sábado, 30 de maio de 2015

Final de temporada de Arrow garante um "Olicity" temporário

Por quanto tempo veremos este casal juntos assim?

[SPOILERS]

O season finale de Arrow foi exibido aqui no Brasil na noite desta sexta (29). Foi um bom desfecho, embora o tom estivesse mais pra um series finale. Depois de uma tensa temporada, Oliver convence Ra's al Ghul (vilão originalmente de Batman) de que estaria ao seu lado. Mas tudo não passou de um plano de infiltração para emboscá-lo. O que, inclusive, foi um momento bem chato pra série.

Após a batalha final contra o "cabeça de demônio", Oliver decidiu que deveria viver sem ser o alter-ego do Arqueiro Verde e ficar ao lado de Felicity. Mas por quanto tempo veremos os dois pombinhos juntos e felizes?

É claro que vai haver um momento em que Oliver terá que voltar à ação e isso é já pro início da próxima temporada, no fim deste ano. Isso significa que a durabilidade do casal mais esperado dos últimos anos - "Olicity" - poderá ser desfeito em breve. Uma vez que Oliver não quer envolver a sua amada em riscos, mas ao menos ela deverá estar ao seu lado para ajudá-lo como sempre fez.

Bem, eu torço pra que os dois fiquem juntos independente do que vier. Mas vai entender a enrolação dos roteiristas do canal The CW, né?

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Masahiro Inoue destrói Decade com seu vilão em Garo

Inoue como o vilão Jinga

Eu esperei alguns episódios pra comentar um pouco sobre a participação do ator Masahiro Inoue na série Garo: Gold Storm - Shô. E olha só, o cara está mandando bem com seu novo personagem. Aqui ele vive o vilão Jinga, um Horror que é um Cavaleiro Makai maligno que se alimenta de sua própria espécie. 

Durante os primeiros episódios seu personagem surgia apenas em breves participações. Tudo muito introdutório, o que é normal para uma trama de suspense/terror como Garo. Mas a impressão que dava pra ter é que Inoue estava pra superar Tsukasa Kadoya, o alter-ego do herói-título Kamen Rider Decade, de 2009. E meu instinto estava certo. Inoue está mais solto do que na época em que vivia o "destruidor de mundos". Tá certo que ali ele fazia um papel de um anti-herói sarcástico e misterioso. Mas em Garo: Gold Storm - Shô ele já pode destruir o seu estigma do passado, ir além e surpreender como Jinga. Chamando a atenção do público adulto.

E quem pensava em deixar de acompanhar as séries Heisei Kamen Rider pela aparência andrógena (confundida por aqui no Brasil como "homossexualismo") de alguns atores, pode se surpreender e deixar o preconceito de lado fácil fácil quando ver o terrível Horror em cena.

Outro nome que merece destaque é a atriz Miki Nanri, que interpreta a Sacerdotisa Makai Rian. Particularmente eu limpo minha vista e curto demais as suas aparições (incluindo as cenas de ação). Sem contar que ela é uma das musas deste blogueiro. Mas isso é assunto pra outro dia.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Metanoia, um filme que vai além das mudanças

Antes de qualquer Mad Max ou Poltergeist, você tem que assistir Metanoia - Mães de Joelhos, Filhos de Pé. O filme está em cartaz há duas semanas e tem exibição limitada em 

algumas salas de cinema em todo o território nacional. Com distribuição da Europa Filmes, a produção conta com o protagonismo do ator Caique Oliveira, conhecido da Companhia de Teatro Jeová Nissi, que também ficou encarregado do roteiro ao lado de Miguel Nagle (que dirigiu o longa).

Aqui ele vive o personagem Eduardo, um rapaz que mora com sua mãe Solange (Einat Falbel) numa periferia de São Paulo. Sem grandes expectativas de futuro, ele passa a seguir o seu ricaço amigo Jeff (Caio Blat), que o leva para o submundo do crack.

Como a própria temática exige, o que podemos esperar é que Metanoia seja um filme sofrido. E isso é verdade. Pra assisti-lo, o espectador tem que ter uma certa porção de "nervos de aço" na hora. Não que isso venha a abusar da violência, mas a dor e as consequências das drogas levam a quem assiste a refletir sobre as causas de um dos grandes males do século.

Apesar do clichê de "um jovem que sofre com as más companhias e das drogas", Metanoia mostra que não é mais apenas um filme sobre o crack. Bem mais que a fotografia (algumas cenas foram gravadas nas redondezas da cracolândia) e da participação de alguns globais, o filme se destaca por várias peculiaridades. Tanto do talento indiscutível de Oliveira, quanto por alguns detalhes e pistas que se unem na conclusão do longa.

Aliás, Oliveira não mede espontaneidade em suas interpretações. Seu ápice, com certeza, está nas cenas mais críticas onde todo o sofrimento de seu personagem é extraído com bastante sinergia. Blat teve uma participação breve, mas sua passagem é memorável num momento onde interpreta uma estranha recitação. Curiosamente, o filme possui uma única cena paralela onde que - sem qualquer ligação com o drama de Eduardo e Solange - vemos um diálogo entre uma mãe (Solange Couto) e que visita o seu filho (Silvio Guindane) viciado em crack, no dia de seu aniversário. Um dos momentos mais comoventes, inclusive.

Metanoia pode ser um filme onde você pensa que vai sair da sala de exibição carregado de uma enorme tristeza. Mas o seu final é compensador e renova os ânimos. Pode parecer estranho para alguns, mas o elemento teatral "Deus ex machina" (termo usado para soluções com intervenção divina) esteve presente. Pode até ser evitado hoje em dia por vários roteiristas. É neste momento onde o quebra-cabeça embaralhado durante a trama é montado, exigindo maior compreensão além da técnica.

Independente de qual fé que o espectador venha a ter (ou não), Metanoia é um filme que vale a pena ser assistido e apreciado. Tanto pela abordagem de um tema interessante e atual (apesar das esperadas passagens de angústia, claro), quanto pela atuação dos atores. Mais do que isso: o filme traz uma profunda palavra que merece ser testemunhada, seja o espectador dependente ou não das drogas.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Máscara da Morte: redenção é justificável ou precisa de explicação?

Máscara da Morte em Alma de Ouro (Foto: Reprodução/Daisuki)

Resolvi tocar novamente no assunto sobre o Máscara da Morte de Câncer na série Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro pois foi um assunto que repercutiu nas redes sociais nos últimos dias, após meu último post sobre o personagem que escrevi aqui há alguns dias. O que acabou causando polêmica e houve uma certa divisão de opiniões. O que é normal em qualquer assunto divergente, né?

Lá no Facebook muitos concordaram com o meu ponto de vista e entenderam que o Máscara da Morte merecia tal explicação para uma mudança tão brusca de personalidade e que estava estranho. Outros interpretaram meu texto como "mimimi" e pensaram que eu teria dito algo como se ele fosse proibido de se apaixonar, por ter sido um assassino no passado.

Olha, o Máscara da Morte pode se apaixonar por quem quiser e esse não é o problema em questão. Eu dou dois exemplos de vilões do universo dos animes que se voltaram para o bem e tiveram romances bem sucedidos. O primeiro foi o Vegeta (de Dragon Ball Z) e o segundo foi o Kenshin Himura (de Samurai X). Ambos eram assassinos ferrenhos que um dia se tornaram heróis e conquistaram seus amores. Deram certo? Sim. Mas pra tal mudança, eles passaram por todo um processo e suas histórias foram aprofundadas e construídas ao longo do tempo. Até aí tudo bem. Só que o Cavaleiro de Câncer não teve essa chance, infelizmente.

