seu currículo é extenso e ele havia aparecido em Ninninger como o yokai Franken (episódios 23 e 24). Falando sem saudosismo e com os pés no chão: Jiraiya bem que poderia ganhar um V-Cinema nos mesmos moldes de Uchuu Keiji NEXT GENERATION. É bem impossível ter todos os atores de volta, mas seria bacana. O nosso ninja merecia mais uma passagem e sendo mais explorado.
Estive tirando um atraso da série Shuriken Sentai Ninninger, já que fazia várias semanas que não assistia um episódio. Muito se tem comentado na tokunet que o atual Super Sentai está ruim e precisava me atualizar. Ninninger começou bem interessante e prometendo algo do nível de Hurricanger e Shinkenger. Mas a coisa foi desandando com o tempo. A série acrescenta muito pouco ao enredo. Ultimamente tem tido muitos daqueles episódios infantilóides em que a inteligência dos pequenos telespectadores (de olhos puxados) são subestimados. Tudo bem que o apelo é infantil, mas a Toei precisa mesmo continuar insistindo nessa retardação oscilante? Nem mesmo o tão criticado ToQger passou por uma crise como acontece agora em Ninninger. O Super Sentai do ano passado não foi lá uma grande coisa que valha saudades, mas teve momentos interessantes que ajudaram a desenrolar de algum jeito, apesar dos excessos de infantilidade. Fazendo justiça, houve poucos episódios bons, como por exemplo da emboscada do youkai ocidental Drácula contra a fofinha Fuuka (ShiroNinger). E também do passado Kinji (StarNinger). Alías, é preciso que se diga que estes foram dois dos pouquíssimos episódios de verão que foram bons. Há alguns personagens heróis que me incomodam bastante. Takaharu (AkaNinger) é aquele relaxadão de sempre que vive berrando feito um maluco no meio da rua. Yakumo (AoNinger) parece mais um playboy que engoliu uma vitrola quebrada e vive dizendo "easy" pra lá e "easy" pra cá. Nagi (KiNinger) é apático e podia sair hoje mesmo da série que não faria falta. Não sei você, mas o visual dele lembra muito aquele personagem da Escolinha do Barulho, o Zequinha Kid. Kinji começou fazendo selfies com os inimigos e deixou isso de lado. Ainda bem, mas é um rival forte de Takaharu em matéria de esquisitice. Tsumuji, o pai de Takaharu e Fuuka, é o mais idiota e às vezes age como uma criança de cinco anos, embora procure ser sério de vez em quando. Quanto às garotas, Kasumi (MomoNinger) tem um charme que precisa ser melhor trabalhado. Teve lá o episódio onde ela mostrou os seus dotes de batalha e disfarce, que lembrou um pouco a Mai/Change Phoenix, de Changeman. Porem falta-lhe um destaque maior. Mas a que chama mais atenção é, sem dúvida, a carismática Fuuka. Sim, ela continua esbanjando de sua doçura, mas sua personagem tem caído um pouco na criancice. Os personagens principais juntos estão perdendo mesmo para o Yoshitaka Igasaki, o Last Ninja. Ele é o mais cativante e é legal vê-lo dando lição de moral nos heróis. Só precisa discipliná-los com mais rigor. Agora, os Kibaoni não tem aquela pegada maligna como teve os Shadow Line (de ToQger). Ninninger é a prova de que os Super Sentais estão se desgastando mais e mais a cada ano. Sempre se variando em conceitos já aproveitados. Outro dia falei neste espaço que a franquia ainda é rentável, comercialmente falando. Mas os enredos estão cada vez mais difíceis de inovador em aproximadamente 40 anos. Doubutsu Sentai Jyuuouger (ou Zyuouger, se depender da possível romanização oficial), a próxima série que ocupará o lugar de Ninninger em 2016, terá uma tarefa árdua de bater a audiência em 4 ou 5%. E ainda mais quando o tema será mais um batido pela Toei: animais. As expectativas para as comemorações do 40º aniversário dos Super Sentais são desanimadoras. Não creio que ela acabará, levando em conta que existe o fator Power Rangers que ajuda a Toei a continuar investindo nos esquadrões multicoloridos. Embora no fundo do peito eu queira um merecido hiato para os Super Sentais. E não pense que Jiraiya vai salvar a série. Nem muito menos ter uma série ou que ele venha apossar um cantinho no programa dominical. Pés no chão, manchetada de plantão. Agora, eu arrisco alguns palpites. Jiraiya, talvez, caia um pouco na infantilidade de Ninninger. Espero que abordem mais o lado do herói, já que ele se tornou o ninja número um do mundo, após o fim da série. Quanto a participação de Yoshi Sudarso, o Koda/Ranger Azul de Power Rangers Dino Charge, não há informações sobre sua participação até o momento. Penso que ele possa interpretar um aluno ou quem sabe filho de Toha Yamashi a ocupar a 36ª geração dos Togakure. Por que não? Enfim, aguardemos o domingo que vem pra saber.
