terça-feira, 16 de setembro de 2014

Afinal, do que tanto se reclama por aí de Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário?

Novo filme dos Cavaleiros é incompreendido por uma barulhenta minoria

Tá certo que todas as opiniões são válidas e devemos respeitar o ponto de vista de cada um, certo? Mas desde o último final de semana (no domingo pra ser mais exato), passei a ouvir alguns comentários bastante cri-cris ao filme Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário. Antes de falar sobre qualquer outra coisa, resolvi tocar mais uma vez no assunto, não apenas por ser coisa de momento. Mas pelo fato de muitas reclamações serem bastante contraditórias. Sinceramente falando, não esperava tanto mimimi na internet como tenho visto nos últimos dias.

Tudo isso graças à falta de informação de uma certa minoria de fãs do anime no Brasil e que fazem uma zoada dos infernos e sem cabimento na web. Notícias pipocaram a mais de oito mil nos últimos 12 meses, fãs se reuniram pra que o filme viesse ao Brasil e o mesmo cá em cartaz. Quem for fã fiel mesmo, foi atrás da notas que saiam semana após semana. E outra coisa importante: foi avisado há tempos que haveriam mudanças. Mas muitas referências estariam e estão lá pra quem quiser conferir.

Só que parece ser difícil pra um fã nostalgista ao extremo entender que a produção é sim um reboot, uma homenagem aos 40 anos de carreira do mestre Masami Kurumada e que (principalmente) foi feita para angariar novos fãs da atual geração. E isso é um chamariz para o mangá em si e o anime. Mas estes não admitem isso de jeito maneira. Fazem um burburinho dos cães na internet e acaba ofuscando quem realmente gostou e quer comentar sobre o filme de maneira saudável e dialogável nas redes sociais. E o mesmo povo que reclama dessa forma - de barriga cheia - são os mesmos que chiam que não tem tanto anime na TV e no cinema no Brasil, e não dão força quando há um projeto decente pra tais mídias.

Por que digo que as reclamações são contraditórias? Vamos lá: A principal destas é quanto a duração do filme. 90 minutos é a duração média pra uma produção do gênero, caso não saibas. Poderia ser maior? Poderia. Mas já imaginaram que cada minuto a mais é um gasto maior para a produção em computação gráfica digital? Caso contrário, o filme nem seria lançado neste ano. Muito provavelmente aconteceria em 2015 ou 2016. A Toei fez o que pode quanto a isso e sejamos gratos à ela. Então, é um ponto a ser considerável.

Outra contradição é quanto às lutas nas Dozes Casas. Ainda não me caiu a ficha de que tem gente que realmente esperou algo TOTALMENTE igual à saga do anime. Sério mesmo? Toda essa choradeira por falta de leitura/informação? Assim é pedir demais. O filme teria que ter a mesma duração de uma guerra de mil dias e sairíamos de alguma sala velhos e barbudos. Se duvidar, só os ossos. (kkk) Se é por causa de lutas rápidas, deixem de lado também os filmes clássicos non-canon de 45 minutos de duração, e não assistam nunca mais. Lá também há lutas que não duram um episódio e nem por isso foram ruins. Se é porque tem furos (e tem logo no comecinho do filme atual, se observarem bem), os filmes clássicos também tem. É difícil tentar encaixar em algum ponto da série. Se é por causa de diferenças entre algo no mangá e no anime, não se esqueçam que há também diferenças entre elas. Umas bem gritantes de uma com a outra e vice-versa.

Além dessa choradeira toda, já reclamaram por causa do cabelo cortado da Saori no meio do filme, queriam lutas com a duração de uma maratona do anime, queriam o Shiryu cego (então chama também o Argol, pô!), etc. Os motivos são vagos, pífios e sem qualquer justificativa. Teve até gente que não sabia que o filme seria em CG e que preferiu "baixar na internet". Ah vá! Como se não bastassem algumas heteria de uma certa parcela de fãs de tokusatsu (tokufãs), agora o quadro dos mais inveterados em anime no Brasil se divide terrívelmente. E saibam que isso não ajuda em nada no cenário nacional dos animes.

O negócio é não levar Cavaleiros do Zodíaco ou qualquer tipo de produção à sério demais. Isso é só um entretenimento. Se gostou do filme, ótimo. Se não gosto, okay. Mas não fiquem criando umas rumas comparações com a série clássica, pois isso é perder tempo e pedir pra si mesmo ficar doido. Assista como uma história que mostra um universo alternativo de Saint Seiya, que isso não faz mal à ninguém.

Uma coisa me deixa feliz nisso tudo. O filme está tendo uma ótima repercussão. Só em chegar em segundo lugar nas bilheterias do final de semana, ultrapassar um outro filme que foi apontado pela crítica geral como "o maior destaque da semana", e ter superado as expectativas de várias redes de cinema que embromaram pra lançar os seus horários para o filme, é muita coisa. Eu assisti duas vezes e, se depender de mim, vou pagar mesmo à Toei pra que tenha uma continuação dessa bagaça, e espero que seja ainda melhor e muito mais vibrante como na estreia nacional. Se já tenho um carinho especial pelos personagens do anime, passo também a sentir o mesmo pelos personagens de A Lenda do Santuário.

3 comentários:

  1. Falar mal das alterações feitas na trama é chover no molhado, o filme é um reboot, uma releitura do clássico. Além disso, algumas mudanças ficariam bem legais se bem trabalhadas. O filme se perde exatamente nisso: nada é bem trabalhado na trama.

    Sou fã da série desde o dia que estreou no Brasil (meu aniversário ;~) e vibro com cada novidade que lançam sobre ela. Até o Omega eu assisti até o fim, e me arrepiei em alguns momentos. Mas tenho a noção de que a série é fraquíssima. O mesmo eu digo desse filme, o enredo dele é o mesmo da serie animada, só que podia ser muito melhor. Deram preferencia a cenas dramáticas e paradas ao invés de explicar as coisas direito.

    Fiz questão de ver no cinema e acho que todo mundo que tem uma ligação com a série deveria fazer o mesmo, até pra incentivar a produção de mais material. Mas que os próximos que saírem passem bem longe dos roteiristas da Lenda do Santuário e do Omega.

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  2. A historia é muito ruim e ao contrario do que foi dito não é um reboot mas sim uma homenagem ao kurumada e o aniversario no japão de cavaleiros,propaganda enganosa é o minimo dessa produção,além do enredo ruim,as lutas são mal feitas e personagem mal utilizados basicamente todos os cavaleiros de ouro bem como descarterização dos mesmo,por exemplo um dos apices dos confrontos entre shaka e ikki não acontece,acho que algumas pessoas se deixam levar pelo excelente 3d e meio que ignoram a historia que para mim é o principal

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  3. O CGI foi excelente a construção dos personagens maravilhosa salvo a personalidade de dois o Cavaleiro de Câncer (Mascara da Morte) e Escorpião (Milo) o 1° ficou muito estranho prara quem já conhece talvez aberto na intenção de abrir mais para o público infantil e o pior Milo não por ser mulher, de fato foi bom ter uma amazona, fato de no anime não ter uma amazona de ouro, porém ter dado o direito de tirar a mascara na frente de outros cavaleiros fere as regras do universo da estória.
    Na dinâmica do roteiro nada demais pois como dito o tempo conta em muitos fatores e as lutas foram excelentes. O caso Batalha Ikki vs Shaka é o seguinte: filme é 90 min. e o Ikki todo mundo sabe... do nada vem pro nada vai. Feio foi ver o Shun bater uma vez e depois só levar chinelada!

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