Se considerarmos que o tempo de Alma de Ouro, levaremos em conta que o hiato foi de poucos dias após a destruição do Muro das Lamentações, na saga de Hades, e é paralelo à fase de Elísios. Tá certo que o Cavaleiro ajudou os seus companheiros na Exclamação de Atena para que Seiya e cia pudesse passar do tal muro e irem para a Hiperdimensão. Mas o que falta nele é um pouco mais de temperamento e gênio forte pra que ao menos ele passasse por uma transição, assim como Vegeta. Isso cairia bem pro próprio personagem e soaria melhor do que uma mudança repentina da noite pro dia ou da água pro vinho. Afinal, toda mudança de personalidade gera um certo processo. Concorda?

Mas que tal a gente definir isso agora? Coloque nos comentários do rodapé a sua opinião, mas diga se ele evoluiu ou se precisava melhorar, e se possível digo o porquê. Assim vai dar pra gente contextualizar numa boa se houve problema ou não no personagem.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Entenda sete importâncias sobre a chegada das séries de tokusatsu à Netflix

Kamen Rider pode ter seu último episódio dublado para a plataforma

O Dia do Orgulho Nerd teve um motivo a mais pra se comemorar, mais precisamente para os fãs de tokusatsu. Na tarde desta segunda (25) o site Jbox divulgou com exclusividade uma bomba de mil megatons. É que a Sato Company, empresa do sr. Nelson Sato (o mesmo que trouxe a série Cybercop por aqui em 1990) está fechando com a gigantesca plataforma de streaming/on demand Netflix um pacote com séries japonesas clássicas exibidas pela extinta Rede Manchete. Portanto, em breve veremos por lá Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya, Jiban, além de Kamen Rider Black, National Kid e o inédito Garo. Vamos tentar entender sete pontos imprescindíveis deste processo por partes:

1) Licenciamento - É óbvio que a Sato Company adquiriu os direitos das séries clássicas através da Focus Filmes. Uma vez que o contrato de cinco anos da empresa de home-vídeo com Toshihiko Egashira foi expirado recentemente (começou em 2009). O lançamento é somente na Netflix brasileira, por se tratar de licenciamento nacionalMuito provavelmente veremos o mesmo material de episódios dos DVDs da Focus. Ou podem ser corrigidos, talvez. Não se sabe ainda detalhes sobre isso e só o Sato poderá nos garantir no futuro.

2) Garo - Uma pergunta que não quer calar é sobre a dublagem ou não de Garo. Há possibilidades da série ser dublada, porém não há confirmado ainda. Veja bem, não estou afirmando nada. Apenas dizendo que há uma possibilidade, veja bem, embora não haja garantias de que veremos Garo dublado. Mas a Sato Company tem material dublado, como é o caso de Doraemon, lançado em dezembro de 2014 no serviço pelo selo da distribuidora. Uma dublagem do Cavaleiro Makai seria um ponto a mais e de maior apelo. Mas caso não haja dublagem, ainda assim é muita coisa. Pois é um material de tokusatsu original/japonês chegando ao Brasil e que deve ser um atrativo não apenas para o nicho específico de fãs desta esfera, mas também para os fãs de animes (que estão acompanhando as séries recentes por fansubs) e também para os aficionados por cultura estrangeira ou até mesmo do gênero terror. Independente de qual versão vier, a nossa audiência é de extrema importância, pois esta é a chave para a vinda de novos títulos para o Brasil. Essa oportunidade não podemos deixar passar ou nunca mais na vida.


Ultraman 80 (Eighty) é o mais recente
tokusatsu lançado no Brasil
3) Primeiros tokusatsus no on demand - Esta não é a primeira vez que temos um contato de séries de tokusatsu em serviços on demand. Ainda na Netflix temos filmes da Família Ultra (sete dos nove filmes lançados em DVD pela Focus), além de todas as temporadas de Power Rangers - de Mighty Morphin ao Super Megaforce e mais o primeiro filme e também as séries VR Troopers e Beetleborgs. Na Crunchyroll brasileira temos disponíveis quatro séries da Família Ultra: Ultraman Max, Ultraman Mebius, Ultraman Leo e Ultraman 80 (Eighty). Estas são as quatro séries que sucedem Ryukendo e a defunta era de tokusatsus na TV aberta e podem ser acessadas por acesso gratuito.

4) Mobilidade e poder de escolha - Tanto a Netflix quanto a Crunchyroll são serviços que funcionam como canais de TV na internet. A diferença é que você mesmo faz sua própria programação e não depende de horários. Tal mobilidade é o que define um dos maiores avanços da tecnologia em nossa atual era digital. Podendo ser acessado onde e/ou quando quisermos por TV, computador, tablet e celular. E nada mais justo assistirmos nossas séries japonesas clássicas/recentes com a livre escolha de opção de áudio e legenda (caso disponíveis).

5) Dublagens e legendasAqui é um ponto onde é preciso bastante atenção e informação pra não se levantar reivindicações vexaminosas ou desavisadas. Na Netflix existem séries de anime onde há opções com áudio original japonês-inglês e outros com inglês-português. Uns clamam por dublagem, outros renegam as dublagens de animes que já foram exibidos na TV fechada (como Animax, por exemplo), e vão reclamar diretamente ao serviço (como se tal fosse responsável por isso). A Netflix, assim como qualquer plataforma on demand ou também emissoras de TV aberta/fechada apenas recebem o material das distribuidoras com as quais fecham parceria. Ou seja, vamos saber pra quem vamos nos reportar, amigos. No caso de animes mais recentes como Madoka Magica, Blue Exorcist, Mahouka Koukou no Rettousei, Arpeggio, Samurai Flamenco, Kill la Kill, etc, dificilmente virão com dublagem, uma vez que o licenciamento é internacional. Assim como acontece na grande maioria do catálogo da Crunchyroll. Por esse mesmo motivo, não dá pra ficar exigindo uma dublagem das séries da Tsuburaya (que trouxe as quatro séries de Ultra recentemente) no serviço especializado em animes e dramas. Muito menos do serviço que apenas exibe. Uma vez que este licenciamento - mais especificamente das Ultra Series - atinge outros países como EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e América Latina (onde o nosso Brasil se situa). Isso geraria mais demoras e uma maior administração para cuidar das dublagens de cada país e isso não é tão viável como é para um canal de TV por assinatura, até mesmo por conta da versatilidade/praticidade que os serviços on demand exigem. Outros títulos que não possuem áudio original japonês como Gun Frontier, Demon Lord Dante e Musumet dependem da distribuição local que uma vez já licenciou estes materiais para a TV fechada no Brasil.

6) Outros tokusatsus exibidos na TV - Pode haver a possibilidade de mais séries antigas e novas de tokusatsu pintarem na Netflix, se depender da nossa audiência, certo? Sobre as demais séries exibidas na Geração Manchete irem para a plataforma, isso depende de um outro fator: renovação de contrato. Muitas séries licenciadas no passado pela Everest/Tikara, Oro Filmes e Rede Globo teriam que ter renegociadas caso seus respectivos empresários (caso tenham interesse em voltar ao mundo dos tokusatsu) ou terem suas dublagens passadas para alguma outra distribuidora. Mas isso só dá pra saber com o tempo. Aguardemos. Como as séries estão sendo trazidas pela Sato Company, talvez haja alguma esperança de um dia vermos Cybercop por lá. Mas o sr. Sato teria que renovar seu contrato com a Toho e outro trâmite estaria em negociação.