Larissa em sua performance sertaneja (Foto: Divulgação)
Vinte anos não são vinte dias. E Larissa Tassi, cantora brasileira do anime Os Cavaleiros do Zodíaco, provou com o tempo que pode se eternizar como um dos grandes nomes da nossa anisong (cantada em português, é claro). Ela é a única mulher em atividade a representar o repertório de canções de animes em nosso país. Não é a toa que defendeu as duas décadas de CdZ no Brasil no projeto Cavaleiros In Concert, ao lado de Rodrigo Rossi, Edu Falaschi e Ricardo Cruz. Antes da invasão de Seiya e cia, no comecinho da década de 90, Larissa participou de vários comerciais de TV e revistas. Fã incondicional de Xuxa, ela fazia shows onde dublava a rainha dos baixinhos. Até que Larissa e William Kawamura (leia e ouça a minha entrevista exclusiva com o cantor) foram escalados para formarem uma dupla que agitou o Brasil com os temas nacionais dos guerreiros de Atena. Já contei um pouco sobre a passagem de Larissa e Williamaqui no blog. Após o auge musical de Os Cavaleiros do Zodíaco, Larissa e William participaram do CD "O Mundo Mágico de Beto Carreiro", onde havia participações como da banda Chiclete com Banana. Só a partir de 1999 é que Larissa lança seu primeiro CD, em carreira solo, chamado "Tudo Vai Mudar", que seguia em ritmo de axé (um dos gêneros musicais que estavam em alta no Brasil). Larissa já não estava mais na Sony Music e seu disco não obteve sucesso. Mas foi na Banda Montana onde a cantora continuou trilhando. Durante cerca de 10 anos no grupo, Larissa foi eleita por três vezes como melhor cantora country. Lá fazia covers de artistas do gênero e ganhou notoriedade e admiração do público. A partir daí, começou a compor canções para a Banda Montana. Larissa não parou por aí. Chegou a gravar um CD demo a fim de divulgar seu trabalho, que depois acabou caindo na web em seguida. O tal disco é considerado pelos fãs como um "segundo disco solo". Esta amostra tocava o pop romântico. Curiosamente, foi gravada uma versão em português da música "Man, I Feel Like a Woman", da cantora Shania Twain. Com a acensão do gênero sertanejo por aqui, Larissa deixa a Banda Montana e forma a dupla Larissa e Rafael, onde a loira é a primeira voz. O primeiro CD foi lançado em 2010 e chama-se "Vem Voando". Por continuar ainda na ativa (em paralelo ao seu repertório sertanejo), Larissa poderia ser - merecidamente - coroada rainha dos animesongs brasileiros. O tempo ensinou Larissa a se redescobrir, musicalmente falando. Sem contar que ela ainda inspira carisma e simpatia por onde passa. Sua caminhada de carreira reflete claramente a determinação que a ajudou a construir os passos. A versatilidade de Larissa é tanta que um épico dueto com Yumi Matsuzawa seria digno de marcar o encontro das duas intérpretes de "Chikyuugi", canção da saga de Hades. Quem sabe um dia, né?
A 26ª série de Kamen Rider já está no ar. Como é de costume, Kamen Rider Ghost, assim como as últimas séries, começa com muita introdução e sem muita novidade além do que é divulgado nas vésperas da season premiere. Até agora nenhuma surpresa e ainda é cedo pra saber se irá vingar. Mas o novo herói-título começa com alguns detalhes que talvez fique imperceptível na hora. Já reparou que a sala de Takeru Tenkiju (o alter-ego de Ghost) tem um painel antigo? Então, esse material foi reaproveitado da primeira série da franquia. Mais precisamente utilizada pela organização maligna Shocker. Bem, por ser uma série que antecipa e atravessará as comemorações de 45 anos dos Motoqueiros Mascarados, há mais uma referência ao Ichigô. No caso, é a sua transformação em sua moto, parecida com o mítico primeiro episódio. Fora que sua moto é similar ao de Kamen Rider 555 (Faiz). Tem mais: Quando Ghost convoca o Gan Gan Saber, a energia do cinto se assemelha a de Revolcane (Metalion) e Flame Sword, respectivamente de RX e Agito. Tem mais 2: o nome do carteiro que entrega o Eyecon para Takeru é Onodera. Pra quem não sabe, Onodera é o nome de nascimento do saudoso Shotarô Ishinomori (o pai dos Riders) e do Kamen Rider Kuuga alternativo da série Kamen Rider Decade. Embora as referência, o primeiro episódio já começa com um erro na cronologia. Algo esperado pra quem liga pra esse detalhe. Os dois últimos episódios de Kamen Rider Drive tiveram a participação do novo herói. Tais eventos aconteceriam em setembro deste ano. Considerando que Shinnosuke Tomari foi promovido e começaria a trabalhar no novo departamento em 1 de outubro. Já em Ghost, o calendário que aparece aponta o mês que estamos vivenciando. Sendo o dia 4 de outubro o dia do aniversário de Takeru. Quando o jovem de 18 anos recebe sua Eyecon, a data do pacote é de 4 de outubro do ano 17 da era Heisei (2005). Sendo que Takeru se torna Kamen Rider no primeiro episódio. Detalhes precisos em cada série, porém um furo ao montar o quebra-cabeça temporal. Velhos fanservices da Toei, né? Algo parecido aconteceu na passagem de Kamen Rider W (Double) para Kamen Rider OOO (Ôzu), quando houve um salto de um ano entre o penúltimo e último episódio do Rider 2 em 1.
Ronaldo, à esquerda, ao lado do apresentador Diogo Nogueira e do sambista Délcio Luiz, em 2014 (Foto: Divulgação/TV Brasil)
Uma das coisas mais bacanas que já aconteceram no auge dos tokusatsus no tempo da saudosa Rede Manchete foi a inclusão do cantor Ronaldo Barcellos como intérprete dos temas nacionais das séries Lion Man, Jiban e Jiraiya (com "i" antes do "y", ok?). Confesso que gosto mais dos temas originais do que das nacionais. Mas a voz do carioca (natural da cidade de Duque de Caxias) é a que mais me conquista e também aos demais fãs da geração que acompanhou as séries japonesas nos anos 90. Quase um Akira Kushida brasileiro. Antes de sua breve - e marcante - passagem pela "anisong brasileira", Ronaldo já tinha uma carreira na Música Popular Brasileira (MPB), iniciada em meados dos anos 70, e já compôs cerca de 800 músicas. Várias delas se tornaram bem populares com o tempo, principalmente em rodas de samba. Suas composições já foram cantadas por Alcione, Mart'nália, Arlindo Cruz, Maria Rita, Wilson Simonal, Exaltasamba, Sandra de Sá e até do lendário latino Julio Iglesias. Ele juntamente com seus filhos formaram uma banda de pagode no fim da década de 90 chamada Ronaldo e os Barcellos. Fez um sucesso mediano com o single "Feliz Aniversário". O grupo rendeu boas músicas que são romanticamente apreciáveis, mesmo pra quem não tem o pagode como gênero musical favorito (como é o meu caso). Fora da esfera do tokusatsu, dá pra notar facilmente a sinérgica voz de Ronaldo. E é isso que ele transmite nas canções dos heróis japoneses trazidos na época pela Top Tape. Não sei se é por estas séries terem as traduções de abertura e encerramento exibidas diariamente na TV. Mas elas e os temas de inserção (a grande maioria apenas nos discos e fitas) foram as melhores. Tal talento veio pra ficar (trocadilho com uma de suas músicas ao Ninja Olimpíada) nas lembranças de quem acompanhou aquele mágico tempo. Fica a eterna gratidão à uma lenda viva do tokusatsu no Brasil.
Capa do LP de Jiraiya, cantado por Ronaldo Barcellos
Zero e X: dois Irmãos Ultra em plataformas oficiais distintas no Brasil
Semanas atrás escrevi aquino blog minha visão sobre algumas fansubs que acabam batendo de frente contra as séries de tokusatsu que estão em exibição nos serviços de streaming. Melhor dizendo, violando os direitos autorais de séries que estão atualmente no Brasil. É o caso das Ultra Series na Crunchyroll. Sei da repercussão daquele post nas redes sociais da tokunet e fico feliz por muitos terem entendido a mensagem de conscientização que quis passar e da extrema importância destes títulos inéditos de tokusatsu por aqui, e de outros que deverão pintar em breve através do on demand. Por outro lado, teve lá uma minoria que defende o uso indevido (em questão) da "pedra lascada" e adotar uma posição sem muita contextualização e inexperiência no assunto. Parecendo com a atitude de muitos - e tão criticados (pelos mesmos) - otakinhos quando a Crunchyroll chegou no Brasil há cerca de três anos. De repente virei "oportunista em querer ganhar assinatura vitalícia do Silvio Santos", "hipócrita", "aparecido" e coisas do tipo. Teve até quem pensou que eu estivesse detonando a TV brasileira, quando na realidade eu explicava que ela já definiu seu próprio rumo e as chances de novas séries japonesas irem pra lá serem minúsculas. Visto que hoje a salvação está nos serviços oficiais de streaming, e por serem legalizados chegam mais rápidos e com segurança. Nem é preciso se "aventurar" nos downloads quando o seu material pode ser visto por lá. Por isso merece divulgação maciça dos mais variados e sérios meios da tokunet brasileira em geral. Disse naquele post e repito aqui: no texto deixei bem claro que não tenho a intenção nenhuma de receber algo em troca da Netflix, da Crunchyroll, da vindoura Daisuki ou de qualquer outro serviço. E digo mais: delas só espero conteúdo e qualidade. E se vier alguma oportunidade, por que não pegar, né? Problema nenhum até aí. (rsrs) Brincadeiras à parte, não sou contra as fansubs. Reconheço o esforço quando encaram em divulgar alguma série inédita do segmento e não devem ser mais do que isso. Eu mesmo tenho um amigo que é fansuber. Minha crítica era quanto o fato de que as fansubs não deveriam jamais copiar tais séries vigentes no Brasil. Nem preciso dizer que isso sim é contra a lei, e é crime no país. Antes de qualquer coisa, o que eu estou falando não tem nada haver com as séries não-licenciadas ou com direitos expirados no Brasil. Pois elas estão aí genuinamente na web como divulgação em nosso país. Se as fansubs realmente nasceram com a missão de divulgar um determinado segmento, então porque não incentivar os referidos materiais licenciados? Visto que isso foi uma atitude de uma fansub americana especializada em Ultraman quando chegaram novas séries da franquia nos EUA - através do streaming legal. Esse tema deve ser repensado e debatido fortemente nos mais variados grupos de tokusatsu no Brasil. O que adianta uma distribuidora local ou internacional licenciar uma determinada série japonesa pra cá se ela corre o risco de ser pirateada e desviada da real audiência? Pois do contrário, o tokusatsu no Brasil está ameaçado e jamais veremos séries da Toei Company (como Kamen Rider e Super Sentai) fazerem bonito por aqui e chegarem