7) Novas mídias x TV aberta - De uma coisa temos que calcar em nossas mentes: A expansão de tokusatsu nos serviços on demand é de extrema importância em nossos dias atuais e isso só prova de uma vez por todas que TV aberta, hoje em dia, é uma mera ilusão do passado. Não podemos descartá-la totalmente das nossas vidas, obviamente. Mas quanto às séries japonesas de anime/tokusatsu, sabemos bem que já não dá mais pra contar com os nossos canais há vários anos. Há quem ainda "espera na janela" por algum Jaspion ou um Changeman nas emissoras majors (Globo, Record, Band...) ou dá crédito à emissoras que nem sequer pagam direitos de transmissão e mudam de horário com total desrespeito ao público. Estamos no ano 2015, século XXI e a tecnologia está ao nosso favor e com preços justos. Muito mais do que na época da própria Rede Manchete. Independente de vir dublado ou legendado (pelo menos já sabemos da garantia das clássicas que voltarão), temos que dar total apoio e valorizar os materiais licenciados deste nicho para o Brasil. Independente se já termos materiais originais ou alternativos. Como verdadeiros fãs de tokusatsu (tokufãs) temos mais é que consumir e ajudar o mercado de tokusatsu a se reacender no Brasil e entender como a coisa funciona antes de qualquer campo das ideias. Seja na Netflix ou na Crunchyroll, particularmente eu recomendo os dois serviços. Pois são os maiores e os melhores do ramo on demand. E não há motivo pra fazer tempestade em copo d'água (como alguns gatos pingados já choraram no passado com a chegada de um destes serviços por aqui). Muito pelo contrário, quanto mais retorno pelas vias oficiais, mais as empresas nacionais e estrangeiras irão investir no Brasil com outros produtos e mídias além das próprias séries. E pensem aí na possibilidade de um Zyuranger da vida pintar por aqui ou vermos a volta de Metalder e Spielvan no Brasil. Tudo é possível. Como mesmo disse ontem o Danilo Modolo, do TokuDoc, vamos espalhar a notícia e tocar o tokusatsu pra frente.


Garo finalmente ganhará uma exibição oficial no Brasil

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Alma de Ouro: Máscara da Morte apaixonado é um fiasco destruidor para a mitologia

Nova personalidade do vilão é injustificada na trama (Foto: Reprodução/Daisuki)

Não dá pra engolir essa mudança repentina de personalidade do Máscara da Morte de Câncer mostrada em Os Cavaleiros do Zodíaco - Alma de Ouro. Por mais que o episódio desta sexta-feira (22) tenha tentado justificar sua bondade adquirida, a coisa ficou totalmente sem sentido ou explicação.

Ao contrário do que vimos no mangá e no anime, o quarto Cavaleiro de Ouro virou bêbado/fanfarrão, assim como outros Cavaleiros da mesma constelação que já vimos. Pra acabar de vez com a imagem daquele que foi um vil assassino que colecionava as cabeças de suas vítimas, agora ele aparece apaixonado por Helena, uma bela jovem de Asgard que cuida de um comércio pra sustentar os seus irmãos mais novos. E por isso ele entregava dinheiro na porta de sua casa sem que ela soubesse quem fora o tal bom samaritano. Pra complicar ainda mais, Máscara da Morte é tímido. Mais intragável, impossível.

Uma boa pergunta que não dá pra calar de forma alguma: Como o Máscara se apaixonou tão facilmente? O natural seria vê-lo perseguindo a moça e ameaçá-la, certo? Isso pra não mencionar que ela seria uma presa perfeita para sua lista de vítimas. Tá certo que o vilão poderia se voltar para o bem, mas desde que o motivo tivesse mais consistência e fosse mais trabalhado no meio dessa ideia. Algo que nem sequer foi desenvolvido.

Dentre todos os Cavaleiros de Ouro retornados, Máscara da Morte está sendo o maior fiasco da série Alma de Ouro até agora. Pra não dizer o mais patético e sofrível.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Onodera é a garota ideal para ficar com Ichijô em Nisekoi

Outro dia eu lia uma nota no site da Crunchyroll sobre os 10 casais dos animes que deveriam se separar, segundo opinião do público japonês. Um desses é Raku Ichijô e Chitoge 
Kirisakida série Nisekoi. E sou de total acordo.

Apesar de Chitoge ser a protagonista, eu torço mesmo é para que Raku fique com a Kosaki Onodera. E tenho essa torcida há longa data, desde o início da série e com certeza é a de muitos que acompanham esta maravilhosa comédia.

Ora, Onodera tem todas as qualidades que um homem procura numa mulher para fazê-la feliz. Ela é linda, meiga, carinhosa, etc. Um elo forte que poderia ligá-los é que ambos nutrem um sentimento pelo outro, mas nenhum dos dois sabem disso e tem coragem de assumir. O que deixa a trama mais emocionante ainda.

A coisa fica mais apreensiva nas histórias onde ela ganha foco e se esforça para agradar o seu amado, mas sempre acontece algum detalhe acidental que complica mais ainda a situação. Foi como no episódio passado, onde ela tenta entregar para ele chocolates como "obrigação especial" do Valentine's Day e sofre com certos contratempos. Um dos melhores da atual temporada de Nisekoi. Aliás, um dos favoritos deste blogueiro que vos escreve, assim como muito episódios centrados na mocinha.

Onodera tem um peso maior para conquistar o coração de Ichijô e bem mais que Kirisaki e até de Marika (que é bastante exagerada/tagarela). Ela deveria ficar com seu amado, independente de ser ou não a tal garota da promessa.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Chase é a chave certa para salvação do roteiro de Kamen Rider Drive

O mais novo Rider veio pra desbancar o elenco

O último arco de Kamen Rider Drive, escrito por Junko Komura, procurou deixar de lado o foco da revelação pública do alter-ego Shinnosuke Tomari como o herói-título. Embora houvesse algum resquício de consequência (o que não dá pra largar totalmente do roteiro), os dois últimos episódios mostraram que tal revelação foi uma verdadeira bobagem idealizada por Riku Sanjô e que a série poderia encaminhar sem essa muleta.

Além do arco ter sido de tremenda importância para a expansão da mitologia de Drive - quanto ao passado do falecido Eisuke Tomari (pai de Shinnosuke), pudemos perceber mais do que nunca que Chase é de longe o melhor personagem da série. Quem está acompanhando a série provavelmente não duvida desse fato. Apesar de todo aquele drama sobre sua desmemoriação e empatia por Kiriko terem sido trabalhados na base da enrolação, eis que vemos que o mais novo Kamen Rider tem grandes potenciais.

Com certeza o fato de sua memória ser recobrada será um bônus para que Chase supere o cast de personagens. E não há dúvidas de que haja possibilidades dele roubar cenas ou quem sabe até do protagonismo. Aliás, o Roidmude desbanca com toda a segurança o balanço de Go Shijima (Kamen Rider Mach), que por sinal perpetuará por mais algum tempo como o personagem mais chato de KR Drive. Mesmo que haja o relato de seu pai ter sido o criador dos Roidmude, o irmão de Kiriko não escapa do tédio. Ainda mais agora que ele está sendo manipulado pelos inimigos.

Eu tenho mais expectativas quanto ao Chase do que ao Roidmude 001, uma vez que o drama do herói ganha por ser mais imprevisível do que o grande chefão (a.k.a. Soichi Makage). A tendência é do androide "tocar o terror" (no bom sentido da coisa) e derrubar os demais personagens que carecem de desenvolvimento.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Gotham fecha temporada revelando talentos desvairados

Season finale da série foi ao ar na noite desta segunda (18) no Brasil

Estamos em maio, mês de finais de temporada e de séries do horário nobre americano (primetime). Além de que esta época do ano há anúncios de renovações e de novas séries para a temporada seguinte, que começam no final do ano.

E uma das que mostraram seu valor foi Gotham. Inicialmente tinha previsão pra ter 16 episódios e logo que a audiência teve bons índices, a Fox americana tratou de encomendar temporada completa de 22 episódios. A série teve vários momentos que serviram de introdução para mostrar o que teria acontecido com vários personagens conhecidos da mitologia de Batman. Como Bruce Wayne aqui ainda é uma criança, o protagonismo ficou por conta do Detetive James "Jim" Gordon, muito antes de ser nomeado como Comissário. Aliás, o policial foi muito bem interpretado por Ben McKenzie (o famoso Ryan Atwood da série The O.C.).

A season finale de Gotham, que foi ao ar por aqui ontem pela Warner Channel, foi importante para predefinir o rumo da temporada seguinte e saiu do breve momento de enrolação e esquisitice que sofria. Destaco aqui o embate entre Fish Mooney (vilã exclusiva para TV) e Cobblepot (o Pinguim). Mais uma vez a atriz Jada Pinkett Smith e o ator Robin Lord Taylor mostraram que tem tudo para se consagrarem na televisão ou até mesmo no cinema, quem sabe. Outra atriz que merece toda a atenção é a Morena Baccarin, que vive a Dra. Leslie Thompkins. Ela já está garantida para a segunda temporada e certamente será motivo maior de alvo de Barbara Kean (Erin Richards), a ex-noiva de Gordon. Como foi o caso deste final de temporada. Gotham tem tudo para ser um marco nesta nova leva de séries de TV baseada em super-heróis e seu elenco é riquíssimo em talentos e produção de casos frenéticos.

Pra quem ainda não viu ou quer rever Gotham, a primeira temporada está garantida desde setembro passado para ser adicionada no catálogo da Netflix, logo após a conclusão da mesma. Porém, sem data definida no momento (o que deve acontecer mesmo ainda no meio do ano). Vale cada minuto.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Ultraman 80 chega finalmente ao Brasil via Crunchyroll

Eighty e Yullian aterrizam em nosso país através do serviço on demand

Antes tarde do que nunca, a Tsuburaya liberou na noite desta quinta-feira (14) a série Ultraman 80 (Eighty = "oitenta" em inglês) para o Brasil através do serviço streaming on demand Crunchyroll. Pra quem ainda está por fora da situação, a plataforma nada mais é que a "Netflix dos animes e J-dramas" e é a fonte oficial de várias séries legalizadas/licenciadas pelos próprios estúdios japoneses para o Brasil e outros países. Enfim, até então a série podia ser assistida por outras versões internacionais da Crunchy, mas agora os fãs brasileiros de tokusatsu podem conferir TODOS os 50 episódios inéditos legendados em pt-br (assim derrubando as subs que nem estavam em 1/5 da série). E o que é melhor: os não-assinantes podem assistir aqui.

Confira a sinopse de Ultraman 80:

"Takeshi Yamato, um jovem rapaz de 22 anos de idade, leva uma vida dupla. Durante o dia, ele é o novato, porém popular professor de ciências em uma escola secundária em Tóquio. Mas após as aulas e aos domingos ele trabalha como um membro da elite UGM (Utility Government Members), uma organização que protege a Terra lidando com situações difíceis, como invasão espacial e ataque de monstros. Quando a situação fica fora de controle, Takeshi se transforma em um poderoso guerreiro de 50 metros de altura, o Ultraman 80, e vence os monstros para salvar o dia!"

Ultraman 80 foi uma Ultra Serie que quebrou padrões em relação aos seus antecessores. Foi o primeiro da franquia a possuir tema de encerramento e créditos finais. Além de ter tido dois temas de abertura e encerramento, cada. O ritmo dos episódios são mais dinâmicos, podendo ser equiparado até mesmo com às séries contemporâneas da rival Toei Company. Foi exibida originalmente entre 2 de abril de 1980 e 25 de março de 1981 pela emissora japonesa TBS, indo ao ar sempre nas noites de quarta-feira, às 19:00 JST. Sucedeu o anime The Ultraman.

Vale a menção de dois rostos conhecidíssimos dos tokusatsus exibidos na extinta Rede Manchete: o ator Maasaki Daimon - o Capitão Oda de Cybercop - como o Chefe Junichi Itô; e a atriz Sayoko Hagiwara - a Néfer de Flashman e Dyna Pink de Dynaman - como Ryoko Hoshi/Yullian, a Ultra secundária da trama.

Além de Ultraman 80, outras três Ultra Series estão licenciadas no Brasil via Crunchyroll e estão disponíveis gratuitamente: Ultraman Max (2005~06), Ultraman Mebius (2006~07), Ultraman Leo (1974~75). Portanto, estas são as quatro séries que sucederam (por que não?) Ryukendo no Brasil e a mítica fase de lançamentos de tokusatsu na TV aberta. Uma vez que as emissoras fecharam o espaço para o gênero e a tendência (salvação) é a ascensão dos serviços on demand e consequentemente da presente mobilidade e do poder de escolha de programação. Vamos torcer pra que mais tokusatsus cheguem às plataformas oficiais.

sábado, 16 de maio de 2015

Nova investigação em Kamen Rider Drive tenta driblar mudança de roteiro

Kiriko e Shinnosuke no escritório da polícia

Quem assistiu ao episódio anterior de Kamen Rider Drive deve ter percebido a volta das investigações numa trama isolada - que está acrescentando algo importante. Isso como se por um lado a revelação de Shinnosuke como Kamen Rider não tivesse tanto efeito (como causou e deve continuar no futuro).

Vale ressaltar que o episódio do fim de semana passado e o próximo são assinados por Junko Komura (que foi roteirista secundário de Kamen Rider Wizard). A investigação está em torno da morte do policial Eisuke Tomari, pai de Shinnosuke, que morreu em serviço durante um assalto. A linha investigativa levou o herói à uma garota que presenciou o crime e foi salva pelo falecido. Isso paralelamente acontece ao mesmo tempo em que a identidade do Roidmude 001 é um mistério. Não é segredo nenhum para o telespectador e para os próprios Roidmude que ele é o Soichi Makage, o chefão da Primeira Divisão da polícia. Algo que poderia perdurar em total mistério por mais algum tempo.

Apesar da consequência da decisão de Shinnosuke pesar no roteiro, esta investigação pode servir de um bom trunfo para o roteiro de Kamen Rider Drive. Isso se Riku Sanjô (o roteirista principal da série) souber usar as ferramentas certas para tal e justificar a mudança sem forçar nada. Aliás, independente do alter-ego de Drive ter se auto-exposto ou não, esta investigação está sendo bem trabalhada e poderia seguir sem revelação de segredo. O que foi totalmente desnecessário.