em primeiríssima mão. Pirataria é uma coisa que está longe de ser extinta na internet, mas não deveria ser incentivada na tokunet. Poderia ser feita a diferença nesse meio e com campanhas unidas de conscientização, como acontecem durante a exibição de Os Cavaleiros do Zodíaco - Alma de Ouro, por exemplo. Considerando que temos pouquíssimos materiais de tokusatsu no país. Que os downloads sejam incentivados, mas quando haja realmente a necessidade de divulgar uma determinada série ou filme de tokusatsu que não esteja atuando no Brasil. E pra que piratear quando as assinaturas dos serviços são bastante acessíveis, os episódios chegam primeiro e as traduções oficiais vem diretamente do japonês (sem as eventuais adaptações descontextualizadas a la TV-Nihon)? Além do mais, com pouco ajudamos a indústria do tokusatsu. O equivalente a uma bugiganga bacanuda que compraríamos numa Akihabara da vida. O mesmo vale para o segmento dos animes. Gente, o tokusatsu está vivo sim. Aliás, muito bem vivo no Brasil. Há quem diga com pessimismo que "não está" e que "não volta jamais. Mas repare comigo: as Ultra Series são as únicas que estão segurando a barra em nosso país. Mais precisamente no serviço oficial de animes e dramas. Não vamos longe. A Crunchyroll não é a única. A Netflix está com os oito primeiros filmes lançados recentemente pela Focus Filmes. Ultraman Saga deverá surgir em breve por lá. Quer mais? Jaspion, Changeman e demais clássicos da Manchete, incluindo o Garo, reforçarão o tokusatsu nos streamings. Sem contar que há uma imensidão de diversos títulos de anime e live action na ativa através destes meios. A cultura japonesa está em alta, comercialmente falando. A TV brasileira poderia ter um pouco disso? Com certeza. Mas independente do interesse dos canais, não haveria a mesma flexibilidade, mobilidade, variedade e poder de escolha que só os streamings tem. E olha, imitação nenhuma faz igual pra gente. Fala a verdade. No meu caso, eu assino a Crunchy e a Netflix. Quando algum anime e tokusatsu está em falta nos catálogos (por não haver nenhuma distribuidora que mande seus próprios materiais), o jeito é partir pros meios alternativos. Isso, ainda sim, seria uma divulgação lícita. Porem não-oficial. Em tempo, a tendência é no futuro não muito distante o tokusatsu se firmar nos on demand, como os animes e J-dramas se firmaram no Brasil. Logicamente, isso depende responsavelmente do retorno dos próprios tokufãs. A tokunet precisa ficar atenta, se informar/atualizar e deixar de ser um nichozinho formado apenas de meios alternativos e desconhecido pelos leigos. Agora, salgando um pouco mais a ferida: recentemente o estúdio Manglobe (o mesmo de animes como Samurai Flamenco e Gangsta) anunciou estar passando por uma terrível crise e decretou falência. O que diriam as fansubs sobre o caso? Tem que copiar mesmo pra matar de vez o mercado das séries do segmento "defendido" pelos mesmos e satisfazer o ego de uma minoria? E se a próxima vítima fosse a nossa querida Tsuburaya (que está licenciando séries no Brasil e outros países por própria conta)? Essas questões eu deixo pras mesmas responderem. Se puderem, obviamente. PS: Se Kamen Rider Ghost estivesse em simulcast agora, a história seria outra. Vamos sofrer mais atrasos de episódios em até uma semana por pelo menos mais um ano.