Resta saber como a série vai seguir, apesar dos problemas de roteiro. Aliás, alguns personagens precisam ser melhorados: como é o caso de Medic, que tinha tudo pra surpreender e está apagada na história; Gô Shijima, que é filho de um cientista que criou os Roidmude, mas que carrega um temperamento inconsequente. Isso também pra não citar Brain, que entrou para a divisão da polícia e deixou uma lacuna aberta para prováveis suspeitas.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Nostalgia: Armação Ilimitada, clássico juvenil da Globo, completa 30 anos

Capa do LP da série com o elenco principal (Foto: Divulgação/Som Livre)

Muito antes de Malhação, existia uma série voltada para o público juvenil/adulto que curtia surf, cinema, música, e altas aventuras. Era o Armação Ilimitada. A série completa 30 anos de sua estreia na Rede Globo. O programa foi ao ar pela primeira vez em 17 de maio de 1985 e ia ao ar, inicialmente, uma vez por mês no bloco Sexta Super, às 21h20. A partir da segunda temporada (1986) a série era apresentada quinzenalmente.

Armação Ilimitada contava as aventuras da dupla Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André De Biase), que moravam na Zona Sul do Rio de Janeiro e possuíam uma agência de prestação de serviços que dá o nome à série. Eles eram polivalentes e estavam dispostos pra topar qualquer parada (missão). Os dois eram apaixonados pela jornalista Zelda Scott (Andréa Beltrão), que já adotou os mais variados estilos e modismos até decidir ser uma mulher "moderna" para os contemporâneos padrões. Ela trabalhava num jornal chamado Correio do Crepúsculo, onde seu chefe (Francisco Milani, in memorian) a enviava para as mais loucas pautas para as manchetes.

A série tinha alguns outros personagens de suporte como o Bacana (Jonas Torres), que perdeu os seus pais no começo da trama e foi adotado por Juba e Lula. Possuía um estranhíssimo bordão onde dizia "Ai, meu saquinho!". Também tinha Ronalda Cristina (Catarina Abdala), amiga de Zelda que falava umas certas verdades como conselho. Não podemos esquecer que a série era narrada pela Black Boy (Nara Gil), que é algo semelhante à DJ negra do filme Os Selvagens da Noite (1979).


O chefe maluco do jornal Correio do Crepúsculo (Foto: Divulgação/Globo)

Armação Ilimitada foi um grande sucesso entre a juventude brasileira nos anos 80 e a dupla Juba & Lula eram genuinamente referências de heróis nacionais. Foi uma série ousada para um tempo onde o fim da ditadura militar era bastante recente. A começar pelo triângulo amoroso inspirado no filme francês Uma Mulher para Dois, do diretor François Truffaut. Os protagonistas retratavam de forma bem humorada a juventude que curtia altas ondas/aventuras. Os clichês, então, eram os ingredientes certos para os episódios. Claro, inspirados em várias produções cinematográficas e televisivas do momento e clássicos antigos também. Era fácil encontrar diversas referências e sátiras a agentes secretos, super-heróis, vampiros, extraterrestres, mulheres perigosas e tudo o que você puder imaginar. Armação Ilimitada era um prato cheio de um grande misto da cultura pop dos anos 80. Isso sem mencionar que os próprios personagens brincavam ao dizer que iriam assistir ao próprio programa. Até o Cristo Redentor e o então Presidente José Sarney, se duvidar. Era uma série diferente de tudo o que antecedeu e ainda é diferente, por mais que os conceitos não sejam mais atuais. Armação Ilimitada abusava de cenas aventureiras e perigosas.

O programa nasceu de uma idealização de Kadu Moliterno e André de Biase que trabalharam juntos na novela global das oito Partido Alto (de maio a novembro de 1984) e tinham o surf como hobby em comum. A intenção era criar uma série de TV onde tivesse esportes, romances e aventura como elementos e que fossem voltadas para o público jovem. O projeto foi levado para Daniel Filho, em 1985, que apostou de cara na empreitada.

Para que a série fosse além do universo surf, foram chamados o autor Antonio Calmon (que trabalhou nos filmes Menino do Rio [1981] e Garota Dourada [1984] - onde Biase esteve no elenco), a atriz e escritora Patricya Travassos, o dramaturgo Euclydes Marinho e o produtor musical Nelson Motta. Vale ressaltar que os dois últimos residiam na Itália e não tinham pretensão em voltar ao Brasil em definitivo, mas receberam o recrutamento pessoalmente pela parte de Daniel Filho. Estes contribuíram com os quatro primeiros episódios e foram substituídos por Daniel Más (in memorian). A influencia cinematográfica ficou a cargo do diretor Guel Arraes que relutou no início por achar que o nicho da série fosse bastante carioca. Mas foi convencido por Daniel para criar uma linguagem específica para a trama.


Black Boy, a DJ que narrava as avanturas
da dupla de heróis (Foto: Reprodução/Globo)

Diferente de demais produções da Globo, Armação Ilimitada era filmado apenas com uma só câmera, ao invés de quatro. Coisa inédita até então para os bastidores da emissora dos MarinhoA iluminação era do diretor de fotografia Nonato Estrela, que era atuante no cinema e estava despontando para a TV.

Os custos não eram altos, pois a produção era modestamente "econômica" para os recursos. A demora média de 12 dias para as gravações de cada episódio virou até piada entre os roteiristas do programa. Curiosamente, o título da série surgiu de um de palavras que usavam o "ar", o "mar" e a "ação", que associavam à gíria "armação" que surgia na época. O nome da jornalista Zelda Scott é uma referência direta à romancista Zelda Sayre Fitzgerald, esposa do escritor americano F. Scott Fitzgerald (autor de O Grande Gatsby). Armação Ilimitada teve várias participações de atores globais conhecidos e até de dubladores cariocas fazendo pontas. Dentre eles vimos Caio Junqueira, de Tropa de Elite, ainda criança e em início de carreira. A série foi uma peça importante também para o rock brasileiro, onde a música nacional descobria novos talentos pelo gênero nacional como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Blitz, etc. O sucesso foi tamanho que Armação foi vendido para outros países como França, Argentina, Mônaco, etc.

Após o final da série, em 8 de dezembro de 1988, Juba e Lula protagonizaram um outro programa batizado com o nome da dupla, em junho do ano seguinte. Era exibido diariamente nos fins de tarde e era um programa de auditório. A fórmula não deu certo, apesar da temática ter sido um apelo à ecologia.

Armação Ilimitada ganhou várias reprises na extinta Sessão Aventura (ainda em 1988), além de passar pelas comemoração do Festival 25 Anos da Globo em 1990; e sua última reprise no canal foi em 1997 durante às tardes de domingo. Na TV fechada, Armação foi ao ar em 2005, pelo Multishow; e no Viva, de 2011 a 2012. Bem, já tá mais do que na hora de termos mais uma reprise pra gente matar saudade, né?

terça-feira, 12 de maio de 2015

Agents of S.H.I.E.L.D. não merece uma nova temporada

Skye é a personagem mais mala da série

Não deve ser novidade pra ninguém a renovação da série Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. para a terceira temporada. O que por sinal é bem estranho a emissora ABC - que anuncia hoje sua programação para o horário nobre em 2015-16 - juntamente com a editora-estúdio investirem numa série que praticamente perdeu popularidade em comparação ao ano passado.

Vamos combinar uma coisa: Agents of S.H.I.E.L.D. nunca conseguiu ser aquela série que viesse a deixar o telespectador na ponta do sofá. Começou com uma boa impressão, decaiu na qualidade a partir do segundo episódio e persistiu assim até a chegada de H.Y.D.R.A.. Tivemos uma boa expectativa quanto à uma melhora a partir de então. Mas a coisa derrapou bestialmente durante toda a segunda temporada.

As missões ficaram inexpressíveis e dá pra contar nos dedos as que foram marcantes. Os personagens, que tinham tudo para serem melhores trabalhados, se tornaram cada vez mais chatos. Destaco aqui a Skye, que é uma personagem mala demais e que se perde para resolver seus conflitos. E seu drama familiar, então, é um sonífero injetável.

Outros personagens que se ficaram enfadonhos foram Fitz e Jemma. No final da temporada passada ele havia se declarado para ela num momento em que os dois sofriam de risco de vida. Eles ficaram numa atmosfera estranha até então - por conta desse amor não correspondido - e jamais conseguiram resgatar o carisma que tinham antes. Tinham tudo pra serem os mais queridos, independente da aceitação ou não de Jemma.

Coulson e Mei são dos poucos que escapam desta lista negra. Eles tiveram até um episódio bacana em que atuaram numa missão juntos. Mas eles precisam se destacar mais, pois eles tem potencial para que a série tenha uma virada que merece. Do contrário, será uma dureza acompanhar o programa, que carece de mais referências diretas aos Vingadores.

Quem mereceu mesmo uma renovação foi Marvel's Agent Carter que tem muito mais carisma e um roteiro envolvente, com justas referências ao Capitão América, obviamente.

domingo, 10 de maio de 2015

Rede Brasil comete mais um descaso contra Ultra Seven

O segundo gigante de M-78 perde espaço nas manhãs de domingo

E a Rede Brasil, emissora que exibe séries antigas (incluindo tokusatsus) sem pagar um tostão para as verdadeiras licenciadoras, e que também é iludidamente tratada como "refúgio" de alguns saudosistas, cometeu mais uma falta de respeito com seu público. E a isca usada foi a série Ultra Seven.

Não é a primeira vez que a Rede Brasil promete esta série num determinado horário da programação. Há alguns anos atrás a série foi prometida para passar no final das noites de domingo, porém nunca aconteceu por conta do espaço prometido ter sido cedido aos infomerciais. Até pouco tempo, Seven vinha sendo exibido nas noites de sábado e mudou de horário.

No domingo da semana passada a série começou a ser exibida nas manhãs de domingo, às 7h da manha, com o primeiro episódio (intitulado no Brasil como "Os Invasores"). Até aí você pensa que Seven ficaria no horário, mas a coisa foi bem diferente e traiçoeira. No mesmo horário desde domingo (10), Seven foi substituído por um programa independente religioso e sem aviso de mudança de horário. Falta de consideração total com o público e mais uma prova da bagunça que é a emissora. Não dá pra acompanhar absolutamente nada no canal.

Apesar de ser uma transmissão não-oficial (pirata), a transmissão de Ultra Seven é curiosa por trazer a dublagem original da Cine Castro, que é uma peça bastante difícil de ser encontrada na internet e demais vias alternativas. Uma pena que isso aconteça. Em contra partida temos serviços oficiais on demand - como Netflix e Crunchyroll - que possuem filmes e séries da Família Ultra em seus respectivos serviços, podendo ser assistido a hora que desejar e com materiais na íntegra.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O que aconteceu com Máscara da Morte em Alma de Ouro?

O novo visual do Cavaleiro de Câncer (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Tem muita gente reclamando a toa que os traços dos personagens de Os Cavaleiros do Zodíaco - Alma de Ouro está estranha. Eu reitero minha opinião de que esta é a tendência dos animes atualmente produzidos no Japão e isso não fere absolutamente em nada no roteiro, de qual quaisquer produções do gênero. Aceite. Aliás, os traços dos Cavaleiros do Ouro estão próximos aos que vimos na série clássica, porém com um pouco mais de "brilho".

Mas infelizmente não dá pra dizer o mesmo de Máscara da Morte e a quem reclamar dou total razão. Simplesmente essa barbicha ficou bem esquisita. Mas vamos ao ponto que interessa de fato: O Cavaleiro de Ouro de Câncer ficou bonzinho demais e meio relaxadão pra quem era um assassino que matou pessoas inocentes e sem escrúpulo algum no passado. Agora vejamos o seguinte: isso nem dá pra comparar com aquele Máscara da Morte apresentado no ano passado no filme A Lenda do Santuário. Tem que se entender que ali foi uma adaptação (um reboot pra que fique bem claro) e o que vimos foi uma clara representação do que é o Contador da Morte de Câncer, do mangá Next Dimension. Até aí, nenhum motivo pra se fazer uma tempestade em copo d'água e desaviso como teve.

Outro ponto de extração deste episódio foi o fato de Camus de Aquário se aliar aos Guerreiros Deuses por um motivo pessoal. É que Surt é seu amigo de longa data. O que em parte justifica e que provavelmente deve ser explorado mais à frente. Espero que isso não termine naquele velho conto manjado de "enganar o aliado para enganar o inimigo". Mas em si isso é interessante e é mais um motivo pro público brasileiro prestar mais atenção. Pra agravar mais o interesse, tivemos a aparição de um irmão de um Guerreiro Deus conhecido da série clássica.

Mais uma nota: o site do Daisuki foi congestionado em pouco tempo após o lançamento do novo episódio. Espero que isso seja um bom sinal de uma procura maior dos fãs ao redor do mundo (e brasileiros também) e que tenhamos audiência pelas fontes corretas. Quem assistiu pela Crunchyroll conseguiu acompanhar sem problemas no mesmo período.

Warner Channel segue descumprindo sua promessa de programação

Gotham é uma das séries que não receberam dublagem ainda

Parece que inserir dublagem numa série exibida na TV por assinatura no Brasil tem sido uma complicação. E a janela pra manter a diferença mínima de tempo em relação aos EUA pode ser um desafio. Tudo isso deve levar um certo tempo pra ficar pronto, mas nem tudo está tão perfeito como deveria.

Outro dia eu falei aqui de uma mancada que o Sony deu na série Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. (e que não era a primeira vez que isso acontecia). Então, a Warner havia anunciado há algum tempo que sua programação seria totalmente dublada desde a última segunda-feira (4). A coisa ainda não está 100%.

Só pra se ter uma ideia do problema: As legendas das séries continuam hard sub. Ou seja, legendas fixas e, obviamente, sem como tirá-las quando optarmos. O mesmo problema acontece há eras em alguns canais como a HBO, por exemplo. Um detalhe inovador é que durante um episódio inédito, no horário nobre, as legendas ficam com outra fonte e cor. As dublagens estão presentes apenas em filmes e exibição de temporadas concluídas de séries. Até o momento atuais temporadas de Gotham, The Big Bang Theory e The Flash - por exemplo - continuam com áudio original. Quem já estava a esperar por uma dublagem destas está sofrendo com o tal descaso e o canal ainda não se pronunciou sobre o problema.

Segundo apurações, as legendas eletrônicas estão disponíveis em algumas operadoras. Mas quanto às dublagens das séries da temporada 2014-15? O que aconteceu? Vale lembrar que a Warner aumentou a janela para duas semanas, tempo suficiente para que haja um trabalho pronto pelos estúdios envolvidos nas dublagens. Mas nada aconteceu e o telespectador, que paga seu dinheirinho suado pra ver episódios inéditos, é desrespeitado e sequer tem um retorno sobre a situação.

Tá certo que a Warner se preparou meses antes pra montar toda uma estrutura, mas os responsáveis pela emissora precisam correr urgentemente para corrigir isso a tempo. O povo merece respeito.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Nostalgia: Lembranças da minha MTV de 20 anos atrás


Bem, o título é uma alusão a aquele slogan que a emissora tinha lá no comecinho dela (no mesmo embalo da versão original americana do canal): "Eu quero minha MTV". Então, há cerca de 20 anos atrás tive meu primeiro contato com o sinal da extinta MTV Brasil. Confesso que não vou saber precisar a data que chegou pela primeira vez no canal 54 UHF, até pela escassez de arquivos que possam comprovar a data de lançamento na capital alencarina. Mas lembro do dia em que meu pai sintonizou pela primeira vez em casa o canal 54 UHF numa TV de 14 polegadas que tínhamos.

Naquela manhã de domingo - 7 de maio de 1995 - acontecia o meu primeiro contato com a emissora. E olha, eu - que era uma criança ainda - era um rato na programação de TV e cascavilhava mesmo os canais que chegavam no nosso UHF local. A MTV Brasil foi a primeira do meu "laboratório". Naquele mesmo dia eu passei a assistir programas como Palco MTV (apresentado por Edgard Piccoli) na hora do almoço e à tarde eu vi o Top 20 Brasil (com a Cuca Lazzarotto).

Durante esse programas, vi que a emissora estava em ritmo de comemoração dos seus 5 anos de transmissão (NOTA: O seu lançamento original acontecia em 20 de outubro de 1990). Tinham vários cantores parabenizando, inclusive o rei Roberto Carlos. E eu achava engraçado o estilo dos apresentadores e até das vinhetas também. Coisa inédita pra mim até então. Tenho até saudades de ver uma animação de um elefante desmaiando com a presença de um ratinho, da vinheta rebobinada (isso mesmo, rodando ao contrário) e coisas do tipo. Era o top da criatividade nos tenros anos 90.


Na semana conferi programas como Teleguiado MTV, com o Cazé Pecini (hoje assina como Cazé Peçanha). Era bem divertido. Lá ele atendia os pedidos do público na hora do almoço, além de interagir com quem estava do outro lado da linha. Lembro de um momento engraçado que foi quando uma telefonista ligou pro estúdio por engano, e quando ficou sabendo que estava falando ao vivo em rede nacional, disse: "ah, é da emitevê". Aliás, Cazé fazia aquele programa descontraído do tipo FM televisivo. E isso agradava a quem almoçava diante à telinha.

Lembro que à tarde eu dava umas leves zapeadas pelo Gás Total (no final da tarde), com Gastão Moreira. Era um programa de rock pesado, mas não fazia muito o meu estilo. Lembro do Disk MTV (início da noite), apresentado também pela Cuca que mostrava os clipes mais votados do dia. Um dos meus favoritos era o Clássicos MTV, que tinham clipes de canções dos anos 80. Assistia alguns episódios de Beavis and Butt-Head, que era tudo legendado mesmo. E por aí vai.

Dos clipes? Lembro demais de alguns como de filmes que estavam em cartaz na época, como Seal cantando "Kiss From A Rose", U2 cantando "Hold Me, Thrill, Kiss Me, Kill Me" (ambos de Batman Eternamente), da dupla feminina Shampoo cantando "Trouble" (de Power Rangers: O Filme), além de Pink Floyd com "Another Brick In The Wall" - ao vivo), Paralamas do Sucesso com "A Brasileira" e tantos outros.


A trilha sonora de Batman Eternamente também era
presença constante na programação da MTV, em 95

Foi lá na MTV Brasil onde eu vi os Mamonas Assassinas despontando para o sucesso, poucos meses antes deles pisarem em palcos de programas de auditório populares como de Gugu e Faustão, por exemplo. Foi lá onde também vi a primeira edição do MTV Video Music Awards Brasil, onde os Paralamas do Sucesso ganharam na categoria de melhor clipe pop daquele ano; e ainda cantaram com Carlinhos Brown ao vivo.

São tantas lembranças que voltam e meia aparecem em minha mente quando lembro daquela MTV que não volta mais. Mas foi um período bacana onde se podia assistir clipes bons (e ruins) a qualquer hora, praticamente. Muito diferente da década passada onde só se encontrava clipes em altas horas.

Por aqui a MTV Brasil teve umas leves alternâncias com o sinal da CNT/Gazeta no final de junho de 1996. Ah, e tinha um sinal repetido no canal 22, onde também acontecia essa mesma fase experimental. (Nota: em julho de 1996 o canal 22 passaria a ter programação local da extinta TV Comunitária [ou simplesmente TV COM] por dois anos seguidos e foi substituída em seguida pela TV Diário) Enfim, a MTV caiu no gosto popular dos fortalezenses. Mas seu sinal naquela época saiu em definitivo do canal 54 em 30 de novembro de 1997, quando a CNT/Gazeta se firmou no sinal a partir do dia seguinte, por um pouco mais de dois anos. Daí só quem tinha TV por assinatura poderia continuar assistindo a emissora. O que já não era mais a mesma coisa e não se tinha mais o mesmo brilho que fazia com que pudéssemos comentar numa roda de amigos.

PS: Mais lembranças do UHF de Fortaleza nos anos 90 deverão surgir no futuro e com precisão de certas datas. Espero que isso venha a ajudar nos registros de pesquisas.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Jason David Frank é comprovadamente o rei dos Power Rangers

Jason em mais uma participação no Bat in the Sun

Se você assistiu ao novo episódio do Bat in the Sun desta terça (5), conferiu a tão esperada luta entre o Tommy Oliver/Ranger Verde (de Mighty Morphin Power Rangers) e Ryu (de Street Fighter). Já era esperado que o personagem de Jason David Frank vencesse. A votação do público reflete a grande popularidade do ator que tem seu merecidíssmo destaque construído ao longo das últimas duas décadas.

Tá mais que provado que Jason mereça algo mais além de sua fama. Ele tem que ser coroado. Ou melhor, ele já é de longe o rei dos Power Rangers ou até dos grandes ícones de super-heróis de todas as eras. Duvida? O homem praticamente uma preferência americana. Não só deles, mas no restante do planeta. Tá certo que uma meia dúzia colocaria o Burai/Dragon Ranger (a contraparte original de Tommy na série japonesa Zyuranger) pra disputar com sua versão estadunidense. O que é injusto até. Burai teve uma importância no Super Sentai e Tommy tem outra absolutamente independente em Power Rangers. Os esquadrões japoneses tem vários heróis lendários/memoráveis, assim como os da franquia de Haim Saban. Mas ambas nunca tiveram algum ator que construiu sua própria força e chegar ao ponto de ter um favoritismo reconhecido pelo público. E isso não é a toa. O personagem Tommy teve todo um carisma. Jason chegou a ser chamado para viver o herói Cybertron (cujo projeto virou VR Troopers) e deu o ar de sua graça na terceira temporada de Sweet Valley High (uma drama-comédia da Saban exibida no Brasil como "Aí Galera").

É uma lenda viva, querendo ou não. Jason David Frank está numa escala próxima de Schwarzenegger, Stallone ou Van Damme. Mas isso é questão de tempo e acredito que não estamos tão longe de ver isso acontecer. Anota aí.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Você vai deixar que Alma de Ouro seja descontinuada por bobagens?

Segunda temporada da saga periga não acontecer

Outro dia estava lendo no site CavZodiaco uma nota em relação à série Os Cavaleiros do Zodíaco - Alma de Ouro que me deixou um tanto chateado. A audiência do segundo episódio da nova saga caiu pra 38% no Brasil. E apesar de ter tido aquele vazamento na pré-estreia (de março) no evento AnimeJapan, a audiência da estreia oficial no dia 10 de abril chegou a 55% no território nacional. Um número surpreendente e que poderia ser maior ainda se não fosse a intervenção das subs (que pagam de penetra copiando descaradamente o material oficial existente em nosso país).

Incrível como em pleno ano 2015 - era digital - muitos otakus (fãs de anime) ainda não sabem como usar on demand ou sequer entendem qual a importância desse tipo de serviço em pleno avanço tecnológico. Pensam que perder trocentas horas de download vai ajudar a contabilizar a audiência pra Toei e garantir uma nova temporada. Sério que tem gente que pense assim mesmo? Pensamento errôneo e jurássico até. Olha, até os fãs mais inveterados de séries e filmes americanos sabem de longe qual importância de uma Netflix da vida. Tanto é que é a maior plataforma desse tipo de nicho atualmente e é preciso dizer que já tem TV americana querendo lançar suas séries inéditas por lá. Na gama das séries japonesas a coisa continua bem dividida. Muitos tem a consciência de uma Crunchyroll, um Daisuki ou de um Funimation e valorizam a indústria. Outros (mais principalmente da geração leite-com-pera) botam dificuldade em algo tão simples de ser manuseado e querem justificar os meios piratas como fins. Não tem desculpa e aceite que estamos com tecnologia superior. Não estamos mais nos anos 90 e é pra frente que se anda.

Outro problema de uma parcela de fãs brasileiros de CdZ é que muitos não sabem dominar as analises da trama ou não conseguem interpretar as justificativas como deveriam. E nem é questão de gosto/opinião que eu me refiro, mas os comentários na internet afora são pequenos demais, sem cabimento algum e são impossíveis de formular um review que preste. Tipo, é sempre sobre os traços que são diferentes da era clássica, é a historia que não teve tanta porradaria, que o anime antigo é o melhor e as novas são uma b***, e por aí vai. Tudo sem uma explicação plausível pra defesa de suas teses e não conseguem enxergar além das estéticas.

Então vamos por partes. Sobre os traços: não vi problema nenhum e esta estilização é a mais moderna que existe nos animes atuais/recentes. Se você não está acostumado, dê uma fuçada nos novos animes e você vai encontrar boas e más histórias (e bem-vindo ao século XXI). De preferência, procurem pelos serviços que citei, pois são o caminho mais fácil e seguro pra tal; Sobre as lutas: temos que entender que os tempos são outros. Não se fazem mais animes sanguinários como antigamente (com raríssimas exceções). Outro ponto a se considerar no atual momento no Japão e nada disso atrapalha a trama; Sobre a qualidade das novas produções: cada uma tem suas falhas e acertos. Até a série clássica teve as suas e nunca foi perfeita. No fundo sabemos disso. Outras produções como Omega e A Lenda do Santuário foram muito mal abalizadas por parte do público e deixaram de ver certos pontos técnicos (positivos/negativos) que poderiam ser debatidos de forma mais sensata e madura. As produções recentes citadas podem não chegar aos pés da série clássica, é verdade. Mas também tem seus valores.

Uma pena que parte do público (específico) brasileiro prefira olhar mais pro visual e se permitir perder o foco dos roteiros. Cavaleiros tem muito mais conceitos a serem destrinchados e pesquisados do que certos detalhes "supérfluos" que podem ser considerados. E é importante os fãs prestarem mais atenção nas informações antes de cair no mesmo vexame feito em setembro passado nos cinemas, onde muita gente se iludiu em ver uma maratona de doze horas ininterruptas do final da saga do Santuário. Faz favor, né gente? Não dá pra entender o que realmente o público nacional quer de verdade. São reclamações nonsenses e tumultuadas ao vento. Essa é que é a verdade.

É impossível e cedo demais pra dizer se a primeira temporada de Alma de Ouro vingará com apenas dois episódios lançados. O jeito é assistir mesmo e acompanhar religiosamente todas às quinzenas (nas sextas) pra ver como se dará. Do contrário, veremos outra reclamação impaciente por falta de continuidade na nova saga. Isso é fato. A trama pode nos surpreender como não e ter seu mistério respondido com o tempo. O negócio é assistir de coração aberto e lembrar que não só de batalhas se vive os animes. E que vergonhoso seria se Alma de Ouro beirar ao fracasso por aqui por reclamações tão bizarras dos brasileiros. Os japoneses então nem reclamam e não tem tanta algazarra como aqui. Sinal disso é a venda relâmpago (de cinco minutos) do Cloth Myth do Mu de Áries com a Armadura Divina, por exemplo.

De boa, o público geral brasileiro de Cavaleiros era bem mais compreensivo e entendido em 1994-95 do que hoje. Ponto que supera a geração atual. E todos liam as matérias em revistas como a Herói, por exemplo. Não tinha essa de ler um texto em partes ou julgar pela manchete (sem trocadilhos). As opiniões de cada um eram formadas sem frescuras, mimimis, má vontade e outras intervenções como se tem hoje.

Maturidade e macrovisão são elementos técnicos indispensáveis na hora de argumentar e cada fã de CdZ que se preze tem capacidade pra tais, independente de qual opinião algum ou outro pode levar.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Sony precisa decidir urgentemente a versão de suas séries

Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. volta a ser legendado temporariamente

Desde o início do ano o canal Sony, assim como outros canais brasileiros de séries e filmes na TV por assinatura, vem exibindo seus programas em versão dublada. Isso pra atender as "novas tendências" e agradar uma parcela de telespectadores que curte as dublagens. Até aí, problema nenhum (desde que pensem também no público que quer assistir com áudio original).

Quem acompanha as notícias sabe que o canal ainda não disponibilizou legendas opcionais. Diferente da Warner, que começa sua programação 100% dublada e que promete oferecer a alternativa para as operadoras. Enfim, na noite deste domingo (3) o Sony voltou a passar um episódio inédito de Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. com áudio original e legendas. Sem dublagem alguma. E não é a primeira vez que isso acontece no canal durante essa última metade da temporada. O problema já tinha acontecido há algumas semanas atrás. E é muito estranho em seguida ouvir os trechos do episódio seguinte com dublagem, após os créditos finais. Uma loucura.

O Sony precisa decidir logo como irão ao ar suas séries. Dubladas ou legendadas? Outro problema do canal é a mudança de programação que acontece há alguns anos, o que deixa muito telespectador desnorteado e perder episódios importantes. O Sony precisa rever com extrema urgência sua grade de programação ou tudo isso vai beirar na bipolaridade. O público (que paga caro pra ter um sinal diferenciado) merece respeito total acima de tudo.

Falando em Agents of S.H.I.E.L.D.: a série virou um teste de resistência com a atual temporada. E um desses fatores chama-se Skye. Tá certo que ela é uma gata e tudo, mas a protagonista é muito mala. Toda aquela história sobre seu passado e sua família virou uma novela da depressão e sem sal. Outro personagem chato na trama é o Fitz que sequer acrescentou algo naquela tentativa romântica com a Jemma. A amizade deles anda meio abalada, mas isso é algo que eles tem que superar duma vez antes que atrapalhe diretamente numa missão. Seria vergonhoso. Nem mesmo Coulson e Mei - que são os melhores personagens - estão salvando o programa do tédio. Eles andam bastante apáticos e sem expressividade. Coisa que eles tinham na temporada passada, inclusive.

Se a série ganhar um anúncio oficial de uma terceira temporada até a semana que vem, provavelmente teremos mais 22 episódios de pura enrolação. A peteca da Marvel na TV caiu há um bom tempo.