Bills e Goku medindo forças na versão televisiva (Foto: Reprodução/Fuji TV)
A saga A Batalha dos Deuses, baseada no penúltimo filme (até o momento) de Dragon Ball Z, de mesmo nome, está chegando ao fim. Ou pelo menos a impressão é que parece não acabar nunca ou ainda estarmos longe disso. Dragon Ball Super está fazendo uma releitura da invasão de Bills, o deus da destruição, resgatando toda uma prolixidade que tinha a maior série da franquia. Talvez essa enrolação toda pra terminar a saga na TV seja cansativa em alguns momentos. Enfim, é herança antiga. Pra falar a verdade, DB Super está indo bem e mostrando uma versão interessante e diferente do que vimos no cinema em 2013. Só que esta nova versão fica bem atrás de A Batalha dos Deuses (o filme) no quesito humor. O longa teve uma certa rejeição de alguns "DBZistas", mas remeteu várias referências à primeira série de Dragon Ball. Em especial o humor de Akira Toriyama, que foi é elemento bastante típico. Em Super teve um pouco disso, só que bem mais leve. O horário matutino da Fuji TV é de se levar em conta, ao contrário da época em que as outras séries do Toriyama passavam nas noites de quarta-feira (em horário nobre) do mesmo canal. A batalha entre Goku e Bills exige mais demora e excesso de dramaticidade. Sem contar com as situações paralelas que servem como "quebra-gelo". Um bom exemplo é ver Mr. Satan buscando fama nas costa de Goku, enquanto o suposto salvador da Terra vê o grande herói lutando pra salvar mais uma vez o nosso planeta azul. São coisas que fazem jus à mitologia. Agora, entre A Batalha dos Deuses do cinema e da TV, fico com a primeira opção. Pois foi legal ver um lado esquecido de Dragon Ball e que foi destaque naquele filme de Z. O filme juntou famílias, divertiu a beça e chamou a atenção de leigos. Dificilmente um episódio ou filme antigo de Dragon Ball Z faria igual como aconteceu quando aquele filme esteve em cartaz. Podem xingar aquele filme, mas A Batalha dos Deuses deixou uma marca nos cinemas. E é digno de uma nostalgia a ser lembrada daqui a uns dez anos. Claro, ainda será um motivo de ódio e vergonha para alguns fãs. Então, já tá na hora dessa louca disputa entre deuses acabar e mostrar como será a versão pra TV de O Renascimento de 'F'. Há uma expectativa de que algum momento ou outro nos leve para as profundezas da nostalgia e lembranças do velhos tempos em que assistíamos extasiados na passagem de milênio. Tudo depende de como a produção está trabalhando pra isso.
A última semana foi bem movimentada na tokunet pelo anúncio da volta de Jiraiya, que dará as caras em breve em Ninninger. Uma das afirmações nos comentários é um tanto quanto equivocada. É que um questionamento ficou no ar sobre a audiência do atual Super Sentai. Algo do tipo: "será que Jiraiya veio pra salvar a audiência de Ninninger?" A resposta é simples. Não veio pra salvar. É algo que provavelmente já era planejado pela Toei há meses. Não é de hoje que o estúdio aproveita alguns de seus heróis antigos em episódios e filmes de Kamen Rider e Super Sentai temáticos. Jiraiya já era esperado pra aparecer, mas nada confirmado até poucos dias atrás. Mas a participação de Takumi Tsutsui no V-Cinema dos Dekaranger já era um indício do que poderá vir em Ninninger. A volta de Jiraiya é independente de números de audiência. Está mais ligada à uma referência/homenagem ao temática ninja da série, assim como aconteceu com os bem sucedidos Kamen Rider Decade, Gokaiger e o mediano Kyoryuger. Quanto à audiência, é algo que conta pra Toei e ao mesmo tempo chega a ser "relativo" pelo fato de ser exibido muito cedo, nas manhãs de domingo. É praticamente difícil uma série marcar dois dígitos em pleno horário das 7h30 da matina. Com certeza os números seriam bem maiores se a franquia continuasse sendo exibida nas noites de sexta ou sábado, como acontecia nas décadas de 80 e 90. Bem, cada horário tem o seu padrão de expectativa. Só que Ninninger está sofrendo uma baixa preocupante. A média mentem a faixa de 3%. Ninninger não bateu nem 5% até agora. Além do horário que contribui um pouco nisso, a franquia está sofrendo a cada ano variações nos mesmos conceitos. Quatro décadas diretas de um mesmo segmento e repetidos temas são desgastantes. Tal acúmulo será uma tarefa difícil para o próximo Super Sentai - comemorativo de 40 anos - segurar a barra. Dificilmente os Super Sentais sairão do ar pois, independente da audiência, as vendas de brinquedos e dos DVDs das séries vigentes são rentáveis no mercado. Pode ser que Jiraiya levante alguma audiência a mais, o que deve ser temporário e nenhuma garantia até o final da série do Esquadrão Shuriken. Não mais que